Consequências do Amor escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 19
Capítulo 19 - Uma Noite Romântica, Uma Despedida


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente! ♥ E aqui vai o próximo capítulo, ele ficou grandinho, mas vocês merecem ter bastante momentos Germangie para ler ♥

Obrigada as lindas que comentaram no último capítulo:

- Duh Leon
- Júlia
- ViolettaS2
- Blackspace
- Germangie17


ATENÇÃO: Postaremos o próximo com 5 COMENTÁRIOS ♥ Por favor, não se esqueçam de COMENTAR o que acharam do capítulo ♥

Espero que gostem! ♥ Boa leitura! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/738479/chapter/19

"A drop in the ocean

A change in the weather

I was praying

That you and me

Might end up together

It's like wishing for rain

As I stand in the desert

But I'm holding you

Closer than most

'Cause you are my heaven"

  A Drop in the Ocean

  (Ron Pope)


    1 semana depois…

 GERMAN

  Entrei dentro do meu carro e desfiz o nó da gravata com rapidez. O acessório parecia impedir o ar de entrar em meus pulmões. Tirei o paletó e abri os dois primeiros botões da minha camisa social.

 

  Era tudo minha culpa. Angie quase morrera por um erro meu. Eu a tinha colocado em risco e nunca me perdoaria por isso. Se eu não tivesse trazido Priscila pra minha vida, nada disso teria acontecido.

 

  A conversa que tive com Pablo e Ludmila foi esclarecedora. Não restava dúvidas que Priscilla tinha empurrado Angie.

 

  Ludmila, desconfiada que a mãe era quem tinha empurrado Angie conversou com Priscilla, que acabou confessando que tinha sido mesmo ela.

 

  Segundo Priscilla, tinha cometido tal ato e depois me chamado, para que parecesse que ela estava tentando ajudar. E se seu plano tivesse dado certo, ficasse como a boa da história e voltasse a ficar comigo, agora que tinha tirado Angie do caminho.

 

  Eu não conseguia acreditar ao ouvir Ludmila contar o que tinha descoberto. Não era possível que eu tivesse trazido um monstro para perto das pessoas que eu amava.

 

 

  E para poder ter algo que incriminasse Priscila, Pablo buscou na memória da câmera na qual o videoclipe havia sido gravado, que para nossa sorte tinha ficado ligada sem querer, o que tinha acontecido.

 

  Ao ver Angie se afogar novamente, senti o medo de perdê-la e uma angústia tomar conta de mim. Respirar se tornara difícil. A culpa me consumia.

 

  Como eu olharia a partir de agora nos olhos da mulher que eu amava sabendo que era por minha causa que ela quase morrera?

 

  Apoiei meus braços no volante a minha frente e deitei minha cabeça em cima deles. Senti uma dor de cabeça iminente a caminho.

 

  Minutos depois ouvi uma batida no vidro da janela do carro. Era Ludmila.

 

  — Posso entrar? — Ela pediu.

 

  Acenei com a cabeça afirmativamente.

 

  Ela deu a volta no carro e se sentou ao meu lado, no banco do passageiro.

 

  — Você está bem? — Ela me lançou um olhar preocupado.

 

  — Não, infelizmente não. Angie quase morreu… por minha culpa.

 

  — Não German. Nada disso é sua culpa. Como você poderia imaginar que minha mãe faria algo assim?

 

  — Mas eu me envolvi com ela. Trouxe-a pra perto da Angie. Sua mãe fez tudo isso por ciúme. — Passei minhas mãos por meu cabelo, nervoso.

 

  — Não se martirize por isso. Conte a verdade pra Angie. Tenho certeza de que ela vai concordar comigo que nada disso é sua culpa.

 

  — Esse é o problema. Nunca vou conseguir me perdoar pelo que aconteceu. — Olhei pra ela. — E você, como está?

 

  — Eu não sei nem o que sentir. Eu amo a minha mãe, apesar de tudo. Mas não consigo acreditar no que ela foi capaz de fazer. Me dói dizer isso, mas, você e Angie precisam denunciá-la. Ela não está bem. — Ela deixou uma lágrima sorrateira escapar descer por seu rosto, mas a limpou rapidamente.

 

  — Eu sinto muito querida. — Segurei suas mãos entre as minhas. — Não queria que você tivesse que passar por nada disso. Você só merece a felicidade Ludmila.

 

  — Eu sei. — Ela sorriu fracamente. — Esse é só um momento ruim, vai passar.

 

  — Vai sim. — Concordei e abracei-a, tentando confortá-la. Ludmila era como uma filha pra mim, e tudo o que eu menos queria era vê-la sofrer.

 

(...)

 

  Logo que cheguei em casa, encontrei Angie e Angelica conversando na sala de estar. Minha sogra chegara na noite anterior em Buenos Aires, como prometera.

