Married By Chance escrita por ThataListing


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

OLáa


Boa Leituraa



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Sakura ofereceu a Sasuke um pratinho de canapés.  Ele já havia se servido de um pouco de cerveja.

— Experimente. Estes eu ajudei a fazer. — Ela olhou em torno para assegurar-se de que não seria ouvida e abaixou a voz. —Precisamos conversar. Tenho novidades!

—Eu também.Devolveu-lhe o olhar de cumplicidade.  A expressão no rosto de Sakura indicava impaciência. Teria alguma boa notícia a transmitir?

—Vamos até meu quarto — sugeriu, notando a ousadia da proposta.

—Nosso quarto, você quer dizer — ele completou, reforçando a provocação.

—É verdade — ela disse muito séria. — Pelo menos en­quanto todos pensarem que estamos casados.

— E depois? — Sasuke desafiou.

— veremos — Sakura afirmou enigmaticamente, voltando a correr a vista pela sala. — Todos meus parentes nos olham com um ar romântico. Pensam que estamos em lua-de-mel. Não podemos desapontá-los, não é?

Com poucas palavras, ela tinha o dom de fazer subir a tem­peratura de Sasuke. Mas o ar sóbrio revelava que ela realmente tinha algo importante a dizer. Talvez Kazu, o irmão policial, já soubesse que o casamento não passara de uma encenação, era tarde demais para contar a Sakura o que ele próprio havia descoberto?

— Com licença.

Conduzindo Sakura pela mão, Sasuke abriu caminho na direção do corredor que levava ao quarto, mas foram impedidos por duas tias tagarelas e, depois, por um grupo de homens que discutiam qual a melhor marca de cerveja. A julgar pela quan­tidade de latas vazias, espalhadas pela sala, dominavam bem o assunto. Sasuke foi instado a opinar sobre bebidas e drinques, que não conhecia.

Sakura, por sua vez, viu-se mobilizada pelo pai, que de um canto da sala vigiava tudo, com os braços cruzados sobre o peito. Ao lado dele, o tio Kunio parecia perdido em pensamentos. Pela expressão, pareciam insatisfeitos com o que viam.

Para complicar, Sasuke pôde perceber que Kenji e Kazu o fuzilavam com o olhar. Não era descabido imaginar que os dois, durante â viagem de lua-de-mel da irmã, houvessem promovido diligências para esclarecer a situação. Kenji poderia ter conversado com o mano sobre suas desconfianças.Kazu, como policial de carreira, não encontraria obstáculos em vas­culhar os arquivos dos cartórios de paz. Na mente de Sasuke, as incertezas se avolumavam, exasperando seus nervos. Contava como certo que teria grandes problemas a enfrentar.

Naquele momento, Sakura voltou com um sorriso divertido nos lábios. Percebendo que o caminho para o quarto estava livre, ela piscou para Sasuke e acelerou o passo à frente dele. Fecharam a porta com nervosa expectativa.

— Consegui o telefone de Naruto — ela anunciou logo que se sentiu segura. — A mãe de Hinata me forneceu depois que eu a convenci da urgência de um contato. Eles estão nas ilhas Fiji.

— Graças a Deus! — Sasuke suspirou aliviado depois de apa­nhar o papel com o número. Relanceou o olhar pelo quarto à procura de um aparelho. — Não há telefone aqui?

— Não, só na sala. Papai sempre pensou que um era suficiente. Mas podemos ir ao clube dos oficiais e usar o telefone de lá.

— Menos mal. — As dificuldades não davam trégua. — De qualquer modo, não seria sensato ligar de sua casa. O que diria seu pai quando visse uma chamada para Fiji na conta telefônica? Por apenas uma vez, Sasuke vaticinou, seria bom esclarecer as coisas com calma, sem se sentir em uma corrida de obstá­culos! Até aquele momento, o tempo e às circunstâncias o ha­viam privado da resposta que buscava: a atitude dos irmãos de Sakura, a falta de um telefone que funcionasse na casa de campo e no hotel de estrada, a ausência de Naruto e de Lee e agora a invasão familiar à base de cerveja e canapês. Parecia que tudo, incluindo a natureza, conspirava contra ele.

