A Mágica De Dentro escrita por Escritora Desconhecida


Capítulo 9
CAPÍTULO NOVE- O Inesperado.




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Escuto duas pessoas conversando perto de mim, eu abro os meus olhos, me levanto e vejo meu pai e o Enrico na cozinha. Eu fico parada tentando escutar a conversa.

—Mas por que você bateu nela? -Meu pai pergunta entristecido.

—Eu não bati de propósito, tive um lapso, pelo estresse.

—Isso não é desculpa. Não existe desculpa pra agressão, nunca.

—Eu sei. Quero me desculpar, mas ela me evita.

—E você culpa ela?

—Não... -Ele fala respirando fundo.

Eu vou até o banheiro, para tomar um banho antes de ir para escola. Quando estou prestes a sair de casa o Enrico para do meu lado.

—Rebeca. Podemos conversar? Quero me desculpar.

—Depois Enrico, tenho que ir pra escola. -Falo saindo e fechando a porta atrás de mim.

Chego na escola cedo, tento entrar na minha sala, mas ela ainda está trancada, sento no corredor esperando, coloco minha cabeça nos meus joelhos, caindo no sono rapidamente, por aproximadamente dois minutos. Acordo com o som da chave sendo colocada na fechadura, olho para a moça abrindo a porta e agradeço enquanto entro na sala, seguida de uma garota que sentava sempre na frente. Depois de um tempo mais alunos começam a chegar e sentar nos seus lugares. Sinto meu celular vibrar no meu bolso.

C: Beca... Podemos conversar?

R: Fiz merda?

C: Hahahaha não, mas é meio sério.

R: E vc quer falar pessoalmente ou por msg?

C: Pessoalmente. Posso passar aí depois da aula?

R: Claro, mas agora vc me deixou curiosa hahahaahah.

Eu resolvo ir beber água, então me levanto e ando até o bebedouro, que fica do lado da sala do Enrico. Enquanto eu bebo um pouco de água e acabo escutando uma conversa.

—Vai professor. Por favorzinhoo... -Porra essa é a Melissa? – Preciso de nota, e faço qualquer coisa...

Ai que vadia, ela tá dando em cima do Enrico, se ela soubesse que ele é gay.

—Para Melissa, nada vai acontecer, ou melhor, uma coisa vai acontecer, você vai ficar de recuperação. Ah, e se eu descobrir que você fez isso de novo eu vou me certificar da sua expulsão.

Porra! Isso ia ser foda, melhor eu sair daqui antes que eles saiam da sala. Quando eu começo a andar de costas, esbarro em alguém.

—Desculpa, foi sem querer. -Eu falo me virando e vejo o professor sombrio sorrindo atrás de mim.

—Não foi nada. -Ele fala enquanto o sinal toca. -Podemos conversar?

—Tenho que ir pra sala professor. -Falo cuspindo as palavras.

Eu vou até minha sala, brava, e sento do lado do Enzo, que estava olhando seu celular. Eu olho para o celular dele e vejo uma nude do Leo aberta.

—Lorenzo! Safado, não olha essas fotos aqui. -Eu falo bloqueando a tela dele.

—Ai, desculpa Beca. -Ele fala rindo.

—Vocês já estão nessa fase? -Eu pergunto curiosa.

—Acho que sim. -Ele ri.

—Eu sei que provavelmente você não é mais virgem... Mas ele é, então não seja cuzão. -Eu sussurro.

—Bom, eu não sou virgem, mas nunca fiz com um homem antes, então eu meio que sou virgem. -Ele fala rindo desconfortavelmente.

—Ah... Desculpa, não sabia-

—Relaxa. -Ele me interrompe. -Temos aula com o Enrico agora. -Ele fala enquanto o Enrico entra na sala.

—Bom-Dia alunos.

Algumas pessoas respondem com sono.

—Que animo hein?! -Ele fala rindo. -Vamos começar?

Ele começa a falar sobre colisões, enquanto eu começo a brisar olhando para ele, eu nem percebo o tempo passar e quando olho as horas já está no final da aula.

—Gente é isso, alguma dúvida? -Ele pergunta e todo mundo nega.

O sinal toca e ele sai apressadamente da sala, as outras duas aulas passaram muito rápido, e quando eu percebo está na hora do intervalo.

—Enzo eu vou ficar aqui dormindo.

—Tem certeza Beca? -Ele pergunta preocupado.

—Tenho sim. -Falo sorrindo. -Só estou com sono.

Ele concorda e sai, eu deito a minha cabeça na mesa e começo a sonhar. Estou num lugar escuro, olho para os lados e não vejo nada. E de repente uma luz branca surge em cima de mim, me cegando, quando meus olhos se acostumam com a claridade eu os abro. Vejo o Enzo de costas.

—Enzo. -Eu o chamo. -Enzo?

