As CicaTRizes Que Nos Unem escrita por LieR2D


Capítulo 3
Primeiros Pontos


Notas iniciais do capítulo

É assim que laços começam?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/737343/chapter/3


— Cala boca! - Diz Thomas.
— Cala você, idiota! - Diz Raquel.
— Gente, é sábado de manhã, dá pra vocês serem mais calmos! - Diz Sandra.
— Tá, eu falo primeiro, eu preciso que você me deixe ir em uma festa! - Diz Thomas.
— Por que você primeiro? - Diz Raquel.
— Cala a boca, já falei! - Diz ele.
— Que festa? - Diz Sandra.
— Casa de um amigo! - Diz Thomas.
— E você Raquel? - Diz Sandra.
— Posso sair com umas amigas? - Diz Raquel.
— Onde vão? - Diz Sandra.
— Shopping e depois vamos pra casa da Alice! - Diz ela.
" Passo?" Dizem os dois ao mesmo tempo.
— Acho que podem, vou pensar, se vocês se comportarem... - Diz Sandra.
Mais pra tarde, 18:00, Alice passa na casa e Raquel vai com ela para o shopping. Como a festa de Thomas era só as 22:00, Sandra e Emanuel saem juntos e o deixam sozinho.
Ele pega o celular e liga para Gabriela e Lipe mandando os dois irem lá para depois irem a festa.
Gabriela chega primeiro, logo depois Lipe chega e os três ficam no quarto.
— O que vamos fazer até às 22? - Diz Gabi.
— Não sei, o querem fazer? Ah, só lembrando que estou sem maconha! - Diz Thomas.
— Então não sei! - Diz Lipe.
— Eu acho que eu devia pegar a Gabriela! - Sussurra pra si mesmo.
— Que? - Diz Gabi.
— O que? - Diz Thomas se fazendo de desentendido.
— Ham... nada! - Diz ela.
As 22 os três chegam na festa e Thomas diz:
— Cara... por que ainda tô sóbrio?
— Somos dois! - Diz Lipe.
— Só dois mesmo! - Diz Gabi.
— Qual é... - Diz Thomas pra ela.
— Não vou me embebedar pra não lembrar o que fiz... e tenho que ir na igreja amanhã! - Diz Gabriela.
Quando ela termina de falar, olha para os dois e eles estão virando doses de tequila.
— Valeu em! - Diz ela.
— A desculpa, toma! - Diz Thomas dando um copo pra ela.
Ela vira e os três começam a beber, ela bem menos que os dois.
Uma hora da manhã, Thomas e Lipe estavam muito bêbados, um cara de uns 19 anos chega no Lipe e os dois vão para fora da casa.
— Lipe é gay? - Diz Thomas no ouvido da Gabi.
— Sim, você não sabia? - Diz ele.
— Jogo com esse corno a sei lá quantos anos e ele nunca me falou! - Diz Thomas.
— Você não é homofóbico né? - Diz ela.
— Não... não, mas assim, o que faz meu tipo é você! - Diz Thomas segurando ela pela cintura.
— E por que pensa que o meu gosto é você? - Diz ela sorrindo com o rosto colado no dele.
— Eu não penso... - Diz ele a beijando.
Depois de um tempo, Thomas estava meio tonto e eles decidiram ir embora.
— Tá bem? - Diz Gabi.
— Tô! - Diz Thomas enquanto eles não estavam nem na metade do caminho.
Enquanto isso, na praça perto da casa deles, Raquel estava pegando uma garota quando todos escutam um grito.
— Mateus, o que foi isso? - Diz Raquel.
— Não sei, parece de criança. - Diz ele.
Quando eles vêem tem uma garotinha loira de uns 12 anos no meio da rua jogada com uma maior de uns 19 de pé na frente dela.
— Não, não, não, não... - Diz Raquel levantando enquanto não conseguia parar de olhar pra elas.
— É a Jéssica? - Diz Mateus bravo.