Sem dúvida, a breve estada no motel Céu Azul tinha conso­lidado uma nova perspectiva para o caso. Em outras condições, Sasuke teria aceitado alegremente a idéia de permanecer lá por alguns dias, explorando a hipótese de um futuro em comum com Sakura. Em vez disso, estava cercado de parentes dela, que alar­gavam o círculo de pessoas a quem devia satisfações.

Sakura percebeu os fundos vincos visíveis na fronte dele. Vinha tentando, sem sucesso, afastar do pensamento as sensações experimentadas no pequeno hotel de estrada; Cada instante da comunhão física com Sasuke mantinha-se vivo e perturbador em sua mente. Ele, no entanto, parecia já ter-se esquecido de tudo. Seria concebível que, ao contrário dela, Sasuke pudesse ficar indiferente à paixão que os unira?

— Lamento sinceramente tudo o que aconteceu — Sakura generalizou em tom de desconsolo.

— Não posso dizer o mesmo — disse ele. — Estamos apren­dendo muita coisa um com o outro. Foi o período mais inte­ressante de minha vida.

Sakura achou que o adjetivo "interessante" não estava à altura de tudo o que tinham passado juntos. Respirou profundamente. Se Sasuke estava brincando com suas emoções, ela se dispunha a entrar no jogo.

— Também foi interessante para mim. De qualquer modo, quando se aceita um desafio, é preciso arcar com as conseqüências.

Sakura o observou com um olhar inquieto.. O que ela sabia do verdadeiro Sasuke? Quais os reais sentimentos dele? Talvez tivesse sido ingênua ao pensar que duas ou três noites de sexo selvagem pudessem criar laços firmes entre eles. Precisava conhecê-lo melhor antes de entregar totalmente o coração.

  Sasuke não deixou de notar a inquietação de Sakura, disfarçada pelo silêncio. Dividido entre o amor que começava a sentir por ela e os planos que fizera para seu próprio futuro, ele forçou-se a sorrir. Lembrava-se com saudade da pele perfumada e dos suspiros dela, mas poderia jurar que em sua alma Havia se insinuado algo maior do que o prazer físico. Ou teria sido um mero efeito romântico da tempestade que os isolara naquele pequeno quarto de hotel?  

De uma coisa ele tinha certeza. A submissa Karin Hebi, que já o aguardava no Havaí, era uma pessoa muito agradável, mas não uma parceira para toda a vida. Pretendia dizer-lhe isso na primeira oportunidade, assim que resolvesse o contra­tempo com Sakura.

— Aonde vamos parar com tudo isso? — perguntou em tom meigo, apropriado para um diálogo que supunha decisivo.

Foi interrompido por sonoras batidas na porta.

— Ei, vocês! — gritou Seiji do outro lado. — Tia Kumiko está chamando para cortarem o bolo! Vão ter muito tempo para conversa fiada!

Sakura adiantou-se e abriu a porta com violência.

— Seiji! Esteve escutando como um ladrãozinho!

— Foi tia Kumiko que insistiu para...

Ela não disse que eu e Sasuke não podíamos conversar agora!

— Não, mas... Enfim, estão todos esperando. — O menino girou nos calcanhares e saiu correndo.

A atenção de todos se voltou para o casal quando Sasuke e Sakura retornaram à sala. Outras tantas mãos erguidas os brin­daram com latas de cerveja. O bolo alto e enfeitado, uma sur­presa especial de tia Kumiko, ocupava o centro da mesa.

Para se livrarem logo da obrigação, Sasuke e Sakura apressa­ram-se em cortar juntos a primeira fatia e servi-la. O contem­plado foi tio Kunio, tacitamente eleito padrinho do casal, que não se fez de rogado para ensaiar um discurso.

Pigarreando de minuto em minuto, ele comparou Sakura a sua mulher, Kumiko, como legítima Haruno de sangue quente, que não parava no meio do caminho quando escolhia alguém para marido.

