O Outro Lado do Espelho escrita por Machene


Capítulo 8
O Elo Dois em um




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Cap. 8

O Elo Dois em um

 

Enquanto seus amigos estão conversando na praia, Kai e Kailane estão dentro do navio naufragado que fornece sombra para eles. Alguns minutos atrás, ele a chamara no intuito de conversarem por fim, já que ela estava visivelmente desconfortável de vê-lo segurando a mochila vermelha de Keilhany por alguma razão, capaz de atrair a atenção dos outros. Quando os dois chegam na cabine do capitão, o rapaz a encara de frente.

Novamente, repara no broche de fênix na blusa dela, lembrando-se do pingente de tartaruga na pulseira com Melissa. Kailane estende a mão direita.

Kailane – Kai, me entregue a mochila, por favor.

Kai – Antes me diga: o que tem aqui dentro? – a moça puxa o ar, abaixando a mão – O que há de tão especial nesta mochila que não pode cair nas mãos dessa Lauana?

Kailane – Se eu disser, você e seus amigos podem nunca mais ficar em paz.

Kai – Já estou quase certo que essa mulher não está pretendendo nos deixar ir.

Kailane – Não falo da Lauana. – o cenho dele franze e ela suspira, tentando ficar na sua sombra para encará-lo sem a claridade atrapalhar – É... É pela minha avó.

Kai – O que tem ela? – Kailane fecha os olhos rapidamente, refletindo.

Kailane – As joias estão aí, como eu acredito que já suspeitava. Eu as encontrei, e ia jogá-las no oceano antes de você e os outros aparecerem.

Kai – Mas você não disse que são uma herança de família?

Kailane – É verdade, mas se não podem sair desta ilha, é preferível que afundem no oceano para sempre. Olhe, é a última vez que te peço: esqueça esta história logo, por favor. Este segredo pelo qual tenho lutado para preservar é perigoso. A minha avó quem me fez prometer não contar a alguém fora do nosso círculo de confiança.

Kai – Então você não confia em mim? – a jovem abre a boca buscando as palavras e termina acenando em negação – Se confia, qual o problema?

Kailane – Acontece que meus amigos juraram nunca dizer nosso segredo a outras pessoas sem nossa permissão e também aceitaram correr os riscos trazidos com ele. Em outras palavras, você precisará me prometer que vai fazer o mesmo.

Kai – Meus amigos também estão envolvidos nisto, e se o único jeito de sairmos daqui é nos unindo eu preciso entender a razão de estarmos aqui. Não tem jeito de tentar voltar atrás logo agora, mas se eu quebrar essa promessa, o que acontece?

Kailane – Realmente, os maiores perigos que você pode enfrentar devem vir após eu contar tudo. Pessoas más tentariam força-lo a falar o que sabe. Dependendo de quem descubra, os prejuízos serão em escala global. Se repassar o que vou te dizer a alguém com intenções ruins, o pior a acontecer é ficar com peso na consciência. Já para a minha família, até mesmo o resto do mundo, seriam desastres irreparáveis.

Kai – Então é assim. Está bem, eu prometo. Dou a minha palavra de que guardarei o seu segredo e arcarei com as consequências. – tendo o dito, Kailane aponta a cadeira atrás dele e espera que sente, pondo a mochila no chão, para se acomodar em outra.

Kailane – Muito bem... Como você já suspeitava, Lauana e seus capangas não nos trouxeram para esta ilha porque precisam da nossa força pra controlar as feras bit. Ela, de algum modo, tem conseguido comandar todas as feras roubadas sem nossa ajuda. O que Lauana realmente quer são as joias que estavam perdidas aqui, e para encontra-las o melhor jeito seria reunir o maior número possível de bladers donos de bits neste lugar.

Kai – E qual o motivo? Por que apenas os lutadores com feras bit são úteis a ela?

Kailane – Bem... Beyfly, de fato, não é só o título de referência à empresa. Este é o nome da tribo de onde os meus avós descendem. Toda a minha linhagem, na verdade.

Kai – Eu estou certo em pensar que as feras bit sagradas que você e Melissa têm eram protetoras da tribo Beyfly? – a moça pisca surpresa.

Kailane – Sim. Como sabia? – Kai dá um meio sorriso e se recosta na cadeira.

