O Outro Lado do Espelho escrita por Machene


Capítulo 6
Parceria Desfeita




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Cap. 6

Parceria Desfeita

Durante a caminhada pela floresta, as equipes de bladers têm a sorte de não achar outros animais além de pássaros, uns macacos e vários insetos. Isso levanta suspeitas de que Lauana pode ter blefado sobre à quantidade real de perigos na ilha. Quando o grupo finalmente chega à montanha onde estão os seus aliados, nota que a trilha íngreme até a caverna não tem pedras escorregadias, então é possível subir sem grandes riscos de cair.

Kalil – Gente, nós voltamos! – o grito dela atrai cinco pessoas para a entrada da caverna, quatro moças e um rapaz – Trouxemos visitas!

— E desde quando isto aqui virou casa de hóspedes? – uma das loiras grita de volta ao se debruçar, deixando a franja dos cabelos lisos, extensos ao meio das coxas e atados na forma de trança, desalinharem com o vento para o lado direito – Quem são esses?

Melissa – Não seja rabugenta Rosa! Seus peitos incham ainda mais quando você se irrita, sabe disso! – a maioria dos ouvintes acaba rindo.

— Tinha que ser você, Meli! – fala a única garota com cabelo cor lavanda, embora igualmente liso, e extenso ao começo da cintura – Vai ter muito que explicar chegando aqui em cima! Eu vou puxar as suas orelhas!

Melissa – Qual o problema de vocês, heim? Eu não sou culpada de tudo sempre! Além disso, Mariel, a Belina é a única que pode puxar minhas orelhas!

Diva – Além da Hana. – os outros riem novamente.

No meio da subida, o grupo é barrado por uma jovem que salta duma árvore. Com unhas grandes e olhar cortante, do tom cinza dos médios cabelos, ela caminha devagar até os times e sorri maliciosamente. Seu porte aparenta ser de alguém na idade de Hiro ou Hana. Talvez mais velha, pois o excesso de maquiagem dificulta uma análise precisa.

— Até que enfim encontrei vocês! São difíceis de serem achados, não é?!

Kai – Quem é você? Por acaso trabalha para a pessoa que nos prendeu aqui?

— Adivinhou. Meu nome é Carola. Então, podemos começar a nos divertir?

Kalil – Nos largar no meio duma floresta com bichos selvagens não é a diversão? Ah, agora vocês resolveram nos levar para o verdadeiro parque temático?! Entendi.

Carola – Tão engraçadinha essa coisinha revoltada. – a tranquilidade dela não cai – Preste atenção, filhote de coiote: este lugar é a ilha do tesouro. Vocês sabem qual é?

Kailane – As joias da minha família, nós já estamos cientes.

Carola – Exato. Talvez a doutora Lauana não tenha sido sucinta quando falou com vocês, então eu serei. Mas não pretendo repetir estas instruções, então fiquem atentos! – ela grita para os lutadores acima ouvirem também – Vocês aí! Estão vendo o percurso do rio? – a equipe olha o horizonte – Se seguirem ele até o leste vão achar uma praia no litoral! Lá está um navio naufragado e nele as joias que devem pegar! Provavelmente.

Kenny – “Provavelmente”? Como assim “provavelmente”?

Carola – É que nós não temos certeza de que estejam lá, mas é bem provável.

Hilary – Então quer dizer que vocês nos arrastaram a força até este lugar só por causa de uma possibilidade? E se não estiverem aqui?

Carola – Para o bem de vocês, é melhor que esteja. Do contrário... Bem, veremos.

Tyson – E por que vocês mesmos não procuraram naquele navio para começar?

Kai – Por que raptaram tantos lutadores de beyblade com feras bit para juntá-los neste lugar? – Carola faz uma careta e balança a mão esquerda.

Carola – Vocês fazem muitas perguntas. Não tenho obrigação de responder a isso, mas se não trouxerem essas joias por bem, vocês serão obrigados a entregar por mal. É claro... – ela sorri e encara Kailane, que desvia o olhar – Eu imagino que, de um jeito ou de outro, todos vão acabar procurando por elas.

Daichi – Será que alguém pode explicar qual a importância disso nesta história?

