Between Lyrics And Quotes escrita por Emmy Alden


Capítulo 9
Nine


Notas iniciais do capítulo

hey luvs
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Eu tinha certeza que havia perdido algum órgão meu na trajetória, ou melhor, nas trajetórias para chegar ao nosso portão.

Sim, tivemos que entrar e sair na nossa multidão milhares de vezes.

Depois de parar a cada segundo para observar Leo ser abraçada por um desconhecido, eu compreendi para que servia o user do Twitter escrito de caneta em seu braço.

Claro que depois do furdunço por causa da previsão do show de Nathan, Leoné tinha virado praticamente uma subcelebridade.

—Leo, nós nunca vamos entrar de continuarmos nesse ritmo.— Choraminguei quando praticamente arrancaram o meu braço e pisaram pela milésima vez no meu pé.

Leo me olhou admirada.

—Alguém está meio ansiosa para ver o Nathan no palco.

Revirei os olhos ao mesmo tempo que meu estômago fez o mesmo.

Surpreendentemente, só naquele momento eu tinha me tocado que veria Nathan pessoalmente de novo. E ele causava umas coisas estranhas em mim.

Minhas mãos começaram suar. Respirei fundo para não socar a pessoa que pisou no meu pé já dolorido.

—Eu só preciso de uma cadeira e uma garrafa de água. Se você não vai me acompanhar, te vejo mais tarde.— Eu estava praticamente dando o primeiro passo em direção ao meu caminho quando senti os braços de Leoné se enroscarem no meu novamente.

—Ah, Lizzie, não fique brava comigo por eu querer ter um pouquinho de atenção.— Ela disse quando chegamos a uma divisão de pessoas.

Havia o lado em que estávamos lotado como o inferno e lado com umas 10 garotas de nariz em pé, como se estivessem respirando ouro, não oxigênio.

Não precisei que Leo me explicasse que ali era onde deveríamos estar apenas mostrei o ingresso para um segurança que estava na divisa das áreas. Eu lembrava muito bem da inveja que batia quando eu estava no meio da multidão e as fãs afortunadas estavam na fila da área privilegiada.

Na minha época, não tinham​ esses nomes frescurentos do tipo VIP, M&G ou Premium. Simplesmente era: pessoas que tem dinheiro para um show e pessoas que venderam algum órgão ou membro da família para estar ali.

As pessoas vivem complicando as coisas.

Mal chegamos e já havia um clima tenso. Lógico que Leo foi assediada por alguma delas que a reconheceram.

A menina realmente virou uma subcelebridade.

Fui analisada de cima a baixo tantas vezes que tive que me certificar que não estava usando um kilt ou alguma outra coisa que não era apropriada para mim.

Estávamos em frente a duas portas, uma grande e dupla, e uma meio pequena que era praticamente do meu tamanho.

As meninas estavam voltadas para a porta maior e, como Leo guardava o nosso lugar na fila me recostei na menor.

Eu definitivamente havia ficado desacostumada com qualquer coisa que tive um centímetro de salto.

Culpa daqueles sapatos horrendos, mas confortáveis que eu usava diariamente, 24/7.

As meninas discutiam porque aparentemente uma dela encontrou uma conhecida na fila e furou. Como se a ordem que 12 pessoas entrassem fizesse alguma grande diferença.

—Leo? Que horas abre isso aqui?— Elevei a voz para que minha amiga me ouvisse.

Ela olhou no seu relógio de pulso e depois para o ingresso.

—Já deveria ter sido aberto e...— Do nada uma gritaria ensurdecedora aconteceu.

Cruzes! Meus tímpanos iam explodir a qualquer momento.

Senti meu celular vibrando no bolso e atendi sem olhar quem era, tapando meu ouvido desocupado.

—Alô?— Gritei por cima das vozes.

—Você já chegou? Caramba, que barulho aí fora.— Demorei alguns segundos para reconhecer aquela voz.

—Estou aqui encostada em uma porta sem sentir os meus meus pés.— Eu não estava exagerando, aquela bota estava estrangulando os meus pés.

Qual foi a última vez que a usei?

...

Acho que eu tinha 19 anos.

É, bastante tempo.

—Você está bem?— Nathan perguntou.

—Tem um carro preto aqui na frente e o pessoal acha que você está dentro.

—Você está me ouvindo?— Não gostei do tom de preocupação na sua voz, mas para falar a verdade minha cabeça estava girando um pouco e eu não pensava direito.