Kai – Ozuma e os outros dos Saint Shields têm uma história bem parecida. Eles se intitulam como guardiões da minha fera bit e das outras dos meus amigos.

Kailane – Bem, então você terá mais facilidade de acreditar na minha história. As nossas feras realmente foram guardiãs da tribo, as mais poderosas, mas não únicas. Os meus avós diziam que a tribo Beyfly era cigana, todavia independentemente de onde ela estivesse um incontável número de espíritos a seguia. Todas as feras bit vieram do que eles chamavam de “luzes mutantes que dançavam no céu”. Era como uma aurora boreal, pelo que meus avós descreveram. E os dois também diziam que os espíritos seguiam a tribo pelo respeito do povo para com elas, daí o pacto das sagradas a protegerem.

Kai – Entendi... Então nossas feras bit descendem do mesmo lugar?

Kailane – Não existe um lugar específico, na verdade. Os espíritos sempre foram errantes, livres para vagarem entre nós em conjunto ou separadamente. Eu acredito que aquelas luzes eram o reflexo da união dos espíritos mais fortes no mesmo canto, sabe.

Kai – Como assim? – ele para de balançar o pé cruzado sobre a outra perna.

Kailane – Entenda Kai... Quando os vivos morrem, suas almas se soltam dos seus corpos, porém, o espírito não é o mesmo que a alma. Ele é, como posso dizer... É nossa marca registrada. Veja seu caso: uma fênix. Dranzer se ligou a você porque seu espírito é avassalador, intenso. Você é o tipo de pessoa calorosa, cujas chamas podem queimar ou transmitir aconchego, dependendo do humor. – Kai sorri de canto e ela por inteiro – Uma fera bit pode procurar, naturalmente, um ser vivo para proteger por serem espíritos animais, ou não. E o espírito é aquele aspecto imaterial que nós moldamos para si.

Kai – Em outras palavras, você quer dizer que se eu começar a agir de uma forma diferente do meu normal, a Dranzer pode decidir me abandonar?

Kailane – Bom... Já aconteceu de você querer que ela fizesse algo e ela não fez?

Kai – Para falar a verdade sim. E ela não obedece mais ninguém além de mim.

Kailane – Então. Aí está a resposta. – ela pausa – As feras bit são formas abstratas das personalidades de outros seres vivos, que após sua morte começaram a fazer parte do ambiente ao nosso redor pra guiar as pessoas. Dranzer é seu espírito protetor. Ele vai te ajudar a seguir seu caminho, até que se sinta confiante o bastante para seguir sozinho. Talvez nesse dia a fera parta, ou não. Mas você vai ficar bem. – o rapaz fita a moça com tanta atenção que a faz corar, então ela desvia o olhar por um momento – Entendeu?

Kai – Sim. Enfim, você ia dizer alguma coisa sobre as luzes.

Kailane – Ah sim! O caso é que essas luzes coloridas aparecem só quando muitos espíritos poderosos se juntam no mesmo lugar. Eu sei, porque já comprovei isso com a Melissa. A minha fera e a dela ressoam quando sentem a presença uma da outra.

Kai – Isso também já aconteceu quando Dranzer, Dragoon e as outras estão perto.

Kailane – Pois então. É porque elas se entendem. Não são feras irracionais como as que existem nesta ilha. Elas pensam, têm capacidade de tomar decisões. Por isso, na verdade, Lauana raptou apenas lutadores com feras bit. Ela sabe que se um blader com um bit raro chegar perto das joias, elas vão brilhar. Isso já sinalizaria a sua localização.

Kai – Espere um instante. Então quer dizer que... – ele olha para a mochila.

Kailane – Sim. – ela se levanta junto dele, esperando que lhe entregue o objeto.

Kailane tira de dentro uma caixa de madeira empoeirada, onde na tampa que sopra há “Beyfly” escrito em letras cursivas clássicas. O cadeado que a trancava já está aberto, significando que ela já verificara o seu conteúdo antes. Sem cerimônia, a jovem vira a caixa e abre, deixando Kai ver as tão valiosas joias. À direita há um colar de prata, cujo pingente tem a forma de um dragão circulando zelosamente uma esfera de quartzo rosa.

À esquerda reside um anel de cobre na forma dum tigre, adornado com diamantes em cor laranja e preto, sendo verde nos olhos, que morde um rubi como por brincadeira. Observando de perto, é notável que dentro de cada pedra preciosa existe um brasão.