 

  Suspirei. Eu precisava conversar com Angie a respeito de Priscila e com Angelica ali as coisas seriam mais difíceis, mas mesmo assim eu não poderia ocultar por mais tempo a informação de Angie, ela merecia saber.

 

  Me aproximei das duas mulheres.

 

  Logo que me viu, o semblante de Angie se alegrou e um sorriso brotou em seus lábios. Eu simplesmente adorava seu sorriso, e me doía saber que depois do que eu a revelaria, esse sorriso se apagaria com a mesma rapidez com que se formara.

 

  Angelica me cumprimentara de longe, com um leve aceno educado. Retribui da mesma maneira. Apesar de estar se aproximando da filha, Angelica não se esforçava muito para esconder que não apoiava nosso relacionamento. 

 

  — Oi, meu amor. — Angie levantou-se e veio até mim. 

 

  — Olá, meu anjo. — Respondi e beijei sua testa.

 

  Angie olhou para mim e franziu o cenho. Ela me conhecia bem o suficiente para saber que algo me incomodava.

 

  — Tudo bem? — Ela perguntou, me encarando compreensiva e um tanto preocupada. Seus olhos verdes procurando por uma resposta. — Você parece incomodado com algo.

 

  — Nós precisamos conversar, Angie.

 

  Senti a postura de Angie tornar-se tensa depois de ouvir minhas palavras. E não gostei nem por um segundo de ser o causador desse sentimento.

 

  Angie apenas assentiu com um breve menear de cabeça, e nos sentamos próximos a Angelica.

 

  Respirei fundo e olhando para a mulher que eu amava, revelei:

 

  — Angie, nós descobrimos quem foi o responsável pelo seu acidente. — Contei, e o clima tenso pareceu se intensificar.

 

  — E quem foi…? — Perguntou temerosa. 

 

  Limpei a garganta.

 

— Foi a Priscilla. — Respondi, sem conseguir evitar deixar a culpa transparecer em minha voz.

 

  O semblante de Angie passou imediatamente de tenso para assustado. Aliás, todos sabíamos que a Priscilla havia cometido certa cota de maldades, mas nenhum de nós esperava que ela pudesse chegar tão longe, ao ponto de colocar propositalmente a vida de outra pessoa em risco para alcançar seus objetivos.

 

  — Priscilla? A sua quase noiva? — Angelica questionou alterada. Ela não dissera em palavras, mas a recriminação em suas palavras mostrava que ela me culpava pelo o que ocorrera com a filha. E pela primeira vez em muito tempo, eu tinha que concordar com ela.

 

  — Sim, ela mesma. — Respondi.

 

  — Como vocês descobriram que foi ela? — Angie perguntou, séria.

 

  Então relatei a elas tudo o que Pablo e Ludmila haviam me contado ainda essa manhã.

 

  Após eu concluir o relato, Angie continuou calada e pensativa, ao contrário da mãe:

 

  — A culpa é sua! — Disse alterada, apontando o dedo para mim. — Foi você quem trouxe essa mulher para essa família!

 

  — Mamãe! — Angie repreendeu a mãe. — German não tem culpa dos atos de Priscilla.

 

  Angelica não gostou nem um pouco da reprimenda, no entanto, que a mesma não a impediu de continuar:

 

  — Pare de defendê-lo, Angeles! Você não percebe que ele te faz mal? — Exaltou-se, indignada.

 

  — Mal? German não me faz mal, pelo contrário, ele me faz feliz como nunca ninguém fez!

 

  Angelica balançou a cabeça veemente.

 

  — Você já se esqueceu do quanto ele te fez sofrer? Você já se esqueceu da Jade e principalmente da Esmeralda? Não se lembra do quanto você sofria ao ver ele com elas?

 

  Senti Angie tensionar ao meu lado, Angelica tocara em um assunto bem delicado. Eu me arrependia amargamente por ter me relacionado com Jade, Esmeralda e Priscilla, tudo o que esses relacionamentos trouxeram era dor e sofrimento, além de inúmeros problemas. Eu nunca me perdoaria por ter ferido Angie da maneira que fiz. Nunca.

 

  — Todos nós tomamos decisões das quais nos arrependemos. — Angie rebateu, o que me fez perceber pela centésima vez que eu não merecia Angeles em minha vida. Ela me perdoou mesmo depois de eu ter errado tanto. Ela merecia alguém melhor ao seu lado, não eu, que a machucara mais de uma vez.

 

  — Sim, mas cometer o mesmo erro três vezes seguidas é demais! — Doeu ouvi-la dizer isso, mas essa era a verdade e eu não podia negar.

 

  — Mamãe, por favor, pare. Eu não quero discutir. — Angie pediu, séria como eu nunca havia visto antes.

