Consequências do Amor escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 32
Capítulo 32 - Uma Conversa, Uma Decisão


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente! Tudo bem com vocês? Espero que sim! ❤
Aqui está o próximo capítulo da fic, espero muitooo que vocês gostem! ❤

Muitoooo obrigada as lindas que comentaram no último capítulo e sempre nos apoiam, vocês são demais! ❤

#DUH LEON
#BLACKSPACE
#GABRIELLASANTOS
#VIOLETTAS2
#LOVE ANGIE

Muitooo obrigada pela lindíssima recomendação, DUH LEON, a gente amou! Obrigada pelas lindas palavras, isso significa muito para gente! ❤

Boa leitura e não deixem de contar pra gente o que acharam do capítulo! ❤



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"This time, this place
Misused, mistakes
Too long, too late
Who was I to make you wait?
Just one chance, just one breath
Just in case there's just one left
'Cause you know, you know, you know

That I love you
I have loved you all along
And I miss you
Been far away for far too long
I keep dreaming you'll be with me
And you'll never go
Stop breathing if I don't see you anymore"

* FAR AWAY - NICKELBACK


NARRADORA

Angeles respirou fundo. Sentia-se inquieta, ansiosa.

Tinha perdido as contas de quantas vezes tinha enrolado a fita de seu robe entre os dedos, em um claro sinal de ansiedade.

"Eu já não tenho mais forças para lutar contra esse sentimento." — Ele dissera. Ela também não tinha. A cada dia que passava era mais dificil lutar contra aqueles sentimentos que ameaçavam os consumir.

Ele tinha deixado a escolha nas mãos dela. Se decidisse ir ao quarto dele conversariam e decidiriam como seria sua relação dali para frente. Se não fosse, ele entenderia que ela não queria nem ao menos conversar sobre aquilo e respeitaria sua decisão de se afastarem.

Mas só em pensar em ter que se afastar de German, algo dentro dela ameaçava quebrar. Provavelmente seu coração.

Ela decidiu que era melhor parar de ficar perdendo tempo pensando nos "e se" e agir.

Em um rompante ela levantou-se, vestiu suas pantufas e tomando coragem, saiu do quarto.

O quarto de German era do outro lado do corredor. Angie caminhou até lá pé por pé, temendo fazer barulho e acabar acordando alguém.

Quando finalmente chegou ao seu destino, ela encarou a porta de mogno a sua frente. Tão pouco a separava de German, uma batida seria suficiente.

"Tudo bem, Angie. Você pode fazer isso."  — Incentivou a si mesma.

Ela então se aproximou da porta, e estava prestes a bater, quando a mesma se abriu abruptamente. Angie desequilibrou-se, mas imediatamente foi aparada por braços fortes.

— E como sempre, você me salvando de levar um tombo. — Ela disse, encarando o moreno.

Ele deu uma gargalhada gostosa.

— Você não precisa de um salvador, mas é uma honra estar lá todas as vezes. — Ele piscou e foi a vez dela rir. — Mas, falando sério agora, você está bem?

Ela balançou a cabeça, afirmativamente.

— Sim, estou ótima.

Ele assentiu, ainda sorrindo. German estava mais feliz do que poderia pôr em palavras, se Angie estava ali significava que ela considerava um futuro entre eles. Esperança inundou-lhe o peito.

— Fico feliz que esteja aqui. — Ele confidenciou, ainda com Angie entre os braços.

— Eu também. — Ela lhe sorriu, sem mostrar os dentes.

German estava tão próximo, seu perfume provocava os sentidos de Angeles, fazendo com que ela ansiasse por ainda mais proximidade.

German não estava diferente, queria tanto beija-la, os lábios rosados da loira o provocaram a noite toda, como se clamassem pelos seus.

Tudo que Angie queria era ser beijada por ele, já não aguentava mais toda aquela tensão entre eles, era quase impossível de suportar, mas eles precisavam conversar antes de mais nada, pois se cedessem ao desejo sabiam onde o calor do momento os levaria.