Kai – São... Duas feras bit. Tem dois brasões de feras bit dentro das joias?!

Kailane – Sim. Este é o meu segredo. As feras sagradas da tribo Beyfly são quatro ao invés de duas. Estas não possuem aliados para comandá-las, por isso dormem.

Kai – Mas como elas vieram parar aqui? Por que estavam perdidas?

Kailane – Isso faz muito tempo... – ela suspira e volta a sentar, acompanhada dele, que aproxima sua cadeira – Meus avós se conheceram ainda na tribo. Um dia uma praga matou todos e só os dois sobreviveram. Eles precisaram aprender a se virar na cidade e conseguiram. De empregados eles viraram comerciantes e logo produtores.

Kai – Uma típica história de sucesso de pessoas simples que ficam famosas.

Kailane – É verdade. Quando meu avô enriqueceu com o crescimento da empresa, mandou um joalheiro confiável fazer em segredo quatro joias, onde os brasões poderiam ser escondidos. Ele as manteve como heranças de família e decidiu deixa-las para mim, porém meus pais não achavam que eu daria conta de cuidar de todas. Felizmente, antes deles morrerem num acidente de carro, conheceram os pais da Melissa e da Keilhany.

Kai – Sinto muito. – ambos sorriem tristemente – Então se conheceram assim?

Kailane – É. O trabalho na empresa nos uniu, a tristeza nos aproximou. Depois da mãe da Melissa falecer, por causa de uma doença, o senhor Taylor resolveu adotar Diva e então nós começamos nossa banda, na tentativa inicial de ocupar a mente. Aí o vovô confiou o broche azul de fênix com a Dione à mim e o pingente dourado de tartaruga com a Dayse à Melissa. Era arriscado manter as feras sem aliados no mesmo lugar com as outras, então ele decidiu escondê-las em algum lugar distante.

Kai – Mas o navio não chegou em segurança ao seu destino.

Kailane – Sim. Já que o vovô tinha o costume de navegar para realizar transações comerciais e sempre adorou dar longos passeios no mar, ninguém estranhou seu sumiço no início. Mais tarde soubemos que um furacão se levantou contra o navio. Pensamos que as joias deviam ter afundado junto com a tripulação e a embarcação. Daí em diante nossa maior preocupação foi esconder a existência de duas feras bit sagradas na minha posse e a da Melissa. Jamais mostramos as joias ou as feras para gente de fora do nosso círculo de confiança. Lauana era um ótimo exemplo disso. Eu penso que alguém deve ter descoberto e contado para ela. Alguém excerto um de nossos amigos, com certeza.

Kai – Não teria chance de algum deles ter comentado?

Kailane – Assim você ofende os amigos dos meus avós, e os meus também!

Kai – Desculpe. É que eu sempre fui muito desconfiado.

Kailane – Bom, se não puder confiar nos seus amigos, confiará em quem? – Kai demora a responder, refletindo ao olhar para o lado de fora do navio.

Kai – Eu não sou para você o que se possa chamar de “amigo”, mas agradeço por confiar em mim. – diz fitando-a novamente, no que as bochechas da moça enrubescem.

Kailane – Também fico grata por me ouvir até o final e prometer guardar segredo. E para provar que confio em você, contarei mais uma coisa. As nossas feras sagradas... Elas são como as de vocês. Estas são a tigresa Drisa e a Drena, uma fêmea de dragão.

Kai – Jura? Dragão? – ele ri – Como as do Ray e do Tyson?! Então as outras...

Kailane – A Dayse, da Melissa, é uma tartaruga, como a Draciel do Max. E minha Dione é uma fênix, como sua Dranzer. Estas feras são as versões femininas das suas.

Kai – Uau! – a expressão chocada e sorridente dele a faz rir – Mas por que será?

Kailane – O quê? Elas serem fêmeas ou serem das mesmas espécies que as suas?

Kai – Na verdade estou confuso sobre as duas coisas. – Kailane ri.

Kailane – Bem, feras antigas são mais fortes, e os fortes geralmente são os líderes. Talvez por isso as feras sagradas tenham surgido como guardiãs e, posteriormente, nos escolhido como aliados de coração puro. Elas devem ter sentido em nós o potencial para a grandeza, algo que também possa ajuda-las a continuarem seu papel sem correrem o risco de ter sua força roubada e usada para propósitos maléficos.

