Um Bonito Amor escrita por Brêh SF


Capítulo 30
Festa revelação


Notas iniciais do capítulo

Hello people!
Mais um capítulo, é,eu não tive criatividade para o título, e também o cap está um pouco aleatório, mas espero que compreendam, estou me esforçando para finalizar esta história, bjs e vms ler...



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Acordei com uma enorme preguiça, queria ficar mais tempo ali naquela cama. Raul, muito carinhoso me acordava com beijos em meu rosto e assim desperto lhe esboçando um sorriso.

— Bom dia, meu amor! - Diz ele quando vê que eu me espreguiçava.

— Bom dia! Que horas são? - Indago-o.

— Já são 8hrs. - Me sobressalto, correndo atrás de minhas roupas.

— O que houve? - Ele me pergunta preocupado.

— É que hoje começa meu estágio na clínica veterinária e eu tinha que ter participado da aula de supervisão hoje, mas já é bem tarde. - Respondo-o sem o olhar apenas me vestindo às pressas.

— Ah, não sabia que começava hoje. - Me diz me ajudando com minhas roupas.

— Desculpa, eu realmente me esqueci, é que ontem foi tão bom que não pensei mais em nada. - Digo penalizada lhe dando um selinho rápido. - Quero aproveitar para te dizer que vou sair do emprego em seu escritório, pois meu estágio será pela tarde e com as aulas de manhã não vai ter como continuar lá.

Ele suspira desanimado, mas percebo que havia compreendido.

— Certo, você já está em sua reta final da faculdade, então é melhor se dedicar inteiramente. Bom, vou te deixar em casa para que se arrume e em seguida a deixarei na faculdade. - Concordei lhe dando um beijo agora.

Esperei Raul se vestir para que pudesse me deixar em casa. Ao chegar no meu apartamento, Raquel não estava, com certeza já estava na faculdade, então me banhei, ,e vesti e preparei tudo para o estágio à tarde, e assim Raul me levou para a faculdade. Ao chegar nos despedimos com um beijo demorado e então ele se foi enquanto eu entrava para dentro da faculdade indo em direção à minha sala.

Havia chegado bastante atrasada para a aula de supervisão, mas o professor ainda assim me deu as coordenadas de como agir no primeiro dia de estágio.

— Por que chegou tão tarde? - Lilian pergunta enquanto merendávamos alguma coisa na cantina.

— Bem... é que... eu dormi na casa de Raul. - Digo envergonhada e Lilian captou.

— Hum, mas olha só. E aí como foi? Ele faz bem? - Ela pergunta descaradamente.

— Lilian! - Repreendo-a por ter sido tão direta.

— Ué, que foi? Olha só você ficou toda vermelha. - Ela rir da minha cara e eu lhe dou uns tapinhas.

— E aí Gilda, porque se atrasou? - Ronaldo me pergunta ao se aproximar da mesa em que estávamos eu e Lilian.

— Ela dorm.... - Tapo a boca rapidamente de Lilian.

— Dormi muito. - Explico sem jeito e Ronaldo se senta sem entender minha atitude para com Lilian.

— Ah, deve ter tido uma noite muito cansada. - Ele disse abocanhando seu lanche.

— E bote cansada nisso. - Lilian ataca novamente, eu a faço caretas.

Não queria ficar falando para todos que dormi com Raul, era algo íntimo, mas as vezes Lilian é tão sem noção.

— E como está o namoro de vocês? - Pergunto mudando o assunto.

— Estamos bem, não é Lilian? - Diz Ronaldo.

— Sim, muito bem, mas você e Raul estão melhor do que nós. - Diz maliciosa, a verdade é que ela adorava me ver sem jeito.

— Por que? - Ronaldo pergunta curioso.

— Por nada, você não sabe que Lili é minha fã? - Brinco e ela revira os olhos rindo disso.

— Você são tão estranhas. - Ronaldo também brinca. - Mas, amo vocês. - Confessa sem largar seu lanche.

— Te amamos também! Mas, com certeza Lili ama mais. - Digo divertida.

— Claro! - Ela diz selando seus lábios nos dele.

O intervalo havia acabado e então nos dirigimos para a sala. Logo mais tarde seguimos os três para a clínica veterinária para dar início ao estágio.

