Consequências do Amor escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 10
Capítulo 10 - Um Momento, Uma Dança


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente ❤ Feliz Natal e Feliz Ano Novo (adiantados kkk) Que 2018 seja um ano maravilhoso e cheio de inspiração e capitulos para a fic (E claro, com muito Germangie) ❤ Obrigada por todo o apoio e carinho que vocês leitores têm nos dado, por cada comentário, favoritado, visualização, etc... ❤ Vocês são incríveis ❤ Agradecemos por vocês terem nos acompanhado nesse ano de 2017! Obrigada por tudo! ❤

OBSERVAÇÕES, POR FAVOR, LEIAM!

■■■ GOSTARÍAMOS que os capítulos da fic tivesse pelo menos 7 COMENTÁRIOS ❤ A opinião de vocês é muito importante pra gente! ❤ POR FAVOR, COMENTEM ❤

■■■ Leitores FANTASMAS, por favor, Apareçam! ❤ Adoraríamos saber o que vocês estão achando da fic ❤

■■■ Prometemos que se a fic tiver MAIS COMENTARIOS, nós tentaremos POSTAR com mais frequência ❤

●●● Muito Obrigada a Love Angie por ter favoritado! Você não tem ideia do quanto seu favoritado nos incentivou! ❤

●●● Obrigada as lindas que comentaram:

* Duh Leon
* Leitora Tinista
* Violetta S2
* Love Angie

● O próximo capítulo está quase pronto, no momento em que a meta de 7 comentários for batida, eu já posto.

Obrigada gente, vocês são demais! ❤

Boa Leitura! ❤



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                                "You can run into my arms
                                            It's okay don't be alarmed
                                            Come into me
                                            There's no distance in between our love
                                            So go on and let the rain pour
                                            I'll be all you need and more"

                                                   Umbrella
                                                             (Rihanna)

 


                                                             GERMAN

Acordei com o barulho do meu celular vibrando. Era uma mensagem de Priscilla. Não estávamos nos falando desde que concordamos em dar um tempo com o noivado. Ela tinha ido viajar por duas semanas, segundo ela, para esfriar a cabeça. E agora pelo que dizia sua mensagem, ela queria conversar.

 

Eu não estava com muita vontade de ter essa conversa, mas eu sabia que era necessário. Precisava resolver as coisas com ela. Ela merecia que eu fosse sincero.

 

Depois de me arrumar e tomar café, fui para o escritório esperar por Priscilla.

 

Enquanto esperava por ela, terminei de analisar as planilhas de contabilidade do Studio e fiz um relatório para mostrar para Angie a real situação. Eu tinha acabado de terminar, quando Ramalho entrou no meu escritório.

 

— Bom dia German. — Ele cumprimentou e logo sentou-se na cadeira à minha frente.

 

— Bom dia Ramalho. Como foi a viagem?

 

— Correu tudo bem. O que você está fazendo? — Perguntou ao olhar para os papéis em minha mesa.

 

— Eu estava analisando as planilhas de contabilidade do Studio. A Angie precisava de ajuda com isso, então decidi ajudar. — Expliquei.

 

Ramalho olhou pra mim e franziu o cenho.

 

— Mas German, vocês não tinham combinado de ficar longe um do outro?

 

— Sim, mas Angie precisava de ajuda e eu nunca poderia negar algo para ela. — Sorri ao lembrar do quanto foi bom poder ter um tempo com ela novamente.

 

— E a Priscilla?

 

— Acho que é melhor nós terminarmos de uma vez. Não é certo eu estar com ela pensando em outra.

 

— Uau, já era a hora de você admitir isso. Antes tarde do que nunca. — Ele riu. — Mas o que te fez mudar de ideia?

 

— Não sei dizer ao certo, mas desde que Angie voltou da França, as coisas entre mim e Priscilla começaram a esfriar. Eu não posso continuar com a Priscilla sendo que com quem eu realmente gostaria de estar é com a Angie.

 

— É o que eu sempre te disse German. Quando se nega o amor verdadeiro tudo vai mal. Os seus relacionamentos com Jade, Esmeralda e Priscilla nunca deram certo porque elas não eram a Angie.

