A Mágica De Dentro escrita por Escritora Desconhecida


Capítulo 8
CAPÍTULO OITO-Más Notícias.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/738952/chapter/8

              Eu acordo feliz, lembrando-me do meu pai expulsando o Enrico, mas logo esse sentimento é abafado pela minha dor na bochecha direita, a mesma que o Enrico estapeou. Eu olho o meu celular e reparo que preciso sair de casa o mais rápido possível, então eu me troco rapidamente e saio para o colégio correndo, passando pelo meu pai vendo o jornal que falava que hoje a chuva ia ser maior e mais forte que a de ontem, é impressão minha ou eu estou sempre atrasada?

              Chego no colégio arfando e vou até a minha sala, dessa vez eu chego um minuto antes do sinal tocar, entro na sala e sento na cadeira do lado do Enzo, enquanto algumas pessoas me encaravam e cochichavam. O Enzo vira para mim e se assusta.

              -Beca... -Ele olha para mim muito preocupado. -O que aconteceu?

              -Que cara é essa, querido? -Eu falo sem entender.

              -Tem uma mão na sua cara. Quem te bateu? Eu vou acabar com ele...

              -Tá tudo bem. -Falo acalmando ele.

              -Quem foi? Seu pai?

              Eu rio.

              -Meu pai nunca faria isso, foi o otário ali. -Falo apontando para o Enrico, enquanto ele entra na sala.

              -Mentira? -Eu aceno que não com a cabeça. -Filho da puta.

              -Bom Dia classe. -Ele fala interrompendo a gente, e sorri quando vê minha cara.

              Depois de cinquenta minutos com o Enrico estragando física para mim, eu fico feliz em ver que teremos um período livre, e relaxo na minha cadeira, mas não por muito tempo, já que escuto meu nome ser chamado na porta da sala, levanto meus olhos e vejo o Willian parado lá. Eu me levanto e vou até ele, que olha a minha bochecha e depois meus olhos.

              -Posso falar com a senhorita na minha sala?

              -Claro. -Respondo fazendo uma cara estranha.

              Nós passamos pelo corredor e entramos na sala dele, ele fecha a porta atrás de mim.

              -O que aconteceu? -Ele pergunta passando a mão de leve no meu rosto, mas mesmo assim causando uma leve dor.

              -Não foi nada. -Falo sorrindo. -Você me chamou aqui pra que?

              Ele me encara preocupado por um tempo.

              -Supostamente eu tenho que brigar com você por ter faltado ontem. E tenho que te obrigar a ficar pra duas aulas hoje. -Ele fala com um sorriso de lado.

              -Professor... -Eu falo pensativa. -O que aconteceu ontem...

              -Willian. -Ele me interrompe.

              -Que?

              -Quando não estivermos em aula, pode me chamar de Willian.

              -Ah, claro, obrigada. -Falo sorrindo enquanto ele chega mais perto e eu dou um passo para trás e me esquivo dele. -Não me leve a mal, você é muito gato, mas isso não é errado? Sem contar todas as outras alunas que você está pegando. -Falo pensando na Melissa, que ontem se gabou nas redes sociais de ter conversado com um professor particularmente.

              -Não pareceu errado ontem, e sobre outras alunas, não se preocupa, não tem outras. -Ele fala sério, esperando uma reação.

              -Eu acho que a gente deveria parar. -Eu falo enquanto ele põe a mão na minha cintura. -Eu não faço isso.

              -O que? -Ele fica curioso.

              -Ficar com pessoas sem antes sair com elas.

              Ele pensa por um segundo.

              -Vamos resolver isso então. -Ele fala antes de me dar um selinho. -Quer sair comigo?

              E quando eu fui recusar.

              -Sim. -Eu falei me surpreendendo, fazendo ele sorrir.

              Ele se afasta e vai até a sua mesa pegar alguma coisa, quando alguém bate na porta.

              -Entre. -Ele fala.