Kai – É. Isso descreve bem o que a Lauana está fazendo agora. Pegar bladers com feras bit... As escolhas foram aleatórias, eu imagino. Ela deve ter suposto que qualquer fera poderosa bastaria para achar as outras. Ao mesmo tempo, teve alguma intenção de atrair você e suas amigas até aqui pelo rapto das equipes competindo no campeonato.

Kailane – De fato. Ah, é horrível para mim que eles estejam nesta situação.

Kai – Bom, é como você disse: eles estão arcando com as consequências de saber o segredo da sua família. Embora pareça que as coisas tenham ficado ruins só agora.

Kailane – É. Na verdade, depois de terem diagnosticado que Melissa e eu éramos as mais aptas a herdar Dione e Dayse, já que Keilhany, mesmo fã de beyblade, não luta frequentemente, e Diva é inexperiente, nossas famílias nos deixaram montar uma equipe de luta, além da artística, para aumentar a nossa força e adquirir habilidade enfrentando adversários fortes. Aos poucos, viajamos em turnês pelo mundo e também aproveitamos para combater times fora da mídia, como Morning Moon.

Kai – Não é esse o trio de garotas sobre o qual falaram naquele dia no hospital?

Kailane – Sim: Kawane, Glória e Jeyne. As coisas eram mais simples quando nos preocupávamos apenas em conhecer pessoas novas e nos divertir com os amigos feitos no caminho. Malibu agora parece um lar doce lar ainda mais distante.

Kai – Ah, então foi de lá que vocês vieram?! – Kailane ri mais alto, despertando nele um sorriso grande desta vez, então chegam os Bladebreakers e as Beautiful Girls.

Melissa – Não creio! A Kailane está rindo? Preparem os fogos de artifício, é um milagre! – todos começam a rir sem notar que ela esconde a caixa em mãos na mochila.

Kailane – Engraçadinha. – diz se levantando – Aqui Thalía, sua mochila.

Keilhany – Oh, obrigada. Ei, fazia tempo que não me chamava assim!

Kailane – Acho que agora eu me sinto mais à vontade para ser eu mesma.

Max – Por que vocês estão aqui sozinhos? Os outros estão conversando na praia.

Kai – Estávamos trocando algumas ideias. – ele olha rapidamente para Kailane e ela sorri às amigas, como garantia de estar tudo seguro – Agora podemos descer.

Ray – E sobre aquelas joias... Elas estão dentro dessa mochila, não é?!

Kai – Sim, e Kailane estava certa. Lauana não pode ficar com elas de jeito algum.

Tyson – Pelo visto você está sabendo de umas coisas que não vai compartilhar.

Kai – Não é um segredo meu, então elas vão contar quando se sentirem prontas. O principal agora é pensarmos em como escapar desta ilha e evitar os ataques da Lauana.

Daichi – É um dos temas da conversa lá embaixo. Quem sabe alguém já tenha um plano. – o grupo desce as escadas até saírem do navio, então se aproximam dos outros.

Mariah – Ah, até que enfim vocês voltaram! Estávamos comentando das equipes que estão inscritas no campeonato e, provavelmente, não foram raptadas.

Steven – Tomara que este tipo de assunto bizarro não vire um hábito.

Rick – De acordo. Mas voltando à conversa, quem são os outros amigos de vocês?

Kailane – Por que querem saber? Eles não fazem ideia de que estamos aqui, então não podem nos ajudar a fugir. – Filipe balança o indicador.

Filipe – Não é bem assim Lane. Vejamos... Retomando a linha de raciocínio: nove das vinte equipes que participarão do Campeonato Mundial de Beyblade não estão aqui. Aparentemente... Dentre elas os Blitzkrieg Boys, Majestics, Barthez Battalion e a Bega League. Três times são amigos nossos: Soul Cycle, Guardians Golden e Morning Moon. Os outros dois nós não conhecemos: Specialists e Empire.

Célia – Pelo menos sabemos que essas duas equipes são formadas exclusivamente por garotas. Elas são talentosas, perigosas e muito populares com o público.

Edna – Não temos conhecimento dos tipos de feras delas, mas Tamara, a líder do Empire, é conhecida por ser filha de um ator e uma estilista, ambos famosos. Ela tem a saúde frágil, por isso só se esforça quando necessário e parece que virou blader para dar uma melhorada na sua condição física, como tratamento terapêutico ou algo assim.