Ela deu um passo para trás, afastando-se do moreno, antes que seus hormônios falassem mais alto.

— Acho melhor conversarmos. — Ela disse sorrindo levemente, sem querer cortar o clima entre eles. Não queria que o clima entre eles se tornasse desconfortável.

Ele assentiu, compreensivo.

— Não quer sentar? — Ele abriu um espaço na cama, na qual ele acabara de se acomodar.

Angie acabou aceitando mesmo que seu cérebro não considerasse tal ato adequado, não quando eles precisam conversar seriamente e ainda mais sobre sentimentos.

Logo que ela acomodou-se também, German segurou as mãos dela entre as suas e começou:

— Preciso saber se você está disposta a tentar. Prometo que dessa vez será diferente. Eu já errei tantas vezes, mas prometo que dessa vez dara certo, juntos nós vamos fazer isso funcionar. — Disse fitando-a intensamente.

— Como podemos saber que dessa vez será diferente? Quem garante? — Ela não queria ser pessimista, mas não conseguiu silenciar seus pensamentos.

— Eu sei que nossa história é complicada, mas se não tentarmos nunca saberemos o que poderia ter acontecido. O futuro é incerto, mas quem nos garante que dessa vez as coisas não vão dar certo? — Contrapôs.

Ela balançou a cabeça, confusa.

— Eu não sei… Nós estavamos felizes, tínhamos prometido que da última vez também seria diferente, mas, German, você não pensou nos meus sentimentos. Eu te amava e só seria feliz com você e você acabou com tudo. — Disse, sentindo a garganta apertar. Sabia que estava sendo cruel, mas as feridas que o término deles causaram nela ainda não haviam cicatrizado completamente. — O que mudou? Você não se sente mais culpado?

German passou a mão pelos cabelos negros, ansioso. Amava Angeles e precisava fazê-la entender como ele sentiu-se após a partida dela, como ele cometera um erro terrível.

— Eu percebi que eu fui um covarde de novo. Percebi que nosso relacionamento era forte o suficiente para ficar de pé, mesmo diante de tantas adversidades. Nós podíamos lutar contra qualquer coisa, mas eu tive medo e decidi por nós dois. E isso foi completamente errado de minha parte. Nós podíamos lidar com tudo aquilo juntos. — Ele confessou, emocionado.

Angie sabia que ele falava a verdade, sentia aquilo na alma e no coração. Mas ainda temia por seu coração, não sabia se aguentaria arriscar mais uma vez e acabar se ferindo novamente, mas seu coração a dizia para ter fé, para se dar outra chance de amar. Mas… será que o risco valia a pena? Ela não queria ser tão temerosa assim, mas esse era o resultado de todas as vezes que machucara seu pobre coração. Temia chegar perto demais do fogo e queimar-se.

— German… — Ela fechou os olhos e respirou fundo, tentando miseravelmente acalmar as batidas frenéticas de seu coração.

— Angeles, olhe para mim. Por favor. — Ele pediu e quando ela abriu os olhos surpreendeu-se, percebeu que German estava ajoelhado a sua frente. — Eu sei que errei com você, mas quero concertar. Eu não te mereço, mas preciso de você. Quero um futuro com você, casamento, filhos, tudo. Mas a escolha é sua, tudo o que eu quero é a sua felicidade, isso é o mais importante. Não posso negar que serei o homem mais feliz desse mundo se você me aceitar, mas irei respeitar sua decisão independentemente de qual for.

— Ah, German… Não diga essas coisas. — Ela tocou o rosto dele carinhosamente, as mãos tremendo levemente.

German levou a mão que tocava seu rosto aos lábios e depositou um beijo delicado no pulso dela.

"Sim, German, eu quero tudo isso com você." — Ela quis dizer, mas algo a impedia. Talvez seu subconsciente.

