O segredo de Dumbledore

As vassouras pousam suavemente em frente as portas duplas do salão comunal, os dois entram e se dirigem ao gabinete do diretor.

—Finalmente vocês chegaram.- a professora Minerva MacGonagal está impaciente.

—Viemos o mais rápido  e do modo mais seguro possível, professora Mac Gonagal.-Hermione é polida.

—Certo, vamos ao que interessa. Potter, Dumbledore me pediu que entregasse a você...- ela passa à ele um pequeno frasco contendo algo que se assemelha a uma  pequena nuvem de fumaça. – Você sabe o que fazer...

Harry se dirige ao fundo do gabinete, abre as portas de vidro duplas, a penseira  flutua suavemente para fora, ele faz sinal para que Hermione e Minerva se aproximem, vai compartilhar com elas a lembrança de Dumbledore. Pega a varinha, desarrolha o frasco e conduz o conteúdo  a penseira. Os três se inclinam sobre a bacia flutuante, é como se caíssem num poço profundo.

A queda termina, estão no gabinete de Dumbledore, a mobília é a mesma, exceto pelo quadro de Dumbledore , que ainda não foi incorporado à coleção de diretores falecidos. Eles observam o diretor, ele está diante de um pergaminho. Eles se colocam atrás dele  para poderem ler também, é uma mensagem breve.

                                                           Alvo Dumbledore

Os pacientes já estão sob cuidados em St. Mungus, breve precisarão de um local seguro.

Aguardo ordens.

            Dumbledore conclui a leitura e passa a escrever  no pergaminho.

            Leve os pacientes até o abrigo mais próximo. Breve uma mensagem será enviada. Será providenciado um portador seguro. O destino final será revelado no momento oportuno.

            A coruja é despachada e Alvo Dumbledore fica pensativo por um momento, em seguida se dirige ao retrato de Phineas Nigellus Black,  passa  informações  para serem repassadas a Severo Snape, através de seu retrato homólogo no Ministério da Magia.

—Você irá até seu retrato no Ministério exatamente às dezenove horas de sexta-feira, Severo estará aguardando, você passará a seguinte mensagem. Pacientes devem rumar para Lavenham no condado de Suffolk, Instituo The Fênix of the Peace   para doenças mentais. Na verdade é um abrigo para bruxos que se dedicaram a combater o Lord das Trevas mas que tiveram a desgraça de serem amaldiçoados. Talvez um dia eles possam retomar suas vidas, mas por hora precisam ser protegidos, alguns ainda são muito jovens. Memorize as informações e faça sua parte.

            -Está bem professor, sabe que não sou a favor de misturar bruxos e trouxas, mas acho boa idéia escondê-los em lugar não convencional, ninguém irá procurá-los no meio dos trouxas. –o homem do retrato faz algumas anotações, coloca o pergaminho no bolso da casaca e retoma sua posição no retrato.

            Dumbledore volta à mesa e se ocupa com os afazeres de rotina.

            Os três observam a imagem ir se distanciando  e por fim se encaram incrédulos. O conhecimento deste fato implica em novos rumos para o Ministério e ainda confirma a história dos Longbottom.

            Hermione parece preocupada, precisará rever os registros de desaparecidos e iniciar uma busca pelos amaldiçoados, é provável que alguns tenham informações importantes a serem reveladas. Seus pensamentos estão em turbilhão, pensa na vida tranquila que construíram, sem a sombra de Voldemort, pensa nos filhos e em como tudo pode estar prestes a mudar.

            - E então diretora,  podemos fazer uma breve visita a nossos filhos? – ela tenta apelar.

            _ Desculpe Hermione, apesar de ser a Ministra da Magia, você sabe que a escola tem regras. Os alunos já se recolheram aos dormitórios e se não for um caso de extrema gravidade, eles não podem se ausentar de suas casas.

            Harry e Hermione se olham e resolvem não insistir. Minerva convida os dois para uma ceia rápida. Após a refeição eles se despedem e somem no ar em suas vassouras. É tarde, já madrugada quando Harry chega ao Largo Grimmauld.

            Hermione também chegou tarde em casa, passa pelo quarto de Hugo, dá-lhe um beijo rápido e dirigi-se ao próprio quarto. Rony ainda à espera, preocupado não conseguira dormir.

—E então o que era tão urgente?- a voz pastosa de sono.

—_ Amanhã conversamos, está tudo bem, durma. Eu também preciso de uma boa noite de sono- ela beija a testa do marido.

            Os dois caem no sono quase que imediatamente.