As Aventuras de uma Ruiva - 1° Temporada escrita por Anninha


Capítulo 1
Capítulo 1- Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bom?

Tá aí o início da Fic, espero que curtem, desculpem pelos erros minha gente!



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O pequeno embrulho se mexeu levemente, produzindo um estalo na base de madeira da cama. Um gemido preguiçoso escapou por entre o embrulho e os dois adultos velando o sono da filha, se permitiram sorrir.

—Filha?- chamou a Sra Granger, tocando gentilmente as costas da menina.

—Hm?- a ruiva resmungou, se entregando mais ao sono que a consciência.

—É hoje, pestinha!- disse o Sr Granger sorrindo, sempre brincalhão.A ruiva franziu a testa por debaixo das cobertas e então arregalou os olhos, despertando.Sentou-se na cama com uma rapidez surpreendente, encarando os pais.

—É hoje?- ela disse surpresa, e procurou seu calendário em sua escrivaninha.Havia um círculo vermelho bem notável no dia 1• de Setembro.-É HOJE!- a menina gritou sem querer, se colocando de pé sobre a cama e pulando sobre ela.O Sr e a Sra Granger riram, felizes pela filha.

—Tudo bem, agora acalme-se!- pediu o Sr Granger sorrindo.A ruiva pulou da cama para o chão, se sentando na cama e olhando para os pais.- Helena, você precisa comer e tomar banho antes de partirmos, e tem que se despedir de seus amigos, que chegaram em poucos minutos.-falou calmamente e seriamente, já que a ruiva tinha hiperatividade e era muito difícil controla-la quando se falava muito alto e com muita raiva com ela.

—Tudo bem! Banho. Café-da-manhã. Agora mesmo!-disse a ruiva agitada, correndo para o armário.Pegou uma calça jeans, uma camisa de manga comprida, suas roupas de baixo e partiu para o banheiro de seu quarto.

O Sr e a Sra Granger desceram para preparar o café-da-manhã.O início do dia sempre era animado para os Granger, uma vez que todos que moraram na mesma rua que eles, podiam apreciar a cantoria da ruiva no banho.Todo dia era uma música diferente, que era cantada com sentimento e muita animação.

Helena, ou a pequena peste, como era conhecida pelo bairro por aprontar muito, terminou o banho 10 minutos depois de uma boa lavada no corpo.Se secou com a toalha e se trocou o mais rápido possível.Pendurou a toalha no box e escovou os dentes.

Ao voltar para o quarto, pegou sua mochila preta já arrumada e voltou para o banheiro.Arrumou a escova de cabelo dentro de um saco e fez o mesmo com seus cremes, pasta de dente e escova de dente.Guardou tudo na mala e voltou para o quarto.Pegou seu celular e seu carregador e os guardou na mala.Ao caminhar para a porta, suspirou e olhou para o quarto que ficaria intocado por muito tempo.

—Tchau amigão.- sussurrou fechando a porta.Ouviu a campainha tocar e desceu as escadas correndo, enquanto sorria.Deixou a mala na escada e abriu a porta mais rápido que seus pais, que já estavam lá embaixo, a dois passos da maçaneta.

—Lena!- disse o garoto loiro de 20 anos, a pegando no colo e a rodopiando.Ela riu, o abraçado pelo pescoço e fechando suas pernas envolta da cintura do mesmo.-Ah sua pestinha, vou sentir sua falta.- ele sussurrou entrando na casa.A morena atrás dele o seguiu e fechou a porta, indo para a cozinha.Sabia que os dois precisavam de um tempinho a sós.Os dois se sentaram no sofá da sala e se encararam.

—Vou sentir sua falta.- sussurrou a ruiva um tanto triste, já que o loiro a sua frente era um amigo de longa data.

—Eu também vou pequena, mas você precisa ir.- ele disse acariciando o rosto da pequena a sua frente.Passou o dedo delicadamente sobre a cicatriz do rosto da ruiva e ela fechou os olhos, se controlando para não chorar.Iria sentir falta de todos, é claro, mas também estava com medo de falhar.-E outra, Hermione estará lá com você.-disse ele sorrindo.Ela abriu os olhos castanhos, e encarou os olhos azuis do amigo.

—Tem razão, com a Hermione lá, nem irei me lembrar de vocês.- ela se levantou, falando marota.Jackson riu, a pegando pela cintura e a puxando para seu colo.Ele começou a fazer cócegas nela, a fazendo rir.-Para!- ela gritou rindo, enquanto se debatia para escapar.

