As CicaTRizes Que Nos Unem escrita por LieR2D


Capítulo 4
Curativo


Notas iniciais do capítulo

Novos personagens, olha que legal.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/737343/chapter/4

— Thomas, acorda, você está atrasado! – Diz Sandra tirando as cobertas dele.

— Mãe, é sabadoooo, sai daqui! – Diz ele puxando a coberta de volta e cobrindo a cabeça.

— Idai, vai, você tem psicólogo as 8, levanta logo que já são 7:30! – Diz ela.

— Para de encher o saco, não vou pra psicólogo nenhum, tenho treino as 9! – Diz ele dessa vez de olhos abertos.

— Eu te levo pro treino depois, agora vai, se troca! – Diz ela saindo do quarto.

Quando deu 8 horas, Sandra vai pro quarto e ele ainda estava dormindo. Ela o acorda na base do grito, ele levanta, coloca roupa de jogar bola e um moletom e eles vão.

Chegando no psicólogo, eles vão para a sala dele e ele começa a conversar com Thomas.

— E então amigo, qual o problema? – Diz o Psicólogo.

— Me diz você, não é o formado nisso? – Diz Thomas.

— Se não colaborar Thomas, nós vamos nos ver muito, e não vai ser só uma vez por semana! – Diz Ele.

Quando dão 9 horas, Thomas pega sua mochila do chão e sai da sala sem falar nada.

Chegando no treino de futebol, um dos garotos do treino é da sala de Thomas e enquanto Thomas estava colocando a chuteira o garoto vai falar com ele.

— Ah, que bom que veio! – Diz Matheus.

— É, valeu por me falar desse lugar, queria muito voltar a jogar! -  Diz Thomas ficando de pé.

— O campeonato ta chegando, acho que se você mandar bem, o técnico te coloca no time. Mas já vou avisando, o bicho é bravo! – Diz Matheus.

O treinador chama todos para o meio do campo e diz:

— Escutem, o campeonato está chegando, eu provavelmente não vou mudar o time, então, sem choro, se querem entrar, me surpreendam hoje! – Diz o treinador.

Quando ele começa a formar os times, Matheus e Thomas caem no mesmo time. No decorrer do jogo, Thomas jogava mais atrás e Matheus na frente, porém Thomas cruzava as bolas para Matheus e de todas saíram gols. O treinador da uma pausa pra eles e Thomas e Matheus ficam conversando.

— Mano, você é muito bom cara! – Diz Thomas.

— Oloco, aqueles cruzamentos lá que ce fez, outro mundo! – Diz Matheus.

— Ae garoto, Tulio né? – Diz o treinador.

— Thomas! – Diz Matheus.

— Ta, Thomas, você vai entrar um pouco mais pra frente e vai jogar de acordo com o Matheus, se jogarem que nem no primeiro tempo, você ta no time titular! – Diz o treinador.

— E você? – Diz Thomas pra Matheus.

— Camisa 10 né pai! – Diz Matheus levantando e estendendo a mão pra Thomas.

— Boa, ah é, treinador, se a gente conseguir, qual vai ser a minha camisa? – Diz Thomas.

— Se você conseguir, pega a que quiser! – Diz o treinador indo pro campo.

— Ahn... camisa 8! – Diz Thomas.

Eles voltam ao jogo e dito e feito, Thomas e Matheus fazem mais jogadas e o treinador termina com o jogo. Ele reúne todos e diz:

— Por hoje é isso, a partir do próximo treino vamos treinar o time titular e os reservas, então não faltem. E também a atualização do time, Thomas time titular, camisa oito. Felipe foi rebaixado pra reserva filho, a é, escolhe outro número também!

Thomas e Matheus ficam chutando bolas no travessão até suas mães chegarem. No carro Sandra diz:

— Eae, como foi o treino?

— Foi até que de boa, fui escalado pro time titular! – Diz ele.

— Camisa oito? – Diz ela.

— Obviamente! – Diz ele.

Quando chegam em casa Sandra diz:

— Vai pra cima, toma banho, se troca e faz as malas, a gente vai viajar por alguns dias!

— Que aleatório... Mas beleza né. – Diz ele subindo as escadas.

Thomas vai para seu quarto e apronta as coisas antes de ir tomar banho, Raquel entra no carro e diz:

— Thooooooomas, vai tomar banho logo, a gente só ta esperando você!

— Relaxa ai, por que ta ansiosa assim? – Diz ele.

— É que a gente vai pra casa da minha irmã mais velha, ela é filha do pai com outra mulher, no caso não era minha mãe né... Ai ela é a melhor pessoa do mundo, vocês até maio que se parecem, metidos e tal. – Diz Raquel.

— Eu não sou... deixa quieto. Ta, como ela é? – Diz ele.

— Ela é linda, tem 38 anos e você vai achar que tem 20, NEM TENTA NADA COM ELA, tem dois filhos, um da sua idade mais o menos e um bebê! – Diz Raquel.

— Casada né? – Diz Thomas.

— Não, solteira! – Diz Raquel.

— Me... guerreira, bonita, personalidade forte... sei não em! – Diz tomas sorrindo.

— Nããããããão, nem pense, não vai dar em cima dela não! – Diz Thomas.

— Falei nada! – Diz ele rindo de canto de boca e indo pro banheiro.

Depois que tomas está pronto e todos descem pra garagem ele olha uma moto e diz:

— Como eu nunca vi isso?

— Nunca veio aqui, e nem encosta! – Diz Sandra.

— Que daora... – Diz ele entrando no carro.

— Gosta de motos? – Diz Emanuel enquanto saem com o carro.

— Gosto, demais... – Diz Thomas.

— Quem sabe, quando você fizer 18 e tirar carta, eu não dou ela pra você... – Diz Emanuel.

— Nem pense nisso, ele não tem responsabilidade pra ter uma moto dessas! – Diz Sandra.

— Exagero! – Diz Thomas.

— Exagero é pegar a moto do amigo e sair a duzentos por hora em uma pista, PELA PRIMEIRA VEZ QUE PEGOU UMA MOTO NA VIDA! – Diz Sandra.