Ela puxou German e fez ele sentar-se de volta na cama ao seu lado. Era a sua vez de falar.

— Você sabe que eu te amo, German. Mas eu tenho medo de tudo isso não passar de um sonho e depois eu ter que acordar e voltar para a realidade. Tudo que aconteceu ainda machuca, eu quero seguir em frente, mas tenho medo de sofrer novamente. — Declarou, demonstrando em palavras tudo o que sentia.

German suspirou, culpado. Sabia que fora ele que causara aquela insegurança na loira e se culparia pelo resto da vida por isso, mas queria concertar as coisas.

Ele ficou pensativo por um momento, eram muitos sentimentos para assimilar.

Angeles não podia mais encarar German sem que deixasse suas barreiras irem ao chão completamente. E isso a assustava, passara tanto tempo construindo aquelas barreiras, que sentia que deixa-las ir ao chão a desprotegeria, a deixaria vulnerável. Então, levantou-se e caminhou até a janela do quarto, ficando de costas para ele.

Deixou que a brisa que vinha de fora a envolvesse. Queria que a mesma pudesse levar consigo toda a confusão que sentia no momento.

Angie estava perdida em pensamentos, quando a voz de German preencheu o quarto:

— Angie, eu não posso apagar o passado. Mas posso passar a vida inteira me esforçando para ser o homem que você merece ao seu lado e te dar o futuro que você merece. O futuro é incerto, mas a única certeza que tenho é que farei de tudo para que você seja feliz nele.

Ela tremeu, mas não era de frio. Nem tampouco de medo. Era apreensão, desejo, tudo mesclado.

Ela virou-se e caminhou até German, parando apenas a um passo de distância dele. Sabia que as decisões tomadas naquela noite poderiam ser irreversíveis.

Se encararam por meros segundos, antes que seus lábios se encontrassem em um beijo apaixonado.

Foi explosivo. Era assim que Angie descreveria aquele beijo. Seus lábios desvalavam um contra o outro com ardor, saudade e desejo.

Sem nem por um momento desgrudar os lábios dos dela, German encostou-a na parede. Angie envolveu seu quadril com as pernas e retribuiu o beijo com ainda mais ardor.

Ela gemeu quando sentiu os lábios dele provocando a pele exposta de seu pescoço. Suas mãos bagunçavam o cabelo dele, tentando aplacar os sentimentos que German provocava em seu corpo.

Em um determinado momento, as mãos de German procuraram o laço do robe dela. Ele o desamarrou facilmente, com apenas um puxão. Angie vestia uma leve camisola, que não deixava muito para a imaginação, que realçava as curvas de seu corpo com maestria.

German levou-a até a cama e a trouxe para o seu colo.

Angie logo começou a desabotoar a camisa social de German. Ele mais do que disposto, ajudou-a na tarefa.

As mãos da loira se espalmaram pelo torso do moreno, provocando a pele sensível da mesma maneira que ele havia feito com ela. Sentiu os músculos dele se contrairem com o toque. German deixou um gemido escapar, que logo foi abafado por um beijo de Angeles.

German deitou Angeles no colchão para depois seu corpo sobrepor o dela. Ela o abraçou, enquanto German traçava um rastro de beijos pelo espaço entre o ombro e o pescoço de Angie.

Angie estava cada vez mais envolvida pelo momento quando lembranças da última noite que eles tiveram juntos antes de tudo acabar e ela partir para França invadiram sua mente, sem que ela pudesse refrea-las.

German dissera palavras tão lindas a ela para depois quebrar seu coração em mil pedacinhos. Poderia ele repetir o intento?

O medo do desconhecido começou a tomar conta dela, o medo de se machucar novamente. A insegurança.

Ela percebeu que German a encarava, preocupado.

— Angie, tudo bem? — Ele perguntou, claramente preocupado. — Eu te machuquei?

Ela balançou a cabeça, negativamente.

