Old Habits escrita por kelly pimentel


Capítulo 13
Felizes para sempre? – parte 2.




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—Vai mesmo ficar? – Pergunto a Felipe quando caminhamos em direção ao local da cerimônia. Ele havia chorado um pouco depois que Clara e MB nos deixaram em frente ao chalé, mas agora parecia mais calmo, ou pelo menos tão calmo quanto alguém em sua situação poderia estar.

—Vou. Acho que se eu não vir, não vou acreditar. Talvez isso me faça bem, talvez seja o que eu precise para seguir em frente. Eu quero que ela seja feliz, ela merece. -Felipe me responde cabisbaixo. Sinto meu coração doer pelo meu amigo, não sei se seria tão forte quanto ele, mas entendo que poderia sim estar passando pelo mesmo, eu deixei a pessoa que amo de lado por muito tempo, negligencie o que sentia. Na verdade, se o próprio MB não tivesse insistido, se o acaso ou destino, chame do que quiser, não tivesse alterado as circunstâncias, muito provavelmente, teríamos seguido por caminhos diferentes, e em algum momento, só depois de perde-lo, eu entenderia o que sinto, e então seria tarde demais. 

—Ok. – Afirmo. -Meu lugar é lá na frente, sou uma das madrinhas, mas fica perto do Guto e da Benê, ou sei lá... apenas não...

—Tudo bem Lica. Obrigada, obrigada por tudo.

—Achei que você estaria me odiando agora, mas eu juro que não pensei que ela pudesse seguir com o casamento.  – Afirmo abraçando-o.

—Não. Eu sou grato. – Ele diz segurando na minha mão carinhosamente. – Obrigado por ter me dito o que eu precisava ouvir. Eu teria me arrependido amargamente se não tivesse tentado. Está sendo terrível, mas vai ser melhor a longo prazo. – Meu amigo afirma.

Com tudo pronto, começamos a fazer a entrada. O noivo é o primeiro a entrar, acompanhando de sua mãe. Em seguida, Eu e MB somos o primeiro dos casais de padrinhos, são quatro no total. Por fim, Clara entra, de braços dados com Luis. Ela está linda, embora eu a conheça bem o suficiente para saber que ela não está bem, eu conheço aquele olhar perdido, o sorriso forçado. Me sinto mal por ter colocando-a naquela situação. Então ela chega até o altar, Luis beija seu rosto e aperta a mão do noivo, deixando a filha e ocupando seu lugar na cerimônia. Clara me entrega o buquê para segurar e eu dou um sorriso encorajador para ela.

Os ritos iniciais da cerimônia ocorrem normalmente, até que o padre pergunta se alguém ali se opõe ao casamento e eu posso notar Clara perdendo a respiração, ela faz muito isso, fazia muito mais quando éramos adolescentes, era como se ela simplesmente não pudesse respirar, como se algo pesado estivesse apertando seu peito, foi naquele momento que eu tive cem por cento de certeza de que aquele casamento era um erro e eu mesma teria dito que tinha algo contra aquela união se já não tivesse causado danos suficientes para um só dia. Ninguém diz nada e então chega a parte em que o padre pergunta se eles aceitam um ao outro, o noivo responde rapidamente, mas Clara começa a falar e trava, ela simplesmente não consegue dizer “aceito”, e então, depois de um silêncio constrangedor, minha irmã sai correndo, deixando todos boquiabertos.

Tanto eu quanto Malu tentamos ir atrás de Clara, e acabamos nos esbarrando. A fúria dela se direciona para mim imediatamente, e antes que eu possa perceber estou segurando minha barriga de forma protetiva enquanto ela grita que aquilo tudo é provavelmente culpa minha, que antes de eu aparecer no quarto onde Clara estava se arrumando, pedindo para falar com ela em particular, tudo estava bem. E é claro que ela não estava errada, mas MB se coloca entre nós duas, uma das mãos segurando a minha e tudo que consigo absorver é o momento em que ele diz que ela levantar a voz novamente para mim, vai se arrepender.

 -Não esqueça o que eu sei sobre você Malu. MB afirma encarando-a, e a mulher simplesmente vai embora. Minha mãe se aproxima e me abraça, sinto meu corpo tremer, ela pergunta se estou bem, e faz com que eu me sente, mas tudo que eu consigo pensar é 1) Onde está Clara? 2) O que MB sabe sobre Malu?

A primeira pergunta é respondida por Guto que me conta que Felipe e Clara foram embora juntos, os mais de duzentos convidados estão lá, Luis pede para que comida seja servida, que a banda comece a tocar e vai tentar resolver as coisas com a família do noivo, mas apesar dos esforços do meu padrasto, a maioria das pessoas vão embora. Nosso pequeno grupo decide ficar, Tina e Anderson estão dançando, assim como Keyla e Tato, enquanto isso Guto, Benê e Samantha conversam, já eu eu MB estamos mais afastados, eu estou sentada numa cadeira, os pés para cima, apoiados no colo dele.

