It's All About Timing escrita por Nonni


Capítulo 16
Try.


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!
Finalmente consegui terminar uma OS e não vejo a hora de vocês lerem.
Nessa OS temos Roland pedindo um irmãozinho a Regina e Robin.
Boa leitura!



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Delicados beijos eram depositados calmamente no pescoço de Regina. Devagar, os olhos foram se abrindo para o novo dia que amanhecia em Storybrooke. Robin sorriu para ela, os olhos azuis tão sonolentos quanto os castanhos. A noite passada não tinha sido de muito sono.

— É uma delícia acordar assim. – Regina disse, fechando os olhos novamente, enterrando-se nos braços de Robin e recusando-se a pensar em levantar.

— Bem, se depender de mim, você vai acordar assim muitas vezes. – ele respondeu, fazendo a prefeita sorrir, e perdendo-se naquele sorriso.

— Se eu me lembro bem, é o seu dia de fazer o café. – Regina falou, abrindo os olhos depois de alguns minutos em silêncio. Ela encarou Robin e levou as mãos até a barba por fazer do loiro, acariciando-a levemente.

— É mesmo. Algum pedido especial da minha rainha? – Robin perguntou.

— Surpreenda-me. – ela piscou, fazendo uma risada sair dos lábios dele. – Você pode deixar pronto o meu café? – perguntou.

— Como de costume?

— Como de costume. – Regina confirmou, e antes de sair da cama para seguir até o banheiro, Robin beijou-lhe os lábios, e quando o quarto estava vazio, a morena cochilou de novo, afinal, a noite havia sido realmente longa.

*-*

Depois de fazer as panquecas e as torradas, e ter arrumado a mesa com pães, suco e frutas, Robin estava terminando o café quando Henry e Roland desceram e se sentaram a mesa. Dignos de dois serezinhos em fase de crescimento, eles estavam devorando a comida antes mesmo que Regina se juntasse a eles. A morena desceu a escada trajando um vestido azul, um dos favoritos de Robin. Por causa do frio, ela usava um blazer por cima e bota de cano alto. Robin não conseguiu evitar que o suspiro de admiração lhe saísse dos lábios. Ela sempre seria deslumbrante.

Quando sentou à mesa, Regina se serviu de uma panqueca e suco, e logo os quatro estavam conversando alegremente. Ela percebia os olhares do namorado em sua direção, e não podia deixar de sorrir. Regina adorava o efeito que tinha sobre ele.

— Papa, Gina... – Roland chamou a atenção dos dois.

— Fale, filho. – Robin respondeu.

— Eu e Henry poderíamos ter um irmãozinho? Como o bebê de Emma e Killian? – Roland perguntou, inocentemente, encarando os dois adultos que congelaram em sua frente.

Regina na mesma hora sentiu os ombros ficarem tensos, e sua fome desapareceu junto. A comida que tinha ingerido embrulhou, e ela teve que respirar fundo. Seu cérebro tentava formular uma frase para falar para o menino, mas sua boca estava seca e ela não conseguia formular nada. Fora um pedido inocente, típico de Roland, uma criança que amava brincar e ter companhia, Regina sabia disso. Mas lá no fundo de seu coração, tocou numa ferida que ela estava tentando cicatrizar.

— É complicado, querido. – Robin respondeu, sendo o primeiro dos dois a voltar a si.

— Complicado porque ele tem que ser encomendado, papa? – o menino perguntou de novo, e Robin se perguntou de onde ele havia tirado aquilo. De qualquer forma, ele viu quando os olhos de Regina se encheram de lágrimas, e seu coração se apertou.

— Sim filho, justamente por isso. – ele respondeu. O garotinho tombou a cabeça para o lado, pensando.

— Vocês poderiam encomendar um? – perguntou, sem perceber a tensão que havia se instalado na mesa. Henry, que era maior e entendia as coisas, resolveu escolher aquela hora para levantar-se e pegar a mochila.