 

  — Eu tampouco, querida, mas tem coisas que precisam ser faladas. — Atentou seu olhar a Angie enquanto dizia isso. — O fato é que você podia ter morrido, filha. Aquela mulher atentou contra a sua vida, e podia ter feito o mesmo com Violetta.

 

  Angie abriu a boca para rebater o que a mãe havia falado, mas a fechou imediatamente, sem saber o que responder. Era difícil combater esses argumentos, até mesmo para Angie. Eu não podia culpa-la por não saber o que falar, nem eu que já fechara vários contratos difíceis onde fora preciso saber dialogar muito precisamente, saberia.

 

  — A culpa de nós termos quase te perdido é dele. — Angelica reafirmou.

 

  — Mamãe… — Angie começou, mas eu a impedi antes que a discussão perdurasse. Eu podia ver o quanto discutir com a mãe a estava fazendo mal.

 

  — Não, Angie, tudo bem. — Entrei na conversa. — Sua mãe está certa, eu coloquei sua vida em perigo quando trouxe Priscilla para essa família. Eu sou culpado. — Me matava por dentro admitir aquilo, mas eu de fato causara tudo isso.

 

  — Não, a culpa não é sua, German. Não é. — Angie falou indignada, colocando-se em pé.

 

  É claro que ela diria isso, Angie era boa demais para concordar com isso. Ela nunca me culparia, mesmo que eu merecesse.

 

  Me coloquei em pé também.

 

  — Você sabe que eu nunca faria nada de propósito para te machucar, não é? — Perguntei necessitando muito ouvir a resposta.

 

  Angie tocou meu rosto com uma de suas palmas delicadas e olhando ternamente para mim, respondeu:

 

  — É claro que eu sei, German. Você me demonstra todos os dias o quanto me ama e o quanto seria incapaz de fazer algo desse tipo. — Ela acariciou meu rosto, num toque leve e doce. Me permiti fechar os olhos por poucos segundos.

 

  Quando os abri, o semblante preocupado de Angie chamou minha atenção.

 

  Eu não aguentava mais vê-la assim, sempre preocupada ou precisando lidar com coisas que ela não causara, quando com tudo o que deveria se preocupar era em ser feliz. 

 

  Doia saber que eu trazia tantos problemas para sua vida.

 

  — Eu vou subir. — Declarei, eu precisava ficar sozinho. Precisava de um tempo para pensar.

 

  Percebendo minha intenção, Angie interveio:

 

  — German, não faça isso consigo mesmo, por favor. Não fique se culpando.

 

  Assenti com um breve aceno de cabeça, que não convencera Angie, ao notar a forma preocupada com a qual ela me fitava.

 

  Beijei a cabeça de Angie e subi as escadas sem conseguir olhar para trás. 

 

  — German. — Angie chamou atrás de mim, quando eu estava no final da escada. 

 

  Virei para ela e fitei-a.

 

  — Nós precisamos conversar, o que minha mãe disse não é verdade. — Começou.

 

  — Angie… eu não acho que esse seja o melhor momento, minha cabeça está cheia de coisas. — Falei, me sentindo cansado tanto físico como emocionalmente. 

 

  — Tudo bem. Você precisa de um tempo. — Aceitou. Eu sabia que não era fácil para ela dizer isso, mas também sabia que ela me conhecia o suficiente para saber que se preocupava comigo e me daria o tempo que eu precisasse. Mais um motivo pelo qual eu a amava tanto.

 

  Naquele momento eu  só queria envolve-la em meus braços e dizer que tudo ficaria bem, mas eu não sabia  se isso de fato aconteceria.

 

  Acatando minha decisão, Angie se aproximou de mim, depositou um beijo em minha bochecha e desceu as escadas, aparentando estar tão confusa quanto eu me sentia.

 

                                                   (…)

 

  Fazia uma hora que eu me encontrava em meu quarto, que ultimamente se tornara o de Angie também, tentando colocar os pensamentos em ordem, quando alguém bateu a porta.

 

  Me levantei e tratei de abrir a porta. Para minha total surpresa, era Angelica quem se encontrava do outro lado.

 

  — Posso entrar? — Perguntou, aparentando estar bem mais calma do que há uma hora atrás.

 

  Assenti e ela entrou.

 

  Antes que eu pudesse   questionar o porquê da visita, ela quebrou o silêncio:

 

— O quanto você ama minha filha?

 

   — Muito, mais do que a mim mesmo. — Respondi sem precisar pensar nem por um segundo.

 

  — Você estaria disposto a tudo para vê-la feliz? — Questionou.

 

  — Claro, eu faço  qualquer coisa para que Angie seja feliz. — Respondi, curioso para saber o propósito daquelas perguntas.

