O Outro Lado do Espelho escrita por Machene


Capítulo 4
A Ilha Das Feras




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Cap. 4

A Ilha Das Feras

 

É a manhã de um novo dia. Hoje o motivo de vibração na cidade é pelo evento das Beautiful Girls. Como previsto, a internação de Kailane provocou muito tumulto dos fãs e Hana, mesmo temerosa, precisou anunciar ao público um show ao vivo na novíssima academia da BBA. Já que a apresentação é no fim da tarde, Kai aproveita pra fazer uma visita à moça no hospital. Quando ele entra no quarto, ela está sentada vendo a janela.

Seu semblante sereno o faz ficar paralisado na frente da porta por um tempo. Pela primeira vez, o rapaz repara sobre a bata branca no corpo feminino um broche de zinco na forma de fênix, adornado com strass de cristal branco e em vários tons de azul. Nas costas da ave é exibida uma reluzente safira azulada, parecendo uma gota.

Kailane – Kai? – o jovem se aproxima ao ser notado finalmente – Bom dia.

Kai – Bom dia. Pelo visto já está melhor... Seus ferimentos sararam?

Kailane – Sim. O pior foi na minha cabeça mesmo, mas estou melhor. – ela toca a testa perto da bandagem – As meninas me disseram que você me achou e carregou até o hospital. – menciona sorrindo e se curvando um pouco para frente – Obrigada.

Kai – Não foi nada. – ele responde relativamente corado, virando o rosto.

Kailane – Veja, eu não reclamo pela visita, mas... Por que veio aqui, se nem amiga sua eu sou? Achei que fosse contra nos ajudar.

Kai – E o que te deu essa ideia? – Kailane ergue uma sobrancelha, questionando silenciosamente se não seria uma ideia óbvia demais, e Kai dá uma risada leve – Não sei o que a sua amiga disse, mas eu só não gosto de deixar alguém na mão. Acho que nisto eu me pareço com os meus amigos. – a paciente acena em acordo.

Kailane – Entendo. Por acaso isso é experiência própria? – ele sorri de leve outra vez e senta na cadeira ao lado da cama, notando que ambos têm o mesmo tamanho.

Kai – É... Pode-se dizer que sim... Eu aprendo com meus erros.

Kailane – Que bom. Então, vai me dizer por que veio aqui? – o rapaz fica quieto por mais alguns segundos e logo se debruça para frente.

Kai – Eu já ouvi que vocês estão fugindo de uma mulher vingativa, e entendi que ela está atrás das suas feras bit, só não entendi ainda o motivo. – ela sorri enigmática.

Kailane – Quer saber o que tem de especial nelas?

Kai – Eu estaria mentindo se dissesse que não, mas também estou curioso para ter certeza se vocês sabem ou não alguma coisa sobre o desaparecimento dos bladers.

Kailane – Ah... Pelo visto, você não pode dar nós cegos, não é?!

Kai – Como assim? – Kailane suspira e se recosta no travesseiro atrás das costas.

Kailane – Quero dizer que não é uma pessoa enrolada. Não pode fechar os olhos e juntar dois pontos para fingir que está tudo bem. Não me leve a mal, eu admiro pessoas assim. Afinal, eu sou uma delas... – ela fecha os olhos – Mas deixar o problema e seguir adiante pode ser uma boa decisão certas vezes. – Kai permanece silencioso, fitando-a.

Kai – Então você não está disposta a me dizer o que quero saber? – a moça nada diz, apenas cerra o olhar e fixa na parede em frente – Neste caso, talvez possa falar algo sobre a mulher que está perseguindo vocês. Pelo menos diga se é ela quem está sumindo com os lutadores. – a jovem demora a responder, porém acaba confirmando em aceno.

Kailane – Sim. Ela trabalhava com os pais da Keilhany, desenvolvendo tecnologia pros produtos de beyblade comercializados na empresa Beyfly. Acho que não bastava ter seu talento reconhecido... Lauana queria dar vida às próprias ideias, por isso tentou roubar arquivos confidenciais. Você conheceu o Lucent?

Kai – Sim. Todos nós conhecemos. É um projeto interessante.

