O Outro Lado do Espelho escrita por Machene


Capítulo 3
Irmandade de Semelhantes




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Cap. 3

Irmandade de Semelhantes

 

Hana Oshiro não se considerava uma mulher com sorte há bastante tempo, isso já desde que assumira o duplo cargo de treinadora e tutora das Beautiful Girls. O serviço não era fácil, mas com o passar do tempo as coisas pareciam vir piorando, e agora ela sente que mesmo todo o afeto trocado com suas pupilas nem suportaria o azar adquirido com a última ligação de Keilhany. Seu pescoço acabara de entrar em jogo.

Hilary – Hana? – a mais velha fita a garota com confusão, fazendo-a sorrir – Oi.

Hana – Já nos conhecemos? – com uma espiada por cima dos ombros da morena, ela vê o grupo na sala de espera do hospital acenando, então olha rapidamente para fora, onde um bolo de repórteres frente à uma multidão tenta entrar – Espera um minuto...

Hilary – Somos amigos das Beautiful Girls. Siga-me e eu vou mostrar em que sala a Kailane está. – a tutora obedece, sendo seguida de perto pelos demais, e entra devagar no aposento iluminado, dando um susto nas garotas.

Hana – Melissa Taylor! – a dita cuja recua um pouco.

Melissa – Em minha defesa, você disse que devíamos ficar dentro do seu campo de visão enquanto estivesse nos vigiando, mas depois saiu da sala. Tecnicamente, não descumpri a norma. – Hana põe as mãos na cintura e bate o pé.

Hana – Não distorça as minhas palavras, mocinha! – ela suspira, melhorando o semblante estressado ao se dirigir a cama – Como está Kailane? – pergunta ao segurar a mão da aborrecida lutadora, vendo-a suspirar.

Kailane – Entediada. – a mentora ri de leve e vira o rosto para as três pupilas perto da janela à direita, que engolem a seco.

Hana – Pelo amor de Deus! Eu acho que cansei de dizer pra não saírem sozinhas. Conseguem imaginar como me senti quando Keilhany ligou dizendo para que viesse ao hospital? Como sempre, você foi o cérebro da operação, não é Melissa?!

Melissa – Não tinha bem uma operação... Mas sei que fiz besteira. Desculpem. – enquanto a mulher bufa em resposta, Kailane vira a cabeça e estreita os olhos índigos.

Kailane – Bladebreakers? – todas dirigem a atenção para o grupo – E... Psykick?

Goki – Na verdade, agora é Evening Sun. – o quarteto sorri – Muito prazer.

Salima – É bom que esteja bem depois do sequestro, Kailane.

Hana – Oh Deus...! Melissa. – a loira enrijece sobre o olhar fulminante – O que...?

Melissa – Não tinha como esconder Hana! Além disso, eles nos ajudaram.

Hana – Sei... Neste caso, obrigada. – os times sorriem em resposta – Sua cabeça está boa mesmo, Kailane? Conte a verdade.

Kailane – Minha cabeça está ótima. Posso dizer os nomes dos membros das duas equipes aqui presentes sem problema. Quer dizer... Só não conheço essa garota.

Hilary – Ah, eu sou a Hilary! Não faço parte da equipe, mas ajudo nos treinos.

Hana – Então você é treinadora deles? Mas é tão nova.

Tyson – Coisa nenhuma! Essa desajeitada da Hilary só segue a gente pra servir de torcida. – ele recebe uma espalmada da garota no peito e acaba se calando.

Hiro – Eu sou o treinador dos Bladebreakers. – Hana sorri, deixando-o rubro.

Hana – Disso eu sei, e pelo visto é o único que há. Bem, eu vou conversar com o médico pra liberar a Kailane. – diz antes de levantar da cama e ir até Hiro – Novamente, obrigada por ajudá-las. Não sei o que faria se algo de pior tivesse acontecido.

Hiro – Ah... – ele tem dificuldade de formular uma frase pelo súbito nervosismo – Na verdade, eu posso dizer que todo o crédito do trabalho vai para eles. Eu confesso que nem sabia o que esses seis andaram aprontando! – fala ao encarar Tyson, que passa sua mão na cabeça e ri sem jeito – Mas entendo a sua preocupação. Também fiquei nervoso.

Hana – Sim... Então, são todos amigos das minhas meninas?

Melissa – Não somos exatamente amigos. Está mais para conhecidos agora. – ela revira os olhos e Hiro tem a impressão de ver Hana murmurar “ótimo”, contudo ignora.

Hilary – Melissa comentou do problema de vocês e nós quisemos ajudar. – desta vez sim o tutor e todo mundo notam a expressão repreensiva da mentora para a líder das Beautiful Girls quando ela recua um passo, causando estranheza nos turistas da história.

Melissa – Eu não tive culpa! Eles insistiram para que a gente contasse...!

Hana – E quanto você contou? – interrompe de braços cruzados.

Diva – Quase tudo. – limita-se a responder, resmungando de dor pelo puxão em sua bochecha dado pela loira maior – Vai rasgar, vai rasgar! Ai, ai!

Hana – Está bem... Já que sabem da história, eu vou pedir uma coisa. Esqueçam.

— O quê? – indagam muitos, ao que Melissa morde a parte interna da boca e vira o rosto, cerrando os punhos para evitar tremer de frustração.

Hana – Não faz sentido se meterem neste assunto, os prejudicados poderiam ser vocês. Será melhor fazerem de conta que não nos viram; e até estariam nos fazendo um favor!... Eu agradeço por tudo, mas logo que Kailane tiver alta iremos para o mais longe possível daqui. Portanto, peço também que não nos procurem mais enquanto isso.