—Tem certeza de que está bem?

—Tenho MB. – Digo dando um sorriso na tentativa de acalmá-lo.

—Quem aquela maluca pensa que é para gritar com você, principalmente com você nesse estado. Lica, se algo acontecesse com você, com a nossa filha...

—Ei, estamos bem. Tá tudo bem. – Afirmo esticando minha mão na direção da dele, MB a segura e força um sorriso. -Agora me diga, o que você sabe sobre Malu?

—Não quero fala sobre isso. – Ele diz.

—Ah, mas vai. – Pontuo encarando-o. – E vai ser agora.

MB passa a mão no rosto e me encara.

—É coisa antiga, mas ela e meu pai tiveram um caso.

—Eu sei disso. – Conto. – Nunca havíamos conversando sobre o assunto, mas Clara havia me contado.

—Isso não é tudo, essa não é a parte ilegal. Meu pai tinha alguns contratos duvidosos e a sua madrasta era responsável por ele. As assinaturas dela estavam por toda parte. Eu guardei todos os documentos, tenho provas de tudo que ela fez, eu nunca usei porque, bem, eu não podia fazer isso com a Clara.

—Meu Deus! – Afirmo. – Eu sabia que ela era terrível, mas não sabia que... você não deveria estar trabalhando com seu pai, ele ainda faz essas coisas MB? Seja honesto comigo... eu não quero que a nossa filha um dia acorde e veja o pai sendo preso...

—Não! Se ele faz, é em outra empresa. Eu sei tudo da contabilidade, eu vejo cada projeto, confie em mim, eu nunca deixaria meu pai me meter nesse tipo de coisa, eu fui bem claro quando comecei a trabalhar com ele.

—Eu sei que já falamos sobre isso ontem, mas você precisa cair fora. Você tem a herança da sua mãe.

—Eu não posso usar até completar 28 anos. Meu pai foi esperto o suficiente nisso.

—São só mais dois anos, tudo bem. Até lá, você pode ser meu gigolô. – Digo sorrindo. – Ou, em uma opção menos prazerosa, você pode simplesmente voltar a fazer o que ama.

—Eu já te disse que a coisa que eu amo é ficar perto de você, então, bem, gigolô, você pretende assinar minha carteira? Pagar FGTS? Esse tipo de coisa...

—Tá contratado! – Afirmo me ajustando na cadeira para levantar. – Sua primeira tarefa é levantar dessa cadeira e dançar comigo.

—Esse vai ser o melhor de todos os empregos que eu já tive. -MB sorri.

..........x..........

MESES DEPOIS 

“Já estamos no aeroporto” a mensagem de Keyla no grupo informa. “Nós também” Benê escreve “apenas esperando Guto tirar tudo do Uber”. Ellen manda uma foto dela, ao fundo, podemos ver Tina que está sorrindo. Elas já estão no Japão para o casamento de Tina e Anderson, todos deveríamos ter ido dias antes para aproveitar mais o lugar, fazer um pouco de turismo, mas Keyla teve um problema na Universidade, Guto e Benê tinham recitais no Brasil, e eu e MB tínhamos todo um universo deslocado para o eixo que estava agora sendo embalado nos braços: nossa filha.

—Acha que deveríamos mesmo deixá-la? – Pergunto encarando MB pelo retrovisor central, ele estava embalando-a do jeito que ela gosta, do jeito que faz com que ela durma quando está muito agitada, o calor do corpo do pai parecia ser a única coisa capaz de fazê-la se acalmar em determinadas situações.

—Acho que sim. – MB diz levantando a cabeça para me encarar. -Além disso, teríamos que mudar de voo, resolver toda a burocracia, e não acho que seria bom para ela.

—Você tem razão, mas talvez não devêssemos ir. – Pontuo soltando meu cinto. Passo para o banco traseiro, sentando ao lado de MB. Estamos dentro da garagem do prédio da minha mãe e deveríamos estar deixando Virginia com ela e Luis, temos um voo em menos de duas horas, já deveríamos estar a caminho do aeroporto. Tiro a cadeirinha do meu caminho e sento do lado de MB, me encostando nele e ficando pertinho das duas pessoas que mais amo no mundo.

—O que vocês dois estão fazendo? – Minha mãe pergunta se aproximando junto com Luis. – O porteiro interfonou avisando que vocês tinham chegado há quinze minutos, então vim ver se algo tinha acontecido.

—Nada aconteceu. – Minto.

—Não vão se atrasar para o voo? – Minha mãe pergunta.