 

  Angelica assentiu novamente, aprovando minhas respostas.

 

  — Afaste-se da Angie.

 

  — O que? — Questionei, pego de surpresa com a sua afirmação.

 

  — Já que você ama tanto minha filha e quer vê-la feliz, afaste-se dela. Se você a ama de verdade, deixe ela ir.

 

  Ouvir essas palavras foi como levar um soco no estômago. Como eu conseguiria me afastar de Angie? Como eu poderia viver longe dela se era ela que me trazia vida?

 

  — Você a fez sofrer demais, ela merece a chance de ser feliz com alguém que não seja covarde como você foi, alguém que não a tenha feito sofrer como você fez.

 

  Sentei-me na cama. Depois de ouvir aquelas palavras eu não conseguiria mais me sustentar em pé.

 

  Por que doia tanto ouvir a verdade? Eu havia sido covarde em relação aos meus sentimentos por Angie inúmeras vezes,  fui o causador de seu sofrimento. 

 

  A verdade era que Angie de fato merecia alguém melhor do que eu. Por mais que eu me esforçasse, eu nunca seria o homem que ela merecia. Mas só de pensar em outro homem a tocando, eu já me sentia doente.

 

  —  Angie estará mais segura longe de você. — Afirmou, sentando-se ao meu lado. — Minha filha quase morreu por causa de sua ex namorada. E se essa mulher tentar algo novamente?

 

  A verdade era que era bem provável que Priscilla tentasse alguma coisa, já que a mesma estava desaparecida. Depois de contar a Ludmila que tinha empurrado Angie, ninguém mais a viu. 

 

  — Você está certa. — Concordei, por mais difícil que fosse admitir.

 

  Angelica assentiu compreensiva.

 

  — A princípio Angie ficará mal com o término, mas depois de um tempo ela vai acabar percebendo que tomou a decisão correta. Porque se ela continuar com você, um dia ela acabará se arrependendo. Você a machucou e é questão de tempo para que o faça de novo, ou para que alguém como Priscilla o faça. Esse é o ciclo, liberte Angie dele se você a ama.

 

  Eu não estava nada bem. Minha dor de cabeça parecia ter se intensificado. Eu me sentia doente.

 

  — Como pai eu acho que você me entende. — Ela tocou minha mão. — Eu só quero o melhor para minha filha, como todo pai ou mãe. Você entende que tudo que eu quero é ver minha filha feliz?

 

  — Claro. — Respondi, curto e sério.

 

  — Ótimo. — Ela sorriu placidamente e levantou-se. — Pense no que conversamos, German, e faça sua escolha. 

 

  Dito isso, Angelica retirou-se do quarto, me deixando mais confuso e pensativo do que eu já estava antes de sua chegada repentina.

 

  Eu sabia que tinha uma decisão a tomar e que não seria fácil toma-la.

 

                                              (…)

 

 

                                       NARRADORA

  German estava determinado a esquecer pelas próximas horas o que teria que fazer no dia seguinte. A decisão que sabia que o machucaria tanto quanto a Angie. Ele tinha certeza que a perderia, mas faria o que achava certo.

 

  Angeles merecia uma vida feliz e longe dele. A culpa que sentia era esmagadora. Não era justo prendê-la a ele, quando ele já havia machucado-a várias vezes. E ainda mais quando um erro seu quase custara a vida dela.

 

  Se tudo o que poderia ter com Angeles era mais uma noite, ele a faria ser inesquecível. Guardaria cada detalhe na memória. Faria Angie sentir a dimensão do que sentia por ela.

 

  Uma ideia tomou conta de seus pensamentos. Daria a Angie e a si mesmo uma noite perfeita.

 

  Uma batida na porta o tirou de seus devaneios.

 

  — Posso entrar? — Angeles perguntou.

 

  Ela sabia que precisava dar um tempo para ele ficar sozinho. Era difícil assimilar tudo o que Angelica tinha dito na sala. Mas ela sentia a necessidade de estar perto dele.

 

  — Claro. 

 

  Angie se aproximou da cama de German, que nos últimos tempos se tornara sua também, e se deitou ao lado dele.

 

  Num primeiro momento ela apenas entrelaçou suas mãos. Ambos permaneciam em silêncio mirando o teto do quarto.

 

  — German. — Ela chamou alguns minutos depois. Já tinham ficado em silêncio tempo suficiente.

 

  — Angie. — Ele respondeu, abriu os olhos e olhou pra ela, incitando-a a falar.

 

  — Eu sei no que você está pensando e quero que pare agora mesmo.

 

  German suspirou. Tudo que ele queria era parar de pensar na culpa que o envolvia.

 

  — Não sei se isso é possível.

 

  — Não gosto de te ver assim. — Ela pousou uma mão no peito dele.