....

O dia havia findado, e eu realmente estava cansada, pois o primeiro dia de estágio havia sido muito puxado, de cara tivemos que atender animais e colocar a teoria em prática, mas eu amei fazer esse trabalho, fazia com alegria.

Cheguei em casa e me joguei no sofá, Raquel já estava presente.

— Finalmente te vejo, e então como foi o estágio? - Fiquei surpresa por ela não ter perguntado imediatamente pela noite passada com Raul.

— Cansativo, mas produtivo eu super amei. E você?

Raquel, fazia administração e também estava nos momentos finais da faculdade. Ela conseguiu seu estágio para a empresa do Rogério, aliás ela e Bruno por fazerem o mesmo curso, só que Bruno já trabalhava com Rogério, mas conseguiu que seu estágio ficasse sendo na empresa.

— Foi bom, Bruno me ensinou muita coisa, já que ele já sabe tudo por lá. - Diz se sentando próximo à mim.

— Que ótimo. - Digo satisfeita.

— E como foi ontem? - Ela pergunta e eu fico um momento calada. - Pela sua cara, vocês... vocês transaram! - Ela diz como se tivesse acertado um prêmio.

— Shhh!! - Digo envergonhada.

— Oras, só há nós duas aqui boba.

— Sim, mas é que eu ainda não estou acostumada. - Digo indo para a cozinha.

— Não tem nada para se acostumar, é natural do ser humano. - Fala vindo atrás de mim.

— Eu sei, mas é estranho quando ficam falando pra mim, e você e Lilian são duas eufóricas. - Digo apanhando um suco na geladeira.

— Você fica toda vermelha. - Ela diz rindo. - Imagino sua cara quando Raul fez você dele. - Diz divertida e eu jogo biscoito nela.

— Sua tonta, chega de falar disso. Foi muito bom e é só que tem que saber. - Digo me virando de costas, para pegar alguns biscoitos. - Intimidade não é pra ser falada. - Falo baixo para mim mesma.

— Quê? 

— Ah, nada. - Digo me sentando no balcão e ela faz o mesmo.

Ficamos um tempo em silêncio, Raquel mexia no celular distraída enquanto eu fazia meu lanche. Fiquei a olhando por um bom tempo e algo me veio a cabeça e no impulso tive que perguntar.

— Você e Raul, realmente fizeram? - Ela me olha, mas não fica constrangida ao contrário de mim.

— Bom, você disse que intimidade não é pra ser falada. - Me diz desinteressada e volta a sua atenção para o celular.

— Ah, você ouviu. Bom, é que fiquei curiosa. - Digo não me importando se ela falar ou não.

— Se isso te interessa saber eu conto. - Diz ainda com sua atenção para o celular.

— Não é que me interesse, só passou essa curiosidade pela minha cabeça.

Então tenho sua atenção, ela desliga a tela do celular e apoia seus cotovelos no balcão com intenção de chegar mais próximo de mim. 

— Sim, a gente fez e acho que sabe que foi no dia do meu aniversário, lembra? - Diz tranquila e me recordo daquele dia.

— Ah sim. - Falo um pouco desapontada. 

— Não precisa ficar assim, foi só aquela vez e, ele é seu agora não é? - Me diz naturalmente, mas que senti que me confortava.

— Sim, desculpa eu não tinha que ficar assim. - Digo ainda penalizada.

— Não precisa se desculpar, você já sabe que o Raul deixou de me interessar nesse sentido. Nós, não passamos bem enquanto estávamos juntos e não acredito que ele me queira como amiga agora. - Ela fala um pouco triste.

Me aproximo dela e a braço.

— Obrigada, por ter mudado tanto.

— Ok, mas sem essas esquisitices.

Então ela me afasta carinhosamente e nós rimos, Raquel ainda era fria para sentimentos, mas eu sabia que no fundo ela era uma manteiga derretida.

— Bom, mas eu tenho algo para te contar. - Diz enquanto me sento ao seu lado.

— O que é?

— Estou voltando para a mansão. - Me diz, não sei se eu gostei porque já havia me acostumado com ela aqui.

— Mas, porquê?

— Bom, é que quero ficar mais perto da mamãe, ela me disse estar se sentindo sozinha e eu quero estar com ela.

