Como se fosse Inverno e Verão. escrita por Debora Castro


Capítulo 15
15. Revelação.


Notas iniciais do capítulo

Aposto que esse episodio vai agradar as pessoas que acompanham essa historia.



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Jared continuou segurando minha mão, nada em minha volta era mais importante do que aquele gesto, estava tão concentrada que só notei que estava na floresta quando ele soltou minha mão. Ele continuou a adentrar a floresta, sem questionar apenas o segui. Chegamos em um campo aberto com muitas arvores em volta, Jared sem cerimonia foi até o centro.

— Olha só que lindo. - Ele rodopiava com os braços aberto. - Não é o lugar mais lindo que você já viu? - Ele estava certo, era lindo mesmo, tão verde, o ar tão puro. - Venha. - Falou sorrindo estendendo a mão para mim, mas antes que eu pudesse dar algum passo, notei o sol, batia em sua pele, eu não poderia ir lá, eu iria queimar.

—  Não posso. - Eu já estava desesperada.

— Por que não?

— Não posso dizer.

— Não tenha medo. - Ele estendeu sua mão novamente. - Eu sei o que você é, eu sempre soube. - Recebi aquelas palavras como um soco no meu rosto, o medo começou a me dominar, meu corpo tremia, como ele poderia saber, como?

— Não tem nada para saber sobre mim. - Tentei argumenta, mas meus olhos não me deixaram mentir, lagrimas grossa saíram, deixando meu rosto ensanguentado. – Se você sabe o que sou, também sabe o que acontece comigo quando me exponho ao sol.

— Confie em mim, sei o que vai acontecer, eu te amo e nunca faria nada que te prejudicasse - Disse ele ainda com a mão estendida para mim. Apesar do medo que estava sentindo as palavra eu te amo ecoavam na minha cabeça, quando notei já estava andando em sua direção, o medo percorria todo meu ser, eu iria queimar. Quando cheguei ao seu lado uma dor intensa atingiu todo meu corpo, eu estava queimando. Mas antes que eu pudesse correr para sombra percebi a dor passar.

—  Como você é linda. - Seus olhos brilhavam.

— Como você pode dizer uma coisa dessas? – Disse, assustada, como ele poderia achar isso com minha pele queimada. - Sou um mostro. - Foi como um dejá-vu, já avia passado por isso antes?

— Você não vê como é linda? - Ele segurou minha mão e com a outra
limpou meu rosto que estava sujo de sangue, ele riu.

— Por que está rindo?

—  Olha só. - Ele mostra sua mão entrelaçada a minha. - Sua pele na minha. – Foi quando notei minha pele, estava radiante, as queimaduras aviam sumido com a dor, e aquela pele linda avia surgido.

— Como você sabia que isso iria acontecer?

— Acho que conheço muito mais de sua espécie que você, como nunca tomou sangue humano, toda vez que se expõe ao sol, sua pele reage, mas logo ela se cura, e toda vez que um vampiro se cura sua pele radia, tão linda. – Não pude conter meu sorriso, precisava conhecer mais de mim mesma. - Eu não sei como pude ser tão burro. – Falou interrompendo meus pensamentos.

— Do que está falando?

— Desde que eu vi você na floresta eu senti algo especial por você, na época não sabia exatamente o que era, mas logo notei o que você era. Por mais que sentisse alguma coisa, eu jamais poderia ficar com alguém como você. Depois de muito esforço Éllen me mostrou que você não é igual aos outros, que poderia confiar em meus sentimento, que tudo daria certo. Quando finalmente tive coragem de falar com Kelly, notei que seria mais difícil do que imaginava, eu estava ligado a ela como seu protetor, e ela se negava a romper essa ligação. Foi quando você foi embora, achei que era para sempre, a própria Kelly me convenceu disso. Depois de uma briga muito feia, finalmente consegui minha liberdade de volta. - Jared parou e se voltou para mim. - Eu quase morri quando encontrei você no carro, achei que tinha te perdido de vez. Não quero mais perder tempo, não sei se sente o mesmo, mas preciso pedir, você aceita namorar comigo?

