5 Vidas escrita por Queen Stars


Capítulo 14
Doce, doce amor- Capítulo 1




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Doce, doce amor— Capítulo 1

Ela acordou num sobressalto com a música do seu despertador. Procurou o celular pela cama, por sua afoito, o aparelho caiu no chão. Na tentativa de pegá-lo, caiu da cama batendo a cabeça no criado mudo.

— Ai, ai – colocou a mão no local da dor.

Esticou o braço e pegou o aparelho baixo da cama, já com o volume alto. Amaldiçoou por ter escolhido aquela música para despertar. Apesar de uma melodia linda, a letra que deixava para baixo, “É tão difícil, fingir que está tudo bem”. Colocou em nota mental que precisaria de trocar aquela música com urgente.

Olhou para seu quarto, um monte de caixas de papelão empilhadas da sua recente mudança. Tinha retornado para sua cidade natal, após de 5 anos. Era para estar feliz, afinal estava abrindo a sua sonhada confeitaria. Esse era um dos motivos que lhe tinha saído da cidade, para especializar em confeitaria. Outros motivos...bem ela não gostava nem de lembrar.

Não podia ficar deitada no chão, remoendo o passado. Afinal tinha uma confeitaria para inaugurar, empregados para contratar, mercadorias para receber... a vida continua. Levantou, ainda tropeçando nos próprios pés e cobertores. Estendeu a sua cama e fez a sua rotina matinal.

Preferiu vestir uma calça capri jeans e uma bata branca, prendeu os longos cabelos ruivos em um coque. Precisava estar confortável na montagem da sua loja. Pegou a caneca de café e desceu para loja, afinal as entregas começaria logo nas primeiras horas de manhã.

Orihime sempre foi apaixonada pela gastronomia, especialmente na área de confeitaria. Os seus amigos no ensino médio sempre falavam que ela seria um fracasso, devido as “misturas exóticas” comestíveis. Mas a sua habilidade culinária foi aperfeiçoado, e aprendeu que seus pratos precisavam de uma boa apresentação. Afinal, como diz aquela expressão: “comer com olhos. ”

A ruivinha foi um dos melhores alunos do curso de gastronomia, formando com notas máximas. Fizera estagio em melhores restaurantes, e até recebeu convites deles pós formatura. Ela recusou todos, e foi trabalhar em uma pequena famosa confeitaria numa cidade de interior. Ali sim, ela desvendou todos os segredos da doceira. Isso é uma pequena parte do seu sonho, afinal na verdade, sempre sonhou de ter o seu próprio negócio na sua cidade natal.

Este sonho, só está começando. Há dois meses voltara para cidade, olhou um ponto de comercio para sua loja. Não queria no centro da cidade, e sim no bairro próximo que morou. Para facilitar o seu dia-a-dia corrido, morar próximo do trabalho. Não que a sorte tinha sorrido para ela? Conseguiu uma pequena loja rustica com um pequeno confortável apartamento na sobre loja. O melhor não precisaria de reformas, foi apenas pequenos reparos.

Estava feliz. Mesmo que no seu último dia na cidade, antes de ir para faculdade não é boa lembrança. Não podia ficar triste. Ela escolheu o retorno, ficar próximos aos amigos e família. É isso! Não podia ter tempo para dolorosas lembranças.

Orihime estava recebendo uma entrega em frente da confeitaria, era última antes da entrevista que marcara com os “possíveis” funcionários. Assinou a folha de entrega e entregou para o mensageiro. Pegou a caixa na mão do entregador, virou se para entrar. A porta estava fechada. Suspirou-se. Como poderia ser tão lerda de não colocar um peso para manter a porta aberta? O vento deve ter a fechado. Ouviu que os entregadores já tinham ido, e a sua mão não estava alcançando na maçaneta.

— Quer ajuda? – ouviu uma voz próxima. Era uma voz masculina.

— Hmm, sim quero. – pediu.

— Me passa a caixa e você abra a porta. – falou a voz

Ela passou a caixa para o rapaz e assim conseguiu entrar na loja.

— Pode colocar em cima da mesa e muito obrigada. – sorriu em agradecimento.

— Não há de quê. – respondeu o rapaz, colocando a caixa em cima da mesa.

A ruiva ficou paralisada ao ver o rapaz de cabelos ruivos ao olhar para ela. Aqueles olhos castanhos chocolate. Seu coração acelerou-se. Ele permaneceu na sua frente, olhando para ela.