— Foi fácil! – Diz Thomas.

— Quem sabe ele não cria juízo até os 18...  – Diz Emanuel.

Já na estrada Raquel estava entediada e começa a bater o pé de acordo com o ritmo da música que estava em seu fone. Depois de pouco tempo dela fazendo isso, Thomas disse: 

— Da pra parar?

— Para de ser chato, muleque idiota... - Diz Raquel continuando.

— Nem comecem os dois! - Diz Emanuel.

— Menina insuportável... - Diz Thomas.

— Escroto! - Diz ela.

— Otária! - Diz ele, os dois ficando mais nervosos a cada ofensa.

— Trouxa! - Diz ela.

— FILHA DA ... - Iam dizer os dois ao mesmo tempo até que Sandra intromete.

— Eu vou ter que sentar no meio do dois? 

— Desculpa mamãe... - Diz Raquel.

— Mamãe... ham... - Diz Thomas baixo.

Logo depois disso, sem Emanuel e Sandra perceberem Thomas olha pra Raquel, faz o sinal de tesourinha com a mão e mexe a boca sem falar dizendo "les... bi..." nesse momento brava, Raquel voa pra cima de Thomas tentando acertar socos nele. Ele empurra ela e ela continua até que ela consegue bater a cabeça dele com tudo na janela do carro.

— Tá fudida! - Diz Thomas.

Thomas vai pra cima dela e segura seus braços, depois fica fazendo força com o joelho em cima dela.

— Thomas sai de cima dela, AGODA! - Diz Sandra muito nervosa. 

— Ela que começou! - Diz ele.

— SAI THOMAS, TA MACHUCANDO ELA! - Diz Sandra puxando Thomas.

Assim que ele sai de cima, Raquel não fala nada, só levanta e encosta a cabeça na janela com a mão na barriga.

— Tá doendo muito, meu anjo? - Diz Sandra.

— Só um pouco... nada demais... - Diz ela.

— Thomas, tem que medir sua força, você é bem mais forte que ela, não pode bater nela assim! - Diz Emanuel.

— Ta... desculpa Raquel! – Diz Thomas.

Ela não responde nada e ele coloca fones de ouvido. Os dois não se olham até chegar lá.

Quando chegam, é uma casa bem grande, com piscina, campo e outras coisas. Raquel desce do carro e vai abraçar sua irmã.

— Ah, criança, que saudade! – Diz ela apertando Raquel em um abraço.

— Eu também senti muita saudade! – Diz Raquel sem soltar ela.

Depois do abraço de Raquel, ela abraça Emanuel e se apresenta a Sandra.

— E esse é o Thomas, Tabatha, irmão de vocês agora! – Diz Emanuel.

— Não gosta de falar ou é mudo? – Diz ela.

— Qual você quiser! – Diz Thomas

— Haaaa, engraçado, gostei! – Diz Tabatha.

— Quem dera fosse mudo! – Diz Raquel.

— Quer apanhar mias? – Diz Thomas.

— Tenta! – Diz ela.

— Ah, vocês não ficam brigando né? – Diz Tabatha. 

— Olha isso, Tata! – Diz Raquel mostrando o corte pra fora do lábio e pra dentro.

— Ah, beleza então! – Diz Thomas tirando o cabelo da frente da sobrancelha e mostrando o seu machucado. 

— Meu Deus, não foram vocês que fizeram isso um no outro! – Diz Ela.

— Ela tacou um copo na minha cabeça! – Diz Thomas.

— E ele me deu um murro! – Diz Raquel.

— Ai ai... vão aprender algumas coisas comigo! – Diz Tabatha enquanto estavam indo pra dentro.

Já depois de terem arrumado suas malas, vão todos pra área da piscina.

Lá Emanuel diz:

— E o Gabriel, filha, aonde ta?

— Saiu com a namorada! – Diz Ela.

— Falando em sair, você pode cuidar do Vitor hoje a noite pra eu poder sair com a Raque e com o Thomas? – Diz Tabatha. 

— Claro que sim! – Diz Emanuel.

Mais pra noite, as 21h eles saem de carro e Tabatha Diz:

— Eae, aonde querem ir?

— Tem alguma festa rolando hoje? -  Diz Thomas.

— Tem uma que vai ser top demais, vai ser na casa de uma amiga, eu não ia, mas já que você deu a ideia. – Tabatha.

— Por mim tudo bem! – Diz Raquel.

— Então bora ir pra essa festa ai! –Diz Thomas.

Chegando na festa, se espantam pois era uma mansão. Tabatha para o carro em uma área gramada e eles vão para dentro. 

Lá dentro, Tabatha vê uma amiga que puxa ela e as duas começam a beber. Depois de virar duas doses de tequila seguidas, ela vai até Thomas, dá a chave do carro pra ele e diz: 

— Você volta dirigindo hoje! 

— Puta merda... Socorro! - Diz Raquel.

— Relaxa, dirijo bem... já bêbado eu não sei! - Diz ele indo pra cozinha.

— Você não vai beber né? - Diz ela.

— Nossa como isso tá lotado... - Diz ele.

— Não muda de assunto! - Diz Raquel.

— Claro que vou né! - Diz Thomas pegando uma cerveja.

Thomas chega em uma garota que estava dizendo onde fica as bebidas e tudo mais e diz: 

— Ae, tem cigarro aqui? 

— Não tem cara de que fuma, quantos anos você tem? - Diz ela.

— 18... - Diz ele.

— Tá... uhum... toma! - Diz ela dando um maço pra ele.

Ele agradece, vai até Raquel e diz:

— Toma, pronto, agora para de reclamar! 

— Mas o papai vai sentir o cheiro! - Diz ela.

— É só sla... joga a fumaça pra longe. - Diz Thomas pegando mais cerveja. 

Os dois vão pra fora, na área da piscina, eles se sentam em uma rede e ficam bebendo e fumando. 