 

  — Eu sei que não amor. — Ele levou a mão dela aos lábios, depositando ali um beijo delicado. — Mas não é como se eu conseguisse parar de pensar no que poderia ter acontecido com você.

 

  — Não se concentre nos pensamentos ruins. Ao invés disso, tente se concentrar em outra coisa.

 

  — Em que, por exemplo?

 

  — Nisso. — Ela falou antes de colar seus lábios nos dele.

 

  Ela só queria que ele parasse de pensar nos "e se". Eles se amavam e isso era a coisa mais importante. Mesmo que Angelica não achasse o mesmo.

 

  German envolveu Angie pela cintura enquanto a beijava com doçura. Ela passou os braços ao redor do pescoço dele.

 

  As mãos de German subiam e desciam delicadamente pelas costas de Angeles. Enquanto a loira apoiava as mãos no peito dele.

 

  Depois de alguns minutos, quando o ar se fez necessário, encerraram o beijo com um selinho.

 

  — Acho que não tem coisa melhor pra se concentrar do que essa. — Ele sorriu e Angie adorou vê-lo mais animado.

 

  — Está melhor?

 

  — Sim, você sempre sabe como tornar as coisas melhores Angie. — Ele acomodou um cacho do cabelo dela atrás da orelha.

 

  — E você sabe como me deixar corada. — Foi a vez dela de sorrir.

 

 

  — Estou organizando uma noite romântica pra nós. O que você acha da ideia amor?

 

  — Eu amei a sua ideia. Estamos precisando de uma noite assim. — Ela lhe lançou um sorriso radiante.

 

  — Combinado. Vou usar a tarde pra organizar o que tenho em mente. E quando tudo estiver pronto volto pra me arrumar e te buscar.

 

  — Já estou ansiosa.

 

  — Tenho certeza disso. — Ele riu, adorava a empolgação de Angeles.

 

  — E como sempre, presumo que não vai me contar onde vamos.

 

  — Acertou.

 

  Angie riu, não esperava a hora de descobrir o que German estava tramando dessa vez.

 

                                               (…)

 

                                             ANGIE

 

  — Pronto. — Falei em frente ao espelho quando terminei de me arrumar.

 

  Olhei atentamente para o meu reflexo. Meu vestido era branco com flores vermelhas espalhadas por todo ele, além de ser aberto nas costas. Para completar o visual, coloquei uma meia calça da cor de minha pele e sapatos altos pretos. Fiz uma maquiagem básica para dar destaque ao batom vermelho que eu usava.

 

  Sai do quarto e desci as escadas. German já  estava me esperando.

 

  Olhei para ele e fiquei sem fôlego. Ele estava tão lindo. Usava uma camisa social branca com colete cinza e uma gravata da cor vinho. E para completar, ele arregaçou as mangas deixando-me hipnotizada com seus braços fortes expostos.

 

  — Angie. — Sua voz me trouxe de volta a realidade.

 

  — Ah, oi amor. — Me aproximei dele.

 

  — Tudo bem?

 

  — Sim, é só que eu me distrai com a beleza do ator de novela mexicana à minha frente. — Brinquei.

 

  — Lá vem você de novo com essa história de ator de novela mexicana… — Ele riu.

 

  — Nunca pensou em ser ator?

 

  — Não, gosto muito de ser engenheiro. — Ele piscou pra mim. — Você está maravilhosa, amor. Tem certeza de que não é um anjo?

 

  — Certeza absoluta. — Foi minha vez de rir.

 

  — Está pronta para nossa noite romântica? — Ele perguntou com a voz em um tom sedutor.

 

  — Prontissima. — Entrelacei nossos braços e andamos em direção à porta principal da mansão.

 

 

                                               (…)

 

  Fiquei surpresa quando German estacionou o carro em frente à minha casa.

 

  — O que será que você está tramando dessa vez? — Perguntei quando estávamos em frente a porta da minha casa.

 

  — Abra a porta e veja. — Ele sussurrou em meu ouvido.

 

  Fiz o que ele disse e entrei em casa.

 

  — Uau! Eu… Eu estou sem palavras!

 

  German tinha se superado dessa vez. Estava tudo tão lindo! A sala e a cozinha estavam iluminadas por velas e decoradas com arranjos de flores. Tinham alguns balões vermelhos em formato de coração espalhados pelos cômodos. Senti um cheiro maravilhoso de lavanda pairando no ar. A mesa estava arrumada elegantemente. Minha sala estava com um ar romântico e aconchegante. Para completar o clima, German colocou uma música para tocar.

 

  Me aproximei da parede da sala e sorri ao ver que German tinha feito um mural com várias fotos nossas. Cada momento especial exposto ali.

