Married By Chance escrita por ThataListing


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!!
sorry por naum postar mais cedoo... eh q fiquei sem criatividade!
esse cap naum ficou do jeito que eu queria!!:(
bigado pelos reviews.
...



Boa Leitura!!



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O padre Hamasaki havia expressado uma dupla verda­de. Tardou pouco para que Sasuke sentisse sau­dade de Sakura. O trabalho acumulado em Boston não lhe serviu de alívio, pois ela parecia ter-se entranhado em seu sangue.

Uma semana já se arrastara em horas solitárias, e seus pen­samentos permaneciam girando em turbilhão. Sem Sakura, sua alma parecia vazia, o corpo chegava a doer de tensão. Sentia falta do sorriso dela, da pele perfumada, da presença esfuziante.

Em casa, não contara a ninguém as peripécias ocorridas em Las Vegas, mas o detalhe mais importante era que, tomando distância do trabalho e da família, ele pudera analisar melhor seu estilo de vida.

O resultado não o satisfez nem um pouco. Tudo lhe fora planejado e oferecido pronto. Até mesmo sua bem-sucedida em­presa era apenas a continuidade dos negócios do pai, um ex-atleta, fundador da primeira academia de ginástica em Boston. Sasuke se tornara uma pessoa rígida, de emoções controladas, e por isso dera graças aos céus quando os pais elegeram por ele a candidata ideal a esposa: Karin.

Já era hora de mudar e assumir as próprias rédeas do des­tino, exatamente como Sakura pretendia fazer. Quando Sasuke ima­ginava seu futuro, não conseguia mais vê-lo sem ela. Mas, seria aceito como um parceiro para toda a vida? Talvez, se acompanhasse o ritmo dela e adotasse a mesma liberdade de espírito. Ansioso por essa experiência, Sasuke sentiu que era ur­gente regressar a Las Vegas.

O senso de decência, porém, impôs um encontro final com Karin. Na volta do aeroporto, onde fora buscá-la dias antes, ele sofrera pressão para confessar se havia outra mulher em sua vida. Sasuke omitiu a existência de Sakura e inventou que promis­sores negócios o haviam retido naquela cidade.

Agora, assim como devia a Sakura a solução do impasse, devia a Karin a verdade sobre o compromisso deles.

— Sasuke, querido! — Karin saudou alegremente quando o viu aproximar-se da mesa do restaurante. Lançou os braços em torno do pescoço dele e deu-lhe um rápido beijo na boca. — Você deve ter muita coisa importante a me dizer.

— Tem razão. — Sasuke desvencilhou-se com um sorriso for­çado e ocupou a cadeira livre. Na mesma hora, temeu ter co­metido um engano ao convidar Karin para almoçar era um lugar público. Como explicar a ela que preferia tê-la como simples amiga, depois de uma recepção tão efusiva?

— Vamos pedir um drinque? — ele propôs, e ela concordou. O garçom anotou o pedido e foi providenciar. Pelo brilho nos olhos de Karin, Sasuke deduziu que ela aguardava uma pro­posta de casamento. Por isso, apressou-se em contar, de um só fôlego, os acontecimentos que o transformaram em um ho­mem casado. Em respeito a Sakura, e para poupar os sentimentos de Karin, omitiu a possível gravidez.

— Pode me chamar de canalha, de irresponsável, de tudo o que quiser — ele disse diante da perplexa Karin. — Mereço seu desprezo, por fazê-la acreditar que um dia iríamos nos casar. Agora, preciso voltar a Las Vegas e resolver a questão da licença de casamento.

— Tem certeza de que é isso o que quer? — O rosto dela continuou lívido.

— Não há outra coisa a fazer, dentro das circunstâncias.

— E como essa Sakura está encarando o assunto? Ela gosta de você?

— Não sei bem. Entenda, temos antes de tudo um problema legal para enfrentar.

— Então, devo me considerar fora de sua vida?

— Sinto muito, Karin. Não pretendia magoá-la.

— Eu estava certa de que você iria me pedir em casameto, durante a viagem a Itália. Como você não apareceu por lá e nem no Havaí , esperava por uma proposta durante este encontro.

Sasuke sentiu um peso no coração. Ele realmente havia pensado em definir sua situação com Karin e estabelecer-se de uma vez por todas, com as bênçãos da família. Porque era o que estava previsto, mais do que por amor a ela. Tudo certo, tudo bem planejado como sempre fora.