Em uma hora Thomas começa a beber destilado. Quando ele estava bêbado, umas garota saem com Raquel e ele vai andar por dentro da casa. Tabatha o encontra e diz: 

— Oiiiiiii... ah, cadê a nossa irmãzinha?

— Deu um rolê por aí! - Diz ele.

— Ah, tá de boa, vem aqui, vamos pra suíte da minha amiga! - Diz ela.

Os dois sobem pro segundo andar, quando chegam na suíte, é um quarto maior do que Thomas esperava com uma banheira enorme e umas garotas e uns caras na banheira.

— Ae galera, lhes apresento meu irmão! - Diz Tabatha.

— Pensei que você tinha uma irmã... - Diz a dona da casa.

— Agora ela tem alguém que presta de verdade! - Diz Thomas.

— Nossa, convencido... é, é seu irmão mesmo! - Diz a dona.

Eles ficam lá bebendo mais até que Tabatha chega nele e diz: 

— Aí, aproveita que a Eliza foi pegar mais bebidas no outro quarto e vai ficar com ela, ela quer! 

— Beleza! - Diz Thomas.

Ele vai atrás de Eliza e quando acha ela diz: 

— Veio pra me ajudar? 

— Não, só pra ficar com você mesmo! - Diz ele.

— Nossa que direto! - Diz ela.

— Fazer o que né... - Diz ele fechando a porta.

Quando os dois começam a ficar, ela tira a camisa ele e ele a segura pela perna a levantando. Quando ele encosta ela na parede, vai morder o pescoço dela e vê Raquel pela janela, perto da piscina com o seu óculos na água. 

Thomas pega sua camisa e seu moletom dizendo: 

— Sobe com o resto lá, já vou! 

Ele desce as escadas colocando a roupa, menos o moletom. 

Chegando lá Thomas vê dois caras do lado dela. 

— Ae Raquel, o que aconteceu? - Diz ele.

— Nada, meu óculos caiu! - Diz ela.

Thomas olha pra eles e diz:

— Querem alguma coisa com ela? 

— Não maninho, relaxa. - Diz o cara com um sorriso sarcástico.

— Como seu óculos caiu na água? - Diz Thomas.

— Eu derrubei... - Diz Raquel.

— Qual dos dois foi? - Diz Thomas ficando nervoso.

— Calma aí carinha, eu só tava aqui abraçando ela, pedi um beijo e quando ela foi pra trás, derrubou o óculos! - Diz um dos caras.

Nessa hora uma garota que estava na suíte chega com uns caras a rodiando e diz:

— Ela é sua mina, Thomas? 

— Ah, eae Paula... Não, ela é minha irmã! - Diz Thomas.

— Ah, então saiba que os dois idiotas aí estavam enchendo o saco dela, a segurando, aí o idiota aí tentou beijar ela, ela não quis e levou um tapa. Denada! - Diz a garota saindo.

Nisso Thomas olha pra Raquel, da seu moletom e seu celular pra ela. Ele puxa ela pra longe da beira da piscina e diz: 

— Era seu óculos novo! 

— Não tá quebrado... - Diz ela.

Ele pega no queixo dela e vira seu rosto, quando vê a marca do tapa, diz: 

— Como eu não vi isso... 

— Tá bêbado, não é culpa sua! - Diz ela.

Ele vai até os caras e diz: 

— Peguem! 

— Sai fora tio, eu curto mulher! - Diz um dos caras.

— Pega a porra do óculos! - Diz Thomas nervoso. 

— Sai fora e baixa a bola se não quiser apanhar! - Diz o outro cara.

— Beleza! - Diz Thomas.

Nisso ele dá um soco muito forte no meio do rosto de um dos caras quebrando seu nariz.

O outro ele joga na piscina mas o cara o puxa junto. Quando eles caem o cara consegue segurar Thomas.

Thomas com a cabeça de baixo da água fica com mais raiva ainda e morde o braço do cara com muita força. Quando o cara solta ele, da dois socos na cara de Thomas e o prensa na parede pressionando a garganta de Thomas com o braço. Thomas coloca os dedos no olho do cara e aperta. Quando o cara solta ele, Thomas sai da piscina rápido, pega uma garrafa e quando o cara ia sair da piscina, ele a quebra em sua cabeça o desmaiando. 

Thomas o Joga na piscina desmaiado e seus amigos pulam desesperados pra ajudar. Ignorando tudo Thomas volta pra piscina com sangue e vidro, mergulha, acha o óculos e sai. 

Quando ele sai, Tabatha e Eliza chegam pra saber o que estava acontecendo.

— Por que minha piscina tá com sangue? - Diz Eliza inconformada.

— Thomas você tá bem, por que tá molhado, esse sangue é seu? - Diz Tabatha.

— Não... eu tô bem, relaxa. - Diz ele.

Ele vai até Raquel, pega seu moletom, seca o óculos e diz: 

— Toma, eu acho que a perna tá meio quebrada... - Diz ele como se a culpa fosse dele.

— Por que fez tudo isso só por um óculos? - Diz ela.

— Faço qualquer coisa... pelo menos pela minha família. Além do mais... eu prometi que ninguém mais ia encostar em você! - Diz ele.

— Que... obrigada... ah, eu não... - Diz ela lacrimejando. 

— Para com isso, vem, me ajuda a achar uma toalha. - Diz ele indo pra dentro da casa.

Quando ele se seca um pouco, bebe mais junto com Raquel e aí Tabatha aparece dizendo: 

— Acho.... que a gente podia ir embora sabia... tô meio mal! - Diz ela.

— Vamos então, tô meio mal também! - Diz Thomas.

Assim que ele diz isso, Tabatha vomita e sua própria roupa.

— Ah, que merdaaa, como eu vou embora? - Diz ela.

— Toma Raquel, ajuda ela a se lavar, depois coloca meu moletom nela, vai ficar que nem um vestido curto! - Diz Thomas.

Depois que Raquel ajuda e limpa Tabatha, elas saem do banheiro e os 3 vão pro carro. Na saída os caras que brigaram com Thomas estavam lá fora.