— Com certeza... e... os amigos dela... vamos embora? - Diz Raquel.
— E a garota? - Diz Alice.
— Alguém vem ajudar ela! - Diz a garota que a Raquel estava pegando.
Nisso Thomas e os outros dois viram da esquina de frente pra rua que a garota está jogada.
— Para de chorar que nem bebê, tá me irritando. - Diz Jéssica para a garota.
— Mas eu só disse que estava com sono... - Diz a garota.
— Elisabeth, quer que eu te castigue de novo? - Diz Jéssica levantando ela a força pelo braço.
— Não, desculpa! - Diz a garota.
— Que bom! - Diz Jéssica se abaixando e dando um beijo em Elisabeth.
— Não... eu não gosto disso. - Diz Elisabeth.
Jéssica nisso da um soco na cara de Elisabete e joga no meio da rua de novo, Elisabeth rala os braços quando cai e Jéssica da mais socos em seu rosto.
Thomas não conseguia ver muito mas já tinha entendido a situação.
— AE, PARA COM ISSO! - Grita ele.
— Não, para! - Diz Gabriela segurando ele.
Ele vai em direção a eles e diz para Elisabeth:
— Ei... tá bem?
Ela não responde, como se tivesse medo de Thomas.
— Boa menina! - Diz Jéssica.
— Você tá louca? É uma criança! - Diz Thomas para Jéssica.
— Sai daqui vai! - Diz Jéssica ignorando Thomas.
Ela pega Elisabeth, olha pra ela brava e Elisabeth diz para Thomas:
— Eu tô bem, ele tava brincando, foi sem querer!
— Escutou né, agora some! - Diz Jéssica.
— O nariz dela tá sangrando, vai se fuder! - Diz Thomas nervo.
Jéssica o empurra e quando dois dos caras que estavam com ela iam pra cima de Thomas, Raquel aparece e diz:
— Vamos pra casa!
— Que? deixar ela aqui? - Diz ele.
— Oi Raquel... que saudade, lembra da gente? - Diz Jéssica.
— Como não lembrar... - Diz Raquel colocando a mão na cicatriz. - Vamos Thomas. - Diz ela puxando ele pelo braço.
Jéssica coloca a mão nas costas de Elisabeth e a arranha, Elisabeth lacrimejando diz:
— Vão embora, por favor!
Jéssica tira a mão de Elisabeth e está com um pouco de sangue nas unhas, nisso Thomas com muita raiva empurra ela e quando os amigos dela vão para cima dele, ele pega um canivete no bolso e só aponta pra eles.
— Vem! - Diz Thomas.
Os caras recuam e Jéssica diz:
— Entrem no carro, vamos embora!
Quando Elisabeth ia em direção ao carro, Jéssica puxa o cabelo dela e diz:
— Acha que merece ir?
— Eu não fiz nada!!!! - Diz Elisabeth desesperada.
— Para de chorar! - Diz Jéssica nervosa cuspindo na cara dela e a jogando no chão.
Quando eles saem com o carro, Thomas senta Elisabeth em um banco da praça e diz:
— Ei, onde você mora?
— Lua azul... - Diz ela insegura.
Thomas olha pra Raquel e ela diz:
— Outro lado da cidade, impossível levar ela...
— Bom... tá tudo bem você dormir em casa, Elisabeth? - Diz Thomas.
— Não conheço vocês! - Diz ela.
— Somos legais, não somos como aquela escrota! - Diz Thomas.
— Ah... tá... - Diz ela.
Chegando na casa, Raquel e Gabi vão trocar Elisabeth e Thomas e Lipe ficam na sala.
— Cara... que bad... - Diz Lipe.
— É... EU VOU ARRANCAR OS PULMÕES DAQUELA GAROTA! - Diz Thomas nervoso.
Depois de um tempo, as duas descem e Thomas diz:
— Cadê ela? - Diz Thomas.
— Dormindo, na sua cama! - Diz Raquel.