              Eu observo a porta se abrir para revelar a Melissa entrando rindo.

              -Oii gato. -Ela fala antes de me ver. -Ah, você tá ocupado ela me olha de cima a baixo. Te espero aqui fora ela fala piscando. Não demora. -Ela fala saindo e fechando a porta atrás dela.

              -“E sobre as outras alunas, não se preocupa” -Falo irritada jogando as coisas da mesa nele. -Não olha mais na minha cara. Por favor e obrigada.

              Saio da sala com raiva e vejo Melissa me olhando. Eu respiro fundo.

              -Esse aí é todo seu. -Falo saindo de perto não me sentindo muito bem.

              Encontro o Enzo na sala.

              -Beca tá tudo bem? -Ele pergunta.

              Eu não o repondo, sento na minha cadeira e não me levanto até a hora do almoço. O Leo e a Gabi andam até a nossa sala, para saber por que estávamos demorando, eu me levanto e começo a agir normalmente, indo em direção ao restaurante em frente ao colégio.

              Quando sentamos sinto meu celular vibrar, várias vezes.

              Novo E-mail:

                            Rebeca... Não é o q vc tá pensando.

              Novo E-mail:

                            Rebeca, por favor, não me ignora...

              Novo E-mail:

                            Me dê uma chance de te explicar.

              Comecei a apagar esses e-mails, enquanto mais iguais chegavam, eu nem lia mais, silenciei o telefone e comecei a almoçar. E no meio do almoço o Enzo me mostra seu celular.

              Novo E-mail:

                            Senhor Lorenzo Carvalho,

                            Estava trocando e-mails com sua colega Rebeca Basile e percebi que a mesma não retorna mais meus e-mails. Você poderia checar se há algum problema para como recebimento dos mesmos.

                            Agradeço sua atenção,

                            Professor Willian.

              -Stalker. -Eu falo. -Manda ele à merda.

Depois lembro das nossas aulas especiais e fico brava.

—Gente vou falar com a mãe do Enzo, já volto.

Volto para o colégio e vou até a sala da Laila.

—O que aconteceu no seu rosto?

—Nada. Preciso falar com a senhora sobre uma coisa importante.

—Fale querida. -Ela fala prestando atenção em mim.

—Eu percebi que o professor Willian me inscreveu numa aula especial de geografia baseado num trabalho que não tivemos tempo de concluir adequadamente. E gostaria que a senhora me tirasse dessas aulas.

—Não entendi por que eu deveria retirar você das aulas.

—Eu tenho uma média excelente em geografia, pode olhar, na sua grande maioria são noves. -Eu olho para ela que está visivelmente querendo ignorar meu pedido, e penso. – E também, minha vó veio me visitar da Itália, e não vai poder ficar muito tempo, preciso dedicar meu tempo a ela, já que ela é uma pessoa idosa.

—Tá bom Rebeca... Você está livre dessas aulas se você manter nessa média.

—Obrigada. -Falo sorrindo e respirando fundo.

Quando saio da sala dela, vejo o Willian andando em minha direção.

—Rebeca. -Ele me olha triste.

—Oi, professor. -Falo passando rápido, ignorando o que ele fala atrás de mim.

Quando saio do colégio vajo o pessoal reunido na porta.

—O que você foi falar com a minha mãe? -O Enzo pergunta curioso.

—Fui pedir pra ela me tirar daquela aula especial de geografia com o sombrio. Não ia aguentar cinquenta minutos seguidos sozinha com ele.

Todos me olham preocupados.

—Tá tudo certo gente, relaxa. Vamos no cinema? Lançou um filme de terror novo que eu queria ver.

—Terror? -A Gabi fala meio assustada.

—Relaxa, eu te protejo. -O Leo diz forçando o bíceps.

Fomos indo em direção ao shopping, conversando e rindo. Chegamos no shopping e fomos direto ao cinema, durante o filme a Gabi deus uns gritos, que fizeram eu e o Leo rirmos muito, quando o filme acabou fomos comer.