— Eae moleque, acha que vai embora de boa? - Diz o cara que ele desmaiou. 

— Cadê seu amigo com o nariz quebrado? - Diz Thomas acelerando o passo em direção a eles.

— Engraçadinho né! - Diz o cara.

— Você não vai encostar nele, se encostar, nunca mais volta! Entendeu, Giovani? - Diz Eliza.

— Qual é Eliza... - Diz o cara.

— Pensando bem, você foi um idiota com a irmã da minha amiga, nunca mais volta de qualquer jeito, você e seu amiguinho lá, nem sei o nome! - Diz Eliza.

— Lord Voldemort eu acho que é! - Diz Thomas.

— Ah moleque... eu vou... - Diz o cara.

— Você vai embora! - Diz Eliza.

Quando já estão no carro, Thomas diz: 

— Coloquem os cintos aí, garotas! 

Ele dirige muito mal por estar bêbado mas chegam bem. Quando vão sair do carro, Tabatha não consegue andar direito.

— Pode ir dormir, eu consigo levar ela sozinho! - Diz Thomas pegando Tabatha no colo.

— Ok... não faz barulho quando entrar no nosso quarto! - Diz ela indo pro quarto.

— Que horas são, Thomas? - Pergunta Tabatha de olho fechado.

— 5:20... tá tarde! - Diz ele.

— Nunca é tarde! - Diz ela aleatoriamente.

No quarto de Tabatha, ele senta ela na cama e ela tenta levantar. De pé ela tira o moletom e diz: 

— Obrigada! 

— Ah... de nada... - Diz ele.

— Nossa, parece que nunca viu mulher com biquíni na vida! - Diz ela.

— Não uma tão bonita... - Diz ele. - Desculpa, tô bêbado, vou pro quarto com a Raquel.

— Ou dorme aqui... - Diz ela fechando a porta. 

— Eu acho melhor... - Diz ele enquanto ela vai se aproximando com o rosto.

— Ou a gente pode não dormir também... - Diz ela o beijando.

Nessa hora o filho de Tabatha abre a porta, vê Thomas e diz: 

— Quem é você? 

— Você é filho dela? - Pergunta Thomas.

— Sou, quem é você? - Diz ele segurando Thomas pela gola.

— Sou seu tio... mais o menos! - Diz Thomas.

— Filho, da licença por favor! - Diz Tabatha.

— Por que tava ficando com esse cara, tem a minha idade! - Diz o filho dela irritado.

— Olha só, a gente tá bêbado, acontece, agora para de ficar irritado e vai pro seu quarto! - Diz Tabatha colocando um roupão. 

— Sobre a idade... eu acho que sou um pouco mais velho! - Diz Thomas.

— Cala a boca! - Diz o garoto socando a cara de Thomas e o derrubando no chão. 

— Gabriel, chega! - Diz Tabatha nervosa.

— Caralho mano... bêbado contra sóbrio é covardia né... - Diz Thomas levantando. 

Gabriel ainda nervoso chuta a perna de Thomas e o da outro soco fazendo ele bater as costas em uma cômoda do outro lado do quarto.

— Filho... da puta... - Diz Thomas no chão.

Gabriel dá uma puxada na gola de Thomas e da mais dois socos em seu rosto. Quando Thomas o segura e consegue jogar ele no chão também, Emanuel chega segurando Thomas e o puxando pra trás. 

— O que está acontecendo aqui? - Diz Emanuel.

— Esse... idiota, me solta! - Diz Thomas.

Nisso Raquel e Sandra chegam no quarto. Enquanto Emanuel segura Thomas, Tabatha segurava Gabriel, mas ele se solta dela e dá uma joelhada na barriga de Thomas. 

Ele se ajoelha no chão e começa a tossir.

— Valeu... por ajudar ele, papai! - Diz Thomas para Emanuel.

Quando Gabriel vai chutar Thomas de novo, Raquel da um soco em seu rosto.

— Para de ser idiota, Gabriel, ele já tá no chão, chega! - Diz ela.

— Precisa da ajuda da irmãzinha postiça agora? - Diz Gabriel enquanto Tabatha e Emanuel o seguram. 

Raquel e Sandra erguem Thomas e ele diz: 

— Valeu Raquel... 

Raquel olha pro rosto de Thomas e nervosa vai até Gabriel e lhe dá mais um soco bem no olho e um chute no saco.

— Sai daqui Raquel! - Diz Emanuel bravo.

Depois de explicar toda a situação, Gabriel fica como culpado e fica de castigo. Thomas vai tomar um banho e Raquel vai pro quarto.

Quando Thomas vai dormir, entra no quarto e Raquel diz: 

— Como tá o rosto? - Preocupada.

— Não mexe, dói! - Diz ele segurando a mão dela antes que encostasse em seu rosto.

— Por que ele te bateu... que moleque idiota... - Diz ela

— Porque viu a Tabatha me beijando... mas não fica brava, ela tava muito chapada, se não isso nunca aconteceria! - Diz ele.

— Eu sei... mas sei lá, ele bateu muito em você! - Diz ela.

— Porque eu to bêbado ainda, agora menos, mas eu tava muito bêbado! - Diz Thomas se deitando na parte de cima de uma beliche.

— Vai dormir? - Diz Raquel.

— São 6:20... o que você acha? - Diz Thomas.

— Ahn, boa noite! - Diz Raquel apagando a luz.

— Boa noite e... valeu por me defender...! - Diz Thomas.

— É o que se faz pela família! - Diz Raquel.

Thomas não responde, só sorri e dorme.

Bem mais tarde, as 15:00, Thomas acorda e vê que Raquel não estava no quarto. 

Ele vai para área de lazer e todos estavam fazendo um churrasco. 

— Bom dia, bela adormecida! - Diz Raquel.

— Aposto que você só tá aqui porque alguém te acordou! - Diz Thomas.

— Chato! - Diz ela.

— Ei maninho, eae como você tá? - Diz Tabatha.

— Tô melhor... de boa! - Diz Thomas.

