Keep Fighting escrita por swanjonesouat


Capítulo 11
Algumas coisas mudaram




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Capítulo 11: Algumas coisas mudaram

         Killian on

                                                          ***3Meses depois***

            Meses já haviam passado e graças ao tratamento que Emma estava recebendo ela estava bem melhor. Ela tinha decidido vender a antiga casa e até os dias de hoje mora comigo, o que não é nenhum problema. Nos aproximamos bastante com tudo e por esse tempo, Emma realmente era uma pessoa maravilhosa. Ava era um amor, assim como a dona. Durante esse tempo Emma começou a ser mais aberta comigo, eu em si mudei bastante, pelo menos pela minha visão. Parei de ir para as baladas, comecei a realmente “acordar para a vida”. Ela já tinha tocado no assunto da minha família mas eu sempre desconversava, quando eu falava da dela era a mesma coisa. Ambos nós tínhamos deixado nossa família em segredo.

            Estava acordado a alguns minuto pensando nesses meses que se passaram. Além da aproximação minha e de Emma algo dentro de mim por ela mudou... Na verdade, Emma agora para mim podia ser mais que uma amiga. Claro que ela não iria fazer nada até porquê ela está traumatizada com tudo que aconteceu e eu entendo o seu lado. Emma era tão linda, tão inteligente, espontânea, retardada.. Mas ela tinha seu jeito único, nesse tempo o que pude perceber era o pavio curto dela e a irritabilidade que ela tinha com muita facilidade, o que eu sei ao meu favor... Eu amava ver ela irritada, ficava extremamente fofa. Emma era especial e isso eu sabia desde que a conheci mas agora eu sabia que nutria um sentimento maior que amizade por ela.

            Depois de acordar dos meus pensamentos levanto e vou fazer minha rotina matinal e algumas panquecas. Quando saio do banheiro sinto um cheiro de comida. Emma tinha acordado cedo? Que milagre. Ela geralmente acordava tarde, BEM mais tarde que eu. Desço e a encontro com uma pijama de unicórnio e dançando pela cozinha enquanto fazia as panquecas. A cena era engraçada e continuei no meu canto para que ela não percebesse a minha presença e continuasse fazendo o que quer que fosse aquela coreografia. Passei alguns minutos ali, sem ela perceber mas logo ela vira de uma vez enquanto dançava se assustando de uma vez e dando um grito.

—MEU DEUS KILLIAN! Quer me matar do coração? Me dar um tiro logo, Deus- Emma fala colocando a mão no coração me fazendo rir.

—Calma estressadinha, não era eu que estava dançando na cozinha enquanto cozinhava. The Voice 2018 ai vamos nós- Falo rindo dela que me olha com cara séria. El ficava extremamente fofa, até porquê, que baixinha não fica foca com brava?

—Há há, então vem sabichão fazer aqui as panquecas pra tu comer. Vai morrer de fome- Ela fala me entregando a espátula  me deixando perdido.

—OHHH tu sabe que eu não sei cozinhar- Falo abraçando ela por trás tentando fazer ela ir cozinhar mesmo já que ela tava irritadinha.

—Eu vou fazer HOJE, porquê eu sou MUITO MUITO legal mesmo. Da próxima vez que me irritar de novo eu taco uma frigideira na tua cara pra tu cair pra trás de uma vez!

—Ta bom ta bom estressadi... – Ia falar mas ela me olha séria com um olhar fuzilador – Ta bom amor da minha vida? Serve – Falo dando um sorrisinho falso no final

—Com essa tua falsidade neh, mas deixa – Emma fala e volta a cozinhar cantando alto e dançando me fazendo segurar o riso e Ava ficar a olhando.

            Depois de alguns minutos ela acaba e serve o café da manhã e nos sentamos juntos a mesa

—Preciso nem avisar que tu que vai lavar a louça né? – Emma fala já dizendo como se fosse uma ordem do que um aviso e nem me arrisco a questionar, nós dividíamos as tarefas de casa.

—Sei sim senhora – Falo dando uma mordida na panqueca que por sinal estava muito boa.- Ta muito gostoso

—Claro, fui eu que fiz. Esperava que tivesse ruim? Eu sou uma mestre cuca amore, aceita- Emma fala toda convencida e mandando um beijo no ar me fazendo revirar os olhos, convencida? Maginaa

            Acabamos de comer e logo lavo a louça enquanto ela está jogada no sofá com os malditos fones nos ouvidos. Isso me dá ódio, eu falo com ela e a mesma não responde, até a Ava responde e ela não. Sra.Surda. Acabo tudo e vou até a sala mas ela estava de olhos fechados enquanto ouvia a música que por sinal estava tão alta que eu podia ouvir mesmo sem está tão próximo a ela. Me aproximo nas pontas dos pés e começo um ataque de cócegas a fazendo se contorcer e rir alto.