— Beleza... eu durmo no sofá aqui... como ela tá? - Diz Thomas.
— Cicatrizes e hematomas, muitos, mas parece estar bem! - Diz Raquel.
— Aaah... vaca! - Diz Thomas.
— Eu vou subir, falei que ia dormir com ela, tudo bem? - Diz Gabriela.
— Tudo bem, vai lá, boa noite! - Diz Thomas pra ela.
— Sabe quando pai e a mamãe chegam? - Diz Raquel.
— Não sei, mas quando chegarem é bom a gente estar dormindo em Nárnia já! - Diz Thomas.
— Verdade, bom... boa noite pra vocês! - Diz ela indo pro segundo andar.
Ela volta dois minutos depois, dá umas cobertas pra eles e sobe de novo.
— Cara... minha brisa passou 100 %, que merda... - Diz Thomas.
— Você teve que ser responsável, normal, mas foi chato... a noite tava daora... - Diz Lipe.
— Verdade! - Diz Thomas dormindo.
— Caralho em, vai tomar no cu, já, meu Deus... Já dormiu! - Diz Lipe.
— Ahn.... ah... boa noite... - Diz Thomas sem acordar.
— Boa noite! - Diz Lipe se virando enrolado nas cobertas.
As 5 da manhã Thomas acorda e vai vomitar no banheiro, quando ele termina e está levando a boca, Elisabeth entra no banheiro rápido e vomita também, ela se ajoelha de frente para a privada, faz um coque no cabelo e começa a vomitar. Thomas fica com ela até que ela acabe e diz:
— Tava passando mal? Quer um remédio?
— Não, é só por causa da bebida... - Diz ela ainda se sentindo mal.
— Você bebe, quantos anos você tem? - Diz Thomas.
— 12... - Diz ela.
— Qual é, não tá muito nova ainda? Por que bebe? - Diz ele.
— Porque... é bom, é o que a Jéssica diz... - Diz Elisabeth lavando a boca.
— Aquela vadia... - Diz Thomas nervoso.
Nisso Elisabeth não responde e os dois descem pra cozinha, Thomas pega um brigadeiro de colher na geladeira, pega duas colheres e senta na mesa de jantar de frente para Elisabeth.
— Come, glicose é bom depois de beber muito! - Diz ele.
— Valeu... - Diz ela meio envergonhada.
— Eae... você estuda aonde? - Diz Thomas.
— Colégio Lua azul, é perto de casa... - Diz ela. - E você?
— Não lembro o nome, me mudei pra cá a pouco tempo... - Diz ele.
— Mas a Raquel disse que vocês eram irmãos! - Diz Elisabeth
— Mas nós somos! - Diz ele.
— Brigam muito? - Diz ela comendo.
— É, olha, essa cicatriz na minha sombrancelha, foi ela! - Diz ele.
— Nossa... ela não gosta de você? - Diz ela.
— Acho que gosta, embora a gente se provoque, no fundo gosta sim! - Diz ele. - e você, tem irmãos? - Pergunta ele.
— Não... a Jéssica cuida de mim as vezes... - Diz ela.
— Você gosta dela? - Diz Thomas.
— Ela cuidou muito de mim e também... - Dizia ela até ser interrompida.
— Como pode gostar de alguém que te fez tanto mal? - Diz Thomas.
— Não é ela que me dá cicatrizes... não a maioria... as vezes ela só bate... - Diz Elisabeth.
— Ei... o que estão fazendo? - Diz Gabriela chegando na mesa.
— Conversando e comendo brigadeiro, junte-se a nós, madame! - Diz Thomas.
Ela se senta do lado de Thomas e Elisabeth pergunta:
— Vocês namoram?
— Ahn... não, não, somos amigos! - Diz Thomas.
— Parecem namorados, vocês combinam... - Diz Elisabeth.
— Quem sabe mais pra frente eu peça ela em namoro! - Diz Thomas.