 

  — Eu amei tudo. Ninguém nunca fez algo tão lindo pra mim. Eu sou tão importante assim pra você? — Meus olhos já estavam marejados.

 

  — Mais que tudo. — Ele passou os braços ao meu redor e olhou em meus olhos. — Não importa o que aconteça, promete que sempre vai lembrar o quanto eu te amo?

 

  — Prometo. Você me promete o mesmo?

 

  — Prometo. Nada pode mudar o que eu sinto por você. — Eu nunca tinha ouvido palavras tão verdadeiras. — Eu tenho algo pra te dar.

 

  German se afastou um pouco e pegou uma caixinha vermelha que repousava em cima do balcão da cozinha.

 

  Quando voltou a estar em minha frente, ele estendeu a caixinha pra mim.

 

  — Espero que você goste, amor. — Ele sorriu pra mim.

 

  Peguei o objeto de veludo e o abri. Dentro tinha um delicado relicário de ouro em formato de coração. Era tão lindo. Nunca tinha visto um acessório tão maravilhoso quanto o que eu tinha em minhas mãos.

 

  — Ele é… Perfeito. Nunca ganhei algo tão lindo. Obrigada, amor. — Eu estava encantada pela bela peça.

 

  Depositei um beijo nos lábios dele.

 

  — Fico feliz que tenha gostado.— Disse depois do beijo se encerrar. — Quer saber onde o encontrei?

 

  — Claro. — Respondi, entusiasmada.

 

  — Bem, esse relicário está na família Castillo há muito tempo. Era uma tradição que começou com os meus bisavós. Quando meu bisavô se deu conta que estava apaixonado pela minha bisavó, ele economizou durante meses e comprou o relicário, e deu à ela como símbolo do amor deles. E desde então ele vem sendo passado de geração em geração. Encontrei-o na casa de campo quando fomos pra Sevilha. E creio que chegou o momento de dá-lo a você. Á mulher que eu amo.

 

  Senti algumas lágrimas descerem pelo meu rosto. Ele estava me presenteando com algo que significava tanto pra família dele.

 

  — Posso colocá-lo em você? — Ele pediu. Acenei que sim com a cabeça.

 

 

  Ele colocou meu cabelo para o lado e senti suas mãos tocarem a pele exposta de meu pescoço. Suspirei com o toque tão delicado. German prendeu o fecho e voltou a ficar em minha frente.

 

  Antes que ele pudesse dizer algo, abracei-o. Eu nunca poderia ser capaz de esquecer essa noite. Ela mal tinha começado e já era uma das melhores da minha vida.

 

  — Ah, German... Eu te amo tanto. — Senti ele passar seus braços ao meu redor.

 

  — E eu amo você, meu anjo. — Eu adorava quando ele me chamava assim.

 

  Depois de alguns minutos, desfizemos o abraço.

 

  — Não chore, amor. Só quero vê-la sorrindo essa noite. — Ele disse enquanto enxugava as lágrimas que eu havia deixado rolar.

 

  — Não se preocupe, são lágrimas de alegria. — Sorri. — E então, o que vamos fazer agora?

 

  — Eu vou cozinhar pra você.

 

  — Adorei a ideia. Vai precisar de ajuda?

 

  — Não precisa, amor. Hoje só quero mimá-la.

 

  — Mais do que você já me mimou essa semana? — Brinquei e ele acabou rindo do que eu disse.

 

  Nos dirigimos a minha cozinha.

 

  German me sentou no balcão em frente à pia e o fogão e abriu a geladeira, de onde tirou uma garrafa de vinho cabernet. Ele encheu duas taças e deu uma pra mim.

 

  Ele tomou um gole e depois começou a pegar os ingredientes necessários para começar a cozinhar.

 

  — Você não para de me surpreender German Castillo.

 

  — Fico feliz em ouvir isso Angeles Carrara. — Ele sorriu e começou a preparar a refeição.

 

                                                (…)

 

                                          NARRADORA

  — Isso está divino! — Angeles exclamou depois de levar uma garfada do espaguete à carbonara a boca. — Você cozinha muito bem.

 

  — Fico feliz que tenha gostado, amor. — Tomou um gole do vinho.

 

  — Então além de engenheiro e ator de novela mexicana você também é um maravilhoso cozinheiro! — Ela sorriu.

 

  — Impressionada?

 

  — Mas é claro. — Os dois riram. 

 

  O jantar estava maravilhoso. German estava mesmo se esforçando pra noite ser especial. Ele tinha pensado em cada detalhe.

 

  — Tenho algo bom pra te contar. — Ele disse, sabendo que a notícia a alegraria. 

 

  — E o que é? — Sua voz, como sempre, demonstrava curiosidade.

 

  — Eu falei hoje cedo com o seu médico e ele disse que amanhã mesmo você pode voltar as suas atividades normais.

