It's All About Timing escrita por Nonni


Capítulo 6
Mother.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Hoje eu venho com uma nova OS cheia de amor e Roland e Regina. Espero que gostem!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/737798/chapter/6

Perambulando pelas ruas de Storybrooke, o menino de 10 anos pensava que talvez se metera em uma baita confusão ao não esperar o ônibus escolar. Claro que havia uma motivo para isso, mas ele sabia que sua mãe ficaria brava igual. Ele torcia para que ela nunca descobrisse.

Roland respirou fundo, chutando uma pequena pedra que estava no seu caminho. Do outro lado da rua um homem andava ao lado de um menininho, os dois rindo, alegres. Porém tudo que Roland sentira ao observar aquela imagem era tristeza. Porque não tinha mais seu pai. E como sentia falta dele, demais. Queria poder voltar ao tempo em que Robin passava os dias se dedicando ao filho, em que eles brincavam e Robin o ensinava coisas da floresta. O menino o queria de volta. Mesmo depois de tantos anos, a ferida doía nele e também em Regina. A mulher nunca mais fora a mesma, embora tivesse se acostumado a viver com a dor da ausência de Robin, Roland conhecia a mãe e sabia que a mesma sentia tanta falta de Robin quanto ele.

Piscando os olhinhos castanhos para afastar as lágrimas, o menino seguiu seu caminho.

"Nas pontas dos pés Roland entrou no quarto de Regina. Os olhinhos tomados pelas lágrimas fizeram a morena levantar as sobrancelhas, preocupada.

O que houve, Roland? – perguntou.

Sonhei com o papa, Gina.   o garotinho contou, a voz embargada.

Ah, Roland! a mulher soltou, entendendo tudo. Vem cá, querido.   a morena chamou, e Roland foi até a cama sem pestanejar, acolhido nos braços de Regina. Faziam algumas semanas que Robin havia morrido e a dor da perda ainda estava ali, presente na vida dos dois. Regina sentia falta de seu amado e Roland de seu pai. A morena não quis se afastar do pequeno, de forma que agora ele morava junto com ela. Às vezes ficava com os homens alegres, mas sempre voltava para Regina. Ele amava a morena.

Ele tava brincando comigo, Gina. Mas aí eu acordei e vi que foi tudo um sonho, porque o papai não tá mais aqui comigo. contou Roland, fazendo Regina soltar um suspiro. Ela sentia o coração se apertar ao ver a criança sofrendo desse jeito.

Quem disse que ele não está aqui, Roland? Seu papa vai sempre estar aqui ela começou, colocando a mão no coração do menino E aqui. levando a mão a cabeça dele. Temos sempre que lembrar dele com muito amor, assim ele sempre estará presente.

Mas não de verdade... Roland constatou.

  De verdade sim. Nós só precisamos fechar os olhos e sentir. ela disse, depositando um pequeno beijo naqueles cachos castanhos. Conforme fazia cafuné e ia acalmando o menino, o mesmo ia demonstrando sinais de sono, e não demorou para dormir no colo de sua madrasta. "

O menino sorriu com a lembrança, se sentido muito sortudo por ter Regina em sua vida. Entrando na delegacia, o garoto foi até Emma, que estava concentrada em uns papéis.

— Ei, Roland, o que você está fazendo aqui? E sozinho? – ela perguntou, achando estranho.

— Emma, eu preciso da sua ajuda. – o garoto foi direto ao ponto, falando todo o seu plano.

— Você quer minha ajuda para dar entrada nos papéis, é isso? – a loira perguntou depois de ter ouvido tudo o que o menino tinha a falar.

— Sim. – ele concordou

— Mas Roland, isso custa dinheiro.

— Eu sei, eu tenho. – Roland respondeu, tirando do bolso da mochila todas as suas economias.

— Você tem certeza? – a loira perguntou, uma última vez.

— Sim. – Roland respondeu, sem hesitar. – Minha mãe não pode saber de nada.

— Então está certo, pode contar comigo. – a loira sorriu, e Roland sorriu também, feliz por ver seu plano saindo do papel.

***

"Os saltos da prefeita batiam contra o corredor da escola num som que chamava a atenção de quem estava perto. A ligação inesperada da escola falando que havia algo errado com Roland a deixou inquieta. Com uma expressão preocupada no rosto a prefeita bateu na sala da direção, que não demorou a abrir. Logo que aberta a porta a prefeita conseguiu avistar a figura de Roland sentado numa cadeira em frente a mesa. O garoto assim que a viu, não pediu permissão, apenas seguiu até ela, os olhinhos vermelhos pelo choro. A morena o pegou no colo, passando a mão em todo o corpinho dele, de uma forma materna e preocupada.

O que foi, querido? ela perguntou, o que fez o garotinho se agarrar mais a ela. 

Ele está assim desde que voltou do recreio. Não disse o que estava acontecendo, não nos responde. Achamos melhor lhe chamar. a diretora explicou ao ver o olhar de interrogação no rosto da morena.