— Sobre ontem... o beijo e o que poderia acontecer depois... olha, esquece tá, eu bebo muito mas não sei me comportar bêbada, mas mesmo assim Isso não é desculpa... me perdoa, por isso e pelo Gabriel que foi um completo idiota! - Diz Tabatha.

— Relaxa... sei como é fazer merda chapado e isso não é sua culpa, é culpa nossa e não precisa de perdão... mas enquanto ao seu filho... é melhor ele não falar, andar, sorrir ou respirar na minha frente! - Diz Thomas.

— Porra, Thomas, não... nós três temos muito o que fazer... o pai já disse que se vocês brigarem de novo, ele vai levar você e a Raquel embora! - Diz Tabatha.

— Tenho que falar com ele, falar umas merdas! - Diz Thomas.

— Cuidado com o que vai falar! - Diz Raquel que estava do lado deles. 

Thomas vai até Emanuel que estava fazendo churrasco e Sandra que estava do lado, diz: 

— Tá melhor filho? 

— Não! - Diz ele nervoso.

— Relaxa um pouco, Tho... - Diz Emanuel até ser interrompido.

— É, VOU RELAXAR, VAMOS DAR UM CHURRASCO, E COMEMORAR O DIA EM QUE EU APANHEI, QUE TAL? - Diz Thomas ficando cada vez mais nervoso. - AH, JÁ PENSEI EM COMO CHAMAR AS PESSOAS " VENHA PARA O NOSSO CHURRASCO COMEMORAR A SURRA QUE O OTÁRIO AQUI LEVOU! " 

— Abaixa o tom da voz! - Diz Emanuel nervoso.

— Abaixa você, que moral acha que tem? Me segurou pra que? Só me fez apanhar mais! - Diz Thomas.

— Não era a minha intenção e se você continuar persistindo nessa discussão vamos embora! - Diz Emanuel.

— É né, porque se eu brigasse de novo íamos embora também né... eu nem comecei a brigar ainda, e torce pra eu não começar! - Diz Thomas.

— Eu não quis dizer que a culpa foi sua! - Diz Emanuel.

— Fodase! - Diz Thomas saindo de perto dele.

Depois de um tempo, quando Thomas estava comendo com Raquel e com a Tabatha, Gabriel aparece e Tabatha diz: 

— Eu não mandei você sair do quarto! 

— Idai, tô com fome... e outra, a mocinha não tá com medo de apanhar pra mim de novo né?! - Diz Gabriel.

Nisso Thomas levanta e Gabriel diz convencido: 

— Você não vai fazer nada! 

Thomas vai até ele rápido e o joga no chão, no chão Thomas o bate muito, da várias sequências de socos. 

— Agora eu não to bêbado seu merda! - Diz Thomas sem parar de bater nele. 

Raquel e Tabatha o tiram de cima de Gabriel e ele diz:

— Vai... ficar do lado do seu irmão agora, mãe? - Cuspindo sangue. 

— Thomas... que merda... deixou ele bem pior que você... porra, eu falei pra esquecer! - Diz Tabatha chateada e brava.

— Idiota, se o papai levar a gente embora eu mato você! - Diz Raquel.

— Vem filho, levanta, vai lavar esses machucados, depois vem comer alguma coisa! - Diz Tabatha o ajudando a levantar. 

Gabriel dispensa a ajuda dela e vai nervoso pra dentro da casa.

— Arrumem as coisas vocês dois, vamos embora! - Diz Emanuel.

— Desculpa, Raquel... - Diz Thomas sem dar bola para Emanuel.

— Não, pai, olha, os dois erraram, da uma chance, a Raquel adora ficar aqui, não é injusto com elas? - Diz Tabatha.

— Eu posso ir pra casa de ônibus, sempre ficava sozinho mesmo! - Diz Thomas. 

— Não! Olha, vamos amanhã e fim da história, vocês tem hoje para aproveitar e quando voltarmos, tá de castigo, Thomas! - Diz Emanuel.

— Tá... vou pro quarto... - Diz Thomas. 

Depois que Thomas sai de vista, Raquel diz: 

— Pai... sério, amanhã? 

— Já estou sendo bonzinho! - Diz ele.

— Em punir o Thomas por dar o troco? - Diz Raquel. - Não foi ele que começou, pai! 

— Mas vingança é algo que nunca deve ser praticado Raquel, por ninguém. O Thomas devia saber disso! - Diz Sandra.

— Mas, poxa, ele apanhou sem chance de se defender, você segurou ele pai e seu eu não tivesse batido no Gabriel, Thomas estaria pior! - Diz Raquel.

— Isso não importa agora... faça o que tem que fazer e amanhã vamos embora! - Diz Emanuel.

Raquel sobe pro quarto e Thomas diz: 

— Desculpa... tá? Não precisa ficar me enchendo. 

— Tá chateado? - Diz ela fechando a porta. 

— Sei lá... - Diz ele. 

Nesse momento Tabatha entra no quarto, fecha a porta e diz: 

— Vou levar vocês em um lugar lindo hoje a noite! 

— Eu vou ficar aqui! - Diz Thomas.

— Não, não, não, vamos nós 3! - Diz ela.

— Para de ser assim, Thomas! - Diz Raquel.

— Tá... aonde a gente vai? - Diz Thomas.

— Estejam prontos as 22:00 e vão ver! - Diz Tabatha.

— Não é muito tarde? - Diz Raquel.

— Não pro que a gente vai fazer! - Diz Tabatha.

— Tá beleza, 22:00! - Diz Thomas colocando fone de ouvido e se deitando novamente.

Depois que Tabatha sai do quarto, Raquel recebe uma ligação de seja amigo Matheus e fica falando com ele.

Mais tarde, as 21h Thomas se levanta e vai tomar banho, no corredor, ele e Gabriel se encontram de frente. 

— Licença! - Diz Thomas.

— Agora tá manso né!? - Diz Gabriel.

— Amor, esqueceu que sua mãe já te deixou de castigo! - Diz a garota que estava com Gabriel.

— Prazer, Thomas. - Diz Thomas para a garota passando por eles.