 

— Sim, eu fui um cego. Deixei ela partir para França quando eu deveria tê-la impedido. — Eu ainda me culpava por ter sido tão covarde.

 

— Nisso eu preciso concordar com você. Mas quando você vai terminar com a Priscilla?

 

— Hoje mesmo, estou esperando ela chegar. Nós precisamos colocar tudo em pratos limpos. Me sinto um imbecil ao ter que dizer a ela que beijei Angie algumas vezes mesmo estando com ela.

 

Eu não me arrependia por ter beijado Angie. Claro que não. Mas sim por ter beijado-a sem antes terminar com Priscilla. Não era justo para nenhuma delas.

 

— Você fez o que?! — Priscilla invadiu o meu escritório parecendo furiosa. — Eu não acredito que você foi capaz de fazer isso comigo!

 

Ramalho saiu do escritório, deixando-me a sós com ela.

 

— Priscilla … — Comecei, mas ela logo me interrompeu.

 

— Estava tudo bem entre nós até aquela tal de Angie chegar. Nós estávamos noivos, eu já tinha até começado a ir atrás do meu vestido de noiva! — A cada minuto ela parecia mais irritada.

 

— Me perdoe Priscilla. Eu deveria ter sido honesto com você. — Eu deveria ter dito a verdade para ela.

 

— Não, eu não vou te perdoar German. Como você pôde me trocar por ela? O que ela tem que eu não tenho? — Ela gritou.

 

— Você tem todo o direito de estar irritada comigo. — Admiti, eu merecia que a sua reação fosse essa. — Mas por favor, não grite. Você vai assustar as meninas.

 

— Você acha mesmo que eu estou ligando pra isso? Eu vou gritar o quanto eu quiser. — Ela se aproximou de mim. — Me diz a verdade German, você algum dia realmente me amou?

 

Eu não sabia o que responder. Não queria magoa-la mais ainda e nem parecer insensível. Antes que eu pudesse dizer algo, ela disse:

 

— É melhor você nem dizer nada German. Eu já sei a resposta! — Ela riu, irônica. — Eu não acredito que você se deixou enfeitiçar pela Angie. Você sempre me dizia que o que vocês tiveram ficou no passado, mas ela sempre estava por perto!

 

— Essa situação é mais complicada do que parece Priscilla. — Não importava o que eu fizesse, eu sempre acabava sendo atraído a Angie. Mesmo que eu tentasse ficar longe, eu não conseguia.

 

— Não, não é! Desde que ela retornou a Buenos Aires, você não me olha da mesma forma. Você se deixou enganar por aquela cara de santa dela. Eu não entendo como mesmo tendo uma mulher rica, bonita e elegante como eu ao seu lado, você escolheu uma qualquer como a Angie!

 

— Eu não vou deixar que você fale assim da minha tia! — Violetta invadiu o escritório, antes que eu respondesse Priscilla.

 

Ludmila apareceu logo atrás de Violetta.

 

— Eu tentei ser uma mãe pra você Violetta! Uma boa mãe que nem eu sou pra Ludmila. Mas você sempre preferiu a Angie. — Ela respondeu.

 

— Eu tentei ser sua amiga Priscilla, tentei me aproximar de você. Mas desisti quando entendi que a Ludmila só agia mal porque você a forçava a ser a melhor em tudo e a seguir os seus sonhos e não os dela. Percebi que a culpa de ela sempre estar triste era sua. — Vilu respondeu.

 

Como eu nunca tinha percebido isso? Priscilla tratava mal a própria filha bem embaixo do meu nariz. Como eu poderia ter me enganado tanto com Priscilla e pensei até em me casar com ela? Como eu nunca tinha ligado os pontos antes? Mas agora tudo fazia sentido.

 

— Como você pode dizer isso Vilu? Eu sou a melhor mãe do mundo não é filha? — Priscilla olhou para Ludmila, que até agora não tinha dito nada.

 

Ludmila estava com o olhar aflito, parecia triste. Ela não disse nada, apenas abaixou a cabeça.