Carola – Então vocês não conhecem as joias da tribo Beyfly? – todos encaram as Beautiful Girls automaticamente, e elas tentam disfarçar, bem como seus amigos – Pode ser que suas amiguinhas contem alguma coisa quando tiverem a chance de conversarem. Enquanto isso, vocês façam o que eu mandei e sigam o rio até o litoral. E não tentem nenhuma gracinha! Eu estarei de olho em cada movimento seu. – dito isso, Carola salta para o chão e anda tranquilamente mata adentro até sumir.

Max – Sorte dela os animais desta ilha serem treinados.

Diva – Acho que eles devem estar sendo controlados, como as nossas feras. Ainda assim, esse carcaju poderia lidar tranquilamente com os outros bichos selvagens, mesmo não estando no habitat natural. Podemos dizer pelas garras. – alguns desatam a rir.

Kailane – Provoque o diabo e você nunca mais conseguirá fugir do inferno.

Mariel – Muito bem, agora já chega! Subam aqui e vamos conversar!

Quando todos já estão reunidos, Kailane começa a contar aos desavisados o que os Bladebreakers já sabiam desde o início. Terminadas as explicações, as equipes são apresentadas uma por uma. O Victory Diamond é composto por cinco membros: Rosa, Edna, Célia, Mariel, a líder do time, e Filipe, o único rapaz. Além de ter seios grandes, como Melissa gritara antes, Rosa também possui um quadril largo e coxas grossas.

Grandes óculos de grau de aro preto se estendem sobre seus olhos rosa-choque e cobrindo a pele xantoderma está um short azul com cinto marrom e uma blusa branca, abaixo do blazer de tom mais claro mesclado a detalhes verdes. Edna é a outra loira da equipe, cujos cabelos ondulados batem no começo da cintura. A franja cai entre os olhos verdes e dois prendedores em forma de bolas de acrílico vermelhas seguram alguns fios.

Embora ela seja franzina, as curvas de seu corpo branco são avantajadas, como as de um violão. Nas mãos luvas de jiu-jitsu carmim, a cor também dos pequenos brincos e das listras na calça alva, decorada por alças pretas de couro penduradas no cinto verde. Os tênis combinam com o vestuário típico de uma atleta. Célia, pelo contrário, parece o exemplar de uma leitora de romances eróticos, ao que repassa seu olhar malicioso.

O cabelo, amarelo claro e liso, pende nos ombros e a franja parece sua única parte menos rebelde do corpo rosado. Os orbes, brilhantes como esmeraldas, destacam-se na mesma proporção dos seios fartos, visivelmente presos por um sutiã branco rendado, já que as alças ficam expostas com a blusa tomara-que-caia da mesma cor. Ela acompanha a conversa apoiando o rosto entre os pulsos finos, sorrindo enigmática.

Com igual interesse nos recém-conhecidos, Filipe mostra um sorriso mais branco que sua pele, tirando os fios castanhos e lisos da franja de cima dos olhos da mesma cor e coçando a parte da nuca descoberta por eles. A sua camisa preta com listras no tom do agasalho laranja engrandece um pouco o peito liso.

Filipe – Sou o Filipe, mas podem me chamar de Lipe se quiserem. É como todos me chamam. – ele relata, balançando-se enquanto segura as pernas cruzadas, como uma criança, porém logo abre as mãos para contar nos dedos – Eu gosto de doces, bichos de pelúcia e, modéstia à parte, sou muito bom desenhando e cozinhando.

Célia – “Modéstia à parte” mesmo, porque você supera até mesmo a sua mãe com as tarefas domésticas e artísticas. Isso é importante. – o rapaz coça a cabeça, corado.

Mariah – Que mal pergunte, e qual a importância disso exatamente?

Kailane – Filipe ajuda a mãe a fazer o design dos produtos vendidos pela Beyfly.

Mariel – O que é muito, se nós considerarmos que ele mais parece um menino.

Filipe – Oh Mari, querida, você é tão meiga. – os demais a fitam duvidando das palavras dele, principalmente pela careta dos dois – Quando se conhece, a Mariel parece meio ameaçadora, mas na verdade ela é naturalmente adorável. Olhem essas bochechas! Deviam ver as fotos dela de criança, na época em que praticava balé. Uma graça.

