As 7 Notas da Vida escrita por Mandy


Capítulo 1
Parte 1 – Dó


Notas iniciais do capítulo

Apenas um prólogo! ♥



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Ana, garota alta de aproximadamente 1,70 de altura, cabelos longos e morenos que batiam na sua cintura, a pele clara e delicada como a de um bebê e suas íris cor de mel que eram tão hipnotizantes quanto seus lábios carnudos e perfeitamente desenhados. Ela se encontrava rumo ao aeroporto de Cleveland, com destino à "Cidade da Rainha": Londres.

Ana, antes mesmo de começar a faculdade, passou um ano longe de casa para estudar música em uma das melhores academias a qual ela pôde entrar logo que terminou o colegial. Um ano longe de sua família, a qual era composta apenas pelo seu pai e seu irmão mais velho, pareceu uma eternidade para a garota. Ela sentia seu coração inflar de ansiedade a cada momento em que esperava para vê-los novamente.

Faltavam minutos para que seu voo fosse anunciado. Enquanto aguardava, estava entretida lendo um dos livros que o Instituto de Música de Cleveland havia proporcionado a ela, o qual contava a história e progresso de um pianista famoso. Ana desde muito pequena é apaixonada pela música clássica e foi graças a um antigo professor do primário que ela descobriu essa paixão por notas musicais, piano e tudo que fosse relacionado à música clássica; Não que ela seja uma espécie de conservadora da música, mas ela parecia se "divertir" muito mais ouvindo um Beethoven a ter que ouvir um rock ou uma eletrônica barulhenta, por exemplo; O que era totalmente contraditório ao estilo de seu irmão, Tom, o qual formava uma mini-banda com os dois melhores amigos dele. Apesar de opostos, um dava total apoio ao outro, mesmo revirando os olhos com os estilos musicais de ambos.

Ana, enquanto lia, tomava um café "barato" do aeroporto, sentada em uma das mesinhas da pequena lanchonete. Ela olhou para seu relógio de pulso e arregalou os olhos ao ver quanto tempo havia passado. O gole que havia dado do café quente desceu com tudo pela sua garganta. Estava tão desligada da realidade, que nem percebera que faltava menos de cinco minutos para o portão de embarque fechar. Colocou o livro de qualquer forma dentro da bolsa de couro e, apertando-a contra seu corpo por debaixo dos braços e o copo de café firme na mão, correu numa velocidade absurda e tentava desviar de todos que aparecia na frente, pedindo desculpas em quem acabava esbarrando. 

Chegando ao portão de embarque, avistou a funcionária pegando a passagem de uma mulher negra que segurava o filho pequeno pela mão. Suspirou aliviada e andou com passos apressados até as duas mulheres, logo entregou sua passagem à mulher que aparentava beirar entre seus 30 anos.

— Tenha uma boa viagem! – desejou a funcionária.   

Ana tomou o último gole do café, que já não se encontrava com um bom sabor, e embarcou.

Respirou fundo e suspirou pela milésima vez, sentindo-se exausta por ter corrido tanto. Já em seu devido lugar no avião, encostou sua cabeça na janelinha, vendo a cidade ficar cada vez mais pequena conforme o avião subia. Por uma grande coincidência, Ana sentou-se ao lado da mulher que havia visto minutos atrás com o filho. O menino, de mais ou menos oito anos de idade, estava sentado na poltrona do meio e ele brincava com dois bonecos, simulando, com a voz, sons de socos e chutes, o que fez Ana achar graça e rir.

O voo demoraria horas até chegar em Londres, então a garota apenas colocou os fones de ouvido e deixou com que Gustav Holst preenchesse sua mente com mais um clássico. Ela fechou os olhos e sorriu ao apreciar cada nota tocada.

[...]

Mais de três horas se passaram e enfim pés em Londres. Ana já se encontrava no banco do carona do carro de seu pai e o caminho inteiro ele e Tom, irmão de Ana, a bombardeavam de perguntas sobre como é em Cleveland, como era a academia, o que aprendeu e sobre as pessoas com quem conviveu no tempo que passou por lá. Ela contou sobre tudo... a não ser um pequeno detalhe.


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