Alan – Uau! O beyblade pode ajudar alguém a esse ponto?

Zeo – Eu posso confirmar que sim. Embora eu não seja humano, consigo sentir as emoções do Cerberus quando estamos jogando. O esforço físico necessário para manter a conexão com sua fera bit força você a ficar mais forte. Aí os dois trabalham como um.

Edna – Exatamente. Eu também sou uma prova disso. Não lutava jiu-jitsu antes de ter uma beyblade nas mãos. Depois de entrar para o Victory Diamond, comecei a sentir vontade de me manter em forma para fortalecer meu espírito e lutar com minha fera bit.

Melissa – Certo, isso é incrível, mas o que importa saber da vida dessa Tamara?

Filipe – Acontece, Meli, que a Tamara faz serviços comunitários quando está livre e nós sabemos que ela pretendia viajar mais cedo para o Rio de Janeiro afim de visitar a área carente da cidade. O Empire só não chegou antes de nós porque decidimos dar uma adiantada na frente das garotas, depois de descobrir o dia da viagem delas. Enfim íamos nos apresentar pessoalmente e aconteceu esta tragédia.

Joseph – Como é que vocês sabem de tudo isso? Eu nunca li nada a respeito.

Mariam – É um dos seus maus, Joseph. – ela sorri da careta do irmão – Bom, eu já li revistas falando sobre alguns desses times. Mesmo assim, também estou curiosa para saber como conhecem os detalhes. Eu nunca ouvi falar dessa última parte.

July – A líder do Soul Cycle, Belina, é a prima-sobrinha de um dos organizadores do Campeonato Mundial de Beyblade, chamado Angus. – explica timidamente.

Hilary – Ah, foi ele que contou à Hana sobre a inscrição de vocês no campeonato, não é?! – as Beautiful Girls reafirmam com acenos – O senhor Dickenson já tinha dito que eles se conheciam. Então é por causa dessa amiga de vocês?

July – É. – ela abraça as pernas – Ela nos dá notícias sobre todos os preparativos, informações dos competidores e até pode dizer quem vai vencer no fim de cada partida.

Ozuma – Sério? Ela é o quê, um tipo de paranormal? – questiona rindo.

Célia – É uma forma de se chamar, talvez. Mas ela nunca errou uma previsão.

Dunga – Sinistro... Mas e aí, o que importa essa tal de Tamara ir ajudar os pobres?

Filipe – Não é o serviço dela, é a ligação com a nossa amiga Belina. As duas já se conhecem há bastante tempo, e isso significa que se a turma dela já está lá agora, nossos amigos serão os próximos a serem informados sobre o nosso desaparecimento.

Diva – Por que você acha que a Hana vai deixar ela contar pra Belina sobre nosso sumiço? Se todos souberem, nossas famílias também vão saber. Aí estamos perdidas!

Gary – Bom, já estamos numa situação bastante ruim agora.

Eddy – Além disso, é pouco provável que alguém ainda não esteja sabendo o que aconteceu. Afinal de contas, um rapto coletivo de participantes de um campeonato em escala mundial é o tipo de notícia pela qual qualquer jornal pagaria para publicar!

Melissa – Ok. Supondo que todo mundo já esteja reunido nos procurando, como a gente conseguiria avisar a eles que estamos aqui?

Keilhany – Quanto a isso Meli, temos a melhor solução de todas: meu rastreador de feras bit! Eu dei um para cada equipe que temos como aliada, lembra?!

Melissa – Ah é! Eles podem nos achar, mesmo sem estarmos com os rastreadores!

Steven – É possível? Eles não teriam que procurar de helicóptero até ter sinal?

Keilhany – Bem, Lucent podia achar uma fera bit num raio de 200 metros, mas se meus pais usarem um equipamento mais potente podem ampliar o alcance.

Michael – Então nosso maior trabalho vai ser ter a paciência de esperar o resgate.

Emily – Já que é assim... Ah, e sobre aquelas joias...?!

Diva – E lá vamos nós de novo... – ela interrompe bufando, então Kai diz a todos o que falou aos parceiros de equipe anteriormente, deixando a cargo de Kailane decidir contar ou não da existência de mais duas feras bit sagradas protetoras da tribo Beyfly.

 

Continua...


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