Os cavaleiros não haviam tido muito tempo para descansar. Poucas semanas depois do confronto com Artemis e Apolo o contra-ataque estava em curso. Apolo decidiu invadir o santuário com seus Anjos e abater a deusa Athena pela insolência de seus cavaleiros e sua.

Enquanto Apolo lidaria com Athena e seus cavaleiros de ouro, Deméter iria se divertir acabando com os cavaleiros de bronze. Ela e seus Anjos levariam os cavaleiros à beira da morte e depois os fariam pagar pela insolência na frente de Athena junto de seus cavaleiros de ouro e prata.

Apolo levava os Anjos da Luz, do Arco e Flecha e da Música. A ideia de Athena era que cada três cavaleiros combatessem um Anjo e os outros ficassem com ela e Shion para derrotar Apolo. Mu, Aldebaran e Máscara da Morte combateriam o anjo da Luz; Aiolos, Milo e Afrodite enfrentaram o anjo do Arco e Flecha; Shura, Camus e Aiolia ficaram com o anjo da Música; e Dohko, Saga e Shaka ficaram com Athena e Shion.

A batalha do Santuário foi vencida quando os cavaleiros de ouro se uniram a Athena em suas armaduras divinas e cercaram Apolo. Quando ele viu Athena surgir com sua armadura em mãos e ameaça-lo com Nick, ele não soube o que fazer – a deusa da vitória sempre estaria com ela afinal. Um ataque conjunto dos doze cavaleiros de ouro fez Apolo voltar com toda força de impacto das Câmaras de Athena até a casa de Áries.

Os cavaleiros de bronze estavam em Rozan com Shiryu e Shunrei aproveitando algum descanso quando foram avisados pelo cosmo Athena que os deuses estavam atacando de novo. Shiryu fez Shunrei se esconder e se preparou para lutar com seus amigos. Deméter trazia consigo quatro Anjos representando cada um uma estação: Inverno, Verão, Primavera e Outono. Os anjos e a deusa sentiram falta do cavaleiro de Fênix, mas não deram grande importância. Poderiam acha-lo e mata-lo depois.

A deusa decidiu que ela pessoalmente abateria Seiya enquanto seus anjos abateriam os outros três cavaleiros. A clara desvantagem nos números não os fez recuar! Lutariam e sairiam vitoriosos novamente. Os quatro Anjos juntos combinavam seus poderes e dificultavam um contra-ataque descente dos cavaleiros; porem, quando Ikki se juntou a luta eles se dividiram para separar os Anjos e virar a luta.

O frio do anjo do Inverno dificultava os ataques de Ikki assim como o calor do anjo do Verão fazia com Hyoga; o anjo da Primavera fazia a natureza dos Cinco Picos se erguer e atacar Shiryu de todos os lados e formas; e o anjo do Outono ficava insistentemente querendo mudar a direção dos ataques da corrente de Shun e corroer seus elos.

A deusa focava-se em matar o cavaleiro de Pegasus. Esse ela e Apolo estavam decididos a matar mesmo que fosse o único que conseguissem. Os cavaleiros de bronze, no entanto, viraram o combate quando usaram suas armaduras divinas e os anjos e a deusa se desconcentraram ao sentirem a derrota de Apolo.

Com os dois deuses e os sete anjos rendidos, Athena ordenou que Shion e Mu os transportassem diretamente para o Santuário. Os dezessete cavaleiros com suas armaduras divinas e a deusa elevando seu cosmo com Shion ao seu lado não deram escolha para Apolo e Deméter a não ser recuar para o Olimpo.

O dia seguinte foi repleto de raios, trovões e nuvens escuras fechando os céus e anunciando que os deuses estavam enfurecidos.

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Os cavaleiros realmente estavam com problemas graves! Os deuses não queriam deixar passar aquele nível absurdo de desobediência e desrespeito. Mas foi Athena quem deu um veredicto. Em um dia no qual os cavaleiros de todo mundo estavam em guarda para a menor das ameaças enquanto Athena e os outros deuses conversavam através de seus cosmos.

O cosmo de Athena preenchia a terra; o de Poseidon se elevava das profundezas dos oceanos; o sol esquentava e não dava trégua enquanto Apolo não se acalmasse; as pessoas pensavam que haveria um novo eclipse com a lua aparecendo no horizonte já que Artemis estava extremamente incomodada; e o tempo se fechava e raios e trovões podiam ser ouvidos com a raiva de Zeus.

Os deuses discutiam e estava repercutindo para o mundo inteiro! Até uma deusa em particular intervir na conversa: Nick. A deusa da vitória surgiu ao lado de Athena na forma de um pequeno anjo de asas prateadas, olhos dourados, cabelos escuros e usando um robe branco e verde.

— Basta desta discussão sem sentido! – ela estava claramente nervosa – Desde tempos imemoriais Athena protege a humanidade como a deusa da sabedoria e da guerra. Os cavaleiros que travaram batalhas ao seu lado sempre foram humanos e ela nunca fez questão de selecionar anjos. – os outros deuses não interrompiam Nick – Muitas batalhas antes travadas e vencidas por ela tiveram participação de humanos! O que acontece que agora todos decidiram dar um fim a isso? Deveriam ter feito isso a séculos se essa fosse realmente a intenção.