 

  — Isso quer dizer que o repouso acabou? — Angeles estava animada.

 

  — Sim e você também poderá voltar a dar as suas aulas no Studio.

 

  — Eu nem acredito nisso! Estava sentindo tanta falta de dar minhas aulas. — Ela sorriu.

 

  German sorriu de volta, era tão bom vê-la feliz e sorrindo.

 

  Eles continuaram conversando animosamente enquanto comiam. Um clima romântico pairava no ar.

 

  Quando terminaram, Angeles fez questão de ressaltar que como ele tinha feito o jantar, ela ficaria mais do que satisfeita em lavar a louça.

 

  — Não, a senhorita vai ficar sentada aí comendo a sobremesa que eu preparei pra você enquanto eu cuido da louça. — Ele depositou um beijo casto na testa dela e sentou-a novamente na banqueta onde ela ficara enquanto ele preparava o jantar.

 

  Angeles tentou protestar, mas antes que ela pudesse dizer algo, German levou uma colherada de tiramisu á sua boca.

 

  Angie exprimiu um suspiro de prazer ao provar o doce. Estava delicioso! Olga que a desculpasse, mas nunca tinha experimentado um tiramisu tão gostoso quanto aquele.

 

  — Você gostou? — Ele perguntou com um sorriso de lado.

 

  — Mais que isso, eu amei! Eu tenho sorte de ter um namorado cozinheiro. — Ela também sorriu.

 

  German lhe estendeu um prato com mais do doce e Angie levou mais uma colherada à boca.

 

  — O crédito não é meu, e sim da receita secreta da Olga de tiramisu que ela me emprestou.

 

  — Bem, então eu tenho que dizer que o aprendiz superou o mestre.

 

  — Sorte sua que a Olga não está aqui para ouvir isso.

 

  Eles riram e German começou a lavar a louça.

 

  Quando ele terminou, virou -se para Angeles, que o encarava com um sorriso.

 

  — O que foi, meu anjo?

 

  — É que eu nunca me senti tão feliz assim antes. — Ela entrelaçou uma de suas mãos à de German.

 

  Ele sentiu seu peito se comprimir, doía demais ouvir isso e saber que tinha que tomar uma decisão que acabaria com a felicidade dela e, consequentemente, com a sua. Mas ele não deixaria essa decisão ficar entre eles, não nessa noite. Ele deixaria pra pensar nisso somente no dia seguinte. Naquele momento nada ficaria entre ele e a mulher que amava.

 

  — Nem eu, meu anjo. E creio que ninguém pode me fazer feliz como você faz.

 

  German encostou seus lábios nos de Angeles. No início apenas um leve toque, que evoluiu para um beijo envolvente.

 

  Ele levou as mãos em concha ao rosto dela, aprofundando o beijo. Angie passou os braços ao redor de seu pescoço, colando ainda mais seus lábios.

 

  German mordeu de leve seu lábio inferior, fazendo com que Angeles arfasse, apreciando o gesto, que fez com que seu corpo aquecesse.

 

  Ele passou os braços pela cintura dela, colando seus corpos. Sentindo o corpo dela se moldando com perfeição ao seu. Como se fossem feitos sob medida um para o outro.

 

  Angeles passou as pernas ao redor da cintura dele, aumentando o contato entre seus corpos e sentindo-se derreter contra seu corpo másculo.

 

  Ela sentiu a necessidade de senti-lo mais, então tirou o colete que envolvia o corpo dele e desabotoou o mais rápido que pôde cada um dos botões de sua camisa social. Para ajudá-la, German tirou a camisa e deixou-a cair no chão.

 

  Angeles explorou o tórax dele com destreza. Espalmou suas mãos em seu peitoral definido e depositou um beijo no peito dele, onde supôs que ficava o coração, sentindo-o respirar com dificuldade e seu coração bater freneticamente contra seus lábios.

 

  Ela sorriu, sabia que seu coração batia tão loucamente quanto o dele.

 

  German passou as mãos pelas coxas dela e conduziu-a até o quarto.

 

  Angie se surpreendeu mais uma vez ao entrar no quarto. Além da decoração romântica e das velas que iluminavam o local a cama estava cheia de pétalas de rosas vermelhas.

 

  — Essa noite vai ficar gravada pra sempre na minha mente.

 

  — E na minha também.

 

  German sentou-se na cama e puxou Angie para o seu colo. Seus lábios percorreram o pescoço dela com calma, explorando a pele sensível.

 

  — German... — Ela gemeu. Os lábios dele causavam arrepios por sua pele.

 

  Angie passou as mãos pelo cabelo negro de German e alternou-as pelas costas e pelos ombros dele, sentindo o calor que emanava de sua pele envolvê-la.