Kailane – Luce é mais do que isso. Ele pode ter sido criado, mas é quase humano, uma prova definitiva do talento da família Valem. E assim foi como Thalía descreveu a famosa Dizzi. – seu sorriso o contagia – Nossas feras não são meros animais selvagens. São espíritos poderosos que podem nos entender e se fazer entender também. A Lauana sabe disso, e pretende escravizar quantas feras puder para a servir.

Kai – Entendi. Eu já imaginava que pudesse ser algo assim... Então, nesta situação vocês preferiram se esconder ao invés de enfrenta-la?!

Kailane – Não diga isso neste tom reprovativo, por favor. – embora tenha pedido, seu tom sugere uma séria ordem – Acha que se nós pudéssemos escolher estaríamos nos arrastando na escuridão? Coragem não nos falta, mas existem outras circunstâncias que nos impendem de enfrenta-la. Nossas famílias escolheram nos enclausurar por isso.

Kai – E vocês nunca disseram nada a respeito?

Kailane – É meio complicado... O senhor Taylor cuida da Melissa sozinho desde a morte da esposa, então virou um pai protetor ao extremo. Ela não suporta viver presa, só que o pai nunca a escuta. Dessa forma, aquela teimosa não obedece nem mesmo a Hana, que já virou uma irmã mais velha para nós, e foge dos esconderijos o tempo todo. E dos pais da Thalía nós podemos descartar qualquer iniciativa de se oporem a ele ou...

Kai – A sua avó? – ele complementa, surpreendendo-a – Ouvi a respeito.

Kailane – Oh... É... Bem, minha avó é a única familiar que me resta. Ela é rígida, chega a ser um pouco grossa, mas é muito competente no trabalho. Na verdade, parece às vezes que sua prioridade é o trabalho. – o olhar dela fica melancólico – Virou o seu vício desde a morte do meu avô. Entende Kai? Não adianta argumentar.

Kai – Eu entendo sim. Tive o mesmo problema com meu avô. – Kai se recosta na cadeira e põe a perna direita sobre a esquerda, pensativo ao fitar o teto – Não que seja uma competição, mas sei o quanto sofri nas mãos dele até me aproximar do Tyson e dos outros. Ele queria um neto robô para só obedecer a suas ordens. Acho que acabei sendo uma completa decepção no fim. – termina rindo, voltando a analisar o olhar da ouvinte.

Kailane – Interessante... Sabia que essa é uma atitude estranha vinda de você?

Kai – Quer dizer o desabafo ou a risada?... – ela não fala – O que sabe sobre mim?

Kailane – Apenas conheço sua fama. Termina as lutas rapidamente, atinge os seus alvos com precisão antes dos adversários reagirem... Muitos bladers tremem na base se vão enfrenta-lo. Melissa o chama de “blader ceifador”.

Kai – Isso parece um elogio, comparado a todas as coisas que já escutei.

Kailane – Se acha legal ser tachado como “tão bom quanto à morte”, não discuto. Mas é engraçado... Melissa já me disse várias vezes que nos acha parecidos. Não nego a pequena semelhança em alguns pontos.

Kai – Tipo quais? – os dois se encaram em silêncio durante um tempo.

Kailane – Bem... Eu não gosto de multidões. Posso ser cantora, mas não tenho um pingo de interesse em ser o centro das atenções. É cansativo e me deixa nervosa... Você se sente assim também, não?! Somos tão isolados das outras pessoas que não chegamos nem a ser um estorvo. Quando os holofotes nos iluminam, as pessoas olham admiradas e com medo do desconhecido, porque não sabem lidar conosco.

Kai – O que quer dizer? Que somos apenas incômodos inimigos fortes?

Kailane – É o que diz a Diva. Mas você também não sente isso?

Kai – Eu não ligo pro que os outros pensam, ao contrário do que acham.

Kailane – Eu imaginei. – ela sorri e ele estranha – Então, já te disseram que você é o “todo poderoso Kai”, não é mesmo?! Eu sempre imaginei como seria ser você e sentir que não preciso de mais nada a não ser minha beyblade pra enfrentar adversários fortes. Mas eu me atrevo a pensar que consigo te entender um pouquinho, baseada nas minhas experiências... Você finge que está satisfeito com isso, contudo quer mais alguma coisa. – Kai cruza os braços e começa a balançar as pernas, sem saber o que responder – É o mesmo sentimento que eu tenho, por isso sei. Ter amigos ajuda a superar seus desafios?