— Júlia... - Diz ela.

— Não fala com ele! - Diz Gabriel continuando seu caminho. 

Depois do banho, Thomas vai pro quando só de bermuda. 

— Não vai se aprontar não, Raquel? - Diz ele colocando uma camisa.

— Que horas são? - Diz ela.

— 21:30! - Diz Thomas.

— NOSSA, TO INDO TOMAR BANHO! - Diz ela saindo correndo do quarto.

Thomas fica sem fazer nada até Raquel ficar pronta. 

Quando ele descem para sair, Emanuel estava na sala. 

— Tenham juízo, pelo menos as duas! 

— Valeu, papai! - Diz Thomas.

— Vamos logo! - Diz Tabatha.

Quando estavam no carro, Raquel diz: 

— Aonde vamos? 

— É... por que uma estrada de terra? - Diz Thomas.

— Bom... vocês nem iam ter chance de ver o mar... então... vou levar vocês em um lugar especial. - Diz Tabatha.

— Ah... tá... - Diz Thomas.

Quando chegam, descem do carro em um gramado, aonde a 10 metros, tinha uma queda que dava no mar. Lá tinha apenas uma árvore muito grande, pararam o carro do lado dela.

— Nossa... que lindo... - Diz Raquel.

— Muito... - Diz Thomas.

— Eu vinha aqui na idade de vocês, era meu lugar pra fazer merda e não ser julgada! - Diz Tabatha.

— Eu viria se morasse aqui também! - Diz Thomas.

— Sim... é muito legal.

— Então... é isso... mas eu quero nos conhecer melhor, quero saber mais sobre esse trio de irmãos! - Diz Tabatha.

— Como assim? - Diz Thomas se sentando na grama e encostando na árvore.

— Simples! - Diz Tabatha se sentando também. - Vamos começa pela mais velha, Eu. Eu sou mais impulsiva, a minha maior felicidade é minha família, e minha maior tristeza também é minha maior cicatriz, meus filhos não terem um exemplo de pai descente... Eu fui iludida por um canalha! - Diz Tabatha.

— Tá, mas não é culpa sua, como ia saber que ele era um idiota!? - Diz Raquel que estava sentada só que encostada no carro de frente pra Tabatha.

— Verdade, mesmo que ele desse sinais, amar é algo que lhe sega, e quando você enxerga, dói, a culpa não é sua! - Diz Thomas.

— Viu, isso que vocês vão fazer... me ajudaram com um problema! Thomas, sua vez, pensa em algo que ainda te machuca por dentro, a gente pode te ajudar! - Diz Tabatha.

— Ahn... eu não sei se alguma coisa ainda me dá essa dor... - Diz Thomas.

— Certeza? - Diz Raquel meio insegura.

— Ela te contou né? - Diz Thomas pra Raquel.

—  Quem contou o que? - Diz Tabatha.

— A min... a nossa mãe... falou de um acidente meu, o que é proibido, não se pensa nisso! - Diz Thomas.

— Ela falou mas... ah, desculpa! - Diz ela.

— Relaxa... acho que consigo falar pra vocês... Bom, a muito, Muito, muito tempo, eu fiz um amigo, nossa amizade foi forçada já que a gente nem sabia falar quando começou... Culpa das nossas mães que já era amigas... Então, a gente foi crescendo... e a amizade ficando mais forte... mas aí um dia... a gente tava saindo de uma festa e escutamos uma garota chorando... A gente devia ter ignorado ou chamado a polícia, mas não, fomos ajudar ela. Ela estava sendo estuprada por vários caras, mais de 6, certeza. Ela ia morrer, mas aí, o Leonardo puxou a mina pelo braço, e a gente saiu correndo, mas ela caiu, e nisso, a gente tava sendo espancado, ela chorava, o Leo tentava proteger ela dos murros, até que um deles pegou uma faca... O Leo não tinha mais reação, tava acabado... mas os caras não podiam deixar barato né... Eles me pegaram pelo pescoço, abriram minha boca e tentaram cortar minha linha... Mas... o idiota... - Thomas para um pouco pra limpar as lágrimas do rosto e continua. - Ele puxou a faca pra cima e aí o corte não foi o suficiente pra linha sair pra fora... Mas foi burrisse... depois disso eles iam parar... Mas aí... bateram mais e mais nele... até que o cara da faca deu umas facada na perna dele... só pela dor mesmo, mas aí ele foi esfaqueando o Leonardo como se ele não valesse nada... Ele aguentou todas as facadas, até que cortaram a garganta dele... A polícia chegou e eu acordei no hospital com a língua costurada... e sem a melhor pessoa que eu já tive do meu lado, comigo... As vezes eu pensava, valeu mesmo a pena salvar aquela garota... mas aí, lembro que ele não exitou, então... acho que sim... - Diz Thomas segurando as lágrimas.

— Nossa... Olha... Thomas, eu prometo, nunca, nunca, nunca mais tocar nesse assunto, eu juro! - Diz Raquel.

— Mas quando eu estiver mal, vou falar com quer sobre isso? - Diz ele.

— Exatamente, e Thomas, não pense mais se a vida de alguém vale a pena... aquela garota também é importante pra alguém e foi a escolha do Leo ser um herói, tanto por ela, quanto por você... - Diz Tabatha. 

— Tá... beleza... - Diz ele.

— É a minha vez? - Diz Raquel.

— Sim, exatamente. - Diz Tabatha.