— As coisas mudaram de repente para mim, mas não foi de caso pensado. Eu nunca a magoaria de propósito, Karin.

Ela apertou os lábios e reprimiu as lágrimas.

— Você ama Sakura a ponto de querer legalizar seu casamento com ela?

— Sim. Percebi isso depois de voltar para cá. — Ele sorriu tristemente, como se pedisse compreensão. — Nunca devia tê-la deixado.

Naquele momento, duas lágrimas deslizaram pelo rosto de Karin. Sasuke era sensível ao sofrimento dela, mas ao menos tinha sido honesto.

— Bem, foi melhor ter-me contado tudo. Sua mãe já estava fazendo planos para nossa festa de casamento e... — Ela en­xugou as lágrimas no guardanapo, ergueu o rosto e suspirou longamente, — Desejo-lhe felicidades, Sasuke. Sabe que sempre vou gostar de você.

— Eu me preocupo com você... Karin. Sempre nos entendemos bem e sei que é uma mulher encantadora.

Terrivelmente culpado, Sasuke ia sugerir, em uma tentativa de consolar Karin, que logo ela encontraria outro homem que a amasse de verdade. Foi interrompido pelo garçom, que em boa hora chegava com os coquetéis.

— Seus pais já sabem de tudo isso? — ela indagou, bebendo um gole.

— Não, ainda não. Só vou contar-lhes depois de tudo resol­vido. Quem sabe Sakura opte por um divórcio imediato.

— Divórcio? Parece mais um caso para anulação. — Karin assumiu o tom profissional da advogada que ela era. — Se não estavam conscientes do que faziam na hora do casamento...

— Eu sei, mas depois... — Embaraçado, Sasuke deixou a frase incompleta.

— Em seu lugar, eu iria correndo procurar Sakura, antes de perdê-la. — Ela colocou o guardanapo na mesa e ergueu-se para sair. — Mas quero que saiba que, se nada der certo, estarei aqui, esperando.

Com o olhar angustiado, Sasuke viu Karin afastar-se e desa­parecer. Ela tinha toda a razão, pensou. Ele precisava voltar para Sakura o mais depressa possível.

No dia seguinte, Sasuke tomou um vôo direto para Las Vegas. De carro alugado, rumou para a Base Aérea de Nellis. O pro­blema imediato era como entrar lá sem que Sakura autorizasse sua passagem pela portaria.

Ocorreu-lhe que Kenji podia ser a solução. Pediria para falar com o irmão de Sakura, torcendo para que ele se mostrasse receptivo.

Sasuke parou o automóvel diante da cancela. Na guarita, um soldado uniformizado mantinha vigilância.

— Sua identificação e o motivo de sua visita, por favor — pediu o sentinela ao aproximar-se.

— Sou Sasuke Uchiha. — Exibiu a carteira de motorista.

Quero falar com o tenente Kenji Haruno, meu cunhado.— O jovem guarda dirigiu-lhe um olhar curioso.

— É o marido de Sakura?

— Por quê? Você a conhece?

— Claro, também estou na turma de aeróbica, mas a maioria de nós só freqüenta as aulas para admirar a professora. — O rapaz notou a inconveniência e ficou encabulado. — Descul­pe-me, não devia dizer isso ao marido de Sakura.

— Tudo bem. — Sasuke sorriu complacente. — Ela realmente impressiona as pessoas.

Aliviado, o soldado retornou à guarita e apressou-se em interfonar. Pouco depois, um irado Kenji saltou do jipe militar e postou-se à frente de Sasuke. Resmungava impropérios e, antes que ele pudesse defender-se, aplicou-lhe um soco no nariz.

Sasuke tombou sobre o capô do carro, atordoado. Levou a mão ao rosto e refez-se rapidamente. O murro fora bem dosado para não machucar, e a surpresa é que o fizera mais forte.

— Ei, espere um pouco! — Voltou-se para Kenji ainda zonzo. — Eu só queria conversar!

— Conversar? — O militar recolheu o punho fechado. — Tudo o que quero saber é onde você se meteu e o que veio fazer agora.

— Podemos ir para algum lugar mais discreto? É uma conversa particular.