 

— Acho que isso confirma o que eu disse. — Vilu disse, parecendo irritada ao ver que Priscilla fizera Ludmila ficar triste outra vez.

 

— Como você pode deixar que a sua filha fale assim comigo? — Priscilla olhou indignada para mim.

 

— Ela só está falando a verdade Priscilla. Eu não poderia ter me enganado mais com você. Eu estava prestes a me casar com você sem saber quem você realmente é e como você trata a sua própria filha. Eu sempre quis saber porque Ludmila sempre me parecera tão triste e agora eu sei. — Respondi, eu não permitiria que ela continuasse machucando Ludmila.

 

— Então você também acredita nisso? Tudo bem German, acredite no que você quiser. Está tudo acabado entre nós. — Ela disse. — Vamos Ludmila!

 

Priscilla começou a andar em direção a porta de entrada, mas quando viu que a filha não a acompanhava, parou de andar.

 

— O que foi Ludmila? — Ela perguntou, irritada.

 

— Eu não quero ir embora daqui. Pela primeira vez na vida, eu sinto que tenho pessoas que me amam ao meu redor. Aqui eu tenho uma verdadeira família e não quero ter de abrir mão dela. — Ludmila disse, com lágrimas nos olhos.

 

Me aproximei dela e pousei minhas mãos em seus ombros, para lhe dar apoio.

 

— Você pode ficar aqui se quiser Ludmila. Você faz parte da nossa família agora. E se ficar aqui for te fazer feliz, queremos que você fique. — Sorri para ela, queria que Ludmila entendesse que poderia contar sempre comigo e Vilu.

 

— Se quer ficar com esses traidores, pode ficar Ludmila, mas esqueça-se que você tem uma mãe. — Priscilla esbravejou.

 

Ela caminhou até a porta e depois que saiu, bateu-a com força.

 

Ao ouvir as últimas palavras da mãe, Ludmila começara a chorar. Passei meus braços pelas suas costas e a abracei. Vilu se aproximou de nós e fez o mesmo.

 

— A partir de agora você não está mais sozinha, sister. Nós estamos com você. — Ouvi Vilu dizer.

 

— Sim, Vilu tem razão. Nós somos uma família. E vamos cuidar de você, porque é isso que as famílias fazem. Cuidam uns dos outros. — Falei olhando para Ludmila.

 

— Obrigada. — Ludmila sussurrou e nos abraçou mais forte.

 

Ludmila não estava sozinha. Não mais.

 

                                                  (…)

 

                                   Algumas horas depois …


                                                                  ANGIE

Tudo estava pronto. O palco já estava montado, as pessoas já estavam chegando e os alunos estavam se arrumando. Em menos de uma hora o espetáculo começaria.

 

Olhei para o relógio no meu pulso pelo que pareceu a décima vez. Pablo me ligara mais cedo avisando que ele e Antônio chegariam a tempo. Meu amigo viria mais cedo que Antônio. Eu deveria estar me arrumando, mas eu não conseguiria me concentrar em mais nada enquanto ele não chegasse e me dissesse se haviam conseguido algum investidor.

 

Esperei por mais alguns minutos. Quando estava prestes a desistir, vi Pablo vindo na minha direção.

 

— Olá Angie. — Ele me cumprimentou e logo me puxou para um abraço.

 

— Oi Pablo, eu estava morrendo de saudades. — Retribui o seu abraço.

 

— Eu também Angie, nem me lembro qual foi a última vez que eu fiquei tanto tempo longe do Studio. — Ele sorriu. — Gostou de ser diretora por alguns dias?

 

— Sim, gostei muito. Mas fico feliz por você ser o diretor. Ser professora e diretora ao mesmo tempo foi bem cansativo. — Admiti.

 

— Pelo jeito você se saiu muito bem. O Studio está incrível, a decoração está perfeita. Vou ter que te dar parabéns. — Ele falou enquanto olhava ao seu redor. — Se eu tivesse organizado tudo isso, não teria ficado tão bom quanto o que você fez.