— Eu não posso… Sinto muito, German. — Ela disse levantando-se, evitando o contato visual.

Silenciosamente, ela recolheu seu robe do chão, vestiu-o novamente e saiu do quarto o mais rápido que pode, antes que se tornasse impossível refrear as lágrimas que ameaçavam cair muito em breve.

Ela correu até seu quarto e logo que trancou a porta atrás de si, permitiu que o choro viesse. E ele veio.

                         (…)

 

                      ANGIE

Eu definitivamente não queria levantar, chorara a noite inteira, meus olhos pareciam que iam saltar das órbitas, as olheiras ajudavam a completar o pacote.

O fato era que eu não queria encarar German, eu vira dor em seu semblante quando eu disse que sentia muito. Não era assim que as coisas tinham que ser, mas eu precisava ser honesta com ele. Eu estava com medo e confusa.

Decidi levantar mesmo assim. Abri as cortinas e um lindo dia ensolarado sorriu para mim, contrastando totalmente com o meu humor.

Me arrumei rapidamente e desci para o que pensei ser o café-da-manhã, mas na verdade se tratava do almoço, pelo visto eu tinha dormido bem mais do que o esperado.

Encontrei quase todos na enorme sala de jantar, exceto Olga e Ramallo, que haviam partido para a lua de mel ainda na noite anterior e German.

Estranhando que ele não estivesse ali, perguntei para Violetta o paradeiro do pai. A garota me disse que o mesmo partira logo cedo para Sevilha para uma reunião de última hora, que ele esquecera que tinha marcado. Estranhei, German nunca esqueceria uma reunião, muito menos uma em outro continente. Vilu disse que ele passaria alguns dias lá, o que me deixou ainda mais encafifada com a situação.

O dia passou rapidamente e graças aos céus eu consegui disfarçar meu estado de animo. Eu tinha sorte de ter trazido meu óculos de sol, ele fora um ótimo companheiro durante o dia.

Passei o dia inteiro tentando me distrair, mas nada prendia minha atenção, pois a mesma se mantinha a milhares de quilômetros de distância. Eu não conseguia deixar de me perguntar se não tinha tomado a decisão errada em relação a German. Até quando eu deixaria o medo do que poderia acontecer me atrapalhar de fazer o que eu realmente queria?

Eu estava confusa, amava German e se não fosse pelo medo que havia me consumido na noite passada eu provavelmente teria aceitado dar mais uma chance ao nosso amor. Mas o medo de me machucar fora maior e eu sentia que dessa vez as coisas entre mim e German não voltariam a ser como antes.

Ele disse que não voltaria a insistir e eu sabia que ele cumpriria sua palavra a risca. Teríamos que ter uma boa relação por causa do bebê, mas só isso. O bebê nos uniria para sempre, mas nossas vidas seguiriam, cada um com suas decisões. Era isso realmente o que eu queria? Não estava disposta a me arriscar, mesmo que dessa vez, de fato as coisas pudessem ser diferentes? German dissera que podíamos ser felizes, que o futuro era incerto, estaria ele certo? Meu coração sabia a resposta. Era sim. Sempre fora sim.

Uma lágrima sorrateira escorreu pela minha face, mas eu logo a enxuguei com a palma da mão, quando a tela de meu celular acendeu, indicando uma ligação.

Meu coração se enterneceu quando ouvi a voz mais doce do mundo me cumprimentar do outro lado da linha.

— Angie, filha! Como você está? — Meu pai perguntou, da mesma forma carinhosa com a qual sempre me tratou.

— Estou bem. — Tentei disfarçar e improvisar o tom de voz mais animado que consegui, mas claro que Antônio percebeu que havia algo errado.

— O que houve, filha? Você sabe que pode me contar qualquer coisa, não é? — Ele disse com tanto amor e carinho na voz, que eu quase desabei.