— Não — Kenji bradou, e o sentinela se agitou na guarita.;

— Depois do que fez a Sakura, não vai passar da portaria.— Na mente de Sasuke, o que ele tinha feito a Sakura não era tão grave assim, mas a visão dos parentes dela devia ser bem diferente. Apalpou o nariz e constatou que não estava quebrado.

— Olhe, veja o que eu trouxe. — Ele pegou no bolso um pequeno estojo de veludo e abriu para Kenji.

— Uma aliança? — surpreendeu-se o tenente.

— E há outra igual em meu dedo. — Exibiu a mão. — Achei que você e Kazu esperavam por isso desde a hora em que eu disse estar casado com Sakura. Você sabe, foi tudo muito repentino, e não houve tempo para formalidades. — Fechou o estojo e o pôs novamente no bolso. — Acha que é tarde demais para legalizar a situação?

— Não sei. — A expressão do tenente desanuviou-se. — Mas não vai ser fácil. Kazu continua investigando e, segundo ele, você não se casou com Sakura.

— Espero que sim e estou aqui para provar.

— Kazu ainda não contou nada a meu pai. Quer evitar que ele saia atrás de você com um revólver. Quanto a Sakura, ela não tem comentado o assunto. 

— Estou disposto a juntar as peças que faltam no quebra-cabeça. Só preciso de uma chance.

Kenji olhou para Sasuke, revelando indecisão.

— Não quero ver Sakura mais magoada do que já está.

— Nem eu, acredite. Gosto dela demais para magoá-la. Se me deixar falar com sua irmã, juro que vou esclarecer tudo. Mesmo que seja nosso último encontro.

— Como vou saber se Sakura ainda quer vê-lo? Sasuke tinha a resposta pronta.

— Ela não mencionou meu nome, durante a semana?

Nem o seu nem o de ninguém. Anda calada.

Bem, então não há o que perder se eu conversar com ela.

— Está certo —Kenji concordou afinal, ainda relutante. — Poderá encontrá-la na sala de ginástica, mas eu ficarei por perto. Se você causar algum problema a Sakura, não vou esperar que meu pai lhe aponte uma arma. Eu mesmo farei isso.

Trocaram olhares duros e, em seguida, Kenji sinalizou para o guarda.

Deixe seu carro aí mesmo e suba no jipe. Mas lembre-se: vou estar atento.

Esperaram Sakura acabar a aula de aeróbica. O som alto da música foi desligado, os alunos se retiraram, e ela ficou sozinha no centro do tablado, enxugando o suor do corpo. Sua figura adorável, ainda mais atraente na malha colante, roubou o fôlego de Sasuke.

Embora parecesse menos magra, as curvas continuavam per­feitas. Os cabelos rosados estavam presos atrás da cabeça, em um rabo-de-cavalo que lhe dava um ar adolescente. Distraída, com a toalha em volta do pescoço, ela sorriu para Kenji ao vê-lo despontar na porta. Mas sua expressão mudou ao perceber que Sasuke estava ali.

— O que veio fazer aqui? — A pergunta ecoou no salão como um desafio. — Eu estava me saindo bem sem você.

— Talvez sim, mas eu não. — Ele esboçou um sorriso e enfiou as mãos nos bolsos, proibindo-se de estreitá-la nos braços.

Nervosa, Sakura atritou a toalha sobre a nuca. Ansiava por ir ao encontro de Sasuke e cobri-lo de beijos, sobretudo agora que Kenji não estava vigiando.

— Por que voltou? — ela indagou suavemente.

— Não agüentei de saudade — ele admitiu. — Como tem passado?

A voz dele soou cheia de meiguice, e Sakura sentiu o coração derreter-se. Mas a consciência a alertou de que não queria sofrer outra vez com uma nova ausência de Sasuke.

— Estou ótima! — mentiu, socando a toalha dentro da ma­leta esportiva. — Na verdade, esta foi minha última aula aqui. Faço as malas hoje à noite e viajo amanhã.

— Que pena! — ele reagiu sem motivo para descrer. — Tinha em mente algo de especial para nós, esta noite.

Sem aviso, Sasuke acercou-se de Sakura, soltou o elástico que lhe prendia os cabelos e agarrou-a por trás, em um gesto sensual.

— Sasuke...

Ela segurou as mãos dele sobre sua cintura, lutando contra as próprias sensações.