— Infelizmente receio concordar com você Nick. – Poseidon ajeitou-se na conversa – Athena e eu já travamos inúmeras batalhas e sempre seus cavaleiros eram humanos. A nossa última luta me mostrou que realmente não há o que fazer a respeito desses homens. Eles lutaram ao lado dela sem se importar com as consequências. – ele terminou e sentiu o cosmo dos outros deuses se agitar.

— Isto é irrelevante Poseidon! – Deméter ainda estava extremamente nervosa por cinco cavaleiros de bronze terem lhe afrontado e abatido seus anjos – Nós não podemos ficar sendo desrespeitados desta forma por seguidores de alguém que sequer pode agir como uma deusa! – ele terminou em um tom de deboche as ações de Athena atiçando alguns cavaleiros a entrar na conversa.

— Será que dá para parar!? – Dohko e os outros cavaleiros de ouro não aguentavam mais aquilo – Já chega dessa discussão sem fundamento!

— Ele está certo. – Shion veio junto complementar seu amigo – A séculos nós cavaleiros lutamos e vencemos as batalhas ao lado de Athena mesmo que isso significasse enfrentar exércitos sobre as ordens de deuses. Nick está certa em suas palavras! – ele terminou.

Os cosmos dos deuses se agitavam ainda mais agora que os cavaleiros de Athena interviram na conversa e colocaram suas opiniões sem se preocupar com quem estavam falando.

— Se queriam tanto assim nos abater por ferirmos e derrotarmos deuses, por que não fizeram algo na última Guerra Santa? – Dohko se colocou e sentiu os cosmos dos deuses se desconcertarem – Nela nós enfrentamos Hades com todas as nossas forças e o Tenma foi quem o fez recuar no final junto da Sasha. – ele terminou se lembrando da semelhança entre Tema e Seiya.

Aquilo era verdade e dava ainda mais fundamentos as palavras de Nick. Sem mais o que colocar na discussão depois de avaliar os fatos Zeus decidiu dar a palavra final.

— Não pense que o cessar imediato dos ataques lhe será uma vitória Athena. – Zeus se comunicava e os outros deuses sequer faziam menção de interrompe-lo ou questiona-lo – Quer tanto assim ama-los e protege-los? Que assim seja! Mas não espere por ajuda ou misericórdia se algum dia encontrar outro deus para enfrentar ou uma batalha em que esteja em desvantagem. – ele terminou frio e objetivo.

— Que assim seja. – ela não deixaria ir embora sem escutar tudo que tinha a dizer – Não acho que meu carinho por eles me faça uma deusa ruim ou uma mulher ruim. – ela não se abatia e tinha a atenção dos outros deuses – Apenas quero que deixe meus cavaleiros que já faleceram em paz! Suas almas não merecem passar por tamanhos problemas apenas pela satisfação pessoal de vocês! – ela terminou a espera de uma resposta.

— Além do mais, eu estarei com ela para apoiá-la junto de seus cavaleiros em suas batalhas. – Nick não perderia a chance de dar sua opinião final.

— Muito bem. – Zeus dirigiu-se a ela – Seus guerreiros mortos esperaram o esvair de suas novas vidas para retornar a morte e serão deixados em paz. Considere isso um presente por sua coragem em, depois de tudo, me afrontar, responder e pedir algo assim. – ele forçava seu cosmo contra o dela para ressoarem – São realmente deusas indomáveis e teimosas vocês duas. – estas ele fez suas reais palavras finais e se foi com os outros deuses desfazendo a conversa.

Saori ajoelhou cansada e com um pouco de dor em seu corpo pela pressão que Zeus lhe fizera com seu cosmo. Mesmo cansada, ela buscou os cosmos de Hilda e Lyfia – elas estavam segurando a pressão dos cosmos dos outros deuses com a ajuda de Odin para proteger as pessoas das consequências.

Sem acha-las ela se preocupava, mas Sorento lhe entregou uma mensagem de Poseidon para tranquiliza-la. Poseidon já havia tomado a liberdade de checar as duas moças em Asgard e confirmou que estavam bem – exaustas de ficar horas segurando a pressão de cosmos tão poderosos, mas bem.

Aliviada, Athena se permitiu descansar um pouco enquanto Shion e os outros cavaleiros conversavam. Eles queriam saber quem eram Tenma e Sasha de quem Dohko havia falado e se surpreenderam com a resposta! Tenma foi o último cavaleiro de Pegasus e Sasha foi a encarnação de Athena de veio antes de Saori (*referências a saga Lost Canvas*).

A maior surpresa dos companheiros veio quando Shion contou que Tema e Sasha eram amigos de infância de Alone que foi escolhido na época da última Guerra Santa como recipiente para alma de Hades. Os cavaleiros de ouro sabiam que Dohko e Shion eram os únicos dos doze últimos cavaleiros de ouro a sobreviver, mas não sabiam que haviam tantas semelhanças entre Seiya, Tenma, Sasha e Saori – além de Seiya ser amigo de Shun e ele ter sido escolhido como recipiente nesta era.