Um Bonito Amor escrita por Brêh SF


Capítulo 44
Chegamos ao fim


Notas iniciais do capítulo

Oiiii!!!!!!!!!!
Já temos mais um cap....
Não ler muito as notas iniciais não e vms logo ler...



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Não sabia o que me esperava nessa conversa com Raul. Bom, posso até imaginar. Mas, o fato é que eu estava bastante nervosa por não ter certeza do que passaria. 

— Tem certeza que vai falar com ele? - Raquel pergunta. 

Ela estava escorada na porta de meu quarto esperando eu me arrumar. 

— Sim, tenho que ir. - Respondo colocando um leve batom em meus lábios. 

— Se eu fosse você, não iria. - Ela diz sentando-se em minha cama. Me viro para ela. 

— Por que? 

— Se ele que quer falar com você, então porque não vem até aqui? - indaga. 

— Bom, eu também quero falar com ele e você sabe. 

Ela não me responde, mas sinto que está me observando. Depois de algum tempo ela decide falar: 

— Acho que eu jamais daria certo com Raul. - Ela diz e então tem minha atenção. 

— Porque diz isso? - Pergunto me sentando ao seu lado. 

— Eu não sou tão passiva como você, e jamais deixaria ele me tratar da forma como ele te trata. - Diz sinceramente. 

— Está dizendo que estou em um relacionamento abusivo? 

— Não é isso, apenas que você é muito boazinha e as vezes ele aproveita, como agora de você ir atrás dele, sendo que ele tinha que vir. - Fala com um pouco de raiva. 

— Se o amasse, você não seria capaz de fazer o mesmo? - Pergunto. 

Ela balança a cabeça negativamente. 

— De jeito maneira, se ele realmente quisesse reconciliar, ele que viesse atrás, afinal eu não havia feito nada de ruim, no caso você não fez nada de ruim. 

— Mas, eu errei com ele, não falei da sua mãe e... 

— Ah, Gilda não tenta justificá-lo, havia maneiras de ele entender o seu lado, mas ele apenas resolveu ser orgulhoso. Se te amasse de verdade, não renunciaria o seu amor por causa de uma mentirinha boba que você nem teve tanta culpa assim, a culpa foi da própria mãe dele. 

Ele termina de falar e eu fico pensativa, talvez Raquel tenha razão, talvez eu estivesse me valorizando muito pouco. 

— O que eu quero dizer é que, não tinha porquê ele te magoar tanto assim só porque ocultou o caso da mãe dele, isso se resolveria com uma boa conversa e... - Ela se aproxima de mim com o olhar penoso. -... eu me sinto mal ao ver que outra pessoa está te fazendo sofrer, porque desde que chegou aqui e até um tempo eu fiz da sua vida impossível e agora que te aceitei e aprendi a te querer com minha irmã, me dói na alma que outra pessoa possa fazer o mesmo com você, você é muito boa Gilda, não merece sofrer. 

Me comovi com as palavras, ela já não era mais aquela que era carregada de ódio, eu senti que me falava com sinceridade. 

— Não se preocupe, eu prometo que não vou deixar ninguém me magoar, nem mesmo Raul. - Tranquilizo-a. 

— Espero mesmo. - Diz ela não muito segura das minhas palavras. 

Consultei as horas e já estava um pouco tarde, então me despedi de Raquel e segui para o escritório de Raul. 

Vi Yamilex que estava concentrada anotando algumas coisas e assim que notou minha presença ali, me disse:

— Gilda, que bom te vê! - Ela ficou bastante feliz em me ver ali.

— Que bom te vê também, como você está? - Pergunto me aproximando de sua mesa.

— Bem, obrigada. E você parece ótima. - Me diz com um brilho nos olhos.

— Sim, estou bem. 

E então ficamos em silêncio, ela porque parecia curiosa em me perguntar algo e eu por  ficar ansiosa sobre o quê queria saber.

— E então, é... Por que veio até aqui? - Perguntou um pouco sem jeito.

— Bom... Raul me chamou. - Respondo.

— Sério? Então acho que você já pode entrar. - Disse ela com um olhar cúmplice e eu fico sem graça.

— Mas, ele não está com algum cliente?

— Não, está sozinho, você pode entrar. - Disse indo em direção a porta para me anunciar.

Eu a acompanhei e meu coração batia mais forte a cada passo que eu dava, não entendia porque estava tão nervosa, não era hora, era hora de ser firme.

Assim que Yamilex me anunciou ele pediu para que eu entrasse e assim o fiz.