— Ainda se lembra da noite que passamos no Céu Azul? Eu nunca esqueci nem esquecerei. Você me deixou sem fôlego.

Um desejo intenso tomou conta de Sakura. Desvencilhou-se de Sasuke e encarou-o de frente. A distância era sua única defesa. Por uma questão de orgulho, jamais confessaria quanto ficara ma­goada com o afastamento dele, depois de ouvi-lo argumentar que não daria certo ficarem juntos. Jamais exprimiria em palavras a sensação de vazio e infelicidade que Sasuke havia provocado com sua partida. Sabia muito bem, no entanto, que dificilmente su­portaria outra separação. E, agora que lhe cabia a vez de partir, o que havia no horizonte senão mais um afastamento?

— Você devia ter-me telefonado antes. Teria poupado a viagem.

— Para onde planeja ir? — Os olhos se fixaram nos lábios dela.

— Los Angeles. Há um emprego a minha espera.

Ela estremeceu ante o olhar hipnótico de Sasuke. Ele diminuiu o espaço que os separava e tocou-lhe o ombro nu. Depois, des­lizou os dedos pelo colo úmido, subiu-os pelo pescoço e espalmou a mão sobre o rosto quente.

—  E se você recebesse uma proposta para trabalhar em Boston?

— Não me atrai o suficiente. — Afastou a cabeça e pegou a maleta, interpondo-a entre ela e Sasuke. — Você me disse que eu não seria feliz com seu estilo de vida, nem você com o meu. O que mudou?

— Eu mudei Sakura — ele declarou enfaticamente.

A expressão do rosto dele, mais do que a frase, provocou-lhe um arrepio.

— Como posso saber?

— Veja isto. — Ele mostrou-lhe a aliança de ouro no estojo. — E isto. — Sasuke exibiu o próprio dedo com outro anel igual. — E isto. — Inclinou a cabeça e se apossou dos lábios de Sasuke com um beijo inicialmente suave, depois vigoroso e cheio de sentimento.

vigoroso e cheio de sentimento.

Sasuke havia sonhado com aquela boca, sem esperança de sen­tir-lhe o gosto outra vez. A pressão das mãos de Sasuke em suas costas continha a promessa de novas e delirantes noites de amor.

—  Eu a amo, Sakura Haruno. Já está pronta para casar-se comigo?

Transportada para o céu, ela não encontrou resposta. O batimento forte do coração, a veia que latejava em seu pescoço indicava a intensidade de suas emoções. Intensidade recí­proca, a julgar pelo olhar profundamente comovido de Sasuke.

Como lembrá-lo de que ele também se confessara despre­parado para casar-se e formar uma família? Como lhe dizer que, logo após a partida para Boston, ela fizera um teste de gravidez, e o resultado fora positivo?

— Depois que você se foi — ela balbuciou, desviando a vista para o estojo em sua mão —, pensei que nunca mais voltaria.

— Voltei porque senti sua falta. — Ele acariciou-lhe os ca­belos. — Fiquei mal e nem trabalhei direito. Pensei em você, em nós, o tempo todo.

Sasuke voltou a procurar a face dela com os lábios, beijando a ponta do nariz, os olhos e por fim a boca. Mãos ocupadas com a maleta e com o estojo, Sakura não teve como esquivar-se. Mas duvidava de que o fizesse, mesmo tendo essa opção. Com um beijo quente e insinuante, ela provocou Sasuke por alguns voluptuosos segundos.

— Lembrei-me do padre Hamasaki — ele disse, movendo a cabeça para escapar das carícias. — Ele tinha razão. Nós precisávamos de algum tempo, de alguma distância, para descobrir que nos amamos. Desta vez, estou completamente sóbrio, e nosso ca­samento será para valer. O que me diz?

Sakura percebeu que Kenji, cansado de aguardar, espichava os olhos pela porta. Às costas de Sasuke, fez-lhe um aceno para que se afastasse.

— Quero manter meus planos de me separar da família e ir para Los Angeles. Importa-se de esperar?

— Não mais do que uma noite — ele respondeu com uma ponta de decepção. — Fiz outros planos para nós, incluindo uma visita ao padre Hamasaki. Dê-me a mão. A esquerda.