Mariel – CALA A BOCA FILIPE! – ela grita aborrecida.

Embora suas bochechas infladas de raiva estejam rubras, a cor natural da sua pele é rosada. Numa tentativa de se acalmar, conhecida pelos amigos, Mariel passa a mexer no cabelo começando pela franja, mirando um ponto cego com os olhos pervinca. Seus braços juntos espremem os seios grandes e o vestido lilás de lã, com linhas pontilhadas brancas e mangas caídas, mantem expostas suas coxas grossas e macias.

Melissa – Diacho Mari, você está quase nua! Que pouca vergonha é essa?

Mariel – Oh, desculpe. Eu devia ter pedido aos raptores para me esperarem trocar de roupa antes de me jogarem num furgão imundo e trazer pra esta ILHA MALDITA?

Kailane – Tudo bem, tudo bem, já chega vocês duas! Estamos cansados, nervosos, então vamos relaxar. Amanhã procuramos pelos outros.

Edna – Encare a realidade Lane: nós não temos a menor chance. Ok, cada um de nós foi capturado quando estava desprevenido, fazendo outras coisas, e agora podemos estar juntos, contudo ainda jogamos nas mãos deles. Não seremos libertados, mesmo se aquela maluca conseguir o que quer. – neste momento, Gary levanta a mão.

Gary – O que tem de mais nessas pedras afinal de contas?

Ray – Temos feito essa pergunta há bastante tempo, sem resposta.

Kailane – Eu já respondi. É uma herança de família que não pode parar nas mãos da Lauana. Posso estar pedindo muito, mas gostaria da colaboração de vocês para achar.

Filipe – Claro que ajudamos Lane. Você nunca nos pediu nada mesmo.

Lee – Esperem aí. Nós não vamos comprar esta briga só com essas informações.

Berta – Tudo bem se não quiserem colaborar, mas temo que fiquem presos nesta ilha para sempre do contrário. – ela responde com um sorriso até sereno demais.

Kevin – Isto é uma ameaça? – com a pergunta, Liliane se exalta e fica de pé.

Liliane – Que pergunta é esta? Nós não somos os inimigos! Esses estão lá fora!

Lee – Calma aí. – Lee também levanta – Nós temos o direito de fazer perguntas, já que nos envolvemos nisso. E essa história toda é muito estranha.

Liliane – Acontece que suspeitar de nós não vai ajudar em nada. Temos que ficar juntos agora e trabalhar em grupo para dar o fora deste lugar.

Lee – Bom, não estamos dizendo que não vamos ajudar, apenas que precisamos saber mais. Você é que parece estar tentando esconder alguma coisa.

O casal se encara por um bom tempo, praticamente rosnando um para o outro. De perto é possível ver que ela é da altura dele, ao contrário dos amigos de cada um. Kevin e Mariah só alcançam os pescoços de Kalil e Márcio, respectivamente, enquanto Berta chega ao queixo de Gary. Logo esta última ri.

Berta – Vocês também parecem um par adorável.

Melissa – Eu estou começando a concordar. – os sorrisos das duas os fazem corar e virar os rostos emburrados, voltando a sentar.

Ray – De qualquer forma, o Lee está certo. Nós queremos entender o motivo disso tudo estar acontecendo. Aquela Carola disse que as joias eram da Beyfly...

Kai – Mais precisamente, a tribo Beyfly. – ele entra na conversa, curvando-se pra frente ao apoiar o braço esquerdo nas pernas dobradas – Importa-se de nos explicar qual a história da sua família, Kailane? – a moça faz uma careta enquanto todos a encaram.

Kailane – Não posso contar. – responde baixando a cabeça, sacudindo em negação – Algum dia talvez eu conte, mas agora não posso.

Kai – Muito bem. Se não pode confiar em nós, talvez também não devêssemos confiar em vocês. Eu não pretendo tomar partido nisso. – ele se levanta e vai sentar de costas em um canto mais afastado dos demais na caverna.

Hilary – Mas Kai, nós não podemos abandoná-los assim!

Kai – Eu já tomei a minha decisão. Não tenho mais nada a dizer.