— Você veio. - Ele disse enquanto organizava alguns papéis. - Sente-se.

— Sim, você pediu para eu vir, que precisava falar comigo,e... - Dou uma pausa, eu mal consigo olhar em seus olhos. - ... e eu também preciso falar com você.

E com isso tenho a atenção dele, e quando me olha sinto um frio correr pela minha espinha, fico em total desconfortável. Tento permanecer firme, eu não poderia ser ter tão fraca, mas ele acaba me olhando de um jeito diferente, seus olhos estavam mais escuros do que o normal, e seu semblante era como se fosse de um alguém manipulador. Realmente estava me sentindo muito pequena diante dele.

— E o que você tem para me dizer? - Pergunta ainda me olhando daquela maneira manipuladora.

— É...bem, é que...

— Por que gagueja tanto? - Pergunta aproximando seu  do meu e involuntariamente eu afasto.

— Porque não me diz você primeiro? - Tento evadir-me.

Ele pensa e em seguida se joga para trás se encostando em sua poltrona.

— Tanto faz. Vou dizer porque te chamei até aqui hoje.

Ele então se levanta e começa a andar pelo escritório e logo parando próximo a mim.

— Primeiramente, não pense que eu te chamei aqui para reconciliarmos. - Disse curto e grosso.

Mas, como assim? Eu sinto raiva de mim agora por ter chegado a pensar nisso. Mas, acredito que quando souber do nosso filho esse pensamento dele irá mudar. Outra coisa que me deixou desconfortável, foi o fato dele nem sequer perguntar de como eu estava, isso foi bastante ruim.

— E então para quê me chamou aqui? - Digo tentando chegar no mesmo tom dele, e me levanto também.

— Por que algo me deixou inquieto e eu quero ouvir da sua boca sobre isso. - Responde e eu fico pensativa.

O que poderia ser?

— Então me diga o que é. - Falo.

— E sabe quê? Eu sei perfeitamente o que você quer falar comigo. É sobre o bebê que está esperando.

Meus olhos e boca se abriram automaticamente, e me pergunto de como ele ficou sabendo.

— Como...Como sabe?

— Não importa como eu soube, o que importa realmente é: Por que mentiu para mim mais uma vez?

Ok. eu não estava entendo exatamente onde ele queria chegar, mas se for por não o ter contado rapidamente, ele terá de saber que ia fazê-lo se ele não estivesse fazendo amor com a descarada da Mariza.

— Eu ia te contar, acontece que teve o acidente e...

— Não tenha isso como pretexto, esse caso já vem de antes, então se você não queria mais estar comigo, porque simplesmente não me disse? - Fala ele colérico.

— O quê? Do que você está falando? - Pergunto sem entender.

— Não se faça Gilda. - Ele solta um suspiro profundo e vira de costas para mim.

— Raul, por favor seja mais claro, eu..

— Você tinha um caso com o Landaeta e engravidou dele! - Esbravejou.

Seu olhar agora era de raiva, muita raiva, eu sentia como se quisesse colocar suas largas mãos em meu pescoços e me enforcar.

— Raul, que loucura é essa que você está dizendo, eu...

— Eu pensei que você diferente de todas, mas agora vejo que é exatamente igual, ou quem sabe pior. Você não faz idéia do quanto eu odeio você, Gilda Barreto.

Suas palavras entravam em minha cabeça e rodavam, eu não conseguia entender. De onde ele tirou de que meu filho era de Raimundo.

— Eu não sei do que você está falando, esse filho não é do Raimundo, esse filho... é seu! - Digo com a voz elevada.

Não sei se havia contado alguma piada, mas ele começou a rir, e isso me deixou com muito mais medo e muito mais nervosa.

— Meu? Era esse seu plano? Ah, por favor, eu tenho cara de idiota pra você, VOCÊ ME VÊ COMO UM IDIOTA?!!! - GRITOU.

— Não grita comigo! - Ordenei alterada. - Você está louco, eu não sei quem inventou todas essas baboseiras para você, claro, só pode ter sido aquela bruxa da Mariza e você como a ama agora, acreditou!

— Pense o que quiser, o fato é que você me enganou, mais uma vez e da pior maneira, de um jeito que eu jamais poderia imaginar. - Disse ele.

— Raul, não é possível que vivendo um tempo você não me conheça o suficiente para saber que eu jamais faria algo assim, até por que o único homem que eu amei e me entreguei na vida... Foi você.

Realmente não poderia acreditar no que estava acontecendo, eu cheguei ali com algumas esperanças, mas não poderia saber que Raul saísse com essa de que Raimundo era o pai de meu filho e que nós tínhamos um caso.

