Recomeçar escrita por Flower


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOLÁ MEUS AMORES! QUANTO TEMPOOOOOO! Bom, quero pedir milhões de desculpas pelo meu afastamento!

Mas eu posso explicar, minhas aulas na faculdade voltaram e isso vai tornar as postagens aqui um pouco demoradas, porém eu farei um esforcinho extra, afinal de conta faltam ainda muitos capítulos e haverá uma reviravolta na histórias e eu preciso ter forças para escrever os próximos capítulos!!!!

Estágio, faculdade, não me afastarão de vocês, certo???

Amei os comentários de vocês e vou responder todos mais tarde sem falta! Agora, vou deixar vocês com mais um novo capítulo e espero que gostem. Então, boa leitura!



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Oliver Queen

A limusine para em frente ao grande salão de festas das Indústrias Queen Consolidated, e mesmo ainda dentro do carro posso sentir todos do lado de fora ansiosos para minha saída triunfal, fotógrafos e jornalistas capazes de travarem a Terceira Guerra Mundial por uma simples foto ou entrevista, o que faz meu estômago revirar por conta desses abutres.

— Senhor Queen, chegamos!

Avisa meu motorista.

— Parece que sim.

Desde que me envolvi por uma noite com Susan Willians, parece que tomei certa antipatia por repórteres, acredito que isso tenha se intensificado à medida que minha jornalista preferida decidiu criar uma coluna particular para mim nas primeiras folhas do jornal de Starling City. Eu teria pensado duas vezes antes de dormir com essa garota se soubesse o quanto ela se tornaria uma doente possessiva quando descobrisse que nada passaria de uma noite, mas o meu amigo aqui embaixo não me pareceu muito contente em recusar uma boa mercadoria, fazendo com que eu me tornasse um verdadeiro alvo todos os dias pela manhã.

A porta a minha direita é aberta por meu motorista. — Senhor Queen, gostaria de saber se ficarei a sua espera pela noite.

— Não será necessário, Tom. Fique a vontade para voltar para a mansão Queen, na verdade, ainda não entendi o motivo de meu pai ter o mandado me buscar!

— Seu pai quis apenas se certificar que nada viesse a dar errado.

— E por que daria?

— Isso o senhor deverá perguntar ao seu próprio pai.

A verdade é que eu nunca vou conseguir reconquistar totalmente a confiança de meu pai. No fundo ele sempre terá um passo atrás comigo devido ao meu passado regado a mulheres, bebidas e claro às confusões que me metia em quase todo final de uma festa. E depois do que aconteceu pela manhã de ontem, eu entendo ele ter mandado um motorista me buscar em casa, e aposto que estarei cercado de seguranças assim que sair desse carro, afinal de contas meu pai é um homem sofisticado e odiaria se eu viesse a causar mais alguma confusão, ainda mais rodeado por toda a imprensa.

 — Senhor Queen, é verdade que Adrian Chase faz parte das Indústrias Queen Consolidated nessa nova transição?

Pergunta um dos jornalistas enquanto é travado por meus seguranças que me guiam até a porta do salão.

Senhor Queen, segundo fontes desconhecidas esse novo projeto que envolve as QC foi regado à violência envolvendo Chase, é verdade?

Como eles são capazes de saberem de tudo? Definitivamente eu odeio esses sanguessugas.

Após ser metralhado por perguntas inoportunas e os flash’s dos fotógrafos, consigo chegar ao grande salão, podendo me livrar dos seguranças e avistar Tommy e Caitlin a minha espera.

— Nosso Jon Jones finalmente decide dar o ar da graça! Mas vai com calma que aqui não é um octógono.

Tommy ensaia alguns golpes com os punhos e logo aperta minha mão em sinal de cumprimento.

— Não tem nenhuma graça Tommy!

— Exatamente, isso não tem nenhuma graça. Você estava louco quando decidiu optar pela violência? A história sobre você ter agredido Chase vasou para a impressa. E você não vai acreditar amanhã ela vai estar nas primeiras páginas da coluna da sua tão amada jornalista. Será que eu não posso me ausentar por um dia que você parece agir como um cão raivoso?

Caitlin irritada soca meu peitoral.

— Pronto, já deu sua lição de moral. Vai me por de castigo também? 

— Não, mas deveria porque isso não vai ser nada bom para sua reputação. Justamente agora que você estava conseguindo reconstruí-la.

Caitlin continua a esbravejar.

— Quantas vezes eu vou ter que repetir que eu nunca deixaria alguém agir daquela maneira com a Felicity?

— Princesa, não adianta gastar seu latim com Ollie. Ele está enfeitiçado pela loirinha. — diz Tommy à medida que entrelaça seus braços ao redor da cintura de Caitlin.

— Assim que Felicity entrou como um furação naquela sala e fez com que Oliver enfiasse seu rabo entre as pernas, soube que isso daria em casamento.

Caitlin sentindo-se vitoriosa entrelaça suas mãos nas de Tommy.

— Primeiro, eu nunca enfiei meu rabo entre as pernas por conta de Felicity. Segundo, quem está falando em casamento aqui? E terceiro, vamos parar de falar sobre a minha vida pessoal e focar no que eu perdi que envolve vocês dois de casalzinho. — pergunto tentando montar as cenas dos últimos capítulos em minha cabeça.

— Estamos apenas... Nos conhecendo. — diz Caitlin incerta ao olhar para Tommy.

— Estamos namorando! — Tommy repreende Caitlin com o olhar. — Ollie, como você aguenta uma mulher tão difícil como sua secretária pessoal?

— Digamos que eu tenha um tipo.

Sendo assim, meus pensamentos são direcionados a Felicity, ansiosamente meus olhos caem pelo salão com o objetivo de acha-la.

— Não perca seu tempo, Oliver. Sua loirinha ainda não chegou por aqui.  — Caitlin me alerta.

— Mantenha a Calma Ollie ou ficará muito na cara. — Tommy brinca.

Reviro meus olhos. — Caitlin, tem como você levar seu namoradinho para o bar? Acho que ele está precisando de uma bebida.

— Será um prazer, mas deixando bem claro... Ele não é meu namorado!

Caitlin segura Tommy pelo braço o rebocando para o bar.

— Mulheres sempre tão difíceis. — Tommy diz antes de ser totalmente levado por Caitlin.