Senti uma emoção por isso, ela realmente precisava estar mais perto de nossa mãe, eu também, mas eu preferiria que elas tivessem mais momentos juntos com essa fase da Raquel, irá fazer bem para as duas.

— Então faça isso, esteja com ela. - Digo feliz e Raquel assente.

— Bom, amanhã eu volto. Agora vou deitar.

Ela se despede enquanto eu permaneço na cozinha e logo em seguida me preparei para dormir.

.... Alguns dias.

Alguns dias haviam se passado e eu ainda mantinha contato com a mãe de Raul, em muitas vezes eu dava informações sobre ele para ela, Raul não desconfiava de nada, pelo contrário nos amávamos cada vez mais em algumas vezes eu e ele sempre acabava na intimidade.

Sempre que podia eu almoçava ou jantava com a mãe dele, e a gente se dava bem ela me contava muitas coisas sobre Raul que mesmo tendo aquele comportamento brusco com ele na infância, admitiu que não deixava de observar o filho. Estávamos em um restaurante jantando ela, eu e David.

— Vocês poderiam ser tão felizes se não tivesse agido assim com ele. - Digo sem pensar e ela abaixa a cabeça. - Oh, me desculpe eu não quis culpá-la. - Digo reparando meu erro.

— Você está certa filha, poderia ser tudo diferente se eu fosse mais humana com ele. - Ela diz com aquele olhar cansado acredito que pela doença.

— Mas, não pense que eu quis culpá-la. - Digo ainda me sentido ruim por ter falado assim.

— Está tudo bem Gilda, a senhora entendeu. - David fala me tranquilizando.

— Eu admito que fui muito errada e, sei que é tarde, muito tarde para reparar meu erro, mas ainda sim quero fazer isso. Quero poder dizer tudo o que eu não fui capaz de dizê-lo, quero poder abraçá-lo toda vez que o ver, quero o apoiar por todas as vezes em que eu não o fiz, e mesmo que eu tenha que me humilhar frente a ele, mesmo que eu tenha que sofrer com sua rejeição, eu quero fazer e vou fazer isso logo o mais rápido que eu puder. - Diz ela e eu fico receosa.

— A senhora quer dizer que vai dizer a ele que está de volta, agora? - Pergunto com medo de sua resposta, pois ainda não estava preparada.

— Sim, minha filha, eu não posso esperar mais.

— Como assim não pode esperar mais?

— O médico disse que a doença está avançando e é bem capaz de que as cirurgias não lhe dêem mais tempo de vida. - David me explica, triste.

— Sim, é isso mesmo Gilda, eu preciso fazer isso o quanto antes. - Fala ela segurando minhas mãos que agora estão trêmulas.

— Eu...ainda não estou preparada, ainda não o preparei o suficiente também, eu...

— Não se preocupe, eu tomarei cuidado para que você não seja afetada e não será, por mim meu filho não saberá que você me ajudou, não mesmo, então não se preocupe. - Ela tenta me tranquilizar, mas já estou nervosa demais.

— Senhora, e como pretende fazer isso? - Pergunto me desprendendo de suas mãos.

— Vou preparar uma festa como desculpa dizendo que quero os mais influentes desta cidades para abertura de um projeto de moda da agência aqui. Sei que meu filho está entre os advogados mais influentes do México e que sempre é convidado para esses eventos. - Explica.

— Então, quer fazer algo público? A senhora me desculpe, mas ficou louca? Não pode fazer isso. - Digo já bastante alterada pelo o nervosismo.

David tenta me acalmar ao perceber que as pessoas olhavam, e então aos poucos fui me acalmando.

— Senhora... - Continuei mais calma. - Você não pode fazer isso em público, só tornará pior o ódio de Raul contra você. - Tento fazê-la entender.

— Não filha, não quero dizer a todo mundo que sou a mãe de Raul, como disse essa festa é apenas uma desculpa para que venha até mim, eu o chamarei em particular.

— Não sei, a gente precisava de mais tempo. - Digo.

— Sim, mas acontece que eu não tenho mais esse tempo e cada segundo para mim agora é precioso e eu quero aproveitar com meu filho, pelo menos falar com ele. - Diz ela e eu a compreendo, mas eu não estava tão segura.