— Papai, posso te ver hoje? — Pedi como uma criança com um machucado que precisa que o pai o beije para que o mesmo sare. Eu estava morrendo de saudades, mesmo que fizesse apenas um dia que a gente não se via.

— Mas é claro que pode, meu amor! Eu sou seu pai e sempre estarei aqui para você.

— Obrigada, papai! — Disse emocionada. — Em breve estarei aí.

— Dirija com cuidado, querida.

— Pode deixar! — Respondi. — Te amo, pai.

— Também te amo, filha.

Encerrei a ligação e corri para arrumar minhas coisas. Avisei Violetta que estava voltando para casa mais cedo, já que o resto do pessoal pretendia voltar para cidade dali três dias, já que essa semana tinha feriado prolongado. Expliquei para Vilu que se precisasse de algo estaria na casa do meu pai. Vilu como sempre, foi compreensiva e não me questionou. Se percebeu algo diferente, não disse nada.

Em questão de uma hora eu já estacionava em frente a residência de meu pai.

Estava com tantas saudades de Antônio, ele ainda estava se recuperando, então não pudera ir ao casamento pessoalmente, o que fora uma pena, mas pudera assistir o mesmo por vídeo-chamada, graças ao pessoal do Studio. Ele estava bem, mas estava proibido de fazer esforços. Eu o visitava sempre que podia, nos víamos todos os dias. Ele estava morando com os pais de Sebastian, que vieram morar em Buenos Aires para poder ficar mais perto do meu pai. Eu insistira que queria cuidar dele, mas ele disse que eu já tinha responsabilidades demais no momento. Eu tentei o contradizer, mas não adiantou. Agora eu sabia de onde eu puxara tanta teimosia.

Encontrei meu pai na biblioteca da casa. O ambiente tinha tantos livros que meus olhos chegavam a brilhar toda vez que eu adentrava o cômodo. Lembro que eu e Sebastian adoravamos brincar ali dentro, Antônio vivia contando as mais variadas histórias para gente quando éramos crianças. Quantas lembranças aquele cômodo trazia…

— Angeles! — Meu pai chamou, um sorriso caloroso tomando-lhe os lábios. — Venha aqui, minha menina.

— Papai! — O abracei fortemente, era incrível como aquele abraço tinha o poder de me fazer tão bem. — Senti sua falta!

Ele tocou minha mão.

— Também senti sua falta, Angie. — Ele depositou um beijo casto em minha testa. — E como está meu netinho ou netinha?

Eu sorri, levando as mãos ao ventre.

— Está ótimo.

— E a mãe dele? — Quis saber, olhando carinhosamente para mim.

Na hora senti minha garganta fechar. Sem que eu precisasse falar nada, meu pai abriu seus braços e eu me acomodei entre eles.

Desabei entre seus braços e entre soluços e fungadas contei meus receios ao meu pai. O medo de me machucar. O amor que sentia por German. A vontade de lutar por nosso amor que crescia cada vez mais dentro de mim.

— O que eu faço, papai? — Perguntei, enxugando os olhos com o lencinho que meu pai me dera logo que minha crise de choro começara. — Eu amo German, quero mais que tudo lutar por nosso amor, mas e se eu sofrer novamente?

Antônio sorriu ternamente para mim.

— Ah, filha, quem dera pudéssemos controlar o futuro. Mas ninguém pode, a única coisa que podemos fazer é viver e aproveitar cada momento ao máximo, lutar pelo que queremos e sermos felizes. Nos machucar é inevitável, mas não tentar e sofrer com a dúvida do que poderia ter sido é pior. Se você sente que vale a pena arriscar, faça isso. O que importa é que a escolha final seja unicamente sua. Mas se me permite dar um conselho: Não deixe que o medo te impeça de fazer o que você realmente deseja, não tenha medo lutar pelo que quer, por aquilo que te fará feliz. Procure sua felicidade e viva a vida a sua maneira. Somos seres humanos, erramos, nos machucamos, mas não podemos deixar que experiências ruins nos impeçam de viver, de recomeçar, seguir em frente. Seja qual for sua escolha, saiba que a decisão deve ser sua e que independentemente da escolha, está tudo tudo bem.