— Bom, acho que isso aconteceu no mesmo ano em que aconteceu com você Thomas... se você tinha 15... eu tava quase fazendo 12. Mas enfim, eu estudava na escola da Elisabeth, aonde ganhei a cicatriz no ombro. Naquele dia, eu fiquei até às 18h na escola pra ver o ensaio de teatro e tals.  Aí enquanto eu esperava o papai ir me buscar, escutei uma garota implorando por ajuda no fundo da escola, eu fui ver... E... era a Jéssica, a mesma que tá acabando com a vida da Elisabeth agora. Quando viram que eu vi o que estavam fazendo com ela, me seguraram e mandaram eu calar a boca, mas eu estava chorando... não conseguia parar. A Jéssica tava toda roxa com a merda da goza deles pelo corpo. Aí uma vagabunda que estava com eles, ficou com raiva de mim e começou a rasgar meu ombro com um ferro que estava no chão... Depois que o papai me levou pro hospital, no outro dia a Jéssica me mandou mensagem... Eu me sentia bem com ela... mas ai, ela começou a me beijar... e eu gostava, mas ela era violenta e me machucava, muito... então um dia... eu não quis mais e ela me espancou até eu não conseguir mais pedir pra parar... aí quando eu tava no chão, ela refez o machucado no meu ombro com um vidro e com a unha... A pior coisa que eu fiz foi ter amado ela. - Diz Raquel.

— Eu vou matar aquela garota! - Diz Thomas nervoso.

— Não... não vai fazer nada... não pode! - Diz Raquel.

— Por que não tinha me contado isso antes, bebê? - Diz Tabatha abraçando Raquel.

— Eu... tinha medo! - Diz Raquel lacrimejando. 

— Tá... tudo bem... não precisa mais ter medo agora... - Diz Tabatha. 

Eles ficam até tarde lá e depois resolvem ir embora.

Eles chegam em casa às 4h e Emanuel ainda estava acordado. 

— Demoraram! - Diz ele.

— Relaxa... - Diz Thomas indo pro quarto enquanto as duas pararam para fala com ele.

— Foi muito legal... - Diz Raquel.

— Realmente, você podia repensar sua decisão né pai... - Diz Tabatha. 

Raquel sobe pro quarto e diz para Thomas: 

— Vai dormi já? O papai disse que a gente vai sair às 6h, nem vale a pena! 

— Verdade... mas não tem nada pra fazer! - Diz ele levantando.

— A gente podia... ah, não sei... - Diz ela.

— Eu vou lá fora no gramado um pouco! - Diz ele.

— Descalço? - Diz ela indo atrás.

— Vou jogar bola msm! - Diz ele descendo as escadas. 

Os dois ficam brincando, passando o tempo até que o sol nasce e Emanuel e Sandra acordam. 

Thomas e Raquel arrumam suas coisas e deixam na sala, prontos para ir embora.

Depois de se despedirem, entram no carro e Emanuel diz: 

— Sabe que vai ficar de castigo o resto do mês né? 

— É... sei! - Diz Thomas. 

— E falando em castigo, Raquel, meu anjo, por que sua roupa da noite da briga estava cheirando cigarro? - Diz Sandra virando para trás. - Eu sei que era uma festa e devia ter bastante gente fumando, mas você não fumou né? - Continua Sandra.

— Mas é isso mesmo, tinha muita gente fumando lá... mas eu, eu sai dessa! - Diz Raquel.

— Thomas? - Diz Emanuel.

— Que? - Diz Thomas manso.

— Ela tá falando a verdade? - Diz Emanuel.

— Tá, a gente ficou junto na festa! - Diz ele com a cabeça encostada na janela, quase dormindo.

— Estranho, a sua roupa não tinha nem metade do cheiro de cigarro que a roupa dela tinha! - Diz Emanuel.

— Sorte, se cheirou a minha mesmo ia sentir cheiro de vômito, nem de cigarro ia ser, não vem jogar verde pra cima de mim! - Diz  Thomas.

— Ok, ok! - Diz Emanuel.

Eles chegam rápido e descarregam o carro, Emanuel vai para o trabalho e Sandra vai ao mercado fazer compras. 

— Aí, eu vou chamar uma garota pra vir aqui, mas preciso que você meio que não... seja você! - Diz Raquel.

— Quer dizer?... - Diz ele.

— Não provoca tá? - Pede Raquel.

— Tá bom! - Diz Thomas rindo um pouquinho e indo pro computador. 

Thomas marca de sair com Gabi e com o Lipe em um parque. Thomas pega seu skate e desce as escadas, nesse momento a campainha toca. 

Ele abre a porta e sai dizendo: 

— Oi, ela tá no quarto, fecha a porta quando entrar, falo! 

Raquel desce antes da garota fechar a porta.

— Conheci o seu irmão! - Diz a garota rindo.

— Ah, ele foi um idiota? - Diz ela.

— Não, nem falou nada direito, engraçado! - Diz a garota. 

As duas sobem para o quarto mas antes, Raquel tranca a porta. 

No parque, Thomas encontras seus amigos e mais uma garota de 17 anos.

— Eae, gente! - Diz Thomas se sentando na grama com eles.

— O que aconteceu com você? - Diz Gabi passando a mão no olho roxo de Thomas.

— "Nossa, oi Thomas, que saudade", é, é, eu bati em um idiota aí... - Diz Thomas.

— Tá parecendo que não foi assim que aconteceu! - Diz a garota.

— Thomas essa é minha irmã, Mariana, se apresenta por favor! - Diz Gabi.

— Oi! - Diz Mariana com a cara fechada.

— Oi coisa fofa! - Diz Thomas.

Thomas e Lipe vão andar em skate uma hora. Quando Thomas vê que Gabi estava sozinha, vai até ela, se senta ao seu lado e diz: 

— E a senhora bom humor? 

— Ah, ela foi correr um pouco, deve estar por ai! - Diz Gabi.

— Vocês sempre saem juntas? - Diz Thomas.

— Sim... ela anda bem protetora e já que eu disse que ia sair com AMIGOS, ela veio junto! - Diz Gabi.

— Ahn... que chata... - Diz Thomas.

— É, se ela souber que a gente ficou ou que eu fumei, ela te mata! - Diz Gabi.

— O risco vale a pena! - Diz ele.

— Ela não tá aqui agora! - Diz Gabi chegando perto dele com o rosto.

Quando eles se beijam, Mariana aparece atrás deles e diz: 

— Se afastem um do outro, agora! 

— Mari... não tem nada a ver isso aqui! - Diz Gabi.

— Qual é, vocês tem um... um ano e meio de diferença! - Diz Thomas.

