Assim que Edward fechou a porta ouvi o barulho do trinco. Ele passou por mim e deitou-se na cama e com um sorriso de lado ficou me olhando, como se estivesse esperando que eu fizesse algo, de preferencia algo que o agradasse muito. E isso só deixou mais claro que Edward Cullen não sabe nada sobre mim, se ele realmente acha que vou fazer alguma coisa pra agrada-lo ele vai ter uma decepção.

Olho ao redor do quarto e vejo que tem um banheiro, vou até lá e me tranco. E finalmente na frente de um espelho vejo o estado deplorável que eu me encontro.

-Edward?!

-Fala Bella

-Preciso de uma roupa pra dormir, do jeito que eu estou duvido muito que eu consiga.

Ele nada respondeu, então continuei olhando para minha roupa, cabelo armados por causa da chuva, roupa molhada e suja, maquiagem borrada, uma elegância completa, faltava só uma casa abandonada pra eu assustar os desavisados.

Depois de ficar perdida em pensamentos ouço uma leve batida na porta

-Aqui está à roupa – Edward diz

Assim que abro a porta travo, Edward não está mais do mesmo jeito que “eu deixei” suas roupas sumiram, ficando apenas com uma bermuda branca, tão branca que era quase transparente, o que me salvou foi que ele estava de cueca.

-Obrigado – Disse quase gaguejando, eu nunca pensei que gaguejaria na frente de um cara, mas é completamente difícil você se manter calma diante de uma situação dessas, eu tenho certeza que fiquei vermelha depois da cena.

Antes que ele pudesse agradecer ou qualquer outra coisa, fecho a porta e tiro minhas roupas molhadas, quando termino de me despir vejo a roupa que ele me deu, uma camiseta BRANCA (qual é o problema dele? Tinha mesmo que ser branca, não podia ser preta ou vermelha? Qualquer cor que não ficasse transparente ficaria ótima) que vai até os meus joelhos e só. Não trouxe sequer uma bermuda.

-Edward, você por acaso está usado sua única bermuda?

Escuto um risinho de quem está satisfeito com a pergunta

-Bella, a camiseta vai cobrir você toda, pense como se fosse uma camisola, na precisa de mais nada!

-Mas não é uma camisola, agora me dê uma bermuda, por favor?!

-Não! Mesmo sem te ver, tenho certeza que você está ótima assim.

Saio do banheiro irritada com a prepotência dele, eu tenho certeza absoluta que ele acha que eu vou me dar por vencida e que ele vai se safar por me deixar irritada, envergonhada e praticamente seminua, tudo em menos tempo do que o esperado.

-Está vendo, eu sabia que você iria ficar perfeita nessa roupa! E tenho que admitir você deveria sempre usar minhas camisetas.

-Uma pena, pois eu não tenho o mesmo pensamento que você. Agora vou dormir.

Deito na cama, mas ao contrario do que ele pensa, eu me esparramos nela, impedindo que ele deite-se ao meu lado.

-Hum. Bella, se você fosse um pouco pro lado eu poderia me deitar.

Não respondo e começo uma simulação de ronco. Mas não da tão certo quanto eu penso, pois ele me empurra para o lado para se deitar, e nesse “empurrão” a camiseta acaba subindo até minha barriga, o que ainda me ajuda mesmo que por pouco é que estou de calcinha. Levanto-me abruptamente e olho aterrorizada pra ele, que está com um sorriso safado na face.

-Seu idiota, canalha, pervertido, você deveria ser preso por pedofilia.

-Temos a mesma idade Bella!

-Não interessa, seu... Seu... Maníaco sexual

-Como se eu tivesse planejado tudo isso, você que deitou ocupando a cama toda!

-Quer saber? Eu vou embora! –Digo a ele, que fica apenas me olhando.

Fui ao banheiro peguei minha calça e a coloquei, encolei minha blusa e sai do banheiro indo em direção à porta do quarto a abri e sai

-Depois te devolvo a sua roupa! – Digo enquanto saio

Desci a escada correndo e sai da casa, não sei o motivo de estar mais irritada, se é pelo fato de ter que ir embora a pé pra casa, se é porque Edward me deixou praticamente nua, se é o fato que vou ter que encarar Alec quando chegar em casa. Definitivamente, hoje não é o meu dia de sorte! Eu deveria invocar satanás e dizer: leve minha alma embora, porque se as coisas estão desse jeito a tendência é piorar. Mas antes que eu pudesse pensar em mais maneiras dramáticas de terminar meu dia um carro passa por mim e joga agua misturada com barro em mim

-Ahh só pode ser brincadeira! – grito

O carro para mais a frente e reconheço o dono assim que ele desce do veiculo

-Bella me desculpe, eu pense que você estivesse mais longe, por isso acelerei e quando vi você não dava pra parar por isso acabei jogando agua em você. Me desculpa.

-Edward eu te odeio! Você é uma praga na minha...

E antes que eu pudesse por pra fora toda a minha raiva, ira e todo o tipo de ódio ele me beija. Eu devo ter passado mel, porque desde que minha mãe disse que minha sentença por meus crimes de rebeldia ea vir morar aqui, os garotos começaram a me tratar como uma garota totalmente desejada, quiçá uma deusa do sexo, o que no meu entendimento é totalmente idiota da parte deles. Deve estar rolando por ai uma droga alucinógena superpotente, quero uma dessas também.

Entanto me beijava Edward foi me levando de encontro ao carro, pude perceber ele abrindo a porta sem parar de me beijar, o que foi constrangedor, o cara devia estar gostando mesmo, eu já sem folego o afastei.

-O que foi?

-Ao contrario de você eu respiro.

Ele sorriu e indicou com a cabeça para que eu entrasse no carro, quando eu o fiz, ele fechou a porta e foi para o lado do motorista e sem dizer mais nada ligou o carro e saímos dali. Eu não tinha ideia pra onde estávamos indo, o que ele estava pensando não tinha ideia de nada apenas esperei.

Quando ao longe vi minha casa, então era isso, ele apenas queria me trazer pra casa, e o beijo foi só pra eu calar a minha boca e mais nada, eu devia ter desconfiado.

-Está entregue. – Ele disse baixo.

Eu assenti e quando ia abrir a porta senti a mão dele me segurando

-Bella, eu sei que quando você me pediu para namoramos seria de mentira. Mas eu aceitei não porque eu queria te ajudar, mas porque eu gosto de você, gosto de verdade, e me senti mal quando você saiu de casa pensando que eu sou um pervertido que só queria tirar proveito de você. Então, me desculpa?

-uhum. – Nunca fiquei tão sem palavras do que nesse momento.

-Quer namorar comigo Isabella?

-Mas já somos namorados... – Falei baixo tentando fugir do assunto

-Namorar de verdade