Kai – Eu não preciso de uma torcida. – diz ao levantar, caminhando na direção da porta, e tocando o trinco a ouve rir, então vira de banda para olhá-la com curiosidade.

Kailane – Mesmo? Sendo assim, direi à Melissa que estava certa sobre mim.

Kai não diz mais nada e se vai, todavia o semblante de surpresa continua em seu rosto. Pela tarde a paciente recebe alta do médico e as Beautiful Girls se preparam para o show. A academia está lotada. Com a guitarra em tons de verde e laranja pendurada no ombro, Melissa ajusta seu microfone no pedestal e espera Diva dar o sinal na bateria amarela com suas baquetas pretas e vermelhas, rodando nas mãos cobertas por luvas.

A garota usa uma roupinha de marinheira característica de cada evento, como uma marca personalizada. No caso de Keilhany, suas vestes costumeiras rondam num estilo gótico, como o atual vestido preto, com fitas e babados de renda. O bracelete de tecido no braço direito e as munhequeiras completam o visual compatível com as botas e o seu colar prateado de caveira alada. Ela afina o baixo branco e rosa com detalhes pretos.

Nas costas, Thalía mantem a mochila vermelha para não correr o risco de ter seu computador espionado. Em solidariedade à Kailane, manuseando o teclado azul, e para ninguém suspeitar da causa de sua bandagem na testa, a moça amarrou um lenço branco no braço esquerdo. A multidão faz escândalo e na primeira fila os Bladebreakers estão sorrindo, passando por folhas e canetas para dar vários autógrafos.

Quando Hana avista Hiro, se afasta do palco e o arrasta pelo braço para um canto.

Hana – Ficaram malucos? Mas o que vocês estão fazendo aqui?

Hiro – Viemos assistir ao show, ora! – ele se diverte com o tom baixo da voz dela – O que é? Foi você quem aceitou colocá-las no palco da academia da BBA.

Hana – Sabe que a ideia foi do senhor Dickenson! Não adiantaria pedir aos fãs pra não sair gritando por aí onde estamos. Pelo menos assim os dois lados se acalmam. – ela olha para as jovens no palco – Não sei se vão ficar seguras, mas com a proteção da BBA fica mais difícil conseguirem sequestrar alguma delas de novo. Agora, por que vocês parecem estar querendo sempre se envolver no que não é da conta?

Hiro – Não precisa se preocupar conosco, sabemos nos cuidar. E nós também não temos a intenção de atrapalhar nada, embora vocês não pareçam estar no controle disso.

Hana – Sim, eu sei muito bem que o nosso teto é de vidro, mas fomos nós que o construímos e não posso deixar qualquer um com instinto heroico nos expor a um risco bem maior jogando uma pedra nesse telhado! Tenho certeza que nenhum inimigo que possam ter enfrentado foi ao menos parecido com Lauana.

Hiro – Não diria isso com tanta convicção se fosse você...

Melissa – Ah, oi Hiro! – a loira chega perto dos dois e se inclina para frente – Foi legal terem vindo, assim podemos roubar seus fãs!

Hiro – Não deixe o Tyson ouvir você dizendo isso! – ambos riem e quando ela se afasta ele vira à Hana – Parece que eles acabaram fazendo amizade. Você teria coragem de separá-los? – a tutora puxa o ar e expira devagar, mantendo uma careta que o agrada.

Hana – Não é uma questão de “coragem”. Esse problema não deve cair no colo de outras pessoas... Mas acho que tudo bem manter esta amizade. Contudo, qualquer coisa que acontecer com vocês será uma responsabilidade somente de vocês, me entendeu?

Hiro – Tudo bem. Você liga se eu assistir ao show do seu lado?

Hana – Tanto faz. – ela dá de ombros, mas sorri de leve.

Logo que o show começa, a atenção aos lutadores de beyblade é redirecionada às Beautiful Girls. O evento inicia com uma das músicas mais adoradas pelo público.