— E tenho seis pimpolhos para provar isso! — Apontou, vermelho de entusiasmo, as crianças que formavam uma escadinha atrás da mesa. — Quando terá seu primeiro filho, querida sobrinha?

— Titio! — ela o recriminou. — Não é hora nem lugar para falar disso. Quero aproveitar um pouco a vida antes de criar filhos.

As pessoas presentes atacaram o bolo, e o discurso virou uma conversa particular.

— Não me leve a mal, Sakura — defendeu-se o homenzarrão, surpreso com a resposta que ouvira. — Venho contando com isso desde que você era uma adolescente.

— Bem, tio, não sou mais uma adolescente. Sou uma mulher casada e queria pedir-lhe para não constranger meu marido.

Para sua satisfação, Sasuke acercou-se e tomou-lhe a mão.

— Constranger? — Kunio ecoou, modulando sua voz de trovão. — Ora, se vocês se amam, o amor deve naturalmente frutificar em filhos. Não vai querer ser uma eterna adolescente, vai?

Tia Kumiko assomou entre eles como um furacão.

— Comporte-se, Kunio Matsuo! Por que está aborrecen­do Sakura?

Sasuke aproveitou a intervenção para afastar Sakura dali. Ela suspirou de alívio. Pouco tempo atrás, atribuiria a atitude dele a um temperamento possessivo, mas não naquela noite. Sen­tiu-se protegida, tratada como mulher, não como criança.

— Acho que você foi muito feliz em sua escolha, querida — tia Kumiko comentou com os olhos fixos em Sasuke.

Entre duas garfadas no bolo, tio Kunio voltou ao ataque.

— Diga-me, rapaz, como pretende sustentar Sakura e os filhos que virão?

— Pare com isso! — Sakura protestou. — Não é de sua conta o que Sasuke faz para viver. Quanto a filhos, já disse que vão demorar.

— Não muito, pelo jeito de nosso garanhão aqui. — Kunio riu alto, batendo rudemente no ombro de Sasuke.

— Tudo bem — ele contornou o mal-estar, vendo que Sakura ficara rubra, de vergonha. — Não me importo de dizer o que faço para ganhar a vida. Sou dono de uma rede de academias de ginástica em Boston.

— Ah! — Tia Kumiko admirou-se. — Isso explica seu belo físico. Assumindo um ar compenetrado, ela esticou a mão para apalpar o bíceps de Sasuke sobre o paletó. Duas outras tias de Sakura, teste­munhas da cena, também se aproximaram para repetir o gesto. Rígido de assombro, Sasuke ouviu elogios a seus músculos. Sakura, envergonhada, só pôde atribuir o atrevimento das tias ao excesso de cerveja.

— Sabia que Sakura dá aulas de ginástica aqui na base? — perguntou o tio Kunio. — Talvez vocês possam trabalhar juntos, embora seja triste ver minha sobrinha mudando-se para Boston.

Estou pensando em abrir uma filial em Las Vegas — mentiu Sasuke na tentativa de encerrar o assunto.

— Seria maravilhoso — interveio tia Kumiko, meneando a cabeça, no que foi acompanhada pelas outras duas. — Poderiam criar os filhos aqui mesmo, perto da família.

— Meu Deus, eles não desistem... — sussurrou Sakura ao ouvido de Sasuke.

— Por que a pressa? — ele perguntou com firmeza, decidido a defender a suposta esposa. Imaginou, porém, se uma gravidez já não estava a caminho, desde a imprudência que cometera no hotel.

— É que Seiji já tem doze anos, e Hisoka sente falta de crianças.

O pai de Sakura continuava distante, e Sasuke temeu que esti­vesse apenas ganhando tempo para reunir munição contra, ele. Ao ouvir seu nome, o militar aproximou-se do grupo, erguendo a cerveja em um brinde.

—  Felicidades ao casal! Que viva cem anos! — Levantou novamente o braço. — E à nova geração dos Haruno!