 

— Obrigada, fico feliz que tenha gostado. Mas na verdade essa foi uma tarefa conjunta, todos ajudaram. — Foi bom saber que Pablo aprovava o que fizemos. — Vocês conseguiram algum investidor? — Perguntei, esperançosa.

 

Pablo pareceu pensar muito no que me diria. Nesse momento já percebi qual seria a resposta.

 

— Vocês não conseguiram não é? Nem tente mentir pra mim, eu sou sua melhor amiga e você sabe que eu sei quando está mentindo.

 

— Infelizmente nós não conseguimos Angie. Todos os contatos de Antônio com quem nós falamos, já estão envolvidos em outros projetos. E por isso, não poderão investir no Studio. — Pablo confirmou com a voz cheia de frustração. — Os alunos já sabem da crise que estamos enfrentando?

 

— Sim, eles são muito espertos e acabaram percebendo que algo estava errado. Por isso, reuni todos eles hoje de tarde e contei a verdade. — Eu me lamentava por ter tido que contar isso a eles, mas percebi que eles mereciam saber do que estava acontecendo.

 

— Bem, agora só nos resta torcer pra que hoje tenhamos mais sorte. Agora que eu estou aqui, pode deixar que eu cuido de tudo. E você senhorita vai se arrumar e descansar um pouco.

 

— Tudo bem. Só vou ver se os alunos precisam de alguma coisa. — Dei um beijo na bochecha do meu amigo. — Até mais tarde.

 

— Tchau Angie. Nos vemos daqui a pouco. — Ele sorriu.

 

Fui até o vestiário ver se os alunos precisavam de ajuda.

 

Quando cheguei lá, todos já tinham se vestido. Agora as meninas iriam fazer a maquiagem enquanto os meninos decidiram ir revisar na sala de dança, os passos de uma das músicas que eles dançariam.

 

Entrei no vestiário onde Ludmila estava para saber se tudo estava bem, e percebi que ela ainda estava de roupão.

 

— Ludmila. — Chamei ao me aproximar dela.

 

— Ah, oi Angie. — Ela se virou pra mim e percebi que seu rosto estava vermelho, parecia que ela havia chorado.

 

— Você está bem? — Perguntei e entreguei um lenço de papel que eu havia encontrado na minha bolsa para ela.

 

— Obrigada. — Ela agradeceu. — Pra ser sincera, eu não estou nada bem. Acho que não vou poder participar do espetáculo.

 

— Mas por quê não? Me conta o que aconteceu. — Pedi ao me sentar ao seu lado.

 

— É que a minha mãe sempre escolhe o que eu devo vestir. E agora, como não estamos nos falando, eu me sinto perdida. Não sei o que fazer e muito menos o que vestir. — Ela respondeu, a voz carregada de tristeza.

 

— Acho que eu posso te ajudar. — Sorri, tendo uma ideia.

 

— Pode mesmo? — Ludmila parecia esperançosa.

 

— Claro, só preciso que você se acalme e faça a maquiagem e o cabelo enquanto eu vou atrás do vestido perfeito pra você. Combinado? — Estendi minha mão para ela.

 

Ludmila sorriu e apertou minha mão de volta.

 

— Combinado.

 

                                             (…)

 

Menos de dez minutos depois, eu estava de volta ao Studio. Fui até a minha casa buscar o vestido que achei que ficaria perfeito para Ludmila e o vestido e o sapato que eu usaria.

 

Enquanto esperava Ludmila vestir o vestido, troquei de roupa e me sentei numa cadeira que tinha no seu vestiário.

 

Depois de alguns minutos, ela saiu do provador improvisado. Fiquei feliz ao notar que ela estava sorrindo.

 

Após se olhar no espelho, ela se virou pra mim.

 

— Esse é o vestido mais lindo que eu já vi Angie. Eu amei ele. Ficou perfeito. — Ludmila parecia encantada com o vestido.

 

O vestido era prata com lantejoulas cravejadas por ele inteiro e atrás tinha um laço.

 

Me levantei e fui até ela.