Gabriela olha pra ele surpresa e ele diz brincando:
— O que foi, eu sei, eu sou demais, eu também gostaria de namorar comigo mesmo!
— Há, convencido! - Diz Gabriela.
— Sei... aham, vocês já se pegaram! - Diz Elisabeth.
— Será que já? - Diz Thomas abraçando Gabriela.
— É... - Diz ela envergonhada.
— Ah, que fofos! - Diz Elisabeth.
Mais de manhã, todos estavam acordados e Elisabeth liga para seu pai ir buscá-la. Quando ele chega, Thomas e Raquel acompanham ela até o portão. Quando ele sai do carro, está muito bravo, Thomas vai comprimentalo, mas quando chega perto, o homem da um soco na cara de Thomas que o faz abaixar com a mão no rosto.
— Filho da puta... - Diz Thomas com a mão no olho.
— O que você fez com a minha filha? - Grita o homem chutando Thomas e o fazendo cair no chão.
— Eu vou... matar esse cara... Raquel..! - Diz Thomas.
— Pai para, eles me ajudaram! - Diz Elisabeth.
— Você vai pro carro! - Diz ele.
— Não, não machuca ele! - Diz Elisabeth.
— Vai pro carro! - Grita ele dando um tapa muito forte na cara de Elisabeth.
— Vai se fuder, meu irmão não fez nada, a gente ajudou ela! - Diz Raquel.
Elisabeth olha para eles com a marca dos dedos de seu pai em seu rosto e diz antes de entrar no carro:
— Desculpa...
— Se você é irmã dele, ajudou a fazer isso! - Diz o cara.
— Fazer o que? - Diz Raquel se afastando devagar.
— Não sabe né... Jéssica me falou sobre vocês! - Diz ele nervoso.
— Aquela vaca... - Diz Thomas levantando.
— Acredita mesmo nela? Ela bate na sua filha, não vê as cicatrizes dela, como não vê tudo aquilo! - Diz Raquel sem saber que era ele quem mais fazia mal a Elisabeth.
— Não foi a Jéssica, não todas, 4 ou 5 talvez, mas todas não, foi ele, por que você tá tão preocupado com ela, se ela é só seu saco de pancadas... e só falo isso porque não quero acreditar no pior! - Diz Thomas.
O homem após escutar isso tenta dar mais um soco em Thomas mas pega de raspão no ombro.
— O que está havendo aqui? - Diz Emanuel saindo para fora da casa.
— Seus filhos mal educados sequestraram minha filha ontem! - Diz o homem nervoso indo em direção ao Emanuel.
— Tenho certeza que meus filhos não fariam isso! - Diz Emanuel.
— Cuidado Emanuel, ele se preocupa muito com o brinquedo sexual dele! - Diz Thomas se levantando.
O Homem pega Thomas pela gola e diz:
— Não fala do que não sabe garoto!
— Solta ele agora! - Diz Emanuel puxando o homem para trás.
Quando o homem solta Thomas, Raquel da um tapa na cara dele e ele diz:
— De que lado você tá, idiota? - Thomas.
— Não se refira a ela desse jeito de novo! - Diz Raquel.
— Saia da minha casa agora, ou eu chamo a polícia! - Diz Emanuel.
— Não cheguem perto da minha filha de novo! - Diz o homem já na calçada.
Thomas de pé olha pra Elisabeth e vê ela chorando, assim que entra no carro o pai dela a manda calar a boca e ela simplesmente olha para baixo.
— Eu vou acabar com esse cara, sério! - Diz Thomas.
— Você não vai fazer nada, Thomas, vai ficar bem longe dele! - Diz Emanuel.
— Qual é, acha que eu vou deixar ele fazer isso comigo e simplesmente sair de carrinho por aí? - Diz Thomas.
— Isso não é sobre você, Thomas... - Antes que Raquel continuasse a frase, Thomas aponta aponta seu olho e diz nervoso:
— Isso é sobre mim!