Para alívio de Sakura, Sasuke sorriu. Estava impressionado com tantas demonstrações de carinho dirigidas a ela, mais do que ele recebera em toda a vida. Sakura parecia ansiosa para sumir dali, mas ele descontraiu-se e resolveu aproveitar a festa. Bebeu uma lata inteira de cerveja antes de servir-se do bolo.

Levando o tio Kunio pelo braço, Hisoka Haruno afastou-se, aparentemente resguardando-se para uma conversa particular. As tias rumaram para a cozinha. Nem por isso a sala ficou menos barulhenta. Uma mistura indistinta de sons e ruídos dominava o ambiente.

Ainda bem que seus pais não estavam presentes, pensou Sasuke. A mãe, sempre discreta, ficaria aflita com a fácil con­versação e os risos que pontuavam a reunião. O pai provavel­mente faria um sermão sobre os malefícios do álcool. Quem talvez apreciasse a festa era sua única irmã,Emi , dona de um imbatível senso de humor, apesar da educação repressiva que tivera. Em muitos aspectos, Emi lembrava a própria Sakura. Sasuke olhou para ela, de novo rodeada por parentes. Admirou a simpatia com que ela recebia abraços e cumprimentos. Ouviu as palavras carinhosas que dirigia a primas e sobrinhos de qual­quer idade, testemunhou seus esforços para manter na linha o irrequieto Seiji. Era realmente uma pessoa emotiva, transparen­te, cheia de sentimento. Tão diferente de Karin Hebi! Karin pertencia muito mais a sua própria espécie, pensou Sasuke. Racional, controlada, incapaz de dar um passo sem planejamento prévio. — Estão todos ocupados, colocando a conversa em dia — comentou Sakura em voz baixa, ao retornar para o lado dele. — Que tal irmos agora ao clube dos oficiais? Ninguém vai reparar se fugirmos um pouco.

—  Tem certeza? Afinal, a festa é para você. Quero dizer, para nós.

—  Tenho, sim. Podemos sair pelos fundos e voltar antes que alguém note.

— Acho perigoso. — Sasuke sorriu sem graça, tomado de hesitação.

— Eu não. Você quer ou não fazer aquele telefonema?

— Quero lógico. — A ansiedade de Sakura não dava margem a qualquer adiamento. — Vamos.

Andaram uns poucos metros até o carro dela, e Sasuke rumou para o prédio assobradado que se destacava entre as casinhas iguais da vila militar. Na sala fartamente iluminada, as mesas estavam cheias de pessoas que jogavam cartas.

— Por aqui — Sakura apontou para uma fileira de telefones fixados na parede do fundo, sobre uma extensa bancada.

— Vamos ficar muito expostos — Sakura preocupou-se, ava­liando que seria difícil manter a privacidade da conversa na­quele ambiente. Mas era o melhor que poderia conseguir, se quisesse descobrir logo a verdade.

O papel que Sakura lhe passara trazia o número de Naruto, incluindo o código internacional e o da área das ilhas Fiji. Sasuke apanhou na carteira seu cartão telefônico e fez a chamada. Esperou pacientemente que a funcionária do hotel atendesse.

— Procuro o Sr. Naruto Uzumaki, por favor. Estou ligando de Las Vegas.

Trocou um olhar significativo com Sakura. Ela mal podia es­conder sua ansiedade.

— Graças a Deus! — murmurou quando ouviu a voz do amigo. — Naruto, é Sasuke. Estou com um grande problema, e você precisa me ajudar. — Fez uma pausa para a escuta. — Não, não se trata de dinheiro nem de doença. Quero saber o que realmente aconteceu na noite em que você e Hinata se casaram.

Deu algum tempo, para Naruto falar. Notou que Sakura suava. Os pés dela se moviam freneticamente.

— Não, não me lembro, e é por isso que estou ligando. Conte-me, todos os detalhes. — Colocou um dedo no ouvido livre para abafar o barulho da sala.

— Sim, sim, da história da liga eu me recordo. Mas quando e como Sakura e eu nos casamos?

Ela inclinou-se sobre o ombro dele, em um esforço para escutar também. Para seu desespero, um grito vibrou no ar, desde a mesa mais próxima.

