5 Vidas escrita por Queen Stars


Capítulo 12
Entre céu e a terra. Capítulo Final




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Entre céu e a terra.

Capítulo Final

Deste a visita à fazenda dos pais de Ichigo, o casal estava cada vez mais próximo. Viviam cada momento como único, mesmo com as intensas batalhas. Mas nada disso, impediu que Ichigo fizesse a loucura... nem a feliz notícia que uniu o casal para sempre.

Orihime ainda estava sem compreender a situação. Encontrava sentada na maca do ambulatório vestia uma camisola verde, para exames. Seu olhar estava sem brilho, um olhar fixo, sem emoção. A sua mente vagava, a imagem da missão repetia na sua cabeça. Principalmente a última cena: a explosão da mini nave de Ichigo. Qual seria o proposito para o ruivo cometer essa loucura? Pelo quê?

A enfermeira entra no consultório acompanhada pela médica de cabelos comprido negros. Ela tinha uma prancheta nas suas mãos, aproxima da Orihime, com um olhar incerto. A ruiva sentiu as suas mãos suarem, apertou-as na camisola. Se controlou para demostrar o seu nervosismo. A médica retornou a olhar os relatórios.

— Você era próxima do capitão Kurosaki? -  fez a pergunta sem olhar para garota.

Orihime sabia que aquela pergunta era crucial. Qualquer deslize poderia ser o fim.

— Assim como todos da equipe. – respondeu sem vacilar.

— É interessante o juramento da equipe, caso um falece todos pararia com suas funções. Por coincidência foi com Kurosaki.

— Foi uma fatalidade. Não teríamos condições para continuar com nossas funções.

— Poderia ter uma ajuda psicológica...

— Não seria mesma coisa. – falou firme, não queria transmitir o verdadeiro sentimento que guardava dentro de si. – Vimos o nosso companheiro bem na nossa frente, como seria partir para novas missões com a cena na cabeça. Além do mais, já tivermos uma parte das nossas vidas roubadas aqui.

— Roubadas?- questionou a médica

— Sim, nós vamos obrigados a vim aqui e servir à Soul Society e largar família e sonhos...- sua voz alterou um pouco – Dar esse passaporte seria um prêmio para nosso mérito.

Ela precisava acalmar será que a médica desconfiava de algo, por isso tantas perguntas? Tudo que queria era sair dali.

— Faz todo sentido. – sorriu em resposta. – Bem, mocinha. Está tudo bem com você, nada foi alterado em comparação dos seus antigos exames. Tudo pronto para sua liberdade, aproveita e restaura alguns sonhos.- colocou a prancheta em cima da mesa. – Pode trocar e pode reunir com a equipe na sala do general.

— Obrigada. – desceu da maca e foi trocar de roupa.

Seria ultima vez que vestiria este uniforme, diferente da primeira vez que ia ao encontro do grupo, ela estava desanimada. Andava de devagar nos corredores, o seu pulsar não havia ansiedade e felicidade juntos... era fraco.

Abriu a porta da sala de reunião, o grupo já estava reunido menos a cadeira da ponta oposta do general.

— O grupo está reunido com a chegada da senhorita Inoue. – pronunciou o general – É com muito pesar que comunico o fim da equipe 15, sobre o comando do capitão Ichigo.

A ruiva não importou de ouvir as palavras do general, agora desejava sair dali mais breve possível. Agora, tinha de pensar aonde seria a sua nova moradia. Não podia voltar para casa de seus pais, pois tinha de esconder o segredo para Soul Society ou viver com mesmo sofrimento que seus pais de ter um filho arrancado dos seus braços.

A ruiva já encontrava do lado de fora, com a mala nas mãos e vestia como civil. Rukia junto com Renji e Sado aproximou da Orihime. A morena a puxou para um abraço de aconchego.

— Sinto muito. – sussurrou – Mas isto era necessário, para liberdade de vocês.

Liberdade, era isso. Soltar das correntes de Soul Society, viver em tranquilidade e ao longe dali. Os tempos de paz já estava aproximando novamente, deste que Ichigo destruiu o núcleo dos Hollows que custou a própria vida. Mas todo cuidado é pouco, a Soul Society manteria as equipes e não sabia se haveria mudanças na sua política interna.