Célia – É... Você estava certa sobre ele Meli, como sempre. – comenta sorrindo.

Melissa – Eu sei. – a loira responde aborrecida – Tudo bem. Desde o começo eu disse que vocês não eram obrigados a nos ajudar. Isso vale para os seus amigos também.

A conversa se encerra por aí mesmo. As equipes se juntam em locais separados e vão dormir. Durante a noite, Kailane desperta suada e assustada. Culpa de um pesadelo terrível com seus amigos. Ela resolve pegar a mochila de Keilhany e pendurar uma alça no ombro direito. Com uma última olhada para todos, em especial na direção de Kai, a moça suspira e foge dali rapidamente, rumando para o litoral.

De manhã cedo o grupo vai acordando, então Melissa olha para o lado e se assusta na hora. Ela percorre o ambiente com os olhos e levanta rapidamente.

Melissa – Cadê a Kailane? – os outros vasculham o lugar da mesma forma e nada.

Rosa – Oh meu Deus, ela fugiu! Mas para onde ela foi? Será que...?

Edna – É bem capaz. Vamos, temos que ir atrás dela!

As Beautiful Girls, os Dark Dragons e o Victory Diamond são os primeiros a sair da caverna, sendo seguidos pelos outros. Chegando ao chão, eles têm a surpresa de ver os Psykick e o Evening Sun vindo pela trilha que iam seguir, junto de três jovens.

Tyson – Ei gente! – Kane e ele apertam as mãos no alto – Vocês estão bem?

Kane – Estamos. É muito bom ver vocês! A gente pensou que tinha sido jogado aqui e não tinha mais ninguém neste fim de mundo. Em que confusão a gente se meteu?

Max – É uma longa história... – Max ri – Mas em resumo, nós fomos postos nesta ilha isolada porque uma cientista louca, que trabalhava com as famílias das Beautiful Girls, foi demitida e agora quer vingança. Ela pegou nossas feras bit e ainda quer umas joias que estão na praia do litoral. Por algum motivo, apenas nós podemos pegá-las.

Goki – Pois é... Isso resume muito, mas ainda tá confuso.

Jim – Ai, outra cientista louca?! Eu não aguento mais isso!

Edna – Vocês têm algum caso com histórias de ficção científica por acaso?

Alan – E quem são esses aí? – Diva fica entre as equipes para apresenta-las.

Diva – Esses são Mariel, Filipe, Edna, Célia e Rosa, equipe Victory Diamond. E esses aqui são Liliane, Márcio, irmão dela, Berta e Kalil, membros dos Dark Dragons.

Melissa – Todos são nossos amigos, vão participar do campeonato e têm feras bit.

Whitney – Oh meu Deus, são eles! – a euforia dela chama a atenção de todos.

Wyatt – Ah é. Essas são as garotas de Diabolik: Zene, Alessandra e Whitney.

Daichi – Não estavam no aeroporto quando todo mundo se reuniu?

Alessandra – Sim. Perguntamos se tinham visto nossas beyblades. Agora sabemos aonde vieram parar, e infelizmente nós também estamos perdidas.

Keilhany – Oh sim, nós vimos uma reportagem sobre o sumiço de vocês. Então já conheciam as equipes famosas do Campeonato Mundial de Beyblade?

Zene – Na verdade nos conhecemos naquela hora. Sempre tivemos interesse é em conhecer vocês. Ah, é difícil descrever a emoção agora! – ela sorri com a mão no peito.

Zeo – Elas são fãs de vocês, muito mesmo. E dos seus amigos também.

Filipe – Ah, que gosto! Muito prazer meninas. – elas se derretem cumprimentando todos os membros dos três times – Com um nome como “Diabolik”, vocês devem jogar ferozmente. Adoraríamos ver isso no campeonato, certo Márcio?! – o amigo concorda.

Max – Ei, agora que eu pensei! Vocês também têm feras bit, já que estão aqui?

Alessandra – Com certeza, e elas vão dar trabalho a vocês se pudermos competir.

Melissa – Maravilha, mas nós precisamos sair deste lugar primeiro. E até antes de enfrentar a víbora revoltada por natureza que é nossa inimiga, temos outra preocupação. Vamos logo procurar a Kailane antes que faça uma besteira!