—Não sei. – Digo sem tirar os olhos de Virginia. O nome de nossa filha é uma homenagem a bisavó paterna. MB havia insistido para que escolhêssemos um nome antes do nascimento, mas eu me neguei, disse a ele que precisava ver nossa filha antes de decidir qualquer coisa, mas eu já sabia que nome queria, sabia que ele ia adorar que colocassemos o nome da vó dele, e depois das seis horas de aflição do parto, quando nossa filha veio para os meus braços, trazida por MB, que havia insistido em ir atrás da enfermeira para garantir que a criança não fosse trocada na maternidade (eu não deveria ter deixado ele ver Cradle Swapping tão perto do parto, ele havia ficado mais amedrontado do que eu quando vimos o vídeo de um parto natural), quando ele passou aquele pequeno embrulho para os meus braços eu disse “Virginia, você já conheceu seu pai, meu amor?” e ele simplesmente caiu no choro. 

—Ei, escutem aqui, os dois, eu não sou uma marinheira de primeira viagem, posso cuidar da minha neta. Querido, pegue as sacolas da Virginia. – Ela falou olhando para Luis.

—Mas e se ela precisar de mim? – Pergunto. -Ela só tem quatro meses.

—Ela vai ficar bem. -Minha mãe insiste. -MB, você pretende ajudar?

—Eu adoraria, mas a verdade é que eu também não sei se quero ir. Talvez a Lica tenha razão.

—E vocês vão perder o casamento dos melhores amigos de vocês. Além disso, vocês são padrinhos.

—Não vamos perder, mas... talvez devêssemos levá-la.

—Ela está resfriada. Não seria bom. E é muito pequena para um voo tão longo.

—Ok. -Afirmo saindo do carro. Abro a porta frente e pego a térmica na cadeira do carona. -Aqui está o leite. Precisa ir para o freezer para não estragar. Não quero que ela coma nenhuma outra coisa além disso. – Afirmo.

Minha mãe me encara como se eu fosse uma psicopata e, talvez, mas só talvez, ela tenha alguma razão.

—Ela acabou de dormir. – MB conta. -Com sorte, só vai acordar em umas três horas. Aqui estão as músicas que ela gosta de ouvir. – Ele entrega um ipod para minha mãe junto com o caixa de som. Se ela começar a chorar demais, tente a playlist.

—Ah, eu trouxe todos os remédios que a pediatra aprovou. Assim como o contato dela, qualquer coisa, é só ligar, e pelo amor de Deus, me ligue.

—Vão embora! – Minha mãe diz quando finalmente consegue pegar nossa filha dos braços de MB. Eu abraço minha mãe e cheiro o topo da cabeça de Virginia, depois disso entro no carro.

(...)

O Japão é incrível! Simplesmente incrível. E confesso que apesar de sentir falta de Virginia, conhecer toda uma nova cultura e poder beber, afinal de contas, meu leite não vai servir para nada nos próximos dias, é bastante apelativo e faz com que eu consiga desfocar e me divertir. Ainda assim, ligo para a minha mãe umas três vezes por dia. Fora a chamada de vídeo que eu e MB fazemos para falar com Virginia, porque, por alguma razão idiota, acreditamos que ela precisa ouvir nossa voz todos os dias. E embora minha mãe ache graça, ela confessa que nossa filha se acalmou depois de ouvir a voz do pai.

—Ok, sem celulares. – Keyla diz. -A despedida de solteira da Keyla começa agora e estamos todas juntas pela primeira vez em um ano. Nada é mais importante que isso no momento.

—Tem toda razão. – Afirmo colocando o telefone no bolso. – Só estava vendo uma foto que a minha mãe mandou, mas estou pronta para pensar em formas de ficar bêbada e fazer coisas comprometedoras.

Nossa noite é agitada, vamos em diversas boates, brincadeiras bobas clássicas de despedidas de solteiros, e a melhor de todas é o desafio. Tina desafia Bene a tocar teclado num bar stripper, e eu não acredito quando ela topa, duas taças de vinho realmente marca o limite para Benê. Keyla desafia Tina a dançar no meio de um restaurante, eu desafio Ellen pedir o número de um cara que está acompanhado, e sou desafiada a beijar a pessoa “mais gostosa” do local, então me inclino e beijo Ellen.

Mas a minha parte predileta vem depois, quando estamos todas cansadas, bêbadas – algumas mais que as outras – deitadas na cama gigante do quarto de hotel de Tina e falando sobre nossas vidas. Já é de manhã, mas nenhuma de nós dormiu direito.

—Vocês imaginavam que estaríamos aqui hoje? Imaginavam que nossas vidas seriam como são? – Benê pergunta.