Demi Lovato - Confident

Ao final, a multidão aplaude com fervor. Neste momento, alguns furgões pretos surgem velozmente, espantando as pessoas e as separando das equipes do campeonato. Assustada, Kailane manda todos correrem antes de várias beyblades serem lançadas ao abrir das portas de trás. Feras bit enormes e ferozes, incluindo os mesmos pumas branco e negro que atacaram Melissa, Diva e Thalía no dia anterior, começam a destruir tudo.

Homens mascarados de uniforme saem dos carros e jogam gás do sono perto dos lutadores para captura-los, trancando todos nos veículos que logo desaparecem. Horas mais tarde, os Bladebreakers e as Beautiful Girls acordam num lugar estranho. Tyson se senta devagar no chão úmido, piscando os olhos, e toca a cabeça antes de notar alguns dos amigos levantando. Todos olham ao redor para se nortearem.

A sala fechada tem duas janelas pequenas com grades enferrujadas, logo acima de poucas caixas de papelão vazias e empilhadas num canto, e uma suja porta de madeira vedada pela grade de ferro na frente, no alto de uma escadaria com corrimões.

Ray – Nossa! Alguém anotou a placa? O que aconteceu, heim?

Melissa – Que negócios são estes? – ela puxa suas pulseiras de aço – Estão presas!

Daichi – E aonde é que nós estamos? Este lugar fede!

Diva – Isso não importa agora, embora seja verdade. – abana a mão frente ao nariz em acordo – Ei Thalía, descobre se tem feras bit por perto. – a garota abre a mochila e se desespera, encarando os outros em pânico.

Keilhany – Não posso... Meu computador sumiu! Luce não está aqui!

Kenny – A Dizzi também desapareceu! – constata de mãos vazias.

Melissa – AH! Revistaram a gente enquanto...! Espera. – a loira revira os bolsos – Minha beyblade... A minha beyblade se foi! – todos começam a conferir seus pertences e confirmam a ausência das próprias feras bit – Desgraçados! Quando eu puser minhas mãos naquela cobra naja, vou degolar ela!

Tyson – Ei, a Hilary também não está aqui. – anuncia nervoso.

Max – Talvez a Hilary não tenha sido atacada. Ela pode ter ficado para trás.

Diva – Que furada! Hana deve estar nervosa com o nosso sumiço, sem saber se conta ou não para nossas famílias. Se eles souberem, nunca mais vamos jogar beyblade!

— Essa não devia ser a maior preocupação de vocês agora. – uma voz ecoa e todos olham para a caixa de som preta no alto da porta, presa à parede – E como dormiram as minhas queridas lutadoras? Gostaram das suas instalações?

Melissa – Lauana, sua víbora! Solta a gente agora! – a mulher ri.

Lauana – Por que a pressa, linda Melissa? Onde estão minhas considerações? Eu tive tanto trabalho para preparar o palco de vocês.

Tyson – Sério? Pela decoração, não teve muito tempo. – outra risada feminina – E pra falar a verdade, isso nem é original. Já passei por uma instalação parecida com esta.

Lauana – Seus amigos são bem engraçados. Parecem ainda ter confiança de sobra.

Kailane – Por que não diz de uma vez o que você quer com tudo isso?

Lauana – Muito bem... Talvez fiquem felizes em saber que seus colegas e amigos mais íntimos também foram capturados.

Keilhany – Você diz a Kawane e os outros? Eles estão aqui também?

Lauana – Nem todos para ser exata, mas sim. Então, direi de uma vez o que vocês devem fazer para se livrarem desta situação. Sugiro prestarem muita atenção e não me interromperem, porque não pretendo repetir... Vocês estão em uma ilha, bem longe da cidade. Seus amigos estão espalhados por aí, assim como bandos de animais selvagens controlados por mim. Isso significa que se não seguirem as minhas ordens, vocês serão devorados em questão de segundos. Dúvidas até agora?

Diva – Termine de dizer o que você quer logo, bruxa!

Lauana – Controle a língua, sua peste abusada!... Na verdade, antes é melhor que lhes dê algumas explicações. Já devem ter percebido que ganharam pulseiras novas.

Melissa – Ah é. Desculpe, mas não combinam com meus olhos.

Lauana – Mas vão servir para monitorá-los. É claro, também existem câmeras de vigilância armadas em vários locais desta ilha, então não podem escapar do meu campo de visão. Já que para realizarem a tarefa pra qual irei designá-los não será necessário, ou permitido, utilizarem feras bit, suas beyblades foram tomadas enquanto dormiam.