 

— Já que você gostou tanto, quero que fique com ele pra você. Eu o comprei faz tempo, mas nunca usei. Ele combina muito mais com você. — Sorri.

 

— Muito obrigada Angie, nem sei como te agradecer. Você me salvou. — Ela me abraçou, coisa que a antiga Ludmila nunca teria feito.

 

— Não precisa me agradecer. Não fiz nada de mais. — Retribui o seu abraço.

 

— Que tal você deixar eu te maquiar e fazer o seu cabelo como agradecimento?

 

— Não precisa se incomodar com isso. Eu consigo me virar. — Não queria incomodá-la.

 

— Preciso sim. Sente-se aqui. — Ludmila apontou a cadeira a sua frente.

 

Obedeci e me sentei onde ela indicou.

 

— Vou te deixar linda. A sua make vai ficar perfeita e o seu cabelo também. Confia em mim. — Ela disse e logo começou a passar o primer no meu rosto.

 

                                                    (…)

 

                                          NARRADORA

Angeles andava apressada pelo Studio, faltavam dez minutos para que o espetáculo começasse. Tinha acabado de sair do vestiário de Ludmila e agora precisava ir para o seu lugar.

 

Ela andava tão rápido que quase trombou com German.

 

— Boa noite Angie. — Ele cumprimentou ao vê-la.

 

— Boa noite German. — Ela repetiu a saudação.

 

German olhou para ela atentamente. Ela estava de tirar o fôlego. Usava um vestido vermelho simples, mas muito elegante. Era de um ombro só. A parte de cima ficava mais justa, mas da cintura até um pouco abaixo do joelho ficava solto. Seu sapato era preto e discreto.

 

German se deu conta de que ela parecia mesmo um anjo. Seus cachos loiros caíam pela suas costas como uma cascata. Seus olhos verdes estavam realçados por conta do delineador e era impossível não olhar para os seus lábios vermelhos por conta do batom.

 

— Você está maravilhosa Angie. — Ele elogiou ao se aproximar mais dela.

 

Angie corou com o elogio.

 

— Obrigada, você também está muito elegante. — Ela sorriu.

 

A seu ver, German estava muito mais que elegante. Ele parecia ter saído de um dos livros românticos que ela adorava ler. A camisa social azul clara que usava combinava perfeitamente com o terno preto. E ela não pôde deixar de notar que a sua gravata era vermelha da cor do vestido dela. Parecia até que tinham combinado.

 

— Sua gravata está um pouquinho torta. — Ela percebeu após olhar para ele minuciosamente.

 

— Mesmo com a prática que eu tenho com gravatas por usá-las sempre, as vezes isso acontece.

 

— Pode deixar que eu cuido disso pra você. — Ela se aproximou dele e tomou a gravata nas mãos.

 

O simples movimento fez com que eles ficassem mais próximos do que deviam.

 

Angie sentiu seu pulso acelerar, seus dedos ficaram trêmulos na gravata dele. Ela estava tão perto dele que podia sentir sua respiração.

 

Ao ver que um cacho do cabelo de Angie havia caído no rosto dela, German tratou de colocá-lo com delicadeza atrás de sua orelha. O toque foi sutil, apenas um resvalar delicado dos dedos dele em sua pele.

 

Ela olhou pra ele e sorriu ternamente. Era incrível o quanto ele era atencioso com ela.

 

German pensou no quão fácil seria passar os braços ao redor de sua cintura, puxá-la para si e logo depois beijá-la. Não, ele não podia fazer isso. Ela poderia não gostar. E o Studio não era o local para isso, Angie não merecia que ele a desrespeitasse beijando-a ali na frente de todos.

 

Angie terminou de arrumar a gravata dele e se afastou. Ela sabia que German tinha o poder de mexer com os seus sentimentos como nenhum outro homem tinha. Não era uma boa ideia ficar tão próxima assim.

 

— Obrigada. — Ele sorriu para ela. — Você leva jeito pra isso.

 

— Ah, não foi nada. — Ela respondeu com a voz bem humorada. — As vezes ajudo os meus alunos com isso quando eles precisam se aprontar para algum show ou algo do tipo.

 

Angie lembrou-se que não demoraria muito para que o espetáculo tivesse início.

 

— Acho que é melhor nós irmos achar um lugar pra gente sentar. O espetáculo já deve estar para começar.

 

— É, você tem razão. — Ele olhou de soslaio para o relógio em seu pulso. — Vamos? — Ele estendeu um braço para ela.

 

Angie sabia que aceitar o braço dele não era a decisão mais sensata, mas acabou por enlaçar seu braço ao dele.

 

Eles seguiram para a sala onde eram sempre feitas as apresentações e sentaram-se um ao lado do outro.

 

Em questão de poucos minutos Violetta e seus amigos subiram ao palco e iniciaram a primeira apresentação da noite.

 

                                                       (…)

 

                                                  ANGIE

O espetáculo foi perfeito. Os alunos foram incríveis, cantaram e dançaram muito bem. Fiquei muito orgulhosa de todos eles, eu adorava ver o quanto eles haviam crescido como profissionais e também como pessoas.

 

Algumas vezes foi difícil me concentrar por German estar ao meu lado. Seu braço estava bem ao lado do meu. O tecido macio de seu terno, encostando no meu braço descoberto.

 

— Os alunos foram muito bem Angie. — Ele disse quando nos levantamos.

 

— Sim, eles foram incríveis. — Sorri.

 

— Eu te disse que tudo daria certo. Você não precisava ter se preocupado tanto.

 

— Você tem razão. As vezes eu me preocupo sem necessidade.

 

German iria me responder, mas nesse mesmo momento, Violetta subiu no palco.

 

— Boa noite! — Ela sorriu. — Com a autorização do diretor, nós vamos tocar algumas músicas e convidamos vocês para irem pra nossa pista de dança improvisada.

 

Em pouco tempo, já haviam pessoas se aglomerando na pista de dança. E Violetta e Léon começaram a cantar Nuestro Camino.

 

German se aproximou de mim e estendeu uma mão em minha direção.

 

— Me daria a honra de dançar comigo senhorita Carrara? — German perguntou num tom galanteador.

 

— Seria um prazer senhor Castillo. — Fiz uma reverência e aceitei sua mão.

 

German segurou uma de minhas mãos e apoiou a outra nas minhas costas. Ergui meu outro braço até os seus ombros e deixei que minha mão permanecesse ali.

 

Em questão de segundos, começamos a dançar lentamente.

 

— Você não vai se importar se eu acabar pisando no seu pé por acidente não é? — Olhei para German.

 

— Não, não vou me importar com isso. — Ele riu.

 

— É que já faz tempo que eu não danço valsa. Essa é a primeira vez em muito tempo. — Expliquei.

 

— Fico feliz em saber disso. — Ele piscou pra mim.

 

Sorri e bati de brincadeira em seu peito.

 

— Não seja bobo.

 

German me girou conforme a dança, e em questão de segundos, voltei para os seus braços. Não sabia que ele sabia mesmo dançar valsa, achei que apenas ficaríamos nos balançando lentamente conforme a música.

 

— Você sabe mesmo dançar. — Afirmei admirada.

 

— Te impressionei?

 

— Pode-se dizer que sim. — Sorri. — Está aí mais uma coisa que eu não sabia sobre você. Quantas coisas será que eu ainda não sei sobre você? — Soltei, antes que eu percebesse que tinha falado meus pensamentos em voz alta.

 

Senti minhas bochechas esquentaram. Eu realmente precisava aprender a manter meus pensamentos pra mim mesma. Abaixei minha cabeça, como eu conseguiria encará-lo agora?

 

Eu não esperava que German responderia minha pergunta, mas ele me surpreendeu.

 

— Algumas. — Ele sussurrou perto do meu ouvido.

 

Senti um arrepio percorrer a minha coluna. Era incrível como um simples gesto dele já me afetava.

 

Antes que eu pudesse dizer algo, meu celular tocou. Fiquei indecisa entre atendê-lo ou não.

 

— Não se preocupe comigo. Não vou me importar se você atender. — Ele me lançou um olhar compreensivo.

 

— Tudo bem, deve ser a minha mãe. Ela sempre me liga nesse horário. Depois eu retorno.

 

— Atenda Angie. Pode ser algo importante.

 

— Tem certeza?

 

Ele assentiu com a cabeça e relutantemente me soltou dos seus braços.

 

— Quando você voltar, estarei aqui te esperando. Você está me devendo outra dança. — Ele sorriu.

 

— Combinado. Não se preocupe, eu cumpro as minhas promessas.

 

                                                    (…)

 

Como dentro do Studio estava bem barulhento, seria impossível atender o telefone.

 

Então fui para fora do Studio e me sentei em um dos bancos que ficavam a esquerda da entrada.

 

Conversei por alguns minutos com a minha mãe. Era sempre bom ouvir a voz dela. Ela não sabia quanta saudade eu sentia de tê-la por perto. Esperava que ela viesse me visitar logo.

 

Encerrei a chamada e devolvi meu celular dentro da pequena bolsa de festa que eu havia trazido comigo.

 

Antes que eu me levantasse e voltasse pra festa, Milton veio em minha direção e sentou-se ao meu lado.

 

Eu não via a hora de voltar a dançar com German. Estava sendo bom me divertir com ele depois de uma semana tão cansativa. Mas Milton era um amigo, e seria falta de educação da minha parte dar uma desculpa qualquer e deixá-lo ali sozinho.

 

— Boa noite Angie! — Ele me cumprimentou com um sorriso.

 

— Boa noite! — Respondi e sorri também.

 

— O que você está fazendo aqui fora? — Milton perguntou.

 

— Ah, é que eu vim atender um telefonema da minha mãe. Lá dentro tem muito barulho pra isso.

 

— Mas você não acha perigoso ficar aqui fora assim tão tarde?

 

— Eu sei me cuidar. — Respondi, achei a sua pergunta meio estranha.

 

Milton olhou por alguns segundos pra mim e depois disse:

 

— Você está muito bonita Angie. — Ele se aproximou mais de mim.

 

— Ah … Obrigada. — Agradeci um pouco sem jeito.

 

Milton passou um braço pelos meus ombros e focou seu olhar nos meus lábios.

 

Achei seus atos estranhos, então decidi que era melhor me afastar.

 

Me levantei, mas Milton se levantou também e segurou um dos meus braços.

 

— O que você está fazendo? — Eu já estava começando a ficar preocupada.

 

— Eu prefiro demonstrar. — Ele sorriu pra mim e passou os braços pela minha cintura.

 

— Milton, me solta. — Tentei me desvencilhar dele, tentando empurrá-lo para longe de mim. Mas não funcionou, ele era mais forte do que eu.

 

— Eu achei que você gostasse de mim Angie. — Ele parecia confuso.

 

— Eu gosto de você Milton, mas não do jeito que você pensa.

 

— Não precisa se fazer de difícil Angie. — Ele passou uma mão lentamente pelo meu ombro e desceu-a pelo meu braço.

 

— Eu não estou me fazendo de difícil! Me solta! — Tentei escapar de seus braços novamente. Milton estava me assustando.

 

Milton não me respondeu. Ele me segurou mais firme contra si e inclinou a cabeça na minha direção. Antes que eu pudesse reagir, ele grudou os seus lábios nos meus.

 

Comecei a bater no seu peito insistentemente. Usei toda a força que eu tinha. Mas não foi suficiente para fazê-lo se afastar. Eu estava entrando em pânico, não sabia mais o que fazer. Senti lágrimas quentes escorrerem pelas minhas bochechas. Eu nem tinha percebido que estava chorando.

 

Foi quando braços fortes agarraram Milton e o tiraram de perto de mim.

 

Eu estava tão atônita, que só fui perceber o que estava acontecendo uns bons segundos depois.

 

German arremessou Milton no chão, para o mais longe de mim que ele parecia ter conseguido. Mas Milton foi rápido e levantou-se.

 

— Não tente se aproximar dela. Deixe-a em paz. — German disse de uma forma que eu nunca tinha ouvido ele falar. Sua voz soava ameaçadora.

 

Milton tentou acertar um soco no estômago de German, mas German foi mais rápido e o interceptou.

 

Milton fez que iria se afastar, mas repentinamente deu um soco no rosto de German. Que ignorou o soco, que pareceu ter doído e lançou Milton no chão novamente. German pareceu perder a paciência e começou a socar Milton.

 

Eu tinha estado tão assustada, que nem me dei conta de que não podia deixar que eles continuassem brigando. Eu não queria que German se machucasse.

 

Me aproximei de German e disse:

 

— Ele não vale a pena. Por favor, pare. — Minha voz soou trêmula.

 

Ele estava prestes a desferir outro soco em Milton, mas ao ouvir minha voz, se voltou para mim.

 

— Me leva pra casa German. Por favor … — Senti mais lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

 

Não sei o que ele viu no meu rosto, mas pelo jeito foi o suficiente.

 

German se levantou e veio na minha direção.

 

Ele passou uma mão delicadamente pelo meu rosto e olhou dentro dos meus olhos.

 

— Você está bem? — Sua voz estava suave agora.

 

Assenti com a cabeça.

 

Olhei para o seu rosto e percebi que seu lábio estava levemente inchado e um filete de sangue escorria pelo seu rosto.

 

— Ele te machucou. Me desculpa.

 

— Está tudo bem. Você não tem pelo que se desculpar.

 

— Tenho sim. — German estar machucado era culpa minha.

 

German tirou o seu paletó e colocou-o ao meu redor. Eu nem tinha percebido que eu estava tremendo.

 

Segurei seu pulso e olhei para os seus olhos.

 

— Obrigada. — Uma lágrima sorrateira escorreu pelo meu rosto e German enxugou-a com delicadeza.

 

Ele se aproximou de mim e passou os braços ao meu redor. Apoiei minha cabeça no seu peito e deixei que ele me confortasse. Sua mão ficava subindo e descendo carinhosamente pelas minhas costas.

 

Depois de alguns minutos abraçada a ele, finalmente me senti relaxar. German fazia eu me sentir segura. Com ele comigo agora, estava tudo bem. Eu não estava mais assustada.

 

Me afastei dele relutantemente.

 

German segurou uma de minhas mãos e disse:

 

— Acho melhor eu te levar pra sua casa.

 

Olhei ao redor e me senti aliviada por Milton já não estar mais por perto.

 

Assenti e German me conduziu até o seu carro.

 

Quando já estávamos dentro do carro, German olhou com carinho pra mim e disse:

 

— Está tudo bem agora Angie. Eu estou com você e não vou deixar nada de mal acontecer a você. Confia em mim?

 

— Confio. — E eu confiava. Eu nunca tinha confiado tanto em alguém.

 

Ele depositou um beijo casto na minha testa e logo após começou a dirigir em direção a minha casa ...

 

                                                 (…)


                                                   *TRADUÇÃO:

                       Você pode correr para meus braços
                                  Está tudo bem, não se assuste
                                  Venha para mim
                                  Não há distância entre o nosso amor
                                  Então vá em frente e deixe a chuva cair
                                  Eu serei tudo que você precisa e muito mais

 


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Notas finais do capítulo

OBSERVAÇÕES, POR FAVOR, LEIAM!

■■■ GOSTARÍAMOS que os capítulos da fic tivesse pelo menos 7 COMENTÁRIOS ❤ A opinião de vocês é muito importante pra gente! ❤ POR FAVOR, COMENTEM ❤

■■■ Leitores FANTASMAS, por favor, Apareçam! ❤ Adoraríamos saber o que vocês estão achando da fic ❤

■■■ Prometemos que se a fic tiver MAIS COMENTARIOS, nós tentaremos POSTAR com mais frequência ❤

● O próximo capítulo está quase pronto, no momento em que a meta de 7 comentários for batida, eu já posto ❤

O que vocês acharam do capítulo?

Bom final de ano pra vocês ❤ Até ó próximo capítulo ❤



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