Conexões Perigosas escrita por KariNog03


Capítulo 12
Não negue a profecia




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/738288/chapter/12

Ruby acordou mais cedo que o normal, após fazer sua higiene matinal, se vestiu, e com dois pesados livros nas mãos percorreu um longo caminho até o jardim de Hogwarts. Escolheu um banco aleatório e após sentar-se posicionou os livros no colo, o dia era frio e nublado, ela gostava daquilo, era mais confortável e aconchegante.
 Depois de um longo tempo ali sozinha e observando a bonita paisagem, Fred e Jorge se aproximaram e sentaram deixando a menina entre eles.
—Irritadinha, como foi ontem com a Umbrigde? Ouvi muita gente falando que saiu da sala dela quase estuporando as pessoas que estavam perto. -Jorge perguntou.
 Ruby riu. -Que exagero!
—Exagero, claro. -Ron disse irônico enquanto se aproximava com Hermine e Harry. -Eu vi você saindo da sala dela, Ruby
—Você a enfrentou e nem ao menos conseguiu uma detenção? Como isso é possível? -Harry estava surpreso.
—Não sei, mas estou começando a achar que a Dolores gosta de mim. -Ruby estranhou quase rindo.
—Como foi? -Hermione perguntou.
—Bem, eu falei que não era certo ela usar esses métodos medievais com os alunos, e eu… meio que ameacei contar para Dumbledore e para o Ministério que está torturando por conta própria. Ainda fazendo tudo isso, ela nem ao menos me castigou! -Ruby não escondia sua desconfiança.
—Isso é realmente estranho, mas vamos para o salão, estou faminto. -Ron tinha o mesmo apetite de sempre.
 Os alunos andaram juntos até o salão principal, e se dividiram para as mesas de suas devidas casas. Sentando a frente de Malfoy, Ruby o cumprimentou e ele respondeu com um meio sorriso.
—O que acha da autoridade de Umbrigde, Ruby? Soube que realmente falou com ela ontem. -Draco tinha dúvidas.
—Autocracia, claro.
 O dia fora o mais comum e entediante possível, os alunos apenas eram pressionados fortemente para estudar para os NOMs, e alguns alunos das casas Grifinória e Corvinal pareciam estar em “atividades ilícitas suspeitas”, nomeado assim por Dolores, que proibiu.
 A noite começou mais fria que o amanhecer, e Ruby deitou em sua cama esperando que dessa vez não tivesse sonhos envolvendo Voldemort, mas nada que desejasse aconteceu, suas poucas horas de sono resumiram-se em imagens e pequenas sensações induzidas pelo Lord.
 No sonho ela estava na antiga casa dos Iuglandis, que já não existia. Ruby caminhava lentamente, o ar era sombrio, ela se sentia estranha no lugar em que seus pais foram mortos e quase podia sentir o cheiro de algo queimando, mas deveria ser apenas sua mente a enganando, ou Voldemort sendo realista. Parou em um corredor, e ao ver um espelho na parede seguiu lentamente até ele, e com enorme espanto se deparou com Voldemort a encarando no reflexo e fazendo os mesmos movimentos que a garota. Ruby era o poderoso bruxo das trevas, e ao perceber que aquela era apenas mais uma maneira de tentar controlá-la e levá-la para o mesmo lado que Harlow já fora, sua personalidade independente herdada de Sapphirus ainda falava mais alto. Ela sabia que tinha características em comum com o Lord, mas sua consciência gritava “me deixe em paz, ninguém vai me controlar”, o frio não existente aumentou e ela pôde ouvir uma voz sussurrar pausadamente em sua cabeça e fazendo-a arrepiar em seguida: “Não negue a profecia, somos iguais.”
 Ruby acordou transpirando e com algumas alunas da Sonserina ao seu redor, e viu o professor Snape, diretor da sua casa chegar, todos pareciam assustados
—Porque estão todos aqui? -Sentou-se na cama, a garota sequer sabia  o motivo da preocupação dos presentes ali. Os meninos da sua casa estavam observando da porta, inclusive Malfoy.
—Você estava gritando enquanto dormia. -Uma das meninas estava nervosa e tentava explicar. -Eu entendi você dizendo algo como “ninguém vai me controlar”, o que houve Ruby?
 Ruby também parecia surpresa então Snape tomou a frente do provável problema.
—Vista-se! -O professor quase aparentava preocupação mas ainda assim não abandonava o tom de aspecto rude, virou-se de costas para Ruby vestir a capa da Sonserina sobre seu confortável pijama negro como àquela noite. -Vou acompanhá-la até a sala de Dumbledore.
—Tudo bem. -Levantou-se da cama e vestiu a capa de cores verde pinho e preto enquanto era observada por colegas de sua casa. Logo Snape a acompanhou em rápidos e ansiosos passos até a sala do diretor.
 Snape e Ruby entraram na sala de Dumbledore e surpresos se depararam com Harry e todos os irmãos Weasley, que pareciam inquietos e nervosos. Enquanto Harry perguntava para a amiga sonserina o que fazia ali, Snape e Dumbledore tiveram uma breve e particular conversa, decidiram que Harry e Ruby deveriam acompanhar o professor de poções para uma urgente aula de oclumência, tão urgente que não podia esperar o amanhecer.
 Ao chegar na sala depois de caminhar por uma longa escada, os alunos pediram uma explicação para o professor que já tinha em mãos sua varinha.
—Parece que há ligações entre a mente do Lord das trevas e a de vocês, no caso de Harry, se ele já está consciente disso é no momento, incerto.
—Quer dizer que… se ele já sabe, vai poder ler minha mente? -Harry perguntou para Snape que parecia paciente para responder qualquer pergunta.
—Ler, controlar, enlouquecer. Antigamente, era comum o Lord das trevas ter o prazer de invandir a mente das vítimas, seus pais sabiam, Ruby, ele criava visões projetadas para torturá-las até a loucura. Só depois de sair a última gota refinada de agonia, só quando as fazia implorar pela morte, ele finalmente as matava. -O professor fez uma pequena pausa. -Usando direito, o poder de Oclumência blinda contra o processo ou influência, então nessas aulas eu vou tentar penetrar na mente de vocês, e tentarão resistir. Preparem-se. -Snape levantou sua varinha primeiro na direção de Harry, e disse: “Legilimens”.
 Ruby ainda tinha perguntas para o professor, mas estava observando Potter tentar resistir sem sucesso àquele feitiço, ela queria mais que tudo ser uma oclumente, não deixaria o Lord das trevas ler, controlar ou enlouquecer a sua mente, faria de tudo para ser tão boa quanto Sapphirus, que conseguiu omitir muitas informações de Voldemort, mesmo sendo morta no final.
 Interrompendo Snape, ela fez uma pergunta da qual já sabia a resposta, e mesmo não querendo ouvir, pronunciou as seguintes palavras para o professor:
—Então eu definitivamente sou a menina da profecia?
 O professor cessou o feitiço em Potter, que estava ofegante, encarou a garota, e disse desagradável e impaciente:
—Ainda lhe restam dúvidas?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eaí?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Conexões Perigosas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.