The Holy War escrita por Tsubasa Valdez
Notas iniciais do capítulo
Aí está o primeiro capitulo para vocês, cupcakes. Espero que gostem
A feira daquele reino estava movimentada, o festival de Fortuna, a deusa da sorte, seria em poucos dias, apesar de uma guerra estiver prestes a acontecer, todos pareciam extremamente animados.
— ah, tudo está muito colorido pro meu gosto- falou uma garota de aproximadamente 14 anos completamente coberta com uma capa marrom.
— qual é o seu problema com as cores que não são Branco, cinza e marrom?- perguntou um garoto também de capa com quase 17 anos. A cada cor que ele falava ia contando com os dedos.
— Cala a boca, cérebro de camarão. Não tenho nada contra elas, e pra sua informação também gosto de azul- Retrucou mostrando língua.
— Tá, tá. Me diz ai qual é a próxima casa que temos que ir.
A menina tirou um pergaminho sabe-de-lá-onde, leu e suspirou.
— Na casa de um tal professor, acho que ele tem uma filha, mais não tenho certeza- disse se espreguiçando- Ah isso é cansativo.
— nem me fala, cansei de ficar bancando o caçador de soldados- falou o rapaz olhando ao redor para ver se não eram seguidos.
“Vocês não devem estar entendendo nada, não é? Pois bem, vamos começar do começo. Meu nome é Maya Jackson, tenho 14 anos e blábláblá e esse é o meu irmão Percy. Somos o príncipe e a princesa do reino de Atlantis, que está sob uma ameaça de guerra de um reino chamado Olimpios, ou seria Olimpus? Enfim, isso fez com que o nosso pai, Poseidon, recrutasse novos soldados, já que o nosso exército não chega nem aos pés do ‘incrível e poderoso rei Zeus’, mas poucas pessoas se alistaram, e sobrou pra quem? Isso mesmo pro príncipe e princesa. Agora o cérebro de camarão e eu temos que ir de casa em casa para ver se não tem jovens da idade média permitida ( que é as nossas idades, entre 14 e 17 anos, porque acima disso só pode ser for voluntário)para serem soldados, tudo no mais absoluto segredo, e isso é um tremendo pé no saco, mas fazer o quê?”
— professor?- Perguntou Percy- de quê? Tomara que seja de esgrima, porque algumas pessoinhas lá no centro de treinamento estão precisando. – completou rindo.
— não podemos forçar adultos a irem para a guerra, lembra?- ela lembrou ainda lendo o pergaminho- E, não, ele parece ser professor de história ou de filosofia.
— ah, qual é a necessidade de a gente aprender história? – torceu o nariz- Não vamos precisar saber do passado numa guerra..
Maya lhe deu um tapa na nuca.
— ai, mas você só pensa em guerra? É muito importante sabermos do passado do nosso reino, como ele se formou, como a nossa família chegou a realeza. – De repente parou em frente a uma casa simples- chegamos, camarãozinho.
Era uma casa simples, com uns poucos enfeites em laranja e azul para o festival e tinha uma placa.
— Nemvedos rasdervu serfcas? Perguntou Percy, confuso.
— acho que é “Vendemos Verduras frescas”- Maya corrigiu, forçando a vista.
“ Pois é, outro fato dos queridinhos príncipes: temos dislexia e TDAH”
O barulho do sininho foi ouvido anunciando a chegada de um novo cliente.
— é um lugar legal pra se viver- sussurrou Maya apenas para o seu irmão. O lugar era cheio de banquinhas com os mais variados tipos de verduras e legumes. Pouca iluminação, mas o suficiente para conseguir enxergar bem.
— Bem vindos, o que desejam- Perguntou uma mulher.
Os irmãos imediatamente se viraram para onde vinha a voz. Era uma mulher de cabelos castanhos e olhos cinzentos com um sorriso cansado, mas carinhoso. Vestia um vestido de camponesa bege com um avental. Percy congelou quando viu a mulher.
— Hmm- resmungou o mais velho Recuperando-se do susto - queremos saber se um professor chamado ...- olhou a irmã em busca de ajuda.
—Frederick Chase- Ajudou Maya.
— isso! Frederick Chase. Queremos saber se ele mora aqui.
— Sim, ele mora aqui. É o meu marido. – Falou a mulher, confusa.
— Gostaríamos de falar com ele. A senhora pode chama-lo?- Foi a vez da mais nova se pronunciar.
— sim, claro. Mas não podem falar comigo?
Como resposta recebeu um balançar de cabeça.
— Então, Fiquem aqui, ok? – Saiu por uma porta aberta que claramente dava para ver que ia para o quintal.
— Percy, não acho que há uma pessoa da nossa idade aqui. Acho melhor irmos procurar em outro lugar- Maya comentou sem se virar para encarar a pessoa com quem falava.