— Não fale em amor, por que essa palavra sai envenenada de seus lábios. - Ele diz friamente.

— Raul... Por que está agindo assim, porque está me dizendo essas coisas? - Tentei segurar, mas as lágrimas acabaram saindo de meus olhos. -Eu... só amo você...

— O que pretende realmente Gilda, o quê? Acha que porque um dia conseguiu o meu amor e me mudou, acha que pode rolar e pisar do jeito que te der vontade em meus sentimentos? Acha que assim vai me ter como um cachorrinho em suas mãos, acha mesmo? - Ele se aproxima de mim. - Pois se engana redondamente, por que o único que conseguiu foi o meu ódio por você, isso sinto Gilda, ódio.

— Eu jamais poderia imaginar que pudesse me dizer coisas tão duras. Raul, pensa, o filho que estou esperando é seu. - Digo e ele não parece acreditar, sua expressão era de nojo para comigo.

— Meu filho? Não tente esse joguinho comigo. - Diz se afastando de mim.

— E como está seguro de que não é seu, em que te baseia para ter certeza de que o filho que estou esperando não é seu? 

— Deixa eu refrescar sua memória, já que você está aí fingindo que nada aconteceu. Por exemplo, seus encontrinhos constantes com o Landaeta dizendo que o estava ajudando com seus trabalhos acadêmicos, quando na verdade estavam se amando por minhas costas, um outro exemplo é quando fui ao seu apartamento pela manhã e lá estava ele, apenas de bermuda. Como quer que eu acredite em você? Hã?

Ele estava louco, irracional, as coisas não foram assim. Ele não poderia acreditar nisso.

— É verdade que eu o ajudava com os trabalhos acadêmicos, mas é só isso Raul, nada mais aconteceu entre nós, se quiser pergunta ao próprio Raimundo, ele irá te confirmar que o que eu disse é certo. - Digo em súplica.

— Ah, claro. - Ele põe a mão na testa e parecia bastante alterado. - Quer saber? Via embora e não volte nunca mais, eu não aguento mais um minuto sequer olhar pra você e ver sua traição, seu descaro, saia! - Exigiu.

— Raul, por favor, esse filho é seu, acredita em mim. - Suplico.

— Seria a última coisa que eu queria na Terra, era ter um filho seu. - Diz sem me olhar, e eu sinto meu coração encolher.

— O que disse? Você... Está rejeitando o NOSSO filho? - Pergunto incrédula.

— Não é meu caramba! Para de dizer isso! - Esbraveja.

— Eu não sabia que tinha que passar por isso pra te conhecer realmente. - Digo sentindo ressentimento por ele.

— Que bom que já sabe, então sai daqui com esse... esse filho de outro cara, saia! - Disse mal olhando na minha cara.

Me senti tão humilhada, não imaginaria que Raul mudasse tanto.

— Tudo bem, eu vou, mas se eu sair por essa porta agora, você não me verá nunca mais. E saiba que todo o amor que eu senti um dia por você morrerá assim que eu atravessar essa porta, e só vai me restar ódio, ressentimento, desprezo por você está rejeitando nosso filho, isso sim, eu não vou te perdoar Raul. - Digo séria e sincera.

— Que filho o quê, eu não tenho filho com você. - Ele chega bem perto de mim. - Saia.

— Assim como você, eu também te odeio, Raul De La Peña, foi um grande erro um dia te amar.

E sem esperar que ele me diga mais nada, sai dali as pressas, não queria que ele visse eu chorando que aquilo me doía no peito, que me machucava profundamente. Escutei Yamilex me chamar, mas, não parei, e segui correndo até chegar do lado de fora daquele prédio, e uma vez do lado de fora senti minhas pernas ficarem bambas e jurei que iria desmaiar quando alguém me segurou.

— Rai... Raimundo? - Digo tentando enxergar, uma vez que meus olhos iam contra a luz forte do sol.

— Gilda, menos mal que eu te esperei...

NARRADOR ON...

 

Raimundo havia levado Gilda para uma cafeteria ali perto.

— O que fazia aí? - Pergunta Gilda desconcertada.

— Na verdade sua a mãe acabou dizendo quando perguntou onde você estava e resolvi vim atrás, acho perigoso você andar por aí ainda. - Diz Raimundo com uma boa desculpa.

Na verdade, Raimundo sabia que isso iria acontecer, então achou melhor está perto para evitar qualquer parafuso solto de seus planos.

— Ah... - Gilda respira fundo.