— Será que somente em eventos pela empresa que eu vou conseguir ver o meu bebê? — A voz de Moira Queen me chama a atenção.

— Não seja dramática mamãe. Eu e William almoçamos todos os finais de semana na mansão. — abraço seu corpo de forma apertada e logo sou capaz de sentir seu cheiro único.

— Como se isso fosse o bastante para uma pobre mãe.

Suas mãos envolvem meu rosto, acariciando minha barba rala por fazer.

— Prometo aparecer mais vezes, tudo bem?

— Amanhã seu pai estará organizando um almoço em comemoração ao noivado de John e Layla. Estaremos esperando por você.

— John não me disse nada sobre.

— É uma surpresa, ele também não está sabendo de nada tanto quanto você.

— Robert Queen sempre aprontando, não é?

Sorrio à medida que pego uma taça de champanhe sobre a bandeja de um garçom que passa por nós.

— Ouvi falarem meu nome? — a voz imponente de meu pai se aproxima.

— Querido. — Moira Queen o abraça.

— Meu filho, você não irá acreditar quem está conosco essa noite... Laurel Lance!

Meu pai segurando a mão da linda mulher, também a aproxima de nós que não perde a oportunidade de lançar um belo sorriso diretamente em minha direção.

— Ollie, quanto tempo!

Laurel com sua sensualidade gritante, não perde a oportunidade de selar seus finos lábios nos meus como um beijo rápido, pegando-me de surpresa e me deixando totalmente constrangido.

Isso não pode ser real. Laurel Lance não pode estar de volta a Starling City justamente nesse momento.

Já tive uma amostra grátis de que isso não deu certo. Mas parece que ela não entendeu muito bem nossa última conversa há um tempo, onde deixei bem claro que não aconteceria mais nada entre nós dois.

Meu pai leva suas mãos até a base de minha gravata a ajeitando, o que me faz revirar meus olhos. — Eu e sua mãe deixaremos vocês a sós.

Por favor, eu suplico para que não faça isso!

Não me deixe novamente na cova de uma leoa que parece sedenta por minha carne.

Inferno, e nós somos deixados sozinhos.

Meu pai nunca deixará de lado sua vontade de me unir a Laurel Lance. Ele chega por vezes a ser inconveniente com esses assuntos que não dependem dele e sim de minha vontade que nesse momento é zero em relação a essa mulher.

— Então... Você está aqui a passeio? — não perco a oportunidade de perguntar.

— Algo melhor! O diretor do Hospital de Starling me mandou uma mensagem por Sara, avisando que o hospital estava precisando de uma oncologista de prestígio e de imediato me fez uma proposta, eu aceitei. Me mudo em alguns dias, isso não é maravilhoso?

Sara é sua irmã e também trabalha no Hospital de Starling no setor de pediatria, ela quem cuida de William quando eu surto por ele apresentar apenas uma leve febre ou tosse. Sara Lance e eu somos grandes amigos, mas com toda correria do dia-a-dia acabamos nos afastando naturalmente. No entanto, Sara nunca aprovou minha aproximação com sua irmã, alegando que nós nunca combinaríamos um com o outro, e claro, ela tinha toda razão. Laurel nunca mudaria seu jeito possessivo sobre a pessoa que acha que ama, um dos motivos que acabou me afastando ainda mais.

— Maravilhoso...

Não consigo esconder meu total desanimo.

Já ouviram o ditado “O que está ruim pode sempre piorar”? Sim, a merda sempre pode se tornar maior e eu presencio isso assim que a presença de Felicity e Ray Palmer se aproxima de nós e rapidamente Laurel entrelaça seu braço ao meu de forma a mostrar sua posse.

E sim, eu estou encrencado.

Os olhos de Felicity parecem ser guiados como os de uma águia de rapina até toda a extensão do corpo de Laurel, parando exatamente em seus braços que estão entrelaçados aos meus, fazendo com que todos os pelos de meu corpo venham a se arrepiar. E à medida que seus olhos se dirigem para os meus posso ouvir a marcha funeral anunciando minha morte. 

— Boa noite senhores! — anuncia Ray Palmer ao chegar junto de Felicity. — Queen sempre acompanhado por lindas mulheres.

Esse cretino está querendo tornar as coisas ainda mais difíceis para o meu lado, porque com toda certeza ele desconfia que eu e Felicity tenhamos algo. Ray Palmer pode ser um completo babaca, mas ainda possuiu um dos maiores QI’s do planeta o que faz ser expert em jogos, ainda mais quando envolvem a garota em que está interessado.

Isso me faz ficar muito puto.

Muito.

 — Estou ansiosa. Não vai nos apresentar sua... Amiga?

Pergunta Felicity ainda mantendo seu olhar avassalador sobre mim que tem o poder de fazer minhas pernas tremerem. Se eu havia nutrido alguma esperança sobre essa mulher, talvez ela esteja indo para o ralo por conta dessa furada em que Laurel acaba de me meter.

Antes que eu possa apresenta-la, Laurel toma conta da situação. — Eu sou Laurel Lance! — ela estende sua mão.

— Ray Palmer, a sua disposição. — Ray se curva diante de Laurel, depositando um rápido beijo sobre sua mão. Em que tempo esse babaca vive? Na época medieval, claro.

— Felicity Smoak. — ela desvia seu olhar do meu por um segundo, apertando a mão de Laurel com certa força.

— Laurel é uma amiga, acabo de saber que conseguiu um emprego no Hospital de Starling.

Tento me justificar, esse é o momento em que eu ainda tenho chances de virar o jogo. Se não for agora, realmente meu sepultamento acontecerá ainda essa noite.

— Eu e Oliver somos mais do que amigos! — Laurel desvia sua atenção apenas para Felicity, e sim, mulheres têm um sexto sentido aguçado que as fazem sentir o cheiro de ameaça se formando no ar. Isso é considerado uma bruxaria para nós meros homens que somos verdadeiras portas.

— Mais do que amigos? Que interessante.

Discretamente a mão de Felicity alcança a lateral de minha costela por de baixo do paletó depositando um grande beliscão por ali, que de imediato me faz ver estrelas.

Ai! — não consigo segurar a dor que sinto ao ser beliscado por Felicity e diretamente desvio meu olhar para ela tentando compreender sua ação.

— O que foi Ollie? — pergunta Laurel sem entender minha exclamação.

— Não foi nada, eu apenas senti um mal estar. — contorço-me ainda pela dor, enquanto Felicity mantém seu mau humor diante da situação.

Se eu tinha dúvidas sobre estar encrencado com Felicity, esse beliscão responde todas elas. Que mulher maluca, isso vai me deixar um bom hematoma em meu abdômen.

— E o que você irá fazer no Hospital de Starling? — Pergunta Ray, querendo por ainda mais sal sobre minha ferida.

— Sou a nova oncologista. Estou me mudando para cá o mais rápido possível, assim eu fico mais próxima de minha família. — Laurel desvia seu olhar para o meu, lançando um sorriso arrebatador.

Que diabos Laurel está fazendo com a minha vida?

— Seja bem-vinda a Starling City. Acredito que não vai te faltar boas companhias por aqui... — Felicity com seu tom irônico, entrelaça seu braço no de Ray e continua. — Querido, vamos deixar o casal a sós, vejo que eles têm muito que conversar.

Felicity tem vários dons, mas o que consegue me deixar mais irritado é a sua capacidade de demonstrar indiferença mesmo se sentindo totalmente atacada. Ela tem uma força incrível que a faz se manter uma muralha ainda depois de ter sido bombardeada. E isso me machuca mais do que o beliscão que me deu, porque se antes eu havia derrotado alguns obstáculos que me afastavam dela, agora eles tinham sido construídos novamente.

— Você tem toda razão, vamos deixar os pombinhos a sós.

Sinto o olhar de Felicity ser quebrado ainda sobre os meus, revelando, desta vez, certa vulnerabilidade que eu havia conhecido um pouco na manhã anterior. O que faz meu coração se apertar só em pensar na possibilidade de perder uma confiança que ela depositara em mim tão naturalmente.

E assim, Felicity é levada por Ray até o bar mais próximo e eu faço questão de guia-los com meu olhar, gravando em minha mente o exato lugar em que ela está.

— Enfim sós!

Laurel se vira para mim, depositando suas mãos em meu maxilar, fazendo uma caricia sensual por ali. Logo, alcanço suas mãos as segurando.

— Muita coisa mudou... Eu mudei! — abaixo suas mãos e prontamente afasto nossos corpos, mantendo certa distância.

— O que está acontecendo com você? Sempre que vinha a Starling City a negócios passávamos a noite juntos e agora você simplesmente parece ter repulsa ao meu toque?

— Não é isso Laurel! Eu só não quero mais.

— Qual o nome dela?

Sua pergunta soa como uma acareação, e meus lábios parecem criar vida própria somente para gritar o nome de Felicity, mas os travo antes que cometam uma besteira.

— Não há ninguém.

— Claro que há alguém. Você nunca negou fogo, Ollie! Espera aí... — Laurel como uma leoa se aproxima de mim ficando ainda mais perto, avaliando-me, farejando-me, me fazendo dar um passo para trás assustado. — Você está apaixonado?

Salvo pelo gongo, Robert Queen aparece antes que eu possa dizer algo. — Posso roubar essa linda mulher por um instante, meu filho? Tenho alguns acionistas que também são da área hospitalar e estão interessados em saber mais sobre.

— Sinta-se a vontade, meu pai.

Solto de uma vez só o ar em meu peito, aliviado.

Que merda que está acontecendo comigo? Eu pareço um rato e não um homem.

Será a ruína de Oliver Queen?

Com toda a certeza é. Meu pau nem ser quer ameaçou subir com todas as carícias de Laurel, diferente do que parece acontecer com um simples aproximar de Felicity.

Isso está me deixando preocupado.

— Essa conversa ainda não terminou, farei você mudar de ideia. Você sabe que eu sei fazer.

Engulo a seco o ultimato de Laurel que assim que se afasta junto de meu pai, faz minha atenção voltar de novo para o salão agora mais repleto de pessoas a procura de Felicity. Me movo entre algumas pessoas a minha frente tentando chegar ao bar.

Olho para ambos os lados e finalmente consigo achar a única pessoa que eu gostaria de ter por perto esta noite, Felicity Smoak, que como sempre está a mulher mais linda de todo este lugar.

Ela veste, desta vez, um vestido de seda branco longo que se adequa perfeitamente às curvas de seu corpo pequeno. E para completar tem uma grande abertura em suas costas deixando sua pele delicada e dourada sendo exposta. Seus cabelos também de um dourado único estão soltos em cachos comportados. E para a minha sorte, pelo menos ainda o que me resta dela, ela está sozinha acompanhada somente de seu drink.

— Você me deixará marcas hoje.

Me aproximo de seu corpo. É inacreditável como eu me sinto confortável estando em sua presença, como se eu estivesse moldado a ela, como se formássemos uma peça só.

— Isso não foi nada. — ela não desvia a atenção de seu drink ainda sem ter sido tocado sobre o balcão. — Você é rápido.

— Felicity...

Minha mão a toca pela cintura, fazendo com que finalmente seu olhar venha a procura do meu.

— Você é tão cruel quanto Chase.

Sinto o gosto em minha boca se tornar amargo com sua comparação.

— Não diga isso, não me compare a esse idiota. O que te faz pensar que eu seja tão sujo quanto ele?

— Eu não tenho que te dar explicações, Oliver. Me deixa em paz!

Felicity está distante, todas as linhas de defesa que um dia criou contra mim e que consegui coloca-las todas no chão parecem voltar com força.

E eu sinto uma vontade de chorar, não consigo explicar isso, mas eu só gostaria de chorar como um bebê agora. Na verdade, eu pareço William quando não consegue o que quer.

É insuportável esse sentimento de perda. Perda? Nós só perdemos o que temos e será que eu tinha Felicity?

Não sei se a tinha, mas sei que ela me tem. Ela me tem desde que a vi naquele bar esperando por mim. Ela me tem quando expõem para mim a suas fraquezas, sua vulnerabilidade.

Ela me ganha fácil quando é comigo a Felicity sem barreiras, que esteja sem sua armadura fiel. Quando somente me mostra a mulher que é, determinada em me desafiar, a por tudo o que acredito a prova. A mulher que eu definitivamente faria que o mundo parasse de girar se esse fosse o seu pedido.

A garota que me faz querer gritar para tudo e todos que estejam presentes aqui nesse salão que eu consegui de volta a vontade de ter alguém por perto, uma vontade que eu havia pensado ter sido levada assim que perdi Samantha.

Felicity tem o poder de fazer com que meu coração se aperte pelo simples pensar em perdê-la mesmo ainda não sabendo se a tenho. E eu quero ter essa mulher em minha vida, quero realizar todos os seus sonhos, quero estar incluído neles.  

Se ela quiser ir do Oiapoque ao Chuí a pé, eu realizarei sua vontade.

Se ela quiser bombardear o estado islâmico, serei seu próprio homem bomba.

Se ela quiser o universo somente para ela eu a darei.

Porque eu a quero, eu só consigo querê-la e o fato de não saber se a tenho me destrói, pois eu torno a repetir, ela já me tem há muito tempo.

— Eu nunca mais te deixarei em paz, Felicity.

— Não venha com esse seu charme barato, você acha que eu não vi o quanto você e essa tal de Laurel Lance são íntimos? — ela se vira para mim e seu olhar permanece distante.

— Fomos, eu não vou mentir. Mas não temos mais nada há um tempo, meu pai a trouxe aqui sem que eu soubesse. Você precisa acreditar em mim!

— E por que eu acreditaria?

— Porque você quer acreditar. Você me quer da mesma forma que eu te quero e eu não sei o porquê de negarmos isso a todo o instante!

A boca de Felicity entreabre assim que finalizo minha frase, ela parece surpreendida com minha sinceridade e pela primeira vez essa noite consigo sentir ela se aproximando de mim novamente, resgatando o que sente por mim.

— Não sei se daríamos certo, isso é uma piada.

— Nos dá a chance de descobrirmos juntos.

Um sorriso sai de seus lindos lábios de um forte avermelhado. — Você é um completo idiota.

Aproximo meu rosto do seu e agora eu só consigo enxergar o azul fascinante de seus olhos que parecem querer me engolir.

— Venha, vamos sair daqui.

— Não podemos! Seu pai pediu que nós fizéssemos o agradecimento da noite, deixar ele na mão seria apontar uma arma para a nossa própria cabeça.

Ela ri enquanto a carrego para um canto mal iluminado do grande salão. Encosto seu corpo levemente contra a coluna que nos esconde das outras pessoas e agora sussurro como estivesse a contando um segredo.

— Meu pai sabe se virar, ele tem um de seus cachorros de guarda. Ray Palmer adoraria ser reverenciado por todas essas pessoas! Apenas venha comigo...

Deposito meus lábios em sua bochecha dando um leve beijo por ali. Felicity por sua vez, leva sua mão em meu rosto o prendendo em sua direção. Eu não consigo enxergar seus olhos como gostaria, mas suas pupilas estão tão dilatadas que sou capaz de me perder no seu escuro tão intenso.

Uhum.

Ela assente com um lindo sorriso em sua boca.

E é tudo o que eu precisava ouvir para tirá-la dali.

~~~

O homem pode ter muitos vícios em sua vida, que são capazes de serem os grandes responsáveis por destruírem tudo que foi construído com tanto esforço. Até um tempo eu não sabia se tinha algum desses meros vícios, mas agora com meus lábios colados nos de Felicity em um beijo cheio de desejo acabo de descobrir que meu vício é puramente seu gosto.

Ter sua boca na minha funciona como um alucinógeno.

Eu nunca me envolvi com drogas, mas acredito que as pessoas ao usufruírem de cocaína ou heroína chegam ao mesmo ápice que eu quando tenho minha língua percorrendo cada parte da boca de Felicity.

Ao fechar a porta de minha casa com um forte chute, Felicity agarra suas mãos em minha gravata me puxando sensualmente até o braço do sofá sentando sobre o mesmo, guiando meu corpo para que fique entre suas pernas agora livres do vestido que fica suspenso pelos seus movimentos.

Sua voz é rouca e um pouco quebrada à medida que tenta juntar as palavras fazendo com que elas tenham algum sentido. — Você está sozinho?

Minha cabeça sai da curvatura de seu pescoço e posso encontrar seus olhos. — Estive por muito tempo, não estou mais!

Felicity gargalha enquanto cola seus lábios longamente nos meus. — Eu digo... Estamos sozinhos aqui?

Faço um sinal positivo com a cabeça para Felicity à medida que a puxo para os meus braços a segurando pela base de sua bunda, e volto a caminhar até meu quarto. Felicity por sua vez entrelaça suas pernas ao redor de minha cintura enquanto volta a colar seus lábios nos meus em um beijo repleto de determinação.

Assim que me sento à beirada da cama, Felicity monta em meu colo como se estivesse em um touro mecânico, passando a se esfregar com malícia em meu pau que já se encontra latejante suplicando para que possa finalmente entrar em contato com a única mulher que o faz se sentir vivo novamente como nenhuma outra conseguiu fazer há tempos.

Estou sem ar, ela está sem ar, somos as bombas de oxigênio um do outro. Ela afasta seu rosto apenas centímetros do meu permanecendo com a ponta de sua língua riscando por toda a extensão de meu lábio inferior, provocando-me e eu estou querendo gozar apenas com sua selvagem fricção encima de mim. É brutal como essa mulher sabe comandar a situação, ela quem dita o ritmo de tudo, e eu quero mais, desta vez, mais do que nunca. Ela consegue ser tão gostosa que eu quero comê-la até que não consiga mais me mover, até que eu não tenha mais forças.

Mordo a ponta do queixo de Felicity fazendo com que sua cabeça caia para trás me dando ainda mais entrada. O que faz com que meus lábios sigam o caminho até seu pescoço onde deposito um grande chupão, e logo posso ouvir a resposta de Felicity por meio de um pequeno gemido, arrancando de mim um sorriso instantâneo com minha boca ainda na pele de seu pescoço.

Felicity leva suas mãos até meu paletó o empurrando para trás. Ela afasta nossas cabeças para ter mais espaço e com movimentos rápidos consegue desfazer minha gravata a jogando para um dos lados. Ela emite um grande sorriso assim que começa a abrir o primeiro botão de minha camisa social, e a cada botão aberto ela deposita um delicado beijo na pele de meu peitoral até onde sua boca consegue alcançar, e eu não consigo deixar que todas as células de meu corpo respondam a cada toque de seus lábios com um lento e profundo arrepio que me faz querer sair da órbita desse planeta.

Suas mãos voltam a afastar a camisa pelos meus braços, e para que seja mais rápido a ajudo. Agora as mãos de Felicity percorrem por todo meu peitoral até chegarem a meu abdômen tensionado por um misto de desejo misturado à excitação, e de imediato seus olhos procuram pelos meus que não param de acompanhar cada uma de suas ações.

— É inexplicável como...

Eu sei exatamente o que está prestes a sair da boca de Felicity, uma boca inchada e avermelhada pela intensidade de nossos beijos, lábios que têm o poder de marcarem não só cada lugar que percorrem, mas também minha alma. Mas antes que ela possa dizer qualquer coisa eu preciso ser mais rápido, eu preciso mostrar para ela mesmo que seja através de atitudes o quanto eu sinto o mesmo.

Antes que ela possa continuar com suas palavras, minha boca volta a cair sobre a dela, agora em um ritmo mais lento, podendo degustar cada centímetro da extensão dos seus lábios, rogando para que eu nunca me distancie mais de seu sabor. Então, minha língua desliza sobre a dela, e os movimentos de nossas cabeças encontram a sintonia, minhas mãos estão firmadas em seu quadril que se mexem mais de vagar.

Com as mesmas mãos, a suspendo trazendo-a para o meio de minha cama apoiando suas costas sobre o macio lençol, sem que nossas bocas se separem engatinho de volta até a abertura de suas pernas que voltam a me prender contra seu corpo, impedindo qualquer outro movimento que não seja uma forte fricção em seu sexo que eu posso sentir vibrar ao entrar em contato com meu pau rígido, mostrando-me o quanto está pronta para mim, o que faz Felicity voltar a se esfregar freneticamente em mim enquanto que emite grunhidos ainda trocando carícias com minha língua tão lentamente que poderia ser considerado pecaminoso.

Consigo ser mais forte do que minha vontade irracional de continuar com meus lábios nos seus, e rapidamente Felicity desfaz o nó de suas pernas ao redor de meu torço permitindo que eu erga meu corpo. Minhas mãos vão até a fivela de meu cinto abrindo-o e logo Felicity fica de joelhos para mim, caminhando com suas mãos até as minhas, tirando o restante do cinto junto de mim como um filme verdadeiramente erótico e neste exato momento não sou capaz de organizar nenhum raciocínio que faça sentido. Ela ergue ainda mais seu corpo aproximando sua boca novamente do meu pescoço o beijando, lambendo minha orelha, mordiscando meu maxilar.

Enquanto suas mãos adentram minha calça e cueca agarrando com propriedade meu membro que parece conhecer o toque único de Felicity que começa bombeá-lo, tirando-me ainda mais do eixo, não consigo segurar um rugido alto por ter finalmente um contato direto com sua pele quente.

Ficamos nos tocando por um tempo até que viro o corpo de Felicity para que o mesmo fique de costas para mim, e posso ouvir uma lamúria por ter atrapalhado sua brincadeira. Em um movimento não muito calculado e sem paciência acabo rasgando a seda de seu vestido ao subi-lo totalmente por toda grandiosidade das curvas de seu corpo deixando-a seminua apenas com uma calcinha também de seda do mesmo tom de seu vestido e eu estou anestesiado com a beleza de cada detalhe de seu corpo que conseguem fazer com que eu queira deixar meu rastro em cada pedacinho, e Felicity apenas vira seu rosto para mim com uma risada divertida, agarrando com seus braços, desta vez, livres do vestido a minha cabeça a aproximando novamente de seu pescoço, clamando pelos meus lábios.

Ao virá-la para que fique de frente para mim para que eu possa corresponder seu clamor, seus seios nus de imediato encostam-se a meu peito, e Deus, esse contato consegue ser ainda mais fantástico, quero dizer, eu não tenho outro adjetivo que esteja na altura da sensação que eu estou sentindo agora, tendo o peito de Felicity colado ao meu, permitindo que eu sinta as batidas de seu coração tão rápidas quanto as minhas em uma sincronia inexplicável. E eu só consigo sorrir ao encostar meus lábios novamente aos seus que também estão sorrindo talvez por estar sentindo o mesmo que eu, assim ela volta a me beijar tão lentamente, permitindo a nós dois se regozijar de cada emoção.

Sem urgência volto a deitar seu corpo de novo no centro da cama e no momento que tenho todo seu corpo inclinado, finalizo o contato leve e suave de nossos lábios, deixando-os deslizarem pela extensão do pescoço de Felicity até a extremidade superior de seu seio esquerdo onde permaneço por ali dando toda a atenção que ele merece, lambendo-o, mordiscando-o, sentindo-o ficar túrgido e quente com minhas investidas. Logo, posso sentir as mãos de Felicity agarrarem minha cabeça com certa vontade a forçando para que eu continue, à medida que vou para o outro seio com ainda mais vontade, ouvindo chiados para que eu não pare, arrancando uma risada de minha boca que, desta vez, permanece a descer passando por toda sua região abdominal que corresponde com lufadas profundas ao sentirem o calor que sai de minha respiração pesada contra sua pele, e que se tornam mais pesadas quando chego à base de sua lingerie.

Suas mãos que continuam em minha cabeça puxam meu cabelo com certa força assim que inicio movimentos de retirada de sua peça passando por suas pernas sem pressa alguma, fazendo com que meus olhos voltem a procurar pelas bilhas azuis que se encontram um pouco escuras pela falta de iluminação do ambiente e assim que nos encontramos como um imã meu corpo retorna até o seu, meu nariz procura pela ponta do seu num roçar vagaroso. A estatura pequena com relação a minha permite que a ponta dos dedos dos pés de Felicity consigam alcançar a base de minha cueca abaixando-a até passar pelas minhas pernas e ser retirada com meu auxílio.

Uma de minhas mãos tateia o criado mudo a minha esquerda, alcançando a gaveta. Logo que a abro com voracidade minha mão a adentra e para a minha surpresa não acho o que estou procurando, fazendo com que minha boca se afaste da de Felicity bruscamente, comprimo meus olhos segurando para que da minha boca não saia nenhum palavrão.

— O que foi?

Sua respiração está acelerada e a voz permanece quebradiça, seus olhos estão centrados nos meus parecendo me decifrar perfeitamente.

— Estou sem... Sem preservativos. Mas eu vou resolver esse problema como o The Flash, só me prometa não fugir desta cama, mocinha.

Antes que eu consiga afastar nossos corpos, sinto a mão de Felicity me prender, impedindo que eu vá a qualquer outro lugar.

— Não precisamos disso, Oliver... Eu quero você aqui e agora sem nada entre nós. Quero te sentir por completo.

Nesse exato momento eu estou paralisado por conta de cada palavra que acaba de sair da boca de Felicity. Eu não sei como responde-la, afinal de contas, depois de tudo o que aconteceu com Samantha, eu nunca mais transei com outra mulher sem preservativo porque na minha cabeça isso me mantinha protegido. E eu não estou me referindo apenas a uma doença sexualmente transmissível ou a uma gravidez indesejada, mas sim ao ato em si. Isso garantia que nada iria mais longe do que aquele momento, que seria estritamente impessoal e casual. Agora, ouvindo de Felicity que ela me quer como completo, parece muito mais do que um simples pedido, parece um presente que não está costumada a ceder a qualquer um e aquela sensação de querer chorar como uma criança está de volta, porque eu quero tanto quanto ela, quero aceitar esse presente e guardar em um lugar onde só eu possa ter acesso.

Ergo meu corpo para que fiquemos do mesmo tamanho e já sinto meu membro rígido roçar na base da virilha de Felicity que se mexe de baixo de mim, acomodando-se melhor. Meus olhos não ousam sair dos olhos dela como se pudéssemos nos comunicar por eles, e nesse momento, ela sorri ainda mais abertamente por parecer entender minha resposta ao seu pedido, fazendo com que sua cabeça se levante um pouco a procura da minha, aproximando a ponta de seu nariz do meu os esfregando lentamente enquanto minha mão direita eleva sua coxa, segurando-a no alto para que eu possa executar os movimentos mais rapidamente entre suas pernas.

E sem ao menos avisá-la, afasto meu torso um pouco para trás e ainda vidrado em seu olhar e sorriso bobo ainda em seus lábios, surpreendo-a com a primeira investida até seu limite permanecendo até ele por alguns segundos. Agora, posso fitar a boca de Felicity entreabrir quase que por completo sem que saia nenhum som audível da mesma, acompanhado de um revirar de olhos que torna tudo ainda mais perfeito. Não, eu não consigo explicar o quanto nosso contato inteiramente sem barreiras deixa tudo mais quente como o inferno, ela me aperta impedindo que eu faça qualquer outro movimento, e como essa mulher está uma piscina deixando com que eu possa deslizar mesmo que ela ainda não permita que eu me mova, começando a mexer cuidadosamente seu quadril por conta própria, obrigando-me a deixar com que minha cabeça caia para trás e que de minha boca saia um gemido abafado ocupando o cômodo em que estamos.

Cravo as unhas com certa grosseria na pele quente da coxa de Felicity que balança de vagar juntamente ao seu movimento do quadril, como se ela determinasse um ritmo único às investidas, e ela grita divertidamente ao sentir minhas unhas queimar suas pernas, o que me faz travar seus movimentos com o quadril e começar os meus próprios, agora tão rápidos que eu não consigo distinguir o momento em que meu membro ereto como uma pedra e molhado sai e entra de Felicity que o aperta contra si assim que sente alcançar seu topo.

Sua voz consegue sair entre gemidos pesados ao pé do meu ouvido. — Não pare!

— Peça mais alto!

— Oliver, por favor, só não pare!

Sua suplica consegue deixar tudo mais erótico, e quando vejo, uma de minhas mãos chega às costas de metal da king Box para que eu tenha mais força para ir e voltar entre as pernas Felicity, onde seu suor se mistura com o meu. Aumento as estocadas até mesmo um pouco selvagemente e eu só sou capaz de ouvir palavras sem sentido saindo de sua boca mescladas a seus gemidos, à medida que suas mãos em minhas costas também me proporcionam marcas profundas e ardentes, deixando vestígios.

Felicity une toda sua força contra mim, conseguindo que mudemos a posição, e agora ela está por cima de mim, com seus seios túrgidos e molhados pelo seu suor quente roçando em meu peito endurecido. Ela leva cada uma de suas mãos até as minhas, prendendo-as em sinal de rendição em cada extremidade da cama, entrelaçando seus dedos ao mesmo assim que inicia um rebolar encima de mim que eu faria de tudo para que não acabasse comigo tão rapidamente. Felicity arqueia um pouco seu corpo por sobre o meu para que consiga montar em mim com mais voracidade, e seus olhos permanecem mergulhados nos meus, um azul um pouco escurecido pelas luzes baixas e uma pupila tão dilatada que expõe sua total negritude.

Solto nossas mãos em segundos, erguendo meu corpo deixando com que Felicity se acomode melhor ainda encima de mim com a mesma velocidade de movimentos, desta vez, com suas pernas ao redor de minha cintura. Sinto os fios de seus cabelos úmidos colados na superfície de seu pescoço ao encostar meu rosto na curvatura do mesmo, voltando a sentir seu cheiro floral conhecido. Ela leva suas mãos em meu maxilar puxando-o para ela num sussurro tão baixo que poderia se tornar uma confidência.

— Me faça chegar lá, estou quase chegando...

— Vamos chegar juntos. — roço nossos lábios inchados um do outro.

Minhas mãos ainda em sua cintura começa a guia-la ditando o ritmo da penetração, posso sentir cada centímetro das paredes molhadas do sexo de Felicity se apertarem ainda mais em meu membro duro a cada estocada. Sua cabeça está para trás e seus olhos estão fechados comprimidos, suas mãos estão em meus cabelos curtos e bem cortados os puxando com determinação. Minha boca está em seu pescoço, nos lóbulos de suas orelhas, em sua nuca, está em todo lugar.

Até que seu quadril para bruscamente sobre mim, a cabeça de Felicity se levanta, abrindo os olhos e os levando até os meus, ela está contraída por inteira, estática, e em um misto de sensações ela solta tudo de si juntamente com um grito que teria o poder de derrubar as quatro paredes que está ao nosso redor, demonstrando que chegou ao seu máximo. Ela ergue seu corpo até que consiga que meu pau chegue a sair por completo de seu interior e de uma vez só volta a se sentar com força, e ela continua fazendo isso várias vezes, rápido, intenso, voraz, frenético até que em uma explosão alcanço o mesmo ápice que Felicity que ao sentir meu líquido para de se mexer sobre mim, aproveitando o momento, esfregando-se enquanto eu respiro ofegante, absorvendo tudo o que estou sentindo ainda dentro dela.

Chega de mentir para mim mesmo, agora ainda olhando nos mais profundos olhos da mulher que está em minha frente, eu concluo que estou mais do que apaixonado por ela, e eu não consigo não deixar que esse sentimento grite por cada extensão de meu corpo. Eu não faço ideia se ela sente o mesmo que eu, algo tão grande e avassalador, mas eu sinto! Mesmo que o medo me faça omitir isso para mim, eu sinto, estou sentindo agora, e como é bom amar novamente.

Agora estamos aqui ainda tentando restaurar nossas respirações ofegantes. O corpo de Felicity está sobre o meu, suas pernas entrelaçada as minhas, a maçã de sua bochecha apoiada em meu peitoral, repousando. Seus seios colados também em meu corpo, e eu posso sentir os compassos de seu coração desacelerando lentamente, entrando em sintonia com as batidas do meu. Beijo a base se sua cabeça, à medida que a puxo mais para mim, deixando-nos ainda mais próximos um do outro. Eu não vou mentir que há anos eu não fazia isso por ser tão íntimo, porque a verdade é que nada passava puramente de sexo, mas com Felicity aqui comigo me faz querer viver cada sensação que queira compartilhar comigo, fazendo-me seu refém.

— Posso te fazer algumas perguntas?

Com movimentos por de baixo do lençol fino que cobre nossos corpos, permaneço com as pontas dos dedos em uma carícia lenta de cima para baixo na superfície de suas costas nuas.

— Isso seria um interrogatório pós-sexo? — ela sorri levantando seu rosto para mim.

— Digamos que sim...

— Se eu puder respondê-las, sinta-se a vontade. — sua mão se eleva e repousa sobre meu peitoral.

— O que a fez ceder meu pedido hoje?

O poderoso chefão não está esperando uma resposta como “Não poderia negar uma excelente noite de sexo com Oliver Queen.”?

Uma gargalhada gostosa surge de nossos lábios.

— Há outra resposta a não ser essa? Desconheço! — a aperto contra mim. — Espera aí... Então é verdade que me chama de Poderoso chefão?

— Acaba de descobrir um de meus maiores segredos. — ironiza. — Mas respondendo a sua pergunta... Eu não sei explicar como eu não consigo impedir que meu corpo responda por mim, é involuntário.

Ela roça sensualmente a ponta de seu queixo na borda de minha clavícula e seus olhos permanecem presos aos meus.

— Ou talvez você saiba explicar sim...

— É eu sei...

Felicity ergue seu corpo um pouco mais e com um sorriso aberto e exalando brilho, toca meus lábios em uma carícia sincera, assim que me preparo para correspondê-la por me dizer o que eu tanto gostaria de ouvir, exatamente o mesmo que eu estou sentindo agora o telefone de minha casa sobre o criado muda começa a tocar exasperadamente.

Inferno.

Felicity afasta seus lábios dos meus em um sussurro. — Você não vai atender?

Seguro seu rosto delicadamente ao meu respondendo a seu sussurro. — Não há nada que me faça me afastar de você agora.

— Pode ser algo importante, notícias ruins sempre chegam em horas como essas. — ela ri entre meus lábios.

— Notícias ruins não chegarão aos pés de o quão ruim será se eu dividir minha atenção de você com esse telefonema.

O telefone permanece tocando inúmeras vezes, até que sua chamada é enviada para secretária eletrônica que está no automático e de imediato sua mensagem é emitida.

Oliver meu amigo a boate Verdant está definitivamente o céu hoje! Seu telefone está desligado e se você não estiver morto ou com sua loirinha o que eu aposto que não... Venha para cá, aqui tem o que quiser! — a voz de Tommy é alta tentando superar a musica alta e às vozes das pessoas ao redor.

Me dê isso aqui seu bobo. — Caitlin parece pegar o celular da mão de Tommy. — Chefinho, você precisa voltar a se divertir mais com seus amigos! Ah, tem uma pessoa que sentiu sua falta.

Ollie... Senti sua falta pelo salão, você sumiu! Mas a marca dos seus lábios ainda permanecem nos meus, hoje mais cedo eu vi que podemos começar algo novo. Venha para Verdant, encontre comigo precisamos conversar.

E agora está decretado, a merda acaba de ser arremessada no ventilador, mas antes que eu sofra outro golpe súbito por minha secretária eletrônica, alcanço-a desligando.

Antes que eu possa iniciar uma explicação plausível, Felicity já se levantou e está caçando cada peça sua de roupa espalhada pelo chão de meu quarto, em seu rosto eu vejo uma indiferença forçada, e isso é desesperador me fazendo levantar para impedi-la.

— Felicity venha cá, eu vou te explicar o que aconteceu e não é nada o que você está montando em sua cabeça.

— Não é nada Oliver? — ela procura por seu outro par do seu salto alto. — Então beijar Laurel não é absolutamente nada para você?

— Sim. Quero dizer, não. Meu Deus, não significou nada. — a seguro pelo braço.

— Você é um mentiroso, e mente tão bem que eu ainda não consigo enxergar nos seus olhos o quanto esconde de mim. — ela veste rapidamente seu vestido com certa dificuldade, e agora, sua voz está embargada como quem está segurando um choro, e se ela chorar eu não vou impedir que eu a acompanhe.

— Não consegue enxergar porque eu não estou mentindo. Por favor, tente me ouvir. O sonho do meu pai é ver algo entre mim e Laurel, tentamos em um passado distante, mas não deu em absolutamente nada! Depois que descobri isso não tivemos mais nada e hoje ela aparece repentinamente no salão de festas e sem que eu pudesse esperar me rouba um beijo.

— Rouba um beijo? Que pena, me parece que você foi molestado então?

Fe-li-ci-ty. — bufo frustrado. — Eu poderia ficar com ela sim, mas nenhuma outra mulher vai conseguir mexer comigo como você consegue. Nenhuma outra teria esse cheiro floral que faz parte de mim. Os lábios... Seus lábios estão marcados aos meus e outros não teriam o mesmo poder.

— Por que eu insisto em acreditar em cada mísera palavra que sai de sua boca?

— Porque são as mais sinceras que um dia eu disse a alguém. — agarro sua cintura delicadamente, unindo nossos corpos mais uma vez, e uma lágrima insiste em cair pelo rosto de Felicity, isso alfineta meu peito tão fortemente que me faz desabar em uma lágrima tímida. — Por favor, fique essa noite comigo?

— Você promete que não está me enganando? Porque eu já estou tão envolvida que não conseguiria suportar qualquer troca.

Sua mão deposita em meu rosto um carinho, e agora mais lágrimas escorregam pelas maçãs coradas das bochechas de Felicity que não parece se importar por estar expondo sua vulnerabilidade.

— Não preciso prometer nada, você sabe que não estou mentindo. Eu não vou mentir para você.

— Eu te odeio.

Ela soca levemente meu peito enquanto que aproxima seus lábios aos meus com um beijo rápido.

— Sabe que o ódio e o amor caminham juntos, não é?

Felicity morde meu lábio inferior ao mesmo tempo em que faz um sinal positivo com sua cabeça entre uma risada gostosa.

Com movimentos rasteiros, retiro seu vestido novamente voltando a ficarmos nus, e com passos lentos e mesclados a risadas a levo de volta para cama onde começamos tudo novamente, com a ainda mais intensidade.

~~~

Um pigarreio sai de Felicity apoiada á coluna da porta. — Senti sua falta na cama... Ah, peguei essa blusa emprestada, espero que não se importe.

— A blusa do Blue Jays nunca mais será a mesma. — acordo de meu transe.

— O que te fez vir para cá? Está frio!

Ela observa com cuidado cada parte da varanda em que me encontro sentado em uma poltrona aconchegante coberto por um cobertor. Mesmo que eu esteja com minha conhecida calça de moletom, o frio ainda consegue me arrancar arrepios, mas nada que um cobertor não resolva.

— Precisava pensar um pouco, fiquei com medo de atrapalhar seu sono.

— Atrapalhou quando descobri que não estava por perto.

Felicity mexe eu seu cabelo um pouco bagunçado, deixando as madeixas loiras agora arrumadas, caindo sobre seus ombros.

— Desculpe por isso... — levanto o edredom para que ela venha acomodar seu corpo ao meu. — Espero que não tenha nenhuma nota de cem em minha cama quando eu voltar.

Uma risada volta a surgir em seus lábios enquanto ela senta seu corpo por sobre o meu, moldando-se a mim. E como isso é bom, como é bom tê-la tão perto, é confortante.

— Você vai me dizer o que estava pensando?

Suas mãos massageiam meu peitoral e sua boca passeia pela minha barba mal feita.

— Eu nunca trouxe outra mulher aqui desde que...

— Desde que Samantha se foi?

— Sim. Eu acho que minha casa é o meu refúgio, onde eu posso encontrar todas as noites meu filho esperando para que eu cante sua música predileta antes de dormir. Trazer mulheres para cá parecia manchar a memória de Samantha, era tudo tão impessoal que eu sentia como se fosse um crime ultrapassar essa barreira que eu mesmo havia imposto.

Estou atônito, as palavras deslizam pelos meus lábios como quase sussurros.

— Oliver... Você quer que eu vá embora? Eu não vou me importar.

A voz de Felicity não transmite raiva pelo que eu acabei de dizer, ela parece entender exatamente o que eu esteja sentindo.

— Eu vou! Não quero que vá a lugar algum... Eu só precisava pensar no limite que eu estou ultrapassando a tendo aqui comigo. — suspiro longamente até que volto a procurar por seus olhos que não saíram de mim nem por um segundo. — Você acredita que uma pessoa possa recomeçar?

— Claro... Recomeçar é uma segunda chance. Todos nós passamos por problemas, Oliver! Se dar uma segunda chance é o que nos faz mais fortes. — a base de seu dedo indicador volta a riscar meu rosto em mais uma carícia.

— Você é o meu recomeço.

— Eu te... — um silêncio perdura assim que Felicity trava o que está prestes a sair de sua boca, o que faz meu coração pular alguns compassos e se tornar acelerado com o que possa ser dito. — Eu te acho um homem maravilhoso.

Eu também.

E eu a respondo, mas não ao que ela acaba de dizer para omitir o que realmente sairia de sua boca. Sim, Felicity também é uma mulher maravilhosa, mas eu concordo com o que ela parece ter tido medo de dizer tão precocemente, eu compreendo exatamente o que está sentindo porque eu estou sentindo o mesmo. Talvez seja muito cedo para dizermos um ao outro o tamanho do que sentimos, porém eu sinto o mesmo e ela sabe disso.

Nossas ações gritam um para o outro o que sentimos.

O cuidado que temos um com o outro diz por si só.

E as três palavras sairão de nossas bocas no momento certo.

Porque isso é muito mais do que uma paixão. Sim, há paixão entre nós, uma paixão quente que nos faz querer inundar um ao outro apenas por simples contatos de nossas peles.

Por outro lado, há muito mais do que isso. Existe amor.

E esse amor é algo muito maior do que palavras.

É um amor que sente a necessidade de ser mais sentido do que dito.

E quando dissermos um para o outro teremos a certeza que nos temos por completo.  


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Notas finais do capítulo

Vocês gostaram? Eu amei escrever esse capítulo, acredito que é o mais profundo de todos os outros. E mais uma vez, spoiller, haverá uma mudança brusca após o sétimo capítulo que está a caminho, e vocês precisarão ser fortes.

Por incrível que pareça esse capítulo tem alguns indícios do que possa estar vindo pela frente, diz muita coisa na verdade! Vocês teriam ideia do que eu estou falando?

ESPERO VOCÊS NOS COMENTÁRIOS, OK? MUHAHAHAHA ♥♥♥



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