—  Como você pode querer me namorar sabendo o que eu sou? Sabendo que sou um mostro que pode te matar a qualquer momento? - Eu já estava em lagrimas novamente. - Como?

— Isso não é problema para mim, pois eu te amo e é isso que me importa agora, você só você. - Ele não poderia está falando a verdade, como ele poderia amar alguém como eu? Tendo a Kelly tão perfeita e apaixonada por ele?

—  Não chore você não é tão diferente de mim.

— Como assim, você também é um vampiro? 

— Não, sou um metamorfo.

— Um o que?

— Sente-se, vou te explicar. - Nós nos sentamos no chão um de frente para o outro. - Você deve conhecer pelo menos um pedaço do que eu vou te contar. Como você sabe os Bruxos foram à primeira espécie a aparecer, o primeiro ser mágico que surgiu.

— Sim, conheço essa historia.

— Depois deles vieram vocês os vampiros através do Jhony, depois
lobisomens e fadas e assim por diante.

— Lobisomens e fadas também existem?

— Sim, e é aí que começa a minha historia. Os bruxos sempre governaram a magia, e o maior medo deles foi e ainda é a mistura de raças, as fadas eram as únicas que eles nunca se preocuparam por elas serem bondosas e nunca quebrarem regras, mas como em todas as famílias tem que haver um que não segue todas as regras, e não foi diferente com as fadas, a filha da rainha se apaixonou por um lobisomem e acabou engravidando, a rainha ficou sabendo e fez à filha se casar com outra fada, os bruxos nem desconfiaram e quando o bebê nasceu surgiu à nova espécie, ele era quente e ao completar seus 10 a 11 anos começou a se transformar em qualquer pessoa ou animal que quisesse.

— Então quando você diz metamorfo isso é, poder se transformar no que e em quem quiser?

— Isso, a mistura dos poderes de fada e o poder de transformação dos lobisomens, nasceu a minha espécie.

— O que os bruxos fizeram?

— Nada, porque até hoje eles não sabem como que nós surgimos e com isso eles não podem punir ninguém, eles sabem que foi uma mistura de raças, mas não de quais raças, entendeu?

— Sim, acho que sim.

— Eu só contei essa historia porque achei justo você saber de mim como eu sei de você.

— Mesmo assim você não é perigoso, e eu sim.

— Claro que você não é, quer uma prova?

— Sim. 

— Quantas pessoas já mordeu?

— Nenhuma.

— Matou?

— Nenhuma.

— Atacou?

— Nenhuma.

— Você é menos mostro do que eu, pois já ataquei um homem, só não o matei porque a Kelly não deixou. Fui me vingar do cara, mas ela o amava e não deixou, ele ficou com uma cicatriz, eu me transformei em um tigre.

— Nossa! Ainda bem que a Kelly não deixou, pois assim eu iria
namorar um assassino.

— Quer dizer que você aaacceita? – Ele gaguejou.

— Sim, mas só se você pedir para minha avó, e para minha mãe pelo
telefone.

Ele sorriu, se levantou me puxando para seus braços foi se aproximando, notei nesse instante que estava com medo, medo de seu toque, do seu beijo. Eu estava com um medo mortal, mesmo querendo aquele beijo como uma criança quer bala. Ele tocou meu rosto com as costas da mão, tirando meu cabelo do rosto e limpando o sangue que lá ainda se encontrava, pegou algo no bolso, era um colar prata com um pingente de coração igualmente prata, depois colocou em meu pescoço. Pude sentir seu hálito em minha face e fiquei mais nervosa, seu beijo deveria ser tão bom quanto seu abraço. Quando seus lábios deram o primeiro toque nos meus, estremeci, envolvi meus braços atrás de seu pescoço e ele puxou meu corpo pela cintura deixando nossos corpos mais próximos um do outro; seu beijo era doce e os lábios quentes, perto dos meus tão frios.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de dar sua opinião. Bjos.



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