— A propósito, por que está tão abatida? Tem cara de quem chorou muito. - Ele pergunta.

— Sim, chorei e se você não estivesse ali eu teria desmaiado, não sentia minhas pernas. - Responde, tomando um gole do chá que Raimundo pediu para ela.

— E o que aconteceu? - Perguntou retoricamente.

— Eu e Raul brigamos feio. Fui dizê-lo que estava esperando um filho dele e tinha uma faísca de esperança de que nós pudéssemos nos entender com isso, mas foi tudo ao contrário, ele me odeia mais que nunca e tudo por que colocou em sua cabeça que meu filho, é teu Raimundo. -Explica Gilda.

Raimundo disfarçou um risinho de satisfeito, mas por dentro estava feliz, pois com eles brigados o caminho ficava mais fácil para ele.

— Que absurdo, como ele pode pensar isso? -  Disfarça ele.

— Também não sei, e fico me perguntando em quem poderia ter dito que eu estava grávida e ainda ter colocado na cabeça dele que esse filho é teu? - Raimundo se remexe inquieto. - Seguramente foi aquela velha bruxa da Mariza, para ela não seria nada dificil depois que me descobriu com a mãe dele, eu não duvido que possa ter sido ela.

— Pois sim, talvez foi ela. Gilda, você não acha que mesmo que ela tenha inventado isso pra ele, não acha que seria um absurdo Raul acreditar sem provas? - Pergunta disfarçando inocência.

— Ele se baseia nas vezes que a gente se encontrava para ajudar nos teus trabalhos da faculdade e... Naquela última vez que ele te viu sem camisa em meu apartamento. - Diz Gilda com tristeza.

— Já vi que te causei um grande problema. Quer saber? Vou agora mesmo lá e esclarecer isso. - Diz ele se erguendo, mas Gilda o detém.

— Não, é inútil Raimundo.

— Mas, Gilda...

— Deixa pra lá, Raul me magoou muito com suas duras palavras e muito mais por rejeitar nosso filho, não serei capaz de perdoá-lo. - Fala Gilda com os cheios de raiva.

— Eu sinto muito Gilda. - Raimundo senta-se novamente, segurando as mão macias de Gilda.

— Não sinta, é algo que realmente não vale mais a pena, ele preferiu acreditar em outras pessoas do que no que realmente sentimos. - Diz ela com tristeza.

— E o que pensa em fazer? Digo, você será mãe solteira e isso é uma grande responsabilidade.

Gilda ficou pensativa e no momento não saberia o que fazer, mas de algo estava segura, seu filho seria sua fortaleza para aguentar tudo de agora em diante.

— Eu preciso pensar no que fazer, algo irá me ocorrer. - Diz ela com o olhar ao longe.

— E...você ainda o ama? - Ele perguntou com medo da resposta.

— Sim, e isso é o que me dói, por que mesmo depois de dizer na cara dele que o odiava, não é realmente o que sinto, eu ainda o amo e não sei o que fazer para tirar isso de mim. - Gilda não aguenta as emoções e acaba chorando. - Eu.. o amo..

Raimundo sentiu ciúmes, raiva, mas ao mesmo tempo pena e tristeza por vê-la assim, não sabia que poderia machucá-la tanto, não era o que queria.

— Me desculpa Gilda. - Diz ele com o sentimento verdadeiro.

— Pelo o quê? - Ela pergunta enxugando as lágrimas.

— Por... - Ele queria dizer a verdade, mas não teve coragem, pois tudo que menos precisava agora era o ódio de sua amada. - Por não poder fazer muita coisa pra te ajudar, mas saiba que quando quiser um amigo, estarei sempre pronto pra você.

— Ah, Raimundo, não sabia que você poderia ser uma grande força nesses momentos, obrigada por estar comigo. - Ela disse agradecida.

Após conversarem um pouco mais, saíram dali. Raimundo a deixou na mansão e contou o que havia acontecido, e obviamente Cecília e Raquel ficaram furiosa com a atitude de Raul, mas Gilda pediu para que elas esquecessem assim como ela estava tentando esquecer.

Aquela noite fora muito difícil para Gilda, pois mesmo que tentasse segurar as lágrimas não conseguia e acabava chorando e isso sucedeu toda a noite, até que ela finalmente pegou no sono e dormiu....


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Notas finais do capítulo

Será que realmente é o fim deles?
Mas, que saco o Raul hein
O Raimundo começou como um personagem sem fundamento e sem noção, e resulta agora um vilaozinho haha esperem os prox cap para saber se ele continuará assim...bjs!!!



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