Pedi que Leoné se aproximasse de mim, por talvez eu não terminasse aquela conversa acordada.

—Você está branca como papel, Lizzie! —Leo gritou passando a mão pelo meu rosto.

—Aliás, onde você está, hein?— Perguntei para Nathan ou pelo menos foi o que eu tentei perguntar.

—Elizabeth, responde a minha pergunta!— Não respondi por alguns minutos até que um barulho metálico soou atrás de mim e eu fui sugada para dentro de um corredor junto com Leoné.

Duas mãos fortes seguravam os meus ombros e o gritinho de Leo ecoou pelo corredor com luzes brancas fortes.

—Nathan!— Ela disse surpresa enquanto meus olhos focavam e desfocavam no rosto à minha frente.

—Jesus Cristo, você está sem cor alguma!

—Eu estou óti...— Foi a última coisa que me ouvir dizer antes de minhas pálpebras ficarem pesadas demais para se abrirem.

Acordei com um par de olhos bem acima do meu rosto.

Meu Deus, aquela era uma visão dos sonhos. Aqueles olhos brilhantes, aquele cabelo de aparência sedosa e macia, aqueles lábios cheios e aquele queixo bem definido era perfeita demais para ser verdade.

Um fundo branco e brilhante estava atrás dele.

Um fund... Eu havia morrido? Estava no céu? Será que eles me mandariam para o inferno se eu desse um beijinho naquele anjo?

Eu lembro que eu estava na fila do show do Nathan e de repente eu estava passando mal, então fui puxada para dentro de um corredor e desmaiei enquanto Leo dizia meu nome.

Leo. Assim que eu pensei nela seu rosto apareceu ao lado do anjo perfeito, que por sua vez se afastou.

Nãoo. Eu queria ver o anjo não minha amiga fangirl.

Ouvi uma risada nasalada.

—Você deveria manter seus pensamentos na sua mente, querida.— A voz de Leo pareceu um grito em meu ouvido.

Não. Eu não tinha morrido. Eu ainda estava no show do Nathan e, bem, Nathan era o anjo.

E eu tinha falado aquilo em voz alta!!

Senti todo o meu rosto esquentar.

—Vou te fazer uma pergunta e você terá que ser sincera.— Fiquei alarmada com o tom de voz da minha amiga, mas assenti com a cabeça. —Quantas refeições você fez hoje?

—Quantas refei...?

—Balas de hortelã e copos de café não contam como refeição.— Ela disse antes que eu pudesse me pronunciar.

Respirei fundo:

—Acho.... que nenhuma.— Aquilo foi o suficiente –e eu sabia que seria– para que Leoné desejasse seu sermão em mim.

Eu sofri uma queda de pressão. E sempre que isso acontecia o mesmo sermão era performado por ela.

Eu já conhecia cada palavra.

Olhei para a direção onde Nathan estava.

Ele usava uma camiseta preta justa nos lugares certos e principalmente nos seus bíceps. Sua calça jeans era um pouco folgada, mas suas formas definidas impediam que ela caíssem. Não que isso fosse uma coisa boa.

Leoné ainda falava como um disco arranhado quando eu perguntei:

—Você não tem um show para fazer?— O relógio na parede me mostrava que já era para o ter começado há alguns poucos minutos.

Ele franziu a testa enquanto dizia:

—Eu comuniquei nas redes sociais anteriormente que nós havíamos mudado o horário para uma hora mais tarde. Você não viu?

Olhei para Leo que havia parado de falar e tinha um sorriso amarelo no rosto.

Ela era do fã-clube oficial, sabia dessas coisas em primeira mão e não me contou. Com aquela correria toda, eu me esqueci de pôr um grão de arroz na boca e agora tinha feito uma cena desmaiando.

Ah, mas ela teria uma versão muito estendida do meu sermão.

Quando tentei me levantar, o choque térmico do chão frio com o meu pé quente me fez encolher. Mas não tanto quanto a visão do meu pé inchado e quase azul escuro de tão roxo.

—Sua bota estava prendendo sua circulação, tivemos que tirá-la.— Nathan disse com uma certa cautela para que eu não ficasse sentida.

Bem, pelo menos não era a notícia que eles tinham amputado meus dois pés.

Muito bem, desmaiada , com queda de pressão, circulação presa, descalça e com uma dor de cabeça insuportável só de pensar em tudo isso.

Essa era eu. E ainda não eram nem 7 da noite .

❣❣❣


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Notas finais do capítulo

Hey, luvs

como vcs estão?? espero que bem!

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