— Vamos, Roland, se não iremos nos atrasar. – falou, colocando a mochila sob os ombros e seguindo até a porta. Roland terminou de tomar o suco que tinha em seu copo, e depois seguiu até Regina, dando-lhe um beijo na bochecha. Apesar do estado de torpor, Regina sorriu para ele, desejando-lhe um bom dia na escola. Depois foi a vez de Robin receber um abraço.

— Você promete pensar no caso, papa? – pediu, antes de pegar a mochila.

— Prometo. – Robin respondeu, e Roland saiu, pegando na mão de Henry e seguindo para o ponto de ônibus.

Quando a porta da mansão foi fechada, Regina levantou-se da mesa, seguindo até o andar de cima, sem falar nada. Robin suspirou, passando a mão pelos cabelos. Ele daria um tempo a ela, por isso, recolheu a mesa e só depois seguiu até o quarto.

*-*

O ladrão a encontrou sentada na cama, com o olhar perdido. Ele sentou-se ao lado dela, que virou o rosto na direção do de Robin, encarando os olhos azuis.

— Você não deveria ter prometido algo que nunca vamos dar a ele. – Regina falou, a voz falha. As lágrimas caiam de seus olhos, e Robin quis se aproximar, mas ela se levantou, andando de um lado para o outro.

— Como você pode ter tanta certeza disso? – Robin perguntou de volta.

— Porque eu fiz isso comigo mesma, Robin. Eu tomei aquela poção e me tornei infértil! Quantas vezes eu vou ter que falar para você que não posso gerar um bebê? Eu achei que você tivesse entendido isso. – ela falou, a voz se elevando.

— Você sabe que talvez exista um jeito de quebrarmos isso. Nenhum feitiço dura para sempre, Regina! Você queria que eu explicasse isso para Roland? Não fiz nada demais ao falar que iria prometer pensar no assunto. Foi a melhor resposta que eu encontrei. – ele respondeu para ela, mantendo a voz calma. A prefeita olhou para ele.

— Sempre que pensamos nesse assunto, ele nos leva a um desentendimento, Robin. – ela sussurrou, fechando os olhos e tentando se conter.

— Porque você faz dele um tabu, Regina. Você sabe que pode conversar comigo, que se você quiser um bebê, podemos ir atrás de algo para tentar quebrar isso. – Robin respondeu, se aproximando dela, que esticou a mão, fazendo-o parar.

— Um tabu? Por Deus, não poder ter um filho meu, não poder gerar um filho seu, isso me machuca, Robin! Isso me mata aos poucos! – gritou. – Como eu posso olhar para o rostinho de Roland e falar para ele que, infelizmente, eu não tenho como dar a ele e a Henry um irmão? Isso me machuca. – ela falou, abaixando a voz na ultima parte.

— Eu sei que isso te machuca, eu sei que dói, mas olhe para os nossos filhos, Regina. Olhe para Henry, olhe para Roland. Olhe o quanto eles amam você, sem ter gerado eles em seu ventre. Isso importa realmente? Quando Roland abraça você, ou Henry diz que te ama, isso importa? –Robin perguntou para ela.

— Isso importa quando Roland pede um irmão. Isso importa porque nós... eu não posso dar isso a ele, e nem a você. – respondeu por fim, depois de um tempo em silêncio. Ela secou o rosto e saiu do quarto, descendo as escadas rapidamente e pegando a bolsa. Robin a seguiu,os olhos atentos no que ela fazia. – Nós nos falamos depois, eu não quero mais discutir isso agora.

Depois, tudo que Robin ouviu foi a porta bater. E o motor do carro dela ser ligado, saindo pela rua cantando pneus. O loiro respirou fundo, os olhos marejando.