Ele entra em casa, quando Gabi e Sandra olham pra ele, dizem ao mesmo tempo:
— O que aconteceu?
— O pai da Elisabeth cavou a cova dele, cadê o Lipe? - Diz ele subindo as escadas.
— No seu quarto! - Diz Gabi.
— Lipe, vem comigo! - Diz ele entrando rápido no quarto.
Ele coloca um moletom e um tênis de basquete, coloca o boné com a aba para trás segurando o cabelo.
— Não é mais fácil prender? - Diz Lipe.
— Odeio prender o cabelo! - Diz Thomas.
Os dois descem e quando vai sair pela porta ela está trancada.
— Não vai a lugar nenhum, filho! - Diz Emanuel.
— Primeiro... cala a boca, eu não sou seu filho, segundo, abre a porta! - Diz Thomas nervoso.
— Cala a boca você, você não manda aqui, vai sentar e escutar, chega desse nervosismo! - Diz Emanuel.
— Tá... tá bom... - Diz Thomas parecendo calmo.
Emanuel fez todos se sentarem na mesa e perguntava o que aconteceu. Enquanto todos falavam Thomas ficava com um olhar sério.
— O que ela disse pra você Thomas? - Diz Emanuel.
— Se me levar até ele eu falo! - Diz ele Thomas.
— Eu vou falar com ele, ele entendeu tudo errado! - Diz Emanuel.
— Fodase... - Diz Thomas subindo para o quarto! - Gabriela vem aqui, por favor! - Diz Thomas subindo as escadas.
— O que foi? - Diz ela quando os dois já estão no quarto.
— Como tá meu olho? - Diz ele.
— Roxo... porra, aquele cara é um idiota! - Diz ela olhando de perto...
Ele vira o rosto e ela diz:
— Não é melhor colocar um Band aid aí?
— No olho? - Diz ele.
— Sei lá, uma pomada! - Diz ela.
— Depois! - Diz ele.
— O que vai fazer? - Diz ela.
— Não tem como sair com a porta daquele jeito, mas relaxa, eles não vão me prender aqui pra sempre! - Diz Thomas.
— Por que ele te bateu assim? - Diz ela.
— Sei lá... ele disse que a gente obrigou ela a vir pra cá... cara idiota... - Diz Thomas.
— Ahn... você ajuda e acaba se fudendo! - Diz Gabi.
— Relaxa... ossos do ofício. - Diz ele deitando na cama.
Mais tarde, Gabi, Lipe e as amigas de Raquel vão embora e Thomas dorme.
De madrugada Thomas acorda, pega o celular e diz para si mesmo:
— Que merda... 4:50... ahn, odeio isso!
Ele se levanta e vai até a mesa do computador de seu quarto, ele liga o computador e vai ao banheiro. Depois ele vai até a cozinha e quando estava voltando com um lanche e suco da de frente com Raquel.
— Te acordei? - Diz ele.
— Na verdade, eu ainda não dormi! - Diz ela bocejando. - E você?
— Sei lá, acordei só... Vou jogar, boa noite! - Diz ele entrando no quarto e fechando a porta com o pé.
Raquel vai ao banheiro e depois vai dormir.
As 6 horas, quando Sandra vai acordar Thomas ela vê ele jogando, chega perto e tira o computador da tomada.
— Porra mãe, era ranqueada... - Diz ele meio bravo.
— Não quero saber, virou a noite de novo? - Diz ela.
— Até parece que não sabe que eu tô com insônia faz um ano! - Diz ele levantando na cadeira.
— Se apronta vai! - Diz ela saindo do quarto.
No caminho pra escola, Thomas vai dormindo. Chegando lá ele diz:
— Qual o horário de sair daqui mesmo?
— Você tá brincando né? Eu te falei umas 6 vezes! - Diz Raquel.
— Não... não lembro... - Diz ele bocejando.
— 13:00! - Diz ela.
— Tá, falo! - Diz ele indo pra sala.
