Mau escrita por mckinnon


Capítulo 1
Ele não era mau, ele se tornou mau.


Notas iniciais do capítulo

então, hoje é dia do amigo e eu estava pensando sobre os marotos (não que isso seja uma novidade) e acabei escrevendo isso.
eu não gosto do Peter. não perdoo nada do que ele fez, mas eu achei interessante escrever sobre ele em um ponto de vista diferente, trazendo uma opinião nova sobre ele.
enfim, é um capítulo curto e eu espero que vocês gostem
boa leitura!



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 ele não era mau, ele se tornou mau. 

Peter Pettigrew não era mau.

Desde pequeno quando ele fazia algo errado, sua mãe segurava seu rosto rechonchudo e carismático e beijava sua bochecha de forma suave antes de dizer baixinho "Você não é mau, querido". E ele assentia corando porque ele sabia que não era mau.

Peter Pettigrew não era malvado.

Quando entrou no expresso de Hogwarts tremendo e um pouco pálido, Peter não demonstrava nenhum traço malvado. Apenas medo e receio que nunca se enturmasse, que fosse para sempre o excluído e chacota da turma por sua aparência ou seu peso. Mas quando três garotos entraram em sua cabine e conversaram com ele, tratando-o com gentileza, Peter sorriu. Um sorriso sem nenhum pingo de maldade.

Peter Pettigrew não era insensível.

Ao descobrir junto de Sirius e James sobre a licantropia de Remus, Peter foi o primeiro a apertar seu ombro e lhe oferecer um pouco de chocolate. Remus não era uma pessoa horrível por sua licantropia, na verdade, era uma das melhores que ele havia conhecido. E seria um crime se ele fosse insensível com o amigo, que o tratara tão bem sempre.

Peter Pettigrew não era cruel.

Junto com Sirius e James, não se importou de perder noites em claro estudando para se tornar animago (mesmo que ilegal), para ajudar Remus. Ele não seria cruel para virar as costas quando Remus mais precisava deles, mesmo negando a ajuda. E seria simplesmente maldade o deixar voltar toda lua cheia completamente machucado para o dormitório, sem que eles fizessem nada. E Peter não gostava de maldades.

Peter Pettigrew não era perverso.

Naquele dia trágico para James, dos NOMs, Peter sentiu um pouco de culpa por maltratar Severus. Não que ele fosse a gentileza em pessoa, mas se imaginou no lugar dele. Não era perverso para sentir alegria pelo sofrimento alheio, mas sabia que algumas coisas ele não podia evitar. Como as brincadeiras dos amigos, por exemplo.

Peter Pettigrew não era desumano.

Ele sempre soube que em algum momento os Marotos iam se afastar. Mas assim que a formatura aconteceu, ele se sentiu sem rumo. Quer dizer, não é como se ele esperasse que tudo continuasse como sempre fora, durante 7 anos, mas ele esperava... Algo. Ele sempre soube que Sirius e James eram mais próximos, mas se sentia um tanto quanto deslocado sem o grupo unido. James estava preparando o casamento. Sirius estava viajando e Remus estudando em algum lugar, ocupado demais. Todos estavam ocupados demais e Peter não era desumano por se sentir deixado de lado. Era exatamente o contrário: ele era humano demais. E sensível também. Por isso, quando os velhos colegas de Hogwarts o procuraram, falando sobre a causa do Lord das Trevas, ele não hesitou tanto.

Peter Pettigrew não era feroz.

Peter nunca fora corajoso ou até mesmo feroz como seus amigos. Coisa que o deixava confuso, já que pertencera a Grifinória (talvez, sua coragem estivesse em fazer as coisas até o fim), mas não entendeu ao certo como o Lord das Trevas o considerou bom o suficiente para se tornar um dos comensais. Ao certo, ele se sentia abandonado pelos amigos (isso, se ainda pudesse chamá-los dessa forma), então era bom ser querido em algum lugar. E necessitado. Mesmo que para coisas negativas.

Peter Pettigrew não era desalmado.

Mesmo quando aceitou ser o Fiel do Segredo dos Potter, não deixou de se sentir um pouco culpado, por ter mudado de lado e fingir ser quem não era mais para os amigos. Ele não era tão inteligente, forte e habilidoso quanto os outros, mas ele ainda tinha uma alma. E sentimentos, todos conflituosos, mas isso não o impediu de trair seus amigos e continuar sendo um espião, perdendo a cada dia que passava, todo o senso de bondade que um dia achou que possuía.

Peter Pettigrew não era mau, ele se tornou mau.

Peter não sabia quando fora o momento em que tinha se tornado aquilo. Um comensal e traidor de amigos, uma pessoa completamente asquerosa e… Mau. Mas era o que ele era, até o momento que enfrentou Harry pela última vez. Sentiu um aperto no coração, por um segundo, lembrando dos amigos e da dívida de vida que tinha com o garoto. Ele não podia matá-lo. Peter tinha errado muito, mas não daquela vez.

E quando a mão mágica prateada, presente de Voldemort, apertou sua garganta, Peter apenas suspirou, desejando não ter se tornado tudo aquilo.

Desejando não ser mais... Mau.

E assim, a vida e a maldade de Peter Pettigrew se esvaiu do seu corpo, de forma rápida e nada gentil. Ele não era mau, mas havia sido corrompido pela maldade.

E ela o acompanharia para todo o sempre, mesmo depois de morto.


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Notas finais do capítulo

e então? mereço reviews, mesmo que xingando o Peter? bem, me deem opiniões!
agradecimento especial a mari, twin, vane e isa que me apoiam em tudo o que eu escrevo. vocês são incríveis, amo vocês.
nos esbarramos por aí, em outra fanfic.
e no twitter, se vocês quiserem falar algo (meu user é @leiaiorgana)
xoxo, mckinnon.



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