— Que isso, Maya? Você nunca foi assim. Vai me dizer que está com medo de ser pega?- Riu da cara da irmã.
—Idiota. Só estou com a sensação de que não tem ninguém aqui da nossa idade. Deve ser imaginação. - Retrucou claramente irritada.
— Não. Eu sei que tem alguém aqui. – Percy falou decidido.
— ah, vocês que queriam falar comigo? Sou o professor Chase. – Uma voz se apresentou ganhando a atenção dos jovens. Era um homem alto, loiro com uma cara travessa.
—oh, sim senhor. Queremos falar de um assunto sério. Será que podemos? – Perguntou Maya, com muita firmeza como se fizesse isso a vida toda.
— é com quem estou falando? Podem tirar a capa se quiserem, estão em casa. – Perguntou o Sr. Chase um pouco desconfiado. Sua mulher estava ao seu lado com a mesma expressão desconfiada.
— Desculpe, senhor, mas temos que manter o anonimato. Não podemos mostrar nossos rostos, nem que o rei pedisse. - Percy disse com um tom sério- é um assunto de extrema importância.
— ok, vamos sentar.- O senhor agora nervoso, apontou para uma mesa em um canto.
— Não precisa, mas obrigada, seremos rápidos- Negou a menina. - Queremos saber se nesta casa reside uma pessoa com idade entre 14 e 17 anos, saldável.
— porque querem saber?- Perguntou a mulher, irritada- Vocês são a dupla que vem sequestrando adolescentes, levando-os para sabem-os-deuses-onde? Então os boatos são verdadeiros? Estão aqui para levar os nossos filhos? – Perguntou sem esperar uma resposta. Repentinamente sua expressão mudou como se tivesse se dado conta do que havia falado. – Hm, quer dizer se nós tivéssemos um filho nessa idade. Só temos um garoto de 8 anos.
O professor a olhou surpreso, mas em seus olhos tinham uma mistura de sentimentos, como confusão, preocupação e medo. Maya percebeu isso.
— Atena, querida. Vamos deixar as crianças terminarem de falar primeiro. – Pôs as mãos nos ombros da esposa. Depois se virou para os outros presentes na sala. – Continuem.
— Já falamos tudo o que tinha para falar, Sr. Chase. E já como a sua esposa já nos disse que não tem ninguém aqui com essa idade, já vamos embora. – Despediu- se Percy- Adeus.
Maya se curvou e se virou em direção à porta. Seu irmão a imitou.
— Nunca mais venham aqui, seus filhos da p-
— Atena, olhe a boca.
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— Ah, perdemos tempo demais com aqueles velhos. Sabia que não tinha ninguém que interessasse pra nós lá- Maya ia reclamando, Percy odiava quando isso acontecia, mas hoje ele não estava ligando.
— Alguma coisa está errada. Ela devia estar lá. Provavelmente teria a minha idade agora Mas é melhor ela estar lá segura, do que na guerra. - sussurrava Percy para si, mas alto o suficiente para que Maya escutasse.
— ficou louco? De quem você está falando? Quem é “ela”? – Maya estava claramente confusa.
— depois eu te conto. Vamos para a próxima casa. – agradeceu aos deuses por estar de capa, senão ela ia perceber que estava mais vermelho que um tomate.
— Já está tarde. Daqui a pouco o sol vai se por. Melhor irmos pra casa. – Falou a garota olhando na direção do sol. – Papai disse para voltarmos antes do anoitecer, hoje.
Os irmãos puseram-se a caminhar em direção ao castelo. Eles faziam um trabalho extremamente cansativo. E nesse dia em especial, eles tinham recrutado apenas uma garota, Gwen, o que era pouco já que por dia eles reuniam cerca de cinco jovens.
Eles estavam tão cansados que já não se incomodavam mas com o barulho da preparação do festival e nem percebiam que havia dois homens seguindo-os.
Percy estava tão envolvido em seus pensamentos. Aquela lembrança de sete anos atrás nunca mais tinha aparecido. Ele tinha dez anos. Quando saiu com a sua mãe para dar um passeio no reino, mas como eles eram da realeza, tinham que fazer isso no anonimato. E foi nesse passeio que ajudaram uma garotinha loira a carregar uma sacola imensa de compras. Ela estava tão feliz que aquele sorriso contagiou Percy. Estava pensando naquele dia quando algo de despertou.
— PERCY!! IRMÃO- O grito de Maya já estava longe. Mas ainda podia ouvi-la- PERCY, SOCORRO- algo abafou o seu grito, como se alguém estivesse botado a mão na boca, ou já estivesse tão longe que a voz já se perdia no vento.
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Espero que tenham gostado. Até a próxima.