                         (…)

Passei o resto do dia com meu pai, refletindo. Antônio tinha confirmado apenas aquilo que eu já tinha no meu coração: que em busca da felicidade todo risco era válido.

German havia me machucado, mas eu também já tinha cometido muitos erros na minha vida também, não era justo julga-lo. Por meses eu me ressenti dele, mas antes mesmo que eu me desse conta, eu já o havia perdoado.

Eu não queria viver uma vida sem ele. Eu queria tudo ao seu lado, o casamento, os filhos, as formaturas, os aniversários, todos os momentos. Ele era meu lar e tudo que eu mais queria era abrigar-me entre seus braços e lhe dizer que eu estava pronta para o futuro que nos esperava.

Eu precisava ir atrás dele. Parecia loucura pegar um avião para outro continente, assim de última hora. Mas em nome do amor verdadeiro também valia a pena cada risco.

Me despedi de meu pai extremamente agradecida, ele sempre tinha os melhores conselhos e me conhecia tão bem como poucos o faziam.

Quando cheguei a mansão, fiz minha mala e comprei as passagens para Sevilha, que por sorte não estavam esgotadas e parti para o aeroporto, tentando controlar a ansiedade que eu sentia só de pensar que em breve eu e German estaríamos juntos.

                         (…)

Sevilha - 14:00 - Casa de Campo Castillo.

                    GERMAN

Um temporal caia lá fora, combinando perfeitamente com o meu humor.

O fato era que eu não conseguia tirar Angie do meu sistema, não importava o que eu tentasse. Achei que vindo para cá conseguiria clarear meus pensamentos, mas eu estava redondamente enganado. Tudo neste lugar lembrava Angeles Carrara, principalmente meu quarto, onde nos amamos tão apaixonadamente quando a trouxe para visitar a propriedade que eu herdera de meus avós meses atrás.

Angie tinha feito sua escolha e eu a respeitaria. Me afastar dela ia doer, mas se era o que ela realmente queria, eu o faria sem questionar. Faria aquilo dar certo, daria uma vida boa ao nosso bebê, seria um pai presente, mas daria total espaço a Angie para que ela recomeçasse sua vida.

Doera ver Angie sair do meu quarto daquele jeito, eu quis ir atrás dela, mas não parecia certo. Ela precisava de espaço, e principalmente, ela tinha feito sua escolha. Eu não tinha direito nenhum de ir atrás dela. Então, inventei uma reunião e parti para um lugar que me fazia bem, mas que agora me torturava com lembranças que temia me permitir deixa-las me envolver, pois se o fizesse seria minha ruína e não importava o que acontecesse, eu precisava me manter fiel a minha promessa. E era o que eu faria.

Estava pronto para ir a cozinha, onde eu deixara uma garrafa de vinho noite passada, quando a campainha tocou.

Achei estranho alguém estar ali debaixo da chuva torrencial que caia lá fora, então corri para abrir a porta, podia ser alguém precisando de ajuda.

Mas nada poderia ter me preparado para o que encontrei quando abri a porta.

                          (…)


                             TRADUÇÃO:

"Nesta hora, neste lugar
Desperdícios, erros
Tanto tempo, tão tarde
Quem era eu para te fazer esperar?
Apenas mais uma chance, apenas mais um suspiro
Caso reste apenas um
Porque você sabe, você sabe, você sabe

Que eu te amo
Eu te amei o tempo todo
E eu sinto sua falta
Estive tão longe por muito tempo
Eu continuo sonhando que você estará comigo
E você nunca irá embora
Paro de respirar se eu não te ver mais"

 


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Contem para gente nos comentários, vamos adorar saber a opinião de vocês ❤

Tenham uma ótima semana! Beijos! ❤



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