—Crianças!A comida 'ta na mesa!- gritou a Sra Granger da cozinha.Jackson riu, soltando Lena e correndo para a cozinha.A ruiva riu, caminhando para a cozinha e controlando a respiração ofegante.Se sentou em seu lugar habitual, entre seus pais, e começou a comer a panqueca que tinha em seu prato.

O café-da-manhã foi agitado na casa dos Granger. Helena fazia piadas e imitava animais enquanto comia, fazendo os quatro adultos rirem e se divertirem.

Quando terminaram, já era mais de 9h da manhã e o trem para Hogwarts sairia as 11h em ponto.As despedidas foram emocionante para a ruiva, mas ela se controlou para não chorar.Jackson e o Sr Granger guardaram os dois malões, o estojo de violão e a gaiola de Pullman, a fênix de Helena, dentro do carro com dificuldade, já que havia muitas coisas dentro das malas e com tudo guardado, os Granger partiram para a estação King Cross.

A viagem foi silenciosa e melancólica.Assim como a primogênita dos Granger foi para a escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, a caçula também iria e a casa ficaria vazia, sem a risada e animação que as meninas deixavam espalhadas por todo o canto da enorme casa em que viviam.

—Vocês sabem que iriei mandar cartas sempre não é?-disse Lena sorrindo fraco, a fim de tirar o silêncio chato que havia se instalado no carro.

—Claro que sim querida.Apenas vamos sentir sua falta.- disse a Sra Granger se virando para ver a pequena ruiva.A mulher a analisou.Helena é baixinha, o esperado para quem tem 10 anos, seus cabelos são ruivos acaju longos e cacheados, os olhos castanhos intensos grandes.O rosto delicado, com uma enorme cicatriz que o atravessava verticalmente.Por fora, um anjinho, por dentro, a peste em pessoa.Hermione uma vez já lhe dissera que nem os gêmeos Weasley eram tão engraçadinhos como Helena.

—Eu também irei mamãe, e muito.- falou a ruiva sorrindo para a mãe e para o pai, que a olhava pelo vidro retrovisor.Pelo resto do trajeto, a ruiva decidiu desenhar algo que vinha sonhando a alguns dias.Uma cobra.Uma cobra grande e escura, que daria medo até no mais corajoso.Estava terminando de pinta-la, quando o Sr Granger parou o carro em frente à estação King Cross.

—Chegamos Foguinho.- disse ele sorrindo, e se virando para trás para ver a menina.Ela guardava os lápis dentro do estojo, com o caderno de desenho já fechado.Guardou o estojo e o caderno dentro da mala e desceu do carro junto com os pais.Tocou dentro da bota esquerda rapidamente, apenas para confirmar se sua varinha estava ali, e sorriu, indo ajudar o pai a retirar as malas do carro e a botar no carrinho.-O que colocou nessas malas?Chumbo?- ele perguntou indignado, fechando o porta-malas.

—Livros.- a ruiva deu de ombros,os encarando.Apesar deles quererem a levar pelo menos até a pilastra, o Sr e a Sra Granger se despediram da ruiva na entrada da estação, para não sofrerem mais ainda com sua ida.A ruiva os abraçou com força, e ambos lhe devolveram o abraço.

—Minha filha, não arranje confusões!- pediu a Sra Granger seriamente,se afastando da filha.

—Não prometo nada,já que as confusões que vem até mim.- disse a ruiva marota, piscando um olho para seu pai.Ele riu e a Sra Granger o olhou severa, antes de voltar a olhar para a filha com um olhar sério.

—Tudo bem!Vou tentar me controlar.- a ruiva frisou o tentar propositalmente.

—Ah, vaza daqui sua peste!- falou a Sra Granger emburrada,fazendo pai e filha rirem.A ruiva os abraçou pela última vez e se virou para o carrinho com suas malas.Com muita dificuldade, ela o empurrou para dentro de King Cross e até a plataforma 9, onde teria que atravessar a pilastra para chegar a plataforma 9 3/4.

—Que isso de certo.- sussurrou, prestes a atravessar a pilastra.Empurrou com força o carrinho e fechou os olhos, passando o carrinho para dentro da pilastra.Ao ouvir várias vozes diferentes e um trem apitando, Helena abriu os olhos e ficou maravilhada com tudo que viu.Era mais do que perfeito, as cores, as risadas, a magia.Olhou em volta, para ver se achava sua irmã, falhando miseravelmente.- Depois eu a procuro.- falou sozinha,empurrando seu carrinho para onde várias outras pessoas deixavam suas coisas.- Senhor?- a ruiva chamou o homem loiro de costas.Quando este se virou, arregalou os olhos.Tanto pela cicatriz da garota, quanto pela semelhança que possuía com uma antiga amiga.