Salima – Esperem aí! Nós a vimos. Ela estava indo para o leste.

Rosa – Maldição! Então ela foi mesmo atrás do navio. Lane deve pretender achar as joias por conta própria e esconder da Lauana. Ou pior: tentar usá-las contra ela.

Melissa – Oh meu Pai, por que essa criatura não colabora?! Por que ela teima em fazer tudo sozinha? Podíamos atirar aquela cobra de cima da montanha juntas!

Rosa – Jura que está preocupada é com isso? Olhe Melissa, a minha paciência está deste tamanho. – ela declara quase juntando dois dedos e com a outra mão no quadril – Já quase morremos ontem, então pare de cutucar animais selvagens com vara curta!

Berta – Vocês ainda lembram que ela não é uma cobra de verdade, não é?!

Whitney – Podemos ajudar? Por favor! Nós não vamos atrapalhar vocês, palavra!

Célia – Por que não?! Vamos lá. Quanto mais, melhor. – as quatro equipes unem-se e se preparam para seguir a trilha até o litoral – Bom, foi um prazer conhecê-los. Até.

Enquanto uma parte do grupo parte, os que ficam se entreolham e alguns acabam se voltando à Kai, que sai andando na direção oposta. Hilary fita Tyson com uma careta.

Tyson – Que foi? Nós já decidimos que não vamos atrás deles.

Hilary – “Nós” não decidimos nada, Kai decidiu. Vocês não têm opinião própria?

Ray – Nós não podemos comprar uma briga que não é nossa.

Salima – Espera aí gente. Esta briga pode não ser nossa, mas as garotas pediram ajuda naquele dia. Seria cruel da nossa parte não prestar apoio.

Mariah – Mais cruel ainda é elas nos pedirem pra fazer parte deste problema que aquela Kailane provocou. Nós já estamos bastante envolvidos sem querer.

Wyatt – Ah... Olha gente, eu sou novo neste território, mas pelo que entendi todos estão no mesmo barco. Ou estou enganado? – neste instante, Kai para de andar e vira a cabeça, acompanhando a conversa de longe.

Hilary – O Wyatt tem razão. Querendo ou não, nós precisamos colaborar para sair daqui. Além disso, se aquela Lauana vencer, nenhum lutador de beyblade ficará seguro.

Max – Isso é verdade, pessoal. Além disso, ela nos trouxe pra cá sem termos feito nada para irritá-la, então imaginem o que está planejando contra a Melissa e os outros.

Tyson – Ah, vocês estão discutindo por nada! Não é como se dependesse de nós eles conseguirem sobreviver nesta ilha e lutar contra aquela louca. Eles se viram muito bem sozinhos, pelo que já pudemos ver.

Hilary – Isto deveria pesar ainda mais, Tyson! Nós é que precisamos deles!

Tyson – Não precisamos, estamos bem. Já escapamos de uma ilha antes, podemos fazer isso de novo. – os desavisados da informação olham-no surpresos.

Hilary – Ah sim, e por acaso você se lembra do que aconteceu da última vez por estarmos sozinhos, encarando inimigos estranhos? Tivemos que lidar com armadilhas mortais todo tempo, de avalanches à um carro desgovernado! Você caiu dum penhasco, quase ficou inválido, correu o risco de perder a Dragoon, foi parar no hospital...!

Tyson – Tá bom, tá bom, todo mundo já entendeu! E eu não fiquei inválido.

Hilary – Quer saber, deixa pra lá! – ela abana as mãos no alto e se vira – Eu estou indo atrás deles para ajudar e vocês que se virem.

Kenny – Ham? Como assim Hilary? Você vai nos abandonar?

Hilary – Talvez a gente se encontre mais tarde, então tentem ficar vivos até lá.

Tyson – Devíamos dizer isso de você. Por que acha que vai ficar melhor com eles do que com a gente? – ele questiona de braços cruzados, sorrindo triunfantemente.

Hilary – “Por que”? – a moça se volta aborrecida, deixando-o um pouco nervoso.

Daichi – Você devia ter ficado quieto. – o menor sussurra ao mais velho.

 

Continua...


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