Era claro que ele queria muito ter um filho com ela. Robin se pegava as vezes imaginando isso. Mas ele sabia que ela não podia, sabia do que tinha acontecido há anos atrás. E ele não a culpava. Sabia que Regina odiava a decisão que tinha tomado, mas ele não a culpava, embora ela o fizesse. E ele deixava claro isso para ela. Robin a amava. Amava tanto aquela mulher que as vezes parecia que seu coração iria explodir. Ele nunca havia amado alguém assim, nem mesmo Marian. Com Regina era totalmente diferente, ele sentia tudo tão intensamente. Ela era intensa. O que eles tinham era intenso. E ele não se importava se não pudesse ter filhos com ela, eles já tinham dois, e isso era o bastante.

Mas parece que para ela, não era.

O loiro foi até a cozinha, arrumar a louça do café antes de sair. Ele estava ajudando David na delegacia nas ultimas semanas, já que Emma agora tinha um bebê recém nascido em casa. Foi quando os olhos dele pousaram no copo térmico de café sobre a ilha da cozinha. Regina saíra tão nervosa que tinha esquecido.

Depois de terminar de arrumar tudo por ali, Robin pegou seu casaco e o copo térmico e saiu de casa. Não seguiu até a delegacia, entretanto, e sim até a prefeitura. Viu que o carro de Regina estava lá, e entrou no estabelecimento. Porém, não entrou no gabinete da prefeita, e sim parou em frente à mesa da secretária, que estava concentrada em alguns papeis.

— Bom dia, Tinker. – ele cumprimentou, cordialmente, sorrindo para a loirinha esbaforida que estava toda atrapalhada com os papeis.

— Bom dia, Robin. – ela respondeu, sorrindo para ele. – O que aconteceu com a Regina? Deuses, com todo respeito, ela está com o capeta no corpo. – falou, e Robin riu.

— Alguns problemas... Sinto muito, trouxe o café dela, talvez acalme a fera. – ele falou, esticando o copo térmico para a loirinha.

— Por que você mesmo não entrega? – Tinker perguntou, erguendo a sobrancelha, e Robin sorriu amarelo para ela. – Ah, é por sua causa que ela está assim?

— Talvez. – ele disse. Tinker pegou o copo da mão dele e Robin se despediu, mas pode ouvir as reclamações da fada antes de sair. Algo sobre ela ter feito a parte mais difícil e os dois complicarem tanto a situação. Ele riu, balançando a cabeça. Mas o coração continuava pesado, e ele achava que continuaria assim pelo resto do dia.

*-*

Regina encarava o copo térmico com os olhos cheios de lágrimas. Tinker havia o deixado ali há alguns minutos, e mesmo sem ela falar quem o havia mandando, Regina sabia que só tinha uma pessoa que o faria. Toda a sua raiva se dissipou no momento em que a secretária saiu e o nome de Robin lhe surgiu a mente.

As palavras da discussão daquela manha não paravam de passar pela cabeça da morena, como um disco riscado que repetia sempre a mesma parte da música. Ela se odiava por algo tão pequeno e inocente como o pedido de Roland ter a pegado tão desprevenida. Um assunto que fez inúmeros sentimentos aflorarem no peito da mulher.

Raiva e tristeza por ter feito mal a si mesma. Por nunca poder sentir como é gerar um bebê, sofrer os enjôos e tonturas, os desejos e chutes. Nunca poder sentir a felicidade de ouvir o primeiro chorinho de seu filho, e nunca poder segurá-lo no colo e amamentá-lo. Isso a machucava. Não poder ter um filho com o homem que amava a machucava.

E quando ela se sentia machucada, ela explodia. Fora isso que lhe acontecera horas antes, no café. Ela explodira com Robin, porque o viu prometer a Roland algo que ela jamais poderia dar a ele e ao enteado. Um bebê. Então ela brigara e o acusara, porque para ela sempre foi mais fácil fazer isso.

E ela sabia que Robin tinha razão. Que ela odiava tocar nesse assunto, porque apesar do arqueiro ser tão esperançoso quanto ao fato de haver uma cura, Regina sabia que não tinha. E se eles realmente fossem atrás de algo, e não tivessem sucesso, então ela achava que não aguentaria ter que conviver com isso para o resto da vida. E então ela voltava a estaca zero, com um Robin decepcionado ao seu lado.