 

  German voltou a beijá-la. Seus lábios se movendo com intensidade e necessidade. Sem desgrudar suas bocas, German deitou-a sobre a cama e, com cuidado, ficou sobre ela.

 

  German ajudou Angeles a se livrar do vestido. Depois de jogar a peça no chão, ele voltou a acariciar o corpo dela. Primeiro desceu seus lábios novamente pelo pescoço dela e logo após, beijou o vão entre seus seios. Ela gemeu ao sentir os lábios dele contra seu busto e sua barba roçando sua barriga.

 

  Ele segurou o início da meia calça dela e começou a puxá-la sensualmente, fazendo questão de acariciar as belas coxas e pernas da loira.

 

  Não demorou muito e todas as roupas já haviam sido retiradas. Não havia mais nada entre eles.

 

  German deitou-se com delicadeza sobre Angeles e ambos se beijaram com todo o amor que sentiam um pelo outro. Seus corações batiam num ritmo acelerado e as respirações estavam entrecortadas.

 

  German a beijava com devoção, demonstrando através de toques o quanto ele a amava.

 

  Eles estavam no limite. Sentiam a necessidade de se unirem. Vários sentimentos estavam presentes ali. Amor. Paixão. Desejo.

 

  — German… Eu te amo. — Sussurrou, envolvida por todas as sensações que ele causava nela.

 

  — Eu também te amo, meu anjo. Muito.

 

  Sem poder se conter mais, German aproximou seu corpo ainda mais do dela e uniu-os.

 

  Ambos gemeram ao sentir a união de seus corpos. Como das outras vezes, o momento fora único.

 

   German amou Angie com tudo de si, sem reservas ou medos. Ele queria que aquela noite fosse memorável, já que seria a última que ele passaria ao lado da mulher que amava. Por mais que a amasse, ele sabia que precisava liberta-la. A culpa que sentia não o permitiria levar seu relacionamento a diante, na cabeça dele aquele era o certo a ser feito.

 

  Angie nunca se sentira tão amada e desejada tanto quanto German a fazia se sentir. E naquela noite ele só havia reforçado aquilo. 

 

  Como das outras vezes que se amaram, Angie sentiu que o momento era especial, mas dessa vez, além disso, tinha algo diferente, que para sua surpresa, ela só se daria conta no dia seguinte. German a amava de uma maneira diferente, de uma maneira tão fervorosa como sempre, mas havia um algo a mais.

 

  Eles se amaram lentamente, armazenando cada detalhe em suas mentes.

 

  Conforme o fim iminente se aproximava, sentiram a necessidade de aumentar a velocidade  dos movimentos.

 

  Angie abraçou German com seu corpo, enquanto ele sussurava próximo ao ouvido dela o quanto a amava. 

 

  Com um último movimento, o ápice os envolveu.

 

  German enterrou o rosto na curva do pescoço de Angie, enquanto seu corpo tremia e seus lábios chamavam o nome da amada.

 

  Angie também chamara pelo amado, enquanto o abraçava, tentando aplacar os tremores de seu corpo.

 

  Quando os tremores diminuíram, German afastou-se de Angie, para segundos depois puxa-la delicadamente para os seus braços.

 

  Angie descansou sua cabeça no peito desnudo de German. Ela adorava dormir naquela posição, pois assim antes de pegar no sono e depois que acordasse podia ouvir as batidas do coração do amado.

 

  — Eu te amo, Angie. — German depositou um beijo casto na cabeça de Angie. — Nunca se esqueça disso.

 

  Ela virou-se e sorriu. E olhando dentro das profundezas que eram os olhos de German, disse:

 

  — Eu também te amo, German.

 

  Ela arqueou-se alguns centímetros e colou seus lábios aos de German, em um beijo calmo e doce.

 

  Encerrado o beijo, com um sorriso no rosto, Angie voltou a deitar-se na mesma posição de antes. 

 

  German logo envolveu a cintura dela com os braços fortes. 

 

  E assim logo adormeceram, sem saber que depois daquela noite suas vidas se transformariam completamente e que consequências de tudo que viveram até ali viriam a tona. 


                                               (…)



                                                  *TRADUÇÃO:

"Uma gota no oceano

Uma mudança no tempo

Eu estava rezando

Para que você e eu

Pudéssemos ficar juntos

É como desejar a chuva

Enquanto eu estou no meio do deserto

Mas estou te segurando

Mais perto do que nunca

Porque você é meu paraíso"

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ATENÇÃO: Postaremos o próximo com 5 COMENTÁRIOS ♥ Por favor, não se esqueçam de COMENTAR o que acharam do capítulo ♥

- Por favor: COMENTE, FAVORITE E RECOMENDE ♥

Beijocas e até o próximo capítulo ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Consequências do Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.