—Vamos comer pizza? -O Enzo sugere.

—Sim! -Eu e o Leo falamos animados, enquanto a Gabi concorda com a cabeça e ri.

—Eu vou lá comprar. O que vocês querem? -O Leo pergunta.

—Pepperoni. -O Enzo pede.

—Quatro queijos. -A Gabi e eu falamos em uníssono rindo.

Ele ri e saí até o restaurante.

—Gente. -Eu falo. -O que vamos fazer pra convencer a mãe dele à não se mudar?

Eles me olham e depois se entreolham.

—Acho que podemos conversar com a mãe dele para falar sobre ele estar no último ano do colégio, e que ele vai ser maior de idade em um ano. -A Gabi sugere.

—Amei. -Falo sorrindo.

—Eu também. -O Enzo fala abraçando a Gabi.

O Leo volta com a pizza na mão, depois que ele se senta começamos a conversar, quando de repente sinto um toque no meu ombro, e todo mundo olha pra cima de mim com raiva.

—Não toca nela cara! -O Enzo fala se levantando.

Eu viro a cabeça e o vejo, me olhando, ignorando o Enzo falando com ele.

—Podemos conversar? -Ele me pede.

—Não tenho nada pra falar com você. -Falo virando para a frente.

—Se manca, ela não quer falar com você. -O Leo fala encarando ele.

—Rebeca...

—Sai daqui sombrio. -A Gabi fala, empurrando ele.

Ele me olha mais uma vez, eu o ignoro, e então ele se vira e vai embora. O Enzo se senta novamente.

—Tá tudo bem Beca? -O Leo pergunta me olhando preocupado.

—Tá sim, mas eu preciso ir pra casa.

Eles me olham preocupados e acenam com a cabeça. Eu me viro e vou em direção ao metrô, e sentado no assento esperando o metrô está a Cami mexendo no celular, e do seu lado está o Willian olhando para o teto. Eu me escondo atrás do pilar e mando uma mensagem para a Cami.

R: Cami.

C: Oi Beca, que foi?

R: Eu tô na mesma estação que vc, escondida atrás desse pilar.

Olho pra ela, e ela levanta a cabeça, me vê e sorri.

C: Vem cá!

R: Não posso... Tá vendo esse cara do seu lado?

C: Esse bad boy gato?

R: Isso, eu tô evitando ele.

C: Nossa eu nunca evitaria ele. Yummy ;P

R: Espera ele ir embora e vamos juntas?

C: Ok, vc que sabe.

Esperamos um tempo, mas ele não entrava em nenhum metrô que passava.

C: Beca eu quero esperar, mas preciso ir embora.

R: Tudo bem... Relaxa.

Eu olho para ela, que me olha triste enquanto entra no metrô. Depois de um tempo eu vou até o metrô e entro escondendo a minha cara com um capuz, que descubro não ter adiantado quando sinto uma mão no meu ombro.

—Rebeca.

Eu tento sair mas a porta se fecha na minha frente.

—Agora você tem que falar comigo.

Eu olho para ele, com lágrimas nos meus olhos, mas luto para que elas não caírem. Tento me afastar dele, mas o metrô está lotado, ele tira a sua mão do meu ombro e tenta colocar no meu rosto, mas eu o impeço segurando o seu pulso.

—Me escuta... -Ele pede triste. -Quando eu disse que não fiquei com mais ninguém eu falei sério. -Ele me olha esperançoso.

E eu o ignoro olhando para cima deixando algumas lágrimas caírem.

—Quer saber? -Eu falo. -Não tem problema, a gente ficou uma vez, e pronto. Acabou. Pode ficar com quem você quiser, não é problema meu. -Eu falo saindo do metrô enquanto o aviso das portas apita, fazendo as portas se fecharem atrás de mim.

Vou para a minha casa. Quando chego desmaio na minha cama, com a mente lotada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Mágica De Dentro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.