Eu paro atrás dele e o cutuco, quando ele cai no chão e a sua cabeça sai rolando se separando do seu corpo. P-O-R-R-A! Eu saio correndo na outra direção e vejo o Felipe deitado no chão, do mesmo jeito que eu encontrei ele no metrô. Eu começo a chorar, olho para os lados e vejo a Gabi e o Leo deitados.

—Não... Não. -Eu acordo falando.

—Aberração. -A Melissa fala rindo enquanto passa pela porta.

—Pelo menos eu não sou uma prostituta. -Eu murmuro.

Olho para o lado e vejo o Willian me olhando.

—Que saco cara, desencana. Não é não! -Eu falo me levantando e andando em direção da porta. E sem eu tocar na porta ela se bate atrás de mim emitindo um som muito alto.

Passo na porta da sala do Leo e vejo ele e o Enzo se pegando, resolvo então procurar a Gabi, que aparentemente faltou. Vou até o banheiro e espero o sinal tocar, para evitar o Willian, o sinal toca e eu vou para a minha sala.

As outras aulas passam muito mais devagar, os professores pareciam mais entediados do que eu, o que era basicamente impossível, já que naquele momento eu ia preferir estar morta a ouvir mais uma vez: “Reino, filo, classe, ordem, família, gênero, espécie, não se esqueçam da ordem. ”

Quando as aulas acabam eu evito o Enzo e o Leo e vou à procura da Cami, que estava me esperando nos portões da escola.

—Oi Beca! -Ela fala com uma aura amarela.

—Oi Cami, tudo bem?

—Tá sim... Eu queria te perguntar se você quer sair comigo?

Eu fico chocada e ela me encara assustada.

—Foi uma pergunta idiota. -Ela fala e sai correndo, antes que eu fale alguma coisa.

—Cami...

Eu me viro para ir embora e sinto uma mão segurando forte o meu braço.

—Ei! Me solta cara. -Eu falo virando o rosto para o encarar.

—Rebeca a gente precisa conversar. -O Willian fala ainda me segurando.

—Eu não vou em nenhum lugar com você me segurando assim.

Ele respira fundo e me solta.

—Podemos ir pra minha sala?

—Saco... Pode ser.

Eu entro na escola e o sigo até a sua sala.

—Fala rápido. -Eu falo brava.

Ele tranca a porta e força um beijo.

—Para! -Eu grito empurrando ele.

Ele me empurra contra a parede com força e me beija, enfiando a língua dele na minha boca, enquanto eu tento me libertar. Ele segura os meus pulsos sob a minha cabeça me beijando com mais força. Ele para por um tempo e se vira para a sua mesa, eu tento abrir a porta, mas ela está sem a chave. Eu me viro assustada para ele, que tirou todas as coisas da mesa dele.

—Willian, abre a porra da porta agora! -Eu grito. -Socorro!

—Ninguém vai escutar, as salas são a prova de som.

Ele chega perto e me levanta, depois me coloca na sua mesa, me beijando. Eu tento o empurrar e ele pega uma corda e prende os meus braços num gancho na mesa. Ele tira a roupa dele e começa a desabotoar a minha calça.

—Tentei ser o cara legal, te levar num encontro. E você se fez de difícil. -Eu começo a chorar. -Agora você vai ver como eu sou bom nisso.

Ele tira a minha calça enquanto eu esperneio, ele prende as minhas pernas separadas com as pernas deles. Ele pega a minha calcinha e rasga com a boca, forçando a língua no meu clitóris, me fazendo me chorar mais ainda. Ele me beija e tira a sua cueca, depois enfia o seu pênis em mim, com força me machucando muito. Ele fica forçando por um tempo, até que ele solta um gemido alto, sai de cima de mim e solta os meus braços. Eu começo a tremer muito forte e ele sorri. Eu tento me sentar, mas a dor é mais forte, eu levanto a minha cabeça e vejo sangue nas minhas pernas, me fazendo chorar mais forte.

—Foi bom não foi? -Ele ri. -Não achei que você fosse virgem.

Eu faço muita força e consigo me sentar, procuro a minha calça e tento colocar ela, demoro mais tempo que o normal, pela minha tremedeira. Depois de um tempo consigo me levantar e ando, tremendo, em direção a porta. Ele me olha, sorri e abre a porta.

—A gente deveria fazer isso de novo. -Ele fala rindo e fecha a porta depois que eu saio.

Eu pego o meu telefone e ligo para a primeira pessoa.

R: Alô? -Eu falo chorando.

E: Rebeca? O que aconteceu?

R: Enzo... Me ajuda?

E: Claro gatinha, me fala o que você precisa.

R: Vem pro colégio, agora, por favor.

E: To indo... Me espera na saída.

Eu desligo o celular e vou até o banheiro para lavar a minha cara. Depois ando devagar até a saída.

Espero um tempo, ainda tremendo, e vejo o Enzo correndo, com a cara assustada quando me vê.

—O que aconteceu? -Ele fala me abraçando. -Você tá tremendo...

—O Willian... -Eu começo a falar mas sinto meu corpo ficar pesado, e desmaio.


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