— Dois, exatos! - Diz Mariana.

— A gente faz aniversário no mesmo dia. - Diz Gabi.

— Mas isso não importa agora, vem, vamos pra casa Gabi! - Diz Mariana.

— Tá cedo! - Diz Gabi.

— Fodase! - Diz Mariana.

— Você não é minha mãe! - Diz Gabi.

— Não, sua mãe tá morta! - Diz Mariana.

— Iih... não precisava dessa! - Diz Thomas.

— E você, precisa de outro olho roxo? - Diz ela.

Thomas levanta e diz: 

— Tá pra nascer, quem vai conseguir fazer outro desse em mim! 

— Beija minha irmã de novo e eu te cego! - Diz Mariana puxando Gabi pelo braço e indo embora.

— Cara... a irmã dela é mó esquentada... - Diz Lipe.

— É, escrota também! - Diz Thomas.

— Sim... mas né, não vai querer encrenca com ela, ela luta muito bem! - Diz Lipe.

— Eu sei, vi o broche do tigre que ela tinha! - Diz Thomas pegando o skate e indo em direção a saída.

— Como sabe que isso é de luta? - Diz Lipe.

— Acho que treinei na mesma filial do dojo que ela! - Diz Thomas.

— Ah, você faz tudo? - Diz Lipe.

— Se jogar bola, jogar videogame e ter aulas de luta antigamente é tudo... tá ... eu faço! - Diz Thomas.

— Qual broche você tinha? - Diz Lipe.

— Dragão! - Diz Thomas.

— Você é melhor que ela então... quebra ela e fica com a Gabi! - Diz Lipe zoando.

— Não... Tigre e dragão tem a mesma imponência, é a mesma bosta! - Diz Thomas.

— Tá, que seja, por que ela tava tão brava? - Diz Lipe.

— Por causa de um beijo! - Diz Thomas. - Ridícula! 

Quando Thomas chega em casa, Sandra já tinha chego e ela diz: 

— Onde estava?

— Vendendo droga! - Diz Thomas subindo as escadas.

— Thomas! - Diz Raquel.

— Oi? - Diz ele parando na porta do quarto dela. 

— A mamãe falou alguma coisa pra você? - Diz ela.

— Não, por que? - Diz ele.

— É que a Rafaella tava indo embora e ai ela chegou bem na hora! - Diz Raquel.

— É o nome da sua namoradinha? - Diz ele.

— Ela não é minha... ah, não adianta falar isso com você, mas a mamãe falou alguma coisa ou não? - Diz Raquel.

— Não... - Diz Thomas.

Nesse momento a campainha toca e era a garota que tinha esquecido o celular.

— É ela, ela esqueceu o celular, toma, leva! - Diz Raquel dando o celular pra ele.

— Por que eu? - Diz Thomas.

— Porque falei pra mamãe que ela era sua namorada! - Diz Raquel.

— Nossa... tá zuando né? - Diz Thomas.

— Vai logo! - Diz Raquel.

Thomas desce as escadas e diz: 

— Oi amor, mals ter saído, foi meio de última hora! 

— Tudo bem, eu devia ter avisado! - Diz ela.

— Aqui seu celular! - Diz Thomas olhando pra ela com uma cara de tava pensando merda.

— Não quer ficar para o jantar? - Diz Sandra para a garota. 

— Fica, eu insisto! - Diz ele.

— Ahn... ok... - Diz a garota.

Os dois sobem e Thomas diz: 

— Aí, minha namorada vai ficar pro jantar! 

— Que? - Diz Raquel.

— Não deu pra recusar com alguém insistindo! - Diz Rafaella.

— Ah... entendi, você não presta! - Diz Raquel.

— O que? Eu vou amar jantar com a minha namorada! - Diz Thomas com um tom sarcástico e vai pro seu quarto.

No jantar, Thomas se sentou ao lado de Rafaella, ele ficou fazendo graça, abraçando ela, sempre provocando Raquel.

Quando todos terminam de comer, eles se sentam na sala, Thomas fica abraçado com Rafaella. Quando o pai dela chega, Thomas dá um beijo em sua bochecha e fala algo em seu ouvido.

Ele sobe pro quarto e Raquel vai atrás.

No quarto dele ela diz:    

— Eu vou acabar com você! 

— Ta bom! - Diz ele não dando moral.

Ela vai pra cima dele e encrava as unhas no peito dele. Ele começa a apertar a barriga dela com tanta força que começa a ficar roxo instantâneamente.

— Eu posso fazer isso a noite toda... - Diz ele tentando ignorar a dor.

— Eu... também! - Diz ela com cara de dor.

Ele passa o pé nela e faz ela cair no chão. Ela sobem em sua cama e pula nas costas de Thomas fazendo com que ele tropeçasse e os dois caíram no chão.

Raquel morde o braço esquerdo de Thomas, ele sem pensar morda a perna dela, um pouco pra cima do joelho.

— Vou ter que colocar coleira em vocês? - Diz Sandra entrando no quarto. 

— Ela que começou! - Diz ele.

— Olhem as mordidas, olhem bem esse roxo, olhem essas veias, pensem na dor que causaram um ao outro e depois saibam que estão proibidos de entrar um no quarto do outro! - Diz Sandra antes de sair do quarto.

— Ahn... desculpa, eu sei que eu provoquei... Maus! - Diz ele.

— É, foi um idiota! - Diz ela.

— Desculpa mesmo! - Diz ele rindo.

— Por que tá rindo? - Diz Raquel.

— Foi engraçado! - Diz ele.

— É... vou pegar álcool pra passar nessas merdas! - Diz ela.

Quando colocam um curativo no braço, ela vai para o seu quarto e ele fica no dele. 

Antes de dormir, Raquel tira o óculos, olha para a parte que estava meio quebrada e faz uma cara de desgosto. Porém, diz para si mesma " Idiota ou não... ele me ajudou de novo... mas ainda é um idiota!". E então ela dorme. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As CicaTRizes Que Nos Unem" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.