Regina pegou o copo de café e o levou aos lábios, uma sensação gostosa quando a bebida desceu por sua garganta. Ela amava o café de Robin, algo que ele aprendera a fazer muito bem sem pôr fogo na cozinha. E era maravilhoso, Regina não sabia como o ladrão fazia para ficar tão gostoso, e ela não queria nem saber, com tanto que o tivesse todas as manhas por todo o resto de seus dias.

A mesa da prefeita, lotada de trabalho, continuou assim pelo resto do dia. Porque tudo o que passava pela mente de Regina era que, se tivesse Robin, Roland e Henry, então eles dariam um jeito no resto. Talvez tivesse que haver algumas discussões e lágrimas no meio do caminho, mas com um jeitinho, algo bom viria.

*-*

A lição olhava para Roland, e ele a olhava de volta, fazendo caras e bocas. Por algum motivo, ele não conseguia prestar atenção na soma que precisava fazer. Talvez fosse o cheiro do jantar, que Robin estava preparando na cozinha, ou talvez fosse a vontade que Roland estava de ligar a TV e procurar algum desenho para olhar.

Mas seu pai havia sido bem claro, nada de TV enquanto o dever não estivesse pronto. E Robin havia oferecido ajuda, mas o garoto recusou. Embora o pai fosse ótimo em tudo que fazia, Roland preferia fazer os deveres com Regina. Então ele decidiu que adiantaria um pouco, e esperaria ela chegar, mas na verdade, Roland achava que ela estava demorando demais. E ele começava a ficar entediado.

Por isso ele levantou, com a idéia de pedir para ajudar Robin, mas antes que se quer saísse da sala, a porta da frente abriu, e pelo barulho do salto indo de encontro ao piso, Roland sabia que era Regina.

— Regina! – ele gritou, enquanto saía em dispara de encontro a morena, que sorriu para ele, o pegando no colo. Embora Roland estivesse bem maior desde a primeira vez que a prefeita o vira, ela não conseguia perder o costume de pegá-lo em seus braços. Roland colocou as pernas ao redor da cintura de Regina, enquanto ela beijava-lhe os cabelos.

— Boa noite, meu anjo! – Regina falou, andando com ele até a sala. Ela deu uma leve olhada em direção a cozinha, e viu que Robin cozinhava o jantar. – Como foi seu dia?

— Foi bom, Gina. E o seu? – ele perguntou, deitando a cabeça no vão do pescoço de Regina.

— O meu foi lotado de trabalho, acho que preciso de um ajudante. – a morena disse, brincando.

— Eu posso ser seu ajudante? – o garoto perguntou, os olhinhos brilhando.

— Talvez quando você for maior... – Regina respondeu, pensativa, olhando para a mesa de centro, onde o caderno de Roland e o estojo se encontravam. – E tiver terminado o dever...

— Eu estava te esperando para me ajudar, Gina. – ele explicou, deslizando do colo dela até o chão.

— Huum, então vamos começar? – ela perguntou, e ele confirmou com a cabeça.

Quando ela olhou para a entrada da sala, Robin os observava silenciosamente, ele deu um pequeno sorriso para ela, indo em sua direção e depositando um beijo no topo de sua cabeça. Regina sorriu para ele, e Robin voltou para a cozinha. As coisas iriam se ajeitar.

*-*

A única luz que iluminava o jardim da mansão era a da lua. Naquelas noites frias, Regina sentia uma leve falta do verão e de seus vagalumes. Ela deixou um lindo sorriso tomar seus lábios ao lembrar-se de Roland correndo de pijama pelo pátio, acompanhado de Robin e Henry, cada um com um pote na mão, afim de pegar alguns dos bichinhos. Quando os três desistiram, vieram até ela cansados e suados, e Regina os advertia, ainda mais Roland, sabendo que o garoto teria que tomar outro banho e aquele seria mais um pijama que iria para a roupa de lavar. Entretanto, não conseguia ficar séria por muito tempo, não com os sorrisos de seus meninos depois daquele momento de diversão.