Chegando na sala, Raquel se senta do lado de Alice e deita na mochila. Thomas em sua sala faz a mesma coisa, só que se senta no fundo da sala, na fileira da parede e dorme instantâneamente debruçado na mochila.
Quando o professor entra na sala, manda eles apresentarem os trabalhos.
— Thomas, Ow! - Diz Lipe cutucando ele.
— Que foi mano? - Diz Thomas.
— A gente vai ter que apresentar o trabalho! - Diz Lipe.
— Puta merda... tá bom, fazer o que... - Diz Thomas.
Lá na frente da sala, os três apresentaram tudo e no final o professor perguntou:
— Quem pesquisou tudo isso?
— Thomas! - Diz Gabi.
— Muito bom, bem completo, podem se sentar! - Diz o professor.
Thomas se senta e volta a dormir. Enquanto isso na sala de Raquel, dois garotos ficaram jogando bolinhas de papel em uma garota nova. A garota se irrita e os xinga. Como a professora não viu eles irritando a garota, mandou só ela para a diretoria.
Raquel incomodada diz:
— Por que só mandou ela se os dois estavam irritando ela?
— Eu não vi nada! - Diz a professora.
— Tem gente que só ver o que quer! - Diz Raquel.
— Quer ir pra diretoria também? - Diz a professora.
— Deixa quieto... - Diz Raquel.
No intervalo os garotos chegam em Raquel e um deles diz:
— Tá brincando com perigo, garota!
— É o que vocês acham? Perigo? Vocês devem usar fralda ainda! - Diz ela sem dar muita moral enquanto lê um livro.
O outro garoto tira o livro e joga no chão dizendo:
— Cheia de marra né!?
— Pega! - Diz Raquel brava.
— Iih, alá, você deixou ela bravinha! - Diz um dos garotos.
— Vai buscar no inferno essa merda! - Diz o garoto chutando o livro que foi pra longe raspando no chão.
Imediatamente Raquel se levanta e da um soco na cara do que chutou o livro, depois chuta seu saco e o derruba no chão. O outro pega ela pelo cabelo e da um soco na sua cara fazendo seu óculos cair no chão, rachando a lente.
O nariz dela começa a sangrar, ela pega o óculos do chão e vai correndo pro banheiro.
Depois de limpar o sangue e o nariz parar de sangrar, ela vê que a armação do óculos tinha quebrado também. Quando ela sai do banheiro o intervalo já tinha acabado e o professor não deixa ela entrar na sala.
Thomas sai pra beber água e vê ela em um banco, ele vai falar com ela e diz:
— Eu tô com o seu livro!
— Valeu... - Diz ela.
— Por que ele tava todo fudido daquele jeito? E por que seu óculos tá quebrado? - Pergunta ele um pouco preocupado.
— Ahn, longa história, depois eu te falo! - Diz ela.
— Beleza, tô indo! - Diz ele indo perder tempo de aula.
Na saída da escola, enquanto esperavam Sandra, Thomas estava conversando com Gabi e Raquel estava sozinha. Nisso os dois garotos foram incomodar ela de novo, ela estava com o óculos e com o livro na mão, eles pegam os dois, jogam no chão e pisam em cima.
Thomas vê isso e fica muito nervoso. Depois eles jogam ela no chão. Ela se levanta e quando ia bater neles, Thomas da um soco muito forte bem no meio da cara de um e depois pega o outro e fica forçando a cara dele em um poste. Sandra chega e apenas grita:
— Thomas, carro, agora!
— Vocês são sortudos! - Diz Thomas jogando o garoto no chão e entrando no carro.
Raquel pega seu livro e alguns restos do seu óculos e entra no carro também.
— Você não aprende né? Meu Deus, quando vai parar com isso? - Diz Sandra nervosa.
— Você nem sabe o que aconteceu! - Diz ele.
— Nada justifica isso! - Diz Sandra muito brava.
— Raquel, me dá seu óculos! - Diz Thomas.