Silencio.

— Ichigo.

— Orihime.

As vozes de ambos saíram como um sussurro. Não sabiam que falar um com outro. Será que poderiam acertar as contas do passado agora? Orihime sentiu a sua garganta se fechar, abriu a boca para falar, mas não emitiu nenhuma voz. Não estava preparada para vê-lo. Tão certo, não agora.

—Quanto tempo. – o ruivo começou a falar quebrando o silencio insuportável -  Está trabalhando aqui? – perguntou ele.

— Sim. – respondeu ela timidamente – Na verdade, é minha confeitaria.

— Ah sim! – sorriu  - Vejo que está realizando um dos seus sonhos. – olhou para cada detalhe da loja. –Para quando a inauguração? – ele a tira dos desaveio.

— Será no sábado.

— Desejo boa sorte e que tenha bastante clientes. O seu bolo de chocolate era perfeito.

Ele tinha que lembrar desse detalhe? ” O bolo que ela sempre fazia para ele. O sino da porta é tocado, uma moça de cabelos rosa escuros entra na loja.

— Bom dia! – perguntou em mascar chiclete e outro. – Aqui está precisando de atendente?

— Oh sim! – respondeu a Orihime.

— Vou indo. Até mais, Orihime. – Ichigo despediu antes de sair da loja.

A ruiva acenou para ele e ficou vendo partir.

— Nossa que gato! – comentou a garota.

Orihime olhou para a garota.

— Vamos à entrevista. Trouxe seu currículo?

***

Ichigo já estava alguns quarteirões longe da confeitaria da Orihime. Pegou o seu celular do bolso e discou. Apenas alguns segundos de espera, foi atendido.

— Por que você não falou que a Orihime tinha voltado? – falou com um pouco de raiva.

— Estou bem, Ichigo. E você? – falou a voz zombeira

— Não muda de assunto, Arisawa. – falou ríspido – Deste quando você sabia?

— Deste sempre – riu –  Para ser exato: tem mais ou menos 2 meses. E que isso acrescenta na sua vida?

— Você sabe muito bem. – respondeu para amiga.

— Bom, que vocês se encontraram. Me poupou de falar sobre vocês. – falou sério – Agora, vocês param de lamentar a suas vidas amorosas comigo e resolva esse assunto logo. São 5 anos de lamentações, não aguento mais. Tenho que ir, beijinhos e boa sorte.

Desligara o telefone deixando o ruivo sem ação.

— Você me paga, Tatsuki. –grunhiu

****

Orihime estava sentada no balcão analisando os currículos dos candidatos, separou dois que achou que a entrevista foi boa. Não podia contratar mais, devido ser início do seu negócio. A porta da confeitaria foi aberta, a ruiva levantou o olhar e sorriu. A sua amiga, Arisawa Tatsuki. Orihime desceu do balcão num pulo e abraçou forte a morena.

— Assim me sufoca! – falou a morena. – Como vou lhe ajudar na arrumação?

— Desculpa. – desfez o abraço. – Agora falta pouco. – sorriu

— E o apartamento?

— Bem... este faltou muito.

— Viu só! Falta muito. – riu – Como foi seu dia? – já pegando as caixas de papelão em cima da mesa.

— Foi bem. – deu uma pausa – Eu vi o Kurasaki.

A morena parou que estava fazendo e olhou para ruiva.

— E aí?

— Não estava preparada ver ele assim. Não conversamos muito. – encostou na mesa próxima – Você também poderia ter me avisado que ele estava na cidade.

— Vocês dois, tão iguais. – suspirou – Ele me fez o mesmo questionamento. Mais cedo ou mais tarde vocês têm que resolver as suas pendencias.

— Arisawa...

— Não tem “mas” – olhou firme para ruiva – Até sobre “aquilo”, ele tem que saber.

— Não posso falar sobre isso com ele. Ele vai... me odiar.

— Igual ele tem que explicar sobre a noite da formatura. – respondeu a morena – Essa história de você tem que ser resolvida mais breve possível.

— Ele me traiu com...- sua voz ficara embargada.

— Tem certeza? Você fugiu e nem se quer deu a chance dele falar. E por isso, você vai o punir escondendo o “segredo”.

Orihime ficara pensativa, não queria desterrar o passado.

— Vamos fazer o nosso trabalho aqui. – deu um sorriso corajoso – Afinal como vamos inaugurar uma confeitaria desse modo?

— Certo. - sorriu

Continua...


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