— Obrigada por tudo. – respondeu Orihime após de um tempo. – Obrigada à todos, mesmo as circunstâncias, fui bem acolhida e senti feliz ao lados de vocês.

— Você será feliz. – falou Renji – As coisas irão ajeitar e você tem algo à proteger. Tenha esperança.

Uma caminhonete antiga vermelha estaciona à frente deles, era o senhor Kurosaki.

— Olá a todos! – cumprimentou o grupo.

— Em nome de todos, dou a condolências a família Kurosaki. – falou Rukia

— Eu agradeço. – falou o mais velho – Sei que fizeram ao meu filho. Estou aqui para outra coisa.

— Que seria senhor Kurosaki? – perguntou Renji

— Vim buscar a Orihime. – respondeu – A fazenda será o melhor lugar e a Soul Society não pode intervir nada por lá. É fora dos radar deles e o mínimo que posso fazer por você, Orihime. Eu sei o quanto você é especial para Ichigo.

— Mas senhor Kurosaki...- a ruiva tentou argumentar sobre a proposta.

— Não aceitarei objeções, vamos.

Pegou as malas das mãos da moça, deu um tempo para que ela despedisse dos amigos. Eles não irão ver, por um bom tempo até que tudo ali seja esquecido. Ela entrou no veículo e logo Isshin deu partida.

— Ichigo me contou, dias atrás, sobre o bebê. – falou o moreno após um certo tempo de viagem. A moça em resposta tocou no próprio ventre. – Não se preocupe, ajudaremos a cuidar-lo e proteger.

— Muito obrigada. – sentiu uma lagrima a correr no seu rosto. – Eu não sei que vai ser de mim daqui para frente.

— Será uma mulher forte, como sempre. – sorriu- ´E apenas uma fase.

A moça forçou um sorriso, e olhou para paisagem. O restante da viagem foi silenciosa.

Chegando na fazenda fora recebida pela mulher de cabelos castanhos claros que esperavam na varanda. Orihime foi recebida com um forte abraço da mulher, logo as duas filhas do casal apareceram recebendo a nova moradora da casa. Foi acolhida na sua nova família.

— Vem – disse a Masaki segurando as mãos da Orihime, levando para dentro da casa.

Orihime decorou aquele caminho, sabia para onde estava indo. Era o quarto de Ichigo.

— Desculpa, não tivemos tempo para preparar.

— Tudo bem. – falou com uma voz fraca.

A ruiva reparou cada detalhe, ainda havia a fragrância dele ali. Mas ao reparar a foto que estava no criado mudo ao lado da cama, que seu mundo desabou: a fotografia dos dois, tirada naquela noite na fazenda. A única foto que via que o Ichigo estava sorrindo.

Toda a sua força foi em vão, suas lágrimas escorriam no seu rosto. Sentiu as suas pernas bambearem. Logo, foi abraçada por Masaki. O seu desejo era que tudo aquilo fosse um pesadelo e que ao acordar, tinha a esperança de encontrar Ichigo ao seu lado.

Esperança...

Era uma tarde de verão, Orihime estendia roupa no varal ao lado da casa, enquanto a pequena Saki brincava. Olhou para céu, que estava sem nuvem. Lembrou quando era mais jovem e via as naves da Soul Society passava ligeiras no céu. Fazia um ano, que não havia nenhuma nave no céu. A paz havia restaurada. Uma lagrima caiu, a lembrança de Ichigo viera à tona. Como a pequena Saki, havia herdado os olhos de castanhos chocolates dele. Enxugou com o dorso da mão. Virou para trás para pequena Saki.

Sentiu seu corpo gelar, Saki havia desaparecido.

— Saki, Saki. – a chamou para que criança respondesse.

Ouviu o Kon latir em direção à entrada da casa, saiu correndo, gritando com toda a força do seu pulmão. O cachorro latia sem parar a figura que chegara na casa, Saki estava nos seus braços. Orihime parou ao ver a cena, levou a mão no seu rosto. “ Mas como? ” Não estava acreditando, seu coração aqueceu novamente. E finalmente pode sorrir novamente e suas lágrimas eram de alegria.

Finalmente céu e a terra estava junto.

~FIM~


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Notas finais do capítulo

Saki – Flor e esperança.





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