— Gilda, se você quiser não precisa ir à festa, seu nome não será tocado. - Diz David.

Fico um momento em silêncio, viajando por meus pensamentos sem saber o que fazer, porque por um lado eu entendia a condição da senhora, e por outro lado sabia que isso seria uma completa infelicidade.

— Gilda? - David me chama, enquanto eu estava longe com os pensamentos.

— Quê?  - Pergunto ao recobrar meus sentidos.

— Raul está aqui. - Ele fala baixo e me desespero.

— O quê? - David aponta para atrás de mim e o vejo sentar em uma mesa com outras pessoas. - O que eu faço?

— Eu vou ficar na mesa onde há biomos, pois assim ele não me verá, ficarei lá até ele ir embora. -  A senhora diz, indo para onde havia dito ficando eu e David na mesa.

— E agora? - Pergunto ao David nervosa.

— Calma, apenas disfarça porque o bonitão está vindo para cá.

— O quê?

— Gilda? - Ouço sua voz por cima da minha cabeça.

— Oi? Raul? -  Tento me fazer de surpresa, mas o nervosismo toma conta.

— O que faz aqui com esse cara? -  Pergunta-me sério.

— Ah, é que... - Realmente não sai nada da minha cabeça.

— Sou um amigo de Gilda, muito prazer, senhor....? - David se prontifica em uma desculpa e estende a mão para que Raul pegue, mas ele não apertou.

— Isso meu amor, a verdade é que David é assistente de moda e nos conhecemos em uma dessas festinhas em que mãe Cecília ia, não te contei sobre ele porque ele estava em Paris e só agora voltou, então viemos jantar juntos. - Tento uma desculpa, mas Raul ainda está muito sério.

— Isso mesmo, eu sempre achei que Gilda daria jeito para ser modelo, mas ela é muito tímida e nunca aceitou. -  David falava naturalmente, acredito que a única nervosa era eu.

— Bem, mas o que faz você aqui? - Pergunto a ele querendo mudar de assunto.

— Vim a um jantar de negócios com os advogados do escritório. - Responde me olhando ainda desconfiado. - Que horas irá para casa?

— Assim que terminarmos.

— Eu posso levá-la para casa. - Diz David.

— Não! Eu levo MINHA namorada para casa. - Raul não disfarçava seu ciúmes.

— Olha senhor Raul, se você pensa que tenho alguma intenção com Gilda, está enganado. - David fala passando uma mexa de seu cabelo sedoso para o lado delicadamente. - Seria mais fácil eu querer intenções com você, da Gilda só quero amizade. - Diz normalmente e eu não sei se sorrio ou fico pasma com a audácia de David.

— Misericórdia. - Raul murmura assustado. - Já podemos ir Gilda?

— Eu ainda...

— Tudo bem Gilda, pode ir, te vejo em outro momento. Tchal.

Dessa forma me despedi de David que jogava olhares para Raul que ficava muito sério, logo Raul se despediu dos advogados me levando para casa. No carro ainda passei uma mensagem para a mãe dele dizendo o que houve e que nos encontraríamos em outra oportunidade.

— Você ainda está assim? - Pergunto a Raul quando entramos em meu apartamento.

— Assim como?

— Zangado, emburrado.

— Não é que foi uma situação estranha, você nunca me falou sobre esse amigo.

— Bom, te disse que era porque ele tinha ido embora e o conheci muito antes de a gente namorar. - Explico o dando um selinho.

— Ok, vamos esquecer, ele nem sequer é um homem mesmo. - Ele diz me agarrando pela cintura.

— Porque diz isso?

— Você entendeu. - Responde e me dar um beijo.

— Ai Raul. - Digo sorrindo de sua fala.

— Ainda bem que sua irmã não mora mais aqui, assim podemos brincar tranquilamente lá no seu quarto. - Diz malicioso.

— Ah é?

— Sim. 

Então ele me beija carinhosamente me levando para meu quarto, estremeço com cada toque seu. Nos amamos uma e mais uma vez, esquecendo os eventos dessa noite, me esqueci até da festa em que a mãe dele queria realizar para revelar-se para ele , isso realmente me assustava, mas naquele momento eu só pensava em nós, nos amando como se não houvesse amanhã.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo cap!!!!!!



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