 -Não. – Ellen diz. – Uma garota negra de periferia sendo a chefe de toda a divisão de desenvolvimento de uma empresa internacional? Não mesmo!

—Você é incrível! – Afirmo. – Eu não conheço ninguém que mereça ter mais sucesso que você Ellen.

—Obrigada Lica! Acho que a parte boa de não ter sonhado tão alto, é que realizar tudo isso é ainda mais prazeroso. Eu estou feliz, genuinamente feliz. E, eu tenho novidades amorosas.

—Jota? – Benê pergunta.

—Deus, não! Somos amigos, só amigos. – Ellen responde. -Eu estou namorando alguém. Eu pretendia contar antes, mas ainda não sei se é sério.

—Quem é ele? – Keyla pergunta animada.

—Quem disse que é “ele”?

—Graças a Deus! – Afirmo. -Isso aqui estava começando a ficar heteronormativo demais. -Preciso saber de todos os detalhes, preciso de fotos.

—Mais tarde. Agora vamos seguir a ordem. Tina? 

—Você espera que eu foque depois dessa novidade? – Tina ri. – Ok, vamos ver... Algumas coisas eu realmente desejei. – Tina conta. – Mas nunca pensei que aconteceriam. Todo o preconceito que eu e o Anderson tivemos que enfrentar para ficar juntos, em alguns momentos eu não acreditei que fossemos vencer.

—Não. Eu pensei que a minha vida tinha acabado quando descobri que estava grávida. – Keyla conta. -Não porque eu não queria ser mãe, mas porque eu pensei que aquilo significaria que eu teria que largar todos os meus sonhos, mas se eu não tivesse grávida, eu nunca teria conhecido vocês, e vocês são minha base. Eu não acho que estaria aqui sem vocês.

—Eu não acho que nenhuma de nós estaria. – Afirmo abraçando-as. Benê, sua vez!

—Não. Eu acho que sempre pensei que a minha vida seria limitada pela minha dificuldade em me relacionar, mas vocês mudaram a minha vida, a música e, consequentemente, o Guto mudou a minha vida. Eu aprendi que eu não precisava me isolar, que eu posso ser como todo mundo.

—Claro que pode meu amor. E você é muito melhor que a grande maioria de pessoas. – Keyla diz.

—Mas e você Lica? Realidade bate com as expectativas? – Tina pergunta.

—Absolutamente não! Eu tenho o emprego que sonhei, essa é a única coisa que realmente saiu como os planos, mas todo o resto, MB, Virginia, são desvios, mas eu nunca esperei ser tão feliz.

—Sabe, faz quase dez anos que nos conhecemos, como vocês acham que vamos estar em mais dez? – Benê questiona.

—Não sei. – Respondo. – Mas tenho certeza de que vamos estar juntas, reavaliando nossas vidas, compartilhando cada conquista, apoiando uma a outra. – Afirmo.

Escutamos batidas na porta e levanto para atender. MB está parado do outro lado.

—Eu vim a Lica de vocês. – Ele diz cumprimentando as meninas. – Mas prometo que é apenas por alguns minutos, já já ela volta.

—Aconteceu alguma coisa? – Pergunto saindo e fechando a porta. -São nove da manhã, significa que...

—Meu Deus, esqueci. – Afirmo pegando meu telefone do bolso. -Vamos!

Entramos no nosso quarto de hotel e eu passo um pouco de água no rosto enquanto MB faz uma chamada de vídeo para minha mãe, ela atende rapidamente e escuto o choro de Virginia.

—Está tudo bem? – Pergunto.

—Sim, ela só está um pouco agitada.

Começamos a falar com ela, MB primeiro, chamando-a de “papai”, é a coisa mais fofa do mundo, depois é minha vez. Ela rapidamente para de chorar e uns quinze minutos depois está começando a dormir. Desligamos o telefone eu abraço MB.

—Como é que a gente fez algo tão perfeito? – MB pergunta.

—Bem, eu sou perfeita, você dá para o gasto. – Afirmo sorrindo.

—Eu dou para o gasto? –Ele questiona me puxando para perto. Passo minhas pernas ao redor dele e aproximo nossos rostos. 

—Ahãm... – Digo beijando-o. -Falando sério, obrigada por não ter desistido de mim.

—Eu não poderia nem que eu quisesse. Lica, Você é o amor da minha vida. Eu não sei o que faria sem você.

—E você da minha. -Confesso. E a verdade é que eu também não sei o que faria sem ele. Bem, eu provavelmente sobreviveria, mas não quero nunca ter que descobrir. 


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Notas finais do capítulo

Gente, acabou! Espero que tenham gostado. Eu adorei escrever sobre esse casal. Peço desculpas se ficaram algumas pontas soltas na história, tentei amarrar tudo. Beijos e obrigada por acompanhar! :)



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