Agora, no entanto, o pátio estava vazio e silencioso, as plantas murchas por causa do frio, e seus meninos não estavam ali. Henry tinha um irmão recém nascido na casa de Emma, o qual estava tomando conta de seu tempo. E Robin estava no andar de cima, colocando Roland na cama.

Suspirando, Regina decidiu que era hora de entrar, visto que não sentia mais a pontinha do nariz. Ao virar-se, deu de cara com Robin, escorado no batente da porta, observando-a.

Mesmo com toda a tensão entre eles, Robin não resistiu em se aproximar dela e beijar-lhe a ponta do nariz. Pela primeira vez no dia, Regina sentiu uma leveza tomar conta dela, e querendo tirar todo o peso de seus ombros, a morena enlaçou os braços na cintura do ladrão, escorando a cabeça no peito dele.

— O que estava fazendo no frio? – Robin perguntou, depois de alguns minutos em silêncio. – Quer ficar doente, é?

— Eu só estava pensando. – ela respondeu, se afastando dele e entrando na casa. Quando passou pela ilha da cozinha, viu duas taças de vinho. Pegou uma delas, afinal, o que melhor que vinho para esquentar?

Ela e Robin haviam criado o habito, depois de tanto tempo morando juntos, a tomar uma taça de vinho todas as noites, não importava o que acontecesse. Às vezes, os dias eram tão corridos, que só podiam se ver no horário do café, e depois só a noite. Aquele era o jeito que tinham encontrado de sempre terem um tempo para si.

Robin também pegou a sua taça, e depois pegou Regina pela mão, levando-a até a sala, sentando-se no sofá com ela em seus braços. A discussão de cedo parecia pequena agora, longe demais, mesmo assim, eles ainda tinham que conversar sobre aquilo. Os dois sabiam disso.

— Desculpe por hoje. – Regina começou, tomando mais um gole da bebida.

— Você não precisa se desculpar por me dizer como se sente, Regina. – Robin respondeu, depositando a sua taça e a de Regina na mesa de centro, possibilitando o contato visual dos dois. – Olha, eu amo você, e eu escolhi viver com você. Nós nos escolhemos, certo? Somos um casal agora. Eu vou apoiar você na decisão que tomar. Porque eu já tenho tudo que preciso, Regina. Eu tenho uma mulher maravilhosa e dois filhos incríveis. Estou satisfeito com isso. Se eu tiver vocês, se eu tiver você... – ele falou, pegando o rosto dela entre as mãos. – Se eu tiver você, Regina, eu não preciso de mais nada.

— Eu não quero decepcionar você, Robin... – ela confidenciou, os olhos enchendo de lágrimas.

— E você não vai, meu amor. Nunca decepcionou, nunca vai decepcionar. Eu repito, se você quiser e estiver preparada para tentarmos um bebê, então pode contar comigo. Se achar que está bom assim, como está agora, então também pode contar comigo. Roland é uma criança, Regina, e eu tenho certeza que ele só está admirado com o bebê de Emma, e por isso pediu aquilo hoje de manhã. Você não está decepcionando ninguém. – Robin respondeu.

— Você tem certeza? – ela perguntou para ele, que sorriu para ela.

— Toda certeza do mundo. – o arqueiro respondeu. – Mas, o que você precisa saber e ter certeza é se você está satisfeita com o que tem agora, Regina.

— Eu tenho tudo o que eu quero, Robin. – a prefeita respondeu, convicta. – Tenho tudo que sempre sonhei, só sinto... só sinto que também tenho a mesma vontade que Roland. – disse, e o loiro sorriu para ela, beijando-lhe a testa.

— Então nós vamos tentar, sem cobrança e pressão. – Robin disse. – Vamos apenas tentar.