—Oh, olá.- ele se recompôs, pigarreando.- Gostaria de guardar suas malas?- ele perguntou e ela assentiu sorrindo.

—Por favor.- ela pediu, empurrando o carrinho para mais perto do bagageiro, que já estava lotado de malões, vassouras e gaiolas de animais.- Pobrezinhos!- exclamou chegando perto de um gatinho cinza preso dentro de uma gaiola pequena e desconfortável.

—Oh sim, é deplorável, esses jovens de hoje em dia...não sei o que possuem na cabeça.- falou o senhor loiro, decepcionado em como os animais eram tratados.O gatinho começou a miar desesperadamente, fazendo com que Helena abrisse sua gaiola em um gesto impensado e pegasse o gatinho de dentro da gaiola.

—Oh amigo, vai ficar tudo bem.- disse a ruiva delicada, acariciando seu pelo gentilmente.O senhor arregalou os olhos, vendo uma luz quase que imperceptível saindo da mão da ruiva, curando o gatinho.A ruiva não o percebeu, apenas dava amor ao gatinho, que se aconchegará em seu colo.

—EI!- uma voz brava e feminina gritou perto da ruiva.- Devolve meu gato!- disse uma morena brava, de uns 14 anos, com uma aparência oriental, chegando perto da ruiva e tentando lhe arrancar o gato de suas mãos.

—Cuidado!Vai machuca-lo!- disse a ruiva brava, se afastando da oriental.

—Você vai machuca-lo!Devolve meu gato!- gritou a menina indo para cima da ruiva e atraindo a atenção de seus pais e de outras pessoas.A ruiva se esquivou dela, ainda protegendo o gatinho e foi para perto dos pais da oriental, sem saber que a menina e os adultos tinham parentesco.

—Ele estava preso em uma gaiola menor que ele, chorando e miando!Você nem ao menos gosta do pobrezinho!- falou a ruiva determinada em proteger o gatinho.

—Isso não é da sua conta!Esse gato é meu!- falou a oriental brava.

—Eu o compro de você!- retrucou a ruiva séria.Os Chang ficaram impressionados ao ver a menina cuidar tão bem assim de um animal.E ficaram tocados com sua ação, já que a filha deles não gostava tanto assim do gato.

—Não será necessário,pode ficar com ele.- disse o Sr Chang calmamente, tocando no ombro da pequena ruiva.

—Mas Pai!- exclamou a morena surpresa e com raiva.

—Basta!- disse a Sra Chang com um olhar severo para a filha.-Você nem ao menos gosta do pobre gato!- falou severamente e a morena ficou quieta.A Sra Chang fitou a ruiva.- Desculpe querida, qual seu nome?- perguntou calmamente, olhando para o rosto da ruiva.Ficara surpresa é claro, mas ao contrário de muitos pela estação, não a repudiou.

—Helena Granger, Senhora.- disse a ruiva educamente, acariciando a pelagem do pequeno gato.

—A Srta Granger ficará com o gato, já que ela tanto o quer.- disse a Sra Chang séria.

—Insisto em pagar uma pequena quantia senhores.-falou a ruiva seriamente, encarando os dois adultos com seriedade.

—Nada disso!- disse o Sr Chang sorrindo gentilmente.- Ficará com o gato e pode levar a ração que compramos para ele também, creio que será mais útil e mais fácil para a criação dele.- disse o oriental polidamente.

—Eu os agradeço e peço perdão se causei algum transtorno entre os senhores e sua filha.Minha intenção não era essa.Eu sou muito impulsiva e sou muito protetora de animais.- a ruiva se desculpou ,realmente arrependida.O Sr e a Sra Chang sorriram para ela.

—Não tem problema querida.Aconselho a procurar uma cabine para você,antes que não sobre nenhuma.-disse a Sra Chang carinhosamente, nutrindo um sentimento estranho pela ruiva.

—Obrigada!- a ruiva os abraçou sorrindo, surpreendo os três Chang presentes.Ela os soltou e andou até o guardador de bagagem.O agradeceu pegando seu estojo de violão e sumiu trem a dentro.

—Vocês deram meu...- a morena oriental começou brava e se interrompeu ao ver o olhar feroz dos pais.Ela bufou, indo para perto de seus amigos.

—Querido, você sentiu isso?- perguntou a Sra Chang surpresa ao seu marido, se distanciando de todo aquele barulho na estação.

—Era a mesma magia que a dela.- disse o Sr Chang tão surpreso quanto a esposa.Os dois pensaram um pouco, absortos em seus próprios pensamentos e não ligando para o cenário em volta.

—Esse ano será agitado.- disse a Sra Chang antes de se aproximar da filha para se despedir dela.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha sido boa a leitura, até a próxima!



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