Ela não fala nada, só dá pra ele os restos que pegou do chão.
— Isso justifica? - Diz ele com muita raiva apertando os destroços.
— Vai cortar a mão! - Diz Sandra.
— Fodase! - Diz ele jogando tudo pela janela.
— O que fizeram com você Raquel? - Diz Sandra.
— Começaram a me encher e aí... eu retruquei e ficaram bravos. - Diz ela.
— Amanhã a gente resolve isso! - Diz Thomas.
— Não, amanhã EU e o EMANUEL vamos resolver isso. Se possível, hoje! - Diz Sandra.
Quando chegam, Thomas vai pro quarto, quando desce pra almoçar, começam a conversar sobre os garotos.
— Esses garotos precisam de uma lição! - Diz Emanuel.
— Eu acho que o Thomas quebrou o nariz de um! - Diz Raquel.
— Espero que sim! - Diz Thomas.
Depois do almoço, Sandra e Emanuel foram trabalhar e Thomas e Raquel ficaram em casa.
— Que merda... não consigo ler... - Diz Raquel para si mesma.
Thomas passando pelo corredor, escuta e diz:
— Quer ajuda aí?
— Não, valeu, não quero mais ler! - Diz ela se deitando na cama.
— Quanto tempo demora pra um óculos ficar pronto? - Diz ele.
— Sem exame é rápido... mas ainda sim vai fazer falta! - Diz ela.
— Quebrar aqueles moleques também! Por que te encheram o saco? - Diz Thomas.
— Estavam enchendo o saco de uma garota, ai, ela foi punida. Eu falei que eles provocaram ela e eles vieram tirar satisfações comigo depois... Homem é um bicho nojento! - Diz ela.
— Ow! - Diz Thomas.
— Você é um pouquinho menos, eu acho né! - Diz ela.
— Ah tá, valeu em, da próxima eu deixo encherem seu saco! - Diz Thomas.
— Não preciso de ajuda! - Diz ela.
— Sério? Lê isso que o Lipe me mandou pra mim então? - Diz ele colocando o celular na frente dela.
— Idiota! - Diz ela.
— Sempre fui! - Diz ele.
Ele pensa um pouco e diz:
— Tem farmácia aqui perto?
— Não é muito perto, mas tem! - Diz ela. - por que?
— Quero comprar uns remédios pra um experimento de química. Vai comigo? - Diz ele.
— Beleza... - Diz ela pegando seus óculos velhos.
Quando chegam na farmácia, Thomas tira várias e várias receitas médicas da mochila e da ao farmacêutico. Quando o homem sai de perto pra ir buscar os remédios, Raquel diz:
— Você falsificou tudo isso? Relaxantes musculares, calmantes, muita tarja preta... como consegue?
— Como sabe que é falso? - Diz ele.
— É seu jeitinho! - Diz Raquel.
— Oon, que bom que já me conhece, Maninha! - Diz ele ironicamente.
Depois de pagar os dois vão para casa e ele sobe pro quarto.
Thomas joga as sacolas com remédio na sua mesa, se deita e fica sério.
— É, amanhã vão fazer dois anos cara, me desculpa! - Diz ele lacrimejando.
Ele pega na sua mochila um pouco de maconha que tinha pego com Lipe, fuma no quarto mesmo, e começa a tomar os remédios. Depois de meia hora Raquel escuta um barulho e vai ver.
— Thomas, o que você tá fazendo, tá bem? - Diz ela indo rapidamente em direção a ele quando abriu a porta.
— Relaxa, sai daqui! - Diz ele se levantando todo torto.
— Você tomou os remédios né? - Diz ela.
— Não... - Diz ele tonto.
— Thomas, quantos você tomou! - Diz ela nervosa.
— Nem a metade do que eu vou tomar se você não parar de me encher! - Diz ele.
Ela vai até às sacolas, abre e vê que não tinha quase mais nada.