Concordando com a cabeça, a morena agradeceu e depois de pegar a mochila do pequeno, saiu da escola com ele em seus braços. Ela sabia que havia algo de muito errado com Roland, já que era difícil a criança ficar dessa forma. Apesar de tudo, Roland era uma criança totalmente obediente e querida, não causava trabalho e raramente Regina precisava chamar sua atenção. O fato dele estar a ignorando agora a fazia ficar bastante preocupada.

Regina esperou pacientemente até a hora de colocá-lo na cama, e de uma forma muito calma começou a questionar qual era o problema.

Você gostou do jantar? ela perguntou, deitando-se ao lado dele, debaixo das cobertas.

Uhum. ele respondeu, baixinho.

E você já fez a lição? ela perguntou, novamente. Regina tinha quase certeza que o problema não era com ela, já que o garoto a respondia, mesmo com poucas palavras, e não saíra de perto dela desde que chegaram em casa.

Não. Eu não vou fazer. ele falou, mais baixinho ainda. Regina levantou a sobrancelha, intrigada, mas com a voz calma perguntou:

Posso saber por que não vai fazer? a resposta que teve foi o silêncio Roland? chamou.

Eu não tenho como fazer, Gina.

Como não? Você precisa de ajuda? ela perguntou, tentando olhar nos olhos dele. O garoto apenas negou com a cabeça. — Roland, o que houve? Você sabe que pode falar tudo pra mim.

A morena viu perfeitamente quando os olhos do pequeno se encheram de lágrimas, e quase se arrependeu de ter tocado no assunto, mas ela precisava saber o que estava acontecendo.

A professora deu uma lição diferente hoje, Gina. Ela disse que a gente devia desenhar a nossa família. Então tocou o sinal para o recreio e eu tava andando de balanço quando vieram dois meninos, e me disseram que eu não poderia fazer a lição... porque eu não tinha família pra desenhar. o menino contou tudo de uma vez, a voz embargando no final. Regina ficou muda por algum tempo, sem resposta, perplexa com a crueldade que cometeram com o seu menino. Ao mesmo tempo seu sangue ferveu, quem ousava mexer com Roland e o deixar triste daquele jeito?

Roland, você sabe que esses meninos estão completamente errados... ela começou, a mão fazendo cafuné nos cachos de Roland. Eu sei que você queria que seu pai ainda estivesse junto com a gente, e acredite em mim, eu faria qualquer coisa para que ele estivesse, mas ele resolveu que agora quer cuidar de você lá de cima, meu amor, junto com a sua mamãe. E sabe por que ele foi tranquilo? ela perguntou.

Por que, Gina?

Porquê ele sabia que iria deixar você aqui comigo, com o Henry, com os homens alegres. Nós somos a sua família querido. E é isso que você vai desenhar. ela explicou.

Eu queria o papai de volta, Gina.

Eu também, querido, eu também. ela sussurrou.

Quando o menino se levantou da cama e seguiu até a mochila, Regina sorriu ao ver que ele tirou os lápis e um papel, depois voltou para a cama. A morena sabia que ali não era lugar de fazer a lição, e sabia que em qualquer outro momento ela chamaria a atenção dele para aquilo, mas por enquanto, naquele instante, ela o deixou acomodar-se ao seu lado e começar o desenho. Porque ela amava quando ele estava bem. Ela amava quando ele ficava animado ao desenhar uma coisa nova e mostrar pra ela. Ela simplesmente amava passar o tempo com Roland.

 No dia seguinte, quando o deixou na escola, o menino a puxou para perto de dois meninos da idade dele e falou, com o peito estufado, cheio de orgulho.

Essa é minha mãe. O nome dela é Regina. E ela é parte da minha família."

 Havia demorado um pouco, mas felizmente depois de um mês, Roland havia conseguido os papéis que queria. Ele estava sentando nos degraus da porta da mansão, esperando Regina ficar pronta. Eles tinham um jantar nos  Charmings naquele dia, mas Roland não queria mais esperar. O garoto se sentia ansioso mas também apreensivo. A mãe notara isso, e ele tentava assegurar a ela que estava bem. Mas havia chegado o dia em que ele revelaria o que estava fazendo e, na verdade, estava morrendo de medo da reação dela. Foi despertado de seus pensamentos pelo salto batendo contra a madeira da escada.

— Roland, você já está pronto? Sabe que Mary odeia atra... - a mulher que descia as escadas parou de falar assim que viu o filho sentando na escada da entrada com alguns papéis em mão. - O que é isso? – perguntou, franzindo o cenho.

“Robin tentava segurar o garotinho que corria em disparada para dentro da prefeitura. Mesmo que o chamasse, o garotinho não parava, correndo ainda mais rápido, dando gargalhadas.

Tinker, que estava há algum tempo ajudando Regina na prefeitura, franziu a sobrancelha ao ver o pequeno furacão passando por sua mesa direto, gritando apenas um “Oi Tinker!” antes de entrar na sala de Regina, sem bater.