Tyson – Mas vocês não vão ao menos tomar uma atitude? Preferem fugir?

Hiro – Tyson, não insista! – ordena antes de se voltar à tutora – Então nós faremos como disse. Desculpe pela intromissão. – as jovens veem tristemente o grupo ir, mesmo Kailane, e Kai ainda a olha por alguns segundos antes de sair e fechar a porta.

Keilhany – Hana, por favor, reconsidere! Com o talento que eles têm, podemos...!

Hana – Está fora de questão Keilhany! Vocês passaram dos limites desta vez! Sei que não foi culpa de ninguém o sequestro da Kailane, mas conhecem os nossos riscos. O que aconteceu já serviu como um lembrete; seus amigos foram levados para lembra-las disso! Gostariam mesmo de envolvê-los? – ninguém responde – Não temos escolha. Fugir e nos esconder ainda são as melhores opções, por mais degradante que seja. Bem, eu vou chamar o médico e pedir que ele venha ver Kailane. Não saiam daqui, por favor!

— Certo. – todas respondem deprimidas, observando-a sair.

Kailane – Então... Contem-me: aconteceu algo durante a minha ausência? Fora a Meli, de algum jeito, ter atraído a atenção de duas famosas equipes de bladers?

Diva – Lauana mandou seus capangas raptarem um grupo de garotas que nós não conhecemos, mas acompanhamos o anúncio do sumiço delas no noticiário. Elas foram fotografadas no aeroporto conversando com as equipes mais famosas de bladers.

Kailane – Então os Bladebreakers e o... É... Evening Sun. Já estavam lá também?

Melissa – Sim. E você sabe que os campeões mundiais têm feras bit sagradas. Se a Lauana está atrás das nossas, deve querer as deles com certeza! Aquelas três meninas se evaporaram, na certa por terem se aproximado deles. Talvez fossem amigos.

Kailane – Não seria estranho. Já levaram os nossos amigos... Mas só saberíamos perguntando e Hana não deixará que nos aproximemos deles, muito menos que digamos algo sobre o assunto. Quem ainda não está desaparecido?

Keilhany – São poucos eu suponho... – diz abrindo o computador – Luce?

Lucent – As equipes ainda ostensivas no rastreador de feras bit são Soul Cycle, Guardians Golden e Morning Moon. – a localização dos lutadores é apresentada na tela em um mapa, com fotos dos integrantes de cada time – Gostariam de contatar alguma?

Kailane – Melhor não. Não dissemos nada aos outros para manter sua segurança.

Melissa – Certo, mas agora mais da metade deles estão desaparecidos, né Lane?!

Kailane – Se contarmos o que está acontecendo aos outros, eles vão querer nos ver e podem ser capturados também. Sabe que todos os lutadores raptados só sumiram por terem chegado mais cedo à cidade para o campeonato mundial.

Keilhany – Mas eles vão chegar em breve Lane. E não temos como saber se tudo vai estar resolvido até lá. – a garota suspira, abraçando o monitor – Seria bom se algum sinal entrasse por aquela porta agora. – mal ela termina, Stanley entra sendo seguido por Hiro e as duas equipes que, aparentemente, tinham ido embora.

Stanley – Como vão, minhas jovens? – o quarteto os encara incredulamente.

Melissa – Por que... Por que vocês voltaram?

Max – Bem, vocês podem até não nos querer por perto, mas nós somos teimosos.

Hilary – O Tyson com certeza é. – enquanto o rapaz a fita aborrecido, ela olha pra tela do PC de Thalía e aponta – Quem são elas?

Keilhany – Ah... Algumas de nossas amigas. Também competirão no campeonato.

Stanley – Equipe Morning Moon, se não me engano. – a jovem confirma e o faz sorrir – De alguns rostos eu me lembro, especialmente quando a reputação é boa.

Os curiosos veem no monitor que há um nome acima de cada foto. Jeyne é a moça de pele branca e seios medianos, dona de lisos cabelos verde claro que vão até a cintura, além dos grandes olhos acinzentados. Não fica claro da posição em que está na imagem, deitada de barriga pra baixo com uma toalha azul abaixo da calça quase alva e apoiando os cotovelos numa almofada vermelha, mas pela ficha Jim chega à altura do seu nariz.

O agasalho rosa de mangas compridas tem uma gola azul, no mesmo tom escuro que a parte de cima dos bolsos da peça de baixo do vestuário, e as estrelas penduradas nos cordões dela combinam com a estampa de estrelinhas na barra da blusa branca. Seus sapatos marrons com cara de monstro são a coisa mais estranha na cena normal de uma garota mexendo no seu computador, sobre o piso de madeira da mesma cor.

A outra exceção, porém, é um estranho cilindro metálico perto dela, com entrada USB, mas ele é ignorado. Em outra imagem está Glória, a sorridente garota da altura de Goki, de acordo com a informação presente na ficha apresentada na tela. Seus fios lisos e castanhos chegam ao largo bumbum, a franja pende entre os olhos de cor igual e um vestido azul percorre o corpo alvo até as coxas relativamente carnudas.

O bolero branco sobre seus ombros é mais estreito na altura dos botões da veste, fechando o decote dos seios fartos. Por fim, a dona dos cativantes olhos em vários tons de azul tem como nome Kawane. A surpresa repassa por eles enquanto o braço direito, decorado por pulseiras douradas, se curva para levar aos finos lábios uma das cerejas dispostas na tigela na mão esquerda, todas vermelhas como as ligas em formato de flor.

Estas repartem seu cabelo no meio e o seguram no alto, pondo na altura do busto mediano. Os fios alisados são mais rosados que a sua pele, e as três repartições da franja permitem uma visