Os cavaleiros de ouro queriam ajudar a treinar e aconselhar os cavaleiros de bronze e Athena antes de partirem novamente. Marin passava seu tempo no Santuário e instruindo Tohma como viver com as pessoas novamente – ele estava morando junto de Seika na vila até conseguir um lugar próprio para ficar.

Camus estava satisfeito com o crescimento de Hyoga e aproveitava para realizar alguns treinos com ele para ver suas técnicas e seu cosmo – além de ouvir algumas histórias sobre a vila em que morava e seu amigo de treinos Izak. Kanon e Saga ficavam na casa de Gêmeos e causavam alguns alvoroços de vez em quando – nada como um treino ou discussão entre os gêmeos para fazer a terra tremer.

Shura estava aproveitando muito o fato de poder treinar com Shiryu o uso de sua Excalibur enquanto Dohko ficava admirando tudo e analisando a melhora de seu discípulo. Aiolos e Aiolia realmente faziam estragos tão grandes quanto Kanon e Saga, fosse treinando entre si ou com Seiya – Aiolos realmente achava interessante a forma como as armaduras de Sagitário e Pegasus ressoavam quando próximas.

Shun e Ikki aproveitavam bastante seu tempo no Santuário conversando com Afrodite e Shaka e colocando alguns assuntos em dia antes que Ikki fosse embora de novo. Em meio a tudo, alguns amigos de Shun vieram da Ilha de Andrômeda depois de saber que novamente ele e os companheiros desafiaram os deuses. A pior parte foi faze-los se acalmar perante Afrodite e Milo.

Mu, Kiki e Shion consertavam algumas armaduras na casa de Áries que ficaram danificadas na invasão de Deméter e Apolo ou em algum treino dos cavaleiros de ouro, prata e bronze. Shion estava muito satisfeito com o crescimento de Mu e em vê-lo transmitir conhecimentos e técnicas milenares para Kiki – este deixando Mu muito orgulhoso por seu crescimento e aprendizado.

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Os meses que se passaram foram de harmonia e paz para os cavaleiros, mas nada dura para sempre. A chuva de estrelas na noite anterior denunciava que algo estava prestes a acontecer e o brilho final e forte das constelações no céu avisava que os cavaleiros que voltaram a vida iriam novamente para o mundo dos mortos.

Ainda assim, estava tudo bem. Os deuses os deixariam em paz na outra vida e estavam mais que muito satisfeitos com aquele tempo em que vislumbraram uma fração do futuro que os jovens cavaleiros trariam. Os cavaleiros e Athena sentiam suas partidas, mas não se deixariam abater! Seus companheiros lhes confiaram grandes coisas e eles iriam até o fim com os ensinamentos dos mesmos.

Hyoga não perderia de vista tudo que Camus lhe ensinou e a determinação de seguir em frente; Ikki realmente estava feliz em poder levar aquela forte determinação em seu estilo de vida; e Shiryu estava contente com as dicas que Shura lhe passou sobre como controlar sua Excalibur e se sentia honrado com a confiança de seu mestre ao lhe entregar sua armadura de Libra para protege-la.

 Shun se esforçaria bastante para equilibrar seu caminho como cavaleiro e sua vida – mesmo que seu conceito principal em não querer ferir as pessoas não fosse mudar, estava decidido a ser mais firme nas batalhas; Seiya estava contente por Aiolos lhe confiar sua armadura de Sagitário e aponta-lo como seu sucessor – como a armadura já o tinha reconhecido, apenas faltava estar pronto para dar este grande passo – e havia aprendido muito com Saga, Aiolia e Aldebaran no tempo em que ficaram com eles; e Kiki já não ficaria tão triste com a partida de Mu ou Shion, pois havia conseguido dizer e expressar tudo que queria por seus dois mestres além de ter recebido valiosos conselhos para melhorar sua telecinesia.

Juntos à frente da estátua de Athena, os cavaleiros ouro, Orfeu e Eurise se despediram oficialmente de seus companheiros. Seus espíritos se desfaziam em incontáveis cristais de luz e eram acompanhados pelas preces de seus amigos, Athena, Poseidon e Sorento que também acompanhavam suas partidas e Lyfia e Hilda não perderiam a chance de lhes dizer adeus e agradece-los mais uma vez.

Mesmo sendo de manhã, estrelas cadentes anunciavam que os cavaleiros haviam partido e suas constelações se destacavam no céu para que todos os cavaleiros no mundo soubessem e se despedissem também.

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Pouco tempo depois da partida de seus companheiros, os amigos e Athena se despediam de mais uma amiga: Marin. Ela havia conversado com Athena e conseguido permissão para deixar de ser uma Amazona. Marin queria voltar a seus dias normais com Tohma e reintegrá-lo ao mundo humano.

Tohma não queria que Marin deixasse seu trabalho como Amazona por sua causa, mas, conversando com ela, percebeu que realmente estava satisfeita com seu trabalho e queria mudar o caminho de sua vida. Marin havia treinado Seiya, ajudado nas muitas batalhas que haviam travado, melhorado seu relacionamento com Shaina, ajudado Seiya e Seika a se reunirem novamente e reencontrado seu irmão. Era mais que o suficiente.

Marin deixou sua armadura de bronze de Águia no Santuário, se despediu de seus companheiros e de Saori e se foi com Tohma do Santuário. Eles iriam novamente viver na sociedade como pessoas normais e não como uma Amazona ou um Anjo. Eis que ai estava algo para se considerar.

Os jovens cavaleiros de bronze tinham que decidir se realmente queriam passar o resto de suas vidas como cavaleiros e sem fazer mais nada, ou se ergueriam vidas normais para si e deixariam suas armaduras para os futuros cavaleiros que viriam. Precisando tomar essa decisão definitivamente, os cavaleiros partiram para suas casas e de volta à normalidade para organizarem seus pensamentos e decidirem sobre o futuro.

Enquanto estavam fora, os cavaleiros de prata e bronze restantes fariam a proteção de Saori e do Santuário e Kiki iria se retirar para Jamiel para melhorar sua telecinesia e treinar para ser um cavaleiro digno da armadura de Áries um dia.