Keilhany – Já percebemos isso. O que você fez com o Lucent?

Lauana – Oh, ele vai ficar bem. Irei me certificar de reconfigurá-lo para me servir depois de enviar meu poderoso vírus através da rede de dados do programa pra central da empresa Beyfly. Assim que houver qualquer conexão com o software, mesmo sendo da própria iniciativa dele, podem dar adeus à tecnologia dos Valem!

Keilhany – Se você destruir o trabalho dos meus pais, também vai sair perdendo!

Lauana – Não quando eu posso ter acesso a tudo diretamente do armazenamento do seu computador, gatinha. – a expressão de Thalía passa de raiva para um misto de aflição e frustração – Ah, talvez deva lembra-los que sua colaboração com meus planos vai impedi-los de participar do campeonato, então sinto muito.

Tyson – Há, é você que pensa! Quando a gente sair daqui...!

Lauana – Acho que você não entendeu bem, dragãozinho. Meu vírus vai interferir em toda a tecnologia da Beyfly, e isso significa que tudo administrado pela empresa vai cair, incluindo o estádio do Rio de Janeiro.

Kenny – É verdade! A empresa Beyfly quem patrocinou tudo. Se o sistema cair, o campeonato não pode acontecer! – Daichi bufa e cerra os punhos.

Daichi – Só pode estar brincando tia! Nós não vamos desistir de lutar só porque a televisão do estádio vai pifar! TÁ OUVINDO?!

Ray – Pode parar de gritar com a caixa de som Daichi, porque ela não se importa.

Keilhany – Além disso, não é apenas o telão do estádio. Sem o sistema, qualquer recurso que necessite de energia não vai funcionar corretamente.

Lauana – Exatamente! Podem dar adeus a tudo isso e voltar para o manual! Assim que Taylor e os outros falirem, vou extorquir empresários do mundo todo com o uso das feras bit em meu poder, comprar a empresa Beyfly e controlar tudo sozinha!

Diva – Você é mais louca do que eu pensei! Por que meteu nossos amigos nisso?

Lauana – Porque eles são úteis, é claro. E eu cheguei a pensar que ficariam longe de todos. Não achei que após saberem do rapto dos primeiros amigos vocês seguiriam se envolvendo com os outros. Felizmente para mim, agora que incluíram quase todos os times do Campeonato Mundial de Beyblade nisso, eu pude logo posicionar a maioria dos lutadores com feras de que preciso no mesmo local. Eu deveria lhes agradecer.

Kai – Então por isso vocês não enfrentaram essa mulher cara a cara logo... – ele se volta diretamente para Kailane, que suspira aborrecida – Por ela ter pego seus amigos.

Kailane – Eu disse que tínhamos fortes motivos para recuar. Além disso...

Lauana – Já basta! Acho melhor prestarem atenção. Este jogo do qual participam é simplesmente uma caçada para achar os seus amigos e os prêmios mais valiosos: duas joias que estão perdidas no litoral. – as pupilas da Yamari dilatam e as amigas fitam-na com aflição, o que não passa despercebido por Ray e Kai – Se os encontrarem, será bem mais benéfico para mim, porque é mais mão de obra para procura-las naquela praia.

Tyson – O que te faz pensar que nós vamos obedecer às suas ordens?

Lauana – Se não quiserem seguir as regras, também não será um inconveniente. A ilha ganhará habitantes permanentes, isso se sobreviverem por muito tempo.

Kailane – Não se faça de desinteressada, Lauana. Sabemos que precisa de nós.

Lauana – Minha querida, você é quem não deveria se iludir. Os meus planos estão fluindo perfeitamente bem, se não notou, e vocês não são essenciais. Sendo assim, tirem um tempo para refletir. Tenho certeza que minha proposta vai parecer interessante. – ao fim da fala, um som indica o fechamento do canal de comunicação.

Max – Ah... Então foi por isso que os outros não apareceram no show. Eles foram raptados. – o loiro reflete de repente – E parece que vamos precisar procura-los.

Melissa – Quando a gente acha que não pode piorar, piora. – ela bufa – Ô inferno!

 

Continua...


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