— VOCÊ TOMOU QUASE TUDO! VAI MORRER, IDIOTA! - Grita ela nervosa.
— Não, cala a boca, eu só tô muito chapado... - Diz ele antes de cair no chão e desmaiar.
Raquel desesperada coloca a cabeça dele no colo dela, e fica gritando "acorda". Ela começa a dar tapas na cara dele até que ele acorda.
— Caralho... para com isso... - Diz ele com uma voz fraca.
— Vomitar... é isso, VÔMITA, você tem que vomitar tudo! - Diz ela.
— Não ... vou... - Diz ele já fechando os olhos de novo.
— Você não me deixa escolha! - Diz ela.
Nisso Raquel da o tapa mais forte que consegue nele, vira a cabeça dele pro lado e enfia os seus dedos na garganta de Thomas.
Ele vomita imediatamente e se vira pro chão para vomitar. Ele vomita muito e em todo o vômito havia vários remédios, de várias cores e formatos.
Raquel pega o celular e liga pra Sandra.
— O que foi, querida? - Diz Sandra.
— Mãe, o Thomas, ele, tá tipo, morrendo aqui, ele tomou vários remédios, alguém tem que levar ele pro hospital. - Diz Raquel desesperada.
— Eu tô indo, esperem fora de casa, rápido! - diz Sandra já desligando.
Raquel coloca o braço de Thomas por volta do pescoço dela e tenta levá-lo até embaixo. Na escada, no primeiro degrau, Thomas tropeça e os dois descem as escadas rolando.
Ele tinha caído em cima dela, ela sai de baixo e com muita força o arrasta até a porta e fica pro lado de fora.
Quando Sandra e Emanuel chegam, colocam ele no carro e vão rápido para o hospital.
Depois que chegam e o médico faz tratamento em Thomas. O médico vai falar com a família e principalmente com a Raquel.
— Como ele estava? - Diz o médico.
— Caindo, falando que tava só chapado... esse tipo de coisa! - Diz Raquel.
— Bom... a notícia boa, é que isso não foi tentativa de suicídio, já a ruim é que quase foi, a morte bateu na porta dele e foi embora. Que bom que você fez ele vomitar os remédios, salvou a vida do seu irmão! - Diz o médico antes de voltar para dentro.
Thomas sai do pronto atendimento mancando e simplesmente diz:
— Vamos pra casa?
Quando chegam, Sandra limpa o vômito do quarto dele e ele vai dormir, mas antes passa no quarto de Raquel.
— Ei... desculpa... - Diz ele.
— Por que, por quase ter se matado, ou por ter jogado a gente do segundo andar? - Diz ela.
— Ah, os dois cê pá... - Diz ele. - Você se machucou?
— Só o cotovelo e a testa, mas não é nada! - Diz ela.
— Tá, já volto! - Diz ele descendo as escadas rápido.
Ele volta pro quarto com uma sacola de gelo e diz:
— Tó, tá bem feinho! - Diz ele.
— Tá tentando redimir sua burrisse? - Diz ela colocando o gelo na testa.
— Depende... tô conseguindo? - Diz ele rindo.
— Vai dormir vai, você tem que descansar, Brother! - Diz ela.
— Me chamou de que? - Diz ele sorrindo.
— Tchau Thomas! - Diz ela colocando ele pra fora do quarto e fechando a porta! - Vê se descansa, boa noite!
— Boa noite, Maninha! - Diz ele.
Ele entra no seu quarto, fecha a porta e se deita. Deitado ele diz para si mesmo " Se não fosse ela eu estaria morto... será que era mesmo pra nossas vidas terem se juntado? ". Já no quarto de Raquel ela estava pensando " Que merda ele tava pensando, se não fosse eu ele estaria morto, será que era mesmo pra essa junção ter acontecido... e se não tivesse, ele ia estar morto?". E no fim dormem os dois pensando nisso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigado por terem lido, espero que gostem! ~ LieR2D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As CicaTRizes Que Nos Unem" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.