— Olá, Sakura. — Era um amigo da família e seu aluno de ginástica. — Ouvi dizer que você se casou. Parabéns. Quando vai nos apresentar seu marido?

Logo que estivermos menos ocupados — ela bradou de volta. Em uníssono, os homens da mesa riram alto, e só então Sakura percebeu o duplo sentido da frase, reforçado pela posição em que encontrava, quase abraçada a Sasuke.

— Naruto? Você está aí? Pode me ouvir? — Ele precisou elevar a voz. — Droga! — Bateu o receptor.

— O que houve? — Sakura indagou, já prevendo algum contratempo.

— Não sei. — Sasuke franziu a testa. — Acho que a linha caiu. Estava com muita interferência. Vamos dar um minuto e tentar de novo.

A segunda tentativa terminou na mesa da operadora no hotel de Fiji. O persistente ruído, no telefone e fora dele, pre­judicava a audição.

— Como assim? O quarto não atende? Mas acabei de falar com o sr. Uzumaki! Ouça, vou deixar o número daqui e, por favor, peça para ele me ligar em seguida. É urgente, senhorita.

— Sasuke? — Sasuke tentou confortá-lo da evidente frustração.

— Houve algum problema do outro lado da linha. — Ele correu a mão pelos cabelos e depois pelo rosto contrito. — Vamos ter de esperar que Naruto telefone.

— Bem, se você pode enfrentar, eu também posso. Antes que os dois conseguissem piscar, um grupo os cercou, abraçando-os efusivamente e colocando drinques em suas mãos. Era só o começo de uma seqüência de sorrisos e exclamações, durante a qual Sakura demonstrou mais uma vez seu espírito esportivo, que Sasuke tentou acompanhar.

Meia hora depois, Naruto ainda não havia retornado à cha­mada. Sakura sinalizou para Sasuke que era hora de voltarem, senão os parentes notariam sua ausência.

— Bem, ainda nos veremos. — Acenaram em conjunto para os membros do clube e saíram.

Sasuke dirigiu de volta imerso em silêncio. Havia colocado muitas esperanças no depoimento de Naruto sobre as ocorrências do Hotel Majestic. O impasse continuava: não havia certidão, mas existiam testemunhas. Era bastante possível que Sakura fosse sua mulher legítima. Só que, nesse caso, o casamento resistiria às particularidades de duas pessoas que pertenciam a mundos tão diferentes?

Sakura não negava que queria liberdade de escolha para re­definir sua vida. Se a levasse a Boston, para junto de sua família, com certeza a prenderia na mesma teia de convenções e regras familiares que ela abominava. Sua mãe a envolveria em uma maratona de programas culturais e eventos de cari­dade, como já havia feito com Karin Hebi.

Não era justo arrastar Sakura para aquela sucessão de dias monótonos, regrados, que ele próprio já não aceitava. Para antever um futuro de felicidade ao lado dela, teria de mudar seu estilo de vida. Não era tão difícil. Já estava acontecendo.

Furtivamente, Sasuke viu que Sakura cochilava dentro do carro, com a cabeça encaixada entre o banco e a janela. Contemplou comovido o rosto suave e admitiu que, no espaço de poucos dias, Sakura se tornara parte integrante de sua existência. Sen­tiu-se mais próximo dela do que nunca. Entendeu sua coragem e determinação para lutar por sua independência e por uma vida diferente da que lhe estava reservada.

O destino os colocara em uma situação incômoda. De que outra maneira, porém, ele teria conhecido Sakura? Encontrar aquela mulher, na festa de casamento do amigo, havia alterado completamente seus planos, seus sentimentos e seus anseios.

Ela merecia o melhor que ele pudesse proporcionar.

E se o melhor fosse a separação? Por amor, Sasuke dispôs-se a renunciar a Sakura, se assim fosse preciso.

 

 

Continua...

 


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Notas finais do capítulo

ahh gente mande Reviews faça uma meninina feliz
hauhauhauhau
bjo
ate amanhaa!!!