— Você acha que podemos conseguir? – ela perguntou, se acomodando no abraço de Robin.

— Eu acho que não temos nada a perder se tentarmos. – ele respondeu, beijando o topo da cabeça dela.

— Então vamos tentar. Por nós. – Regina disse, fazendo o loiro sorrir. Ela levantou a cabeça, a procura das íris azuis que tanto amava, que lhe passava tanta segurança, e se perdeu ali. Robin colou a testa na de Regina, e devagar, os lábios se encontraram.

***

Um pé na frente do outro. Devagar. Era só esses comandos que Regina dava ao seu cérebro, já que não conseguia enxergar nada. Tentara espiar por debaixo da venda, mas Robin fizera um excelente trabalho. O que a deixava segura era as mãos fortes dele em sua cintura, e o calor do seu corpo atrás do dela. Apenas isso.

A curiosidade a estava comendo por dentro. O arqueiro havia chegado em casa naquele sábado de noite, depois de ter saído com Roland.  Ele disse para Regina ir se arrumar, pois os dois passariam a noite fora. Roland ficaria com os Homens Alegres, então ela não precisava se preocupar.

A morena colocou o seu melhor vestido vermelho, e fez uma leve maquiagem, deixando o cabelo caindo-lhe solto pelos ombros. Quando desceu as escadas, indagando para onde eles iam, Robin virou-a de costas para ele, colocando a venda em seus olhos e beijando-lhe o pescoço, fazendo-a se arrepiar.

Agora eles estavam ali, num lugar misterioso. Era isso que ela pensava. Robin fez com que ela parasse de andar e ela o viu abrir uma porta, para logo depois a puxar pela mão.

— Onde estamos, Robin? – ela perguntou, fazendo um beicinho, e viu a risada de ladrão se espalhar pelo lugar. – Deus, eu vou bater em você por me deixar curiosa desse jeito. – resmungou. Ela sentiu Robin se posicionar atrás delas, e depois a venda caiu, fazendo com que a morena pudesse ver onde estava.

Seu escritório na prefeitura. Muito diferente do dia a dia, ela tinha que afirmar. Tinha velas por todos os lados, e alguns vasos com flores também. A lareira estava acessa, e na frente dela, havia uma manta xadrez estendida. No chão, ao lado da manta, havia uma garrafa de vinho, duas taças, além de uma cesta de piquenique, que Regina imaginou estar com algo para eles comerem.

— Robin! – ela exclamou, os olhos marejados. Aquilo parecia tanto com o cenário da primeira vez em que eles estiveram ali, há tanto tempo atrás. Quando Robin devolveu a ela o seu coração, e quando ela o contou sobre a tatuagem de leão. Quando eles trocaram confidências e algumas coisas a mais.

— Você gostou? – ele perguntou a ela, um pouco de insegurança na voz.

— Eu amei, querido! – ela respondeu, virando-se para ele. – Você fez tudo isso?

— Bem, eu pensei que nós merecíamos começar as nossas tentativas de um bebê em grande estilo. – Robin respondeu, e a morena jogou-se em seus braços. Ele sorriu, apertando-a contra ele.

— Eu amo você, ladrão. – Regina falou, beijando-o.

— Eu amo você, minha rainha. – Robin respondeu, depois que eles finalizaram o beijo.

Passando os braços por de baixo dos joelhos dela, ele a pegou no colo, e Regina gargalhou, não resistindo em beijar Robin de novo. O que resultou a diversos outros beijos, que levou a diversas taças de vinho e a diversas horas acordados.

Apenas se amando e aproveitando a companhia um do outro.

“Como um rio que corre certamente para o mar,

Querida, algumas coisas estão destinadas a acontecer.

Pegue a minha mão, pegue a minha vida inteira também,

Pois eu não consigo evitar me apaixonar por você”


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Notas finais do capítulo

E aí? Espero que tenham gostado!!
Um beijão e até a próxima!



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