—P-P-Para- Emma falava já rindo de novo e se debatendo, valamindeuz, a menina tem epilepsia? Faço mais cócegas até ela cair do sofá e eu parar.

            Estávamos a alguns minutos assistindo um filme quando sinto uma coisa fofa atingir minha cara em cheio, apesar de ser fofa e força na qual foi jogada causou um impacto maior.

—Opa.. foi sem querer- Emma fala com cara de anjo já segurando o riso e a encaro sério e ela só sorrir falsa.

—É guerra então? – Falo no tom desafiador

—Se o neném não for se machucar- Assim que ela termina de falar jogo a almofada nela, bem em cheio mesmo fazendo ela me encarar com raiva e começamos uma guerra de almofadas. Pronto. Foi em torno de 25min almofada pra lá, almofada pra cá. Ava coitada, ficava latindo e tentando pegar a almofada que tanto voava.

            Já estava no final da tarde e me deu vontade de ir a praia, sentir a areia nos meus pés e ver o por do sol. Ir sozinho não tinha graça então convidei Emma que de bom grado aceitou. Já estávamos na praia, a água fraca das ondas molhavam nossos pés. Nos sentamos na areia observando o mar, a praia estava deserta. Emma colocou a cabeça no meu ombro e fechou os olhos sentindo a brisa marítima.

—Eu sou o filho mais novo dos meus pais, eles tem o Liam que é o meu irmão mais velho e eu. Não falo com eles a três anos, eles são pessoas maravilhosas, humildes... mas quando eu disse que queria direito eles desaprovaram na hora, Liam escolheu a carreira de biólogo, meus pais, ambos, são médicos. Eu sou o diferente e a decepção da família... Nunca mais falei com eles depois da briga séria que tivemos antes de começar a faculdade de direito. – Falo suspirando logo depois, relembrar toda briga que tive com eles é doloroso, eles são meus pais e eles não terem aceitado a carreira que eu escolhi para exercer era revoltante e até mesmo triste. Emma me olhava com compaixão, ela apenas sorri fraco e volta a encostar a cabeça no meu ombro.

—Algum dia você vai conseguir se reunir com todos novamente, só temos que esperar. Será que eles não queiram se desculpar?- Ela fala olhando para o horizonte

—Não sei, nunca mais tive nenhum contato se quer com eles. Não estou preparado para encará-los novamente depois de tudo, não agora- Falo abaixando um pouco o olhar sentindo o vento forte e relaxante do mar.

—Eu não sei muito minha história, fui parar em um orfanato aos dois anos de idade quando em um acidente de carro grave meus pais não resistiram, o carro explodiu mas a minha cadeirinha que não estava bem amarrada ao banco enquanto ele capotava eu fui jogada para fora e conseguir sobreviver com alguns dias na UTI. Ninguém nunca conseguiu saber nada dos meus pais, nem nome, nem foto, nem nenhum dado. Eles são fantasmas. Não lembro de nenhum rosto nem voz, apenas uma pequena música que as vezes consigo escutar nos meus sonhos. Acho que pode ser da minha mãe já que eu estava em um berço mas o rosto da mulher sempre sai borrado e sua voz faz parecer distante- Ela fala ainda não me olhando com o olhar meio entristecido

—Eu sinto muito Emma, enquanto eu brigo com os meus pais muitas pessoas não os tem- Falo me sentindo a pessoa mais ingrata possível.

—Está tudo bem, hoje não dói tanto só a curiosidade e o desejo de ter crescido com pais ao meu lado que machucam. Mas está tudo bem- Ela fala e beija minha bochecha.- Também tenho que te agradecer por está todo esse tempo me ajudando, você não tem noção do quão tamanho é a minha gratidão. Com certeza você é o melhor amigo do mundooo todinho- Emma fala rindo e me abraçando pelo pescoço me fazendo rir e na hora que olho pra ela ainda abraçada ao meu pescoço seu rosto estava muito próximo, aproveito para poder olhar aqueles lábios rosados e posso perceber que ela olhava discretamente para a minha boca enquanto alternava para os meus olhos. Começamos a aproximar nossos rostos e posso sentir sua respiração mais próxima a minha, mas logo....


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