Ele recolheu o estojo, desprendeu a aliança da ranhura no veludo e fez menção de colocá-la no dedo anular de Sakura.

— Não, Sasuke. — Ela pousou a mão sobre a dele. — Vamos adiar um pouco, até que tenhamos certeza de nosso futuro.

O sorriso abandonou o rosto de Sasuke. Ele sentiu-se gelar.

— Mas eu tenho certeza, Sakura. Acho que já convenci Kenji disso, o que inclui seu pai e Kazu. Nunca pensei que tivesse de convencê-la. — Respirou fundo. — Quantos beijos faltam para você se decidir?

Ela meneou a cabeça. Queriam muito, todos com os quais havia sonhado desde a partida de Sasuke. Quando ele a tomou novamente nos braços e a beijou, sua decisão quase esfumou-se no ar.

— Você não está beijando como alguém que vai dizer adeus — ele comentou. — Está certa de que não quer usar aliança?

— Sim, mas não me leve a mal. Preciso muito de seu apoio.

— Claro. — Ele fechou e guardou o estojo no bolso. — Fico feliz se puder ajudar.

Com o coração aos saltos, Sakura obrigou-se a acreditar que Sasuke era sincero e que a amava acima de qualquer dúvida. Ela podia ter as próprias hesitações, mas ainda faltava toda sua família para convencer.

Quando eles chegaram a casa, o pai de Sakura os aguardava, com Kenji ao lado. O único que recebeu Sasuke com alegria foi o cão Choko, que veio lamber-lhe a mão e só se afastou após alguns afagos na cabeça.

Empertigado em seu uniforme, Hisoka Haruno não parecia menos belicoso do que no primeiro encontro. Kenji esticou o olhar para a mão da irmã, à procura de um inexistente anel.

— Kenji me disse que você voltou para ficar com nossa Sakura.

— Sim, senhor. Descobri que não consigo viver sem ela.

— Ela não vai a lugar algum sem uma certidão de casa­mento! — Uma nova voz fez-se ouvir na sala. Era Kazu entrando da cozinha.

— Eu é que tomo minhas decisões — protestou Sakura.

— Não se iluda com esse trapaceiro! — O policial rangeu os dentes ao apontar para Sasuke. — Conseguiu saber alguma coisa sobre o casamento, como prometeu?

— Estou cansado de ver minha integridade questionada — Sasuke rebateu. — Ainda não tenho a certidão. Mas, se houver uma, eu vou achá-la. Você andou me investigando, não?

Kazu meneou a cabeça, confirmando.

— Descobriu algum delito? — desafiou Sasuke.

— Não, mas há certas questões pendentes.

— Para mim também. — Ele relanceou o olhar para Sakura.

— Mas já deve ter ficado óbvio que não sou um trapaceiro.

Não estou tão certo. Ainda não compreendo por que não há registro de seu casamento com Kelly.

— Dê-me mais uma semana. É só meu amigo chegar de viagem, e, com certeza, encontrarei as respostas que faltam.— Sasuke não se abalou com as feições crispadas de Kazu. — Também aguardo a volta do produtor de televisão. Sete dias não mais. Nesse meio tempo, pretendo ficar em Las Vegas.

— Que seja — interveio o pai de Sakura. — Mas é seu último prazo. Contanto que minha filha esteja de acordo.

Sakura sentiu os olhares sobre si. Sasuke havia lhe perguntando se estava pronta para se casar e, por outras palavras, o mesmo fazia seu pai naquele momento. Era a hora da decisão.

Pela expressão de Hisoka, ela deduziu que as respostas de Sasuke o incomodavam mais do que sua própria indefinição. Mas tinha concordado em não contestar o casamento enquanto Sasuke estivesse ali.

— Confio totalmente em Sasuke — ela afirmou. — Se ele diz que estamos casados, eu acredito.

É bom que pense assim — Kenji chamou para si as atenções do grupo. — Mas desta vez, precisa ter certeza.

Os olhares de novo se concentraram em Sakura.

— O que quer dizer com isso?

Que papai pode ter razão quando falou que poderia haver conseqüências.

Misteriosamente, o irmão tinha intuído que Sakura podia estar esperando um filho de Sasuke.

Sakura Haruno, você confirma que está grávida?

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Fiz a karin até q Boazinha.hauhauhau mais ainda com sua essência (a chatura hauhahau)