A morena estava concentrada nos papeis, mas quando ouviu a voz eufórica de Roland não conseguiu evitar que um sorriso nascesse em seus lábios. Ela levantou-se da cadeira, indo de encontro ao garotinho, que logo pulou no colo dela, abraçando-a forte.

Ginaaaa! Eu morri de saudades. – ele disse, fazendo a morena sorrir.

Eu também querido. – ela respondeu, beijando-o na bochecha. Roland colocou uma mão em cada lado da bochecha de Regina, os olhinhos brilhando.

Você tá linda hoje. – elogiou, e o sorriso de Regina aumentou.

Obrigada, meu amor! – ela falou, enchendo-o de beijos. O menino gargalhava e foi nesse momento que Robin adentrou o escritório, o coração explodindo de felicidade ao ver a cena. A mulher que amava com o bem mais precioso dele nos braços. Não demorou para que o olhar de Regina encontrasse os oceanos azuis, e Robin seguiu até ela, colocando a mão na sua cintura e depositando um delicado beijo em sua testa.

Acho que alguém está precisando limpar os ouvidos. – Robin olhou para Roland com um olhar de repreensão. Oi. – o arqueiro disse para Regina.

Oi, thief. – a morena respondeu, sorrindo.

Desculpa, papa... – Roland respondeu, ficando momentaneamente cabisbaixo, ele escorou a cabeça no peito da Regina e sussurrou: Eu tava com saudades da Gina.

A prefeita sentiu seu coração derreter com a fala do garoto, e o apertou mais contra ela, beijando-lhe o topo da cabeça.

O que nós não fazemos quando estamos com saudades, hein? – ela começou, olhando para Robin. – Não brigue com ele, Roland não correrá mais, não é, querido? Sabe que pode se machucar se o fizer. Muita calma, eu não vou a lugar algum, nunca. – ela disse pra ele, e o garotinho levantou o olhar para ela, que agora o encarava também.

Não vou mais correr, prometo. – ele disse, sorrindo para ela e para o pai. – Nós podemos ir? Estou com fome.

Acho que Regina ainda está ocupada, Roland, vamos esperar ela um pouquinho. – o loiro respondeu, enquanto a mão passava de leve num vai e vem nas costas de Regina, em busca de algum contato. Roland não era o único que sentia saudades da prefeita.

De jeito nenhum!  Aqueles documentos chatos podem esperar... – falou Regina, largando Roland no chão, e indo pegar a bolsa em cima da mesa. Roland correu para fora do escritório, e Robin suspirou, fazendo Regina sorrir.

Não se estresse, ele só está animado. – ela disse, se aproximando dele, acariciando a barba por fazer com uma mão.

Eu sei... – ele respondeu, anuindo com a cabeça.  

Vamos, não queremos perdê-lo de vista. – ela falou, mas antes que se afastasse, Robin a puxou pela mão, e juntou seus lábios. O beijo não se prolongou muito, mas conseguiu fazer um sorriso bobo brotar dos lábios da morena.

Eu senti saudades. – Robin falou.

Eu também. – ela respondeu, plantando um selinho nos lábios do amado e puxando-o para fora do escritório, onde Roland os esperava impaciente, a barriga roncando.”

— Eu tenho uma coisa para falar. Para pedir, na verdade. – Roland começou, quando Regina terminou de descer as escadas, se aproximando dele. – Você sabe que é muito importante na minha vida, Gina. Desde que o papa morreu, você cuidou de mim e me acolheu, me dando amor e tentando sempre me manter pra cima. Quando eu ficava arrasado, você estava lá por mim. Você cuidou de mim todas as vezes que eu fiquei doente ou me machuquei. Você não deixou que nada me faltasse. E você me fez rir, inúmeras vezes. Foi você quem viu minhas apresentações da escola, foi com você que eu montei todas as árvores de natal. Foi você que me ajudou a aprender a ler e a escrever. E embora eu sinta saudades do papa todos os dias, eu sou muito grato por ter você para cuidar de mim. E você não precisava ter feito nada disso, mas fez. E eu acho que nunca terei como agradecer por tudo isso.

— Roland... – Regina interrompeu, já com as lágrimas pinicando seus olhos.

— Eu sei que já sou um Mills de coração, mas eu gostaria de ser um Mills no papel também. Gostaria de ser seu filho oficialmente, Gina. – o garotinho disse, estendendo o envelope com os documentos para Regina. Com os olhos cheios de lágrimas, Regina pegou o papel e abraçou Roland fortemente.

— Mas é claro, querido. Com o maior prazer do mundo. – ela sussurrou, enquanto beijava-o na testa. – Eu amo você, filho. – ela disse.

— E eu amo você, mãe. – Roland respondeu, abraçando-a de novo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Muito amor por esses dois, vontade de por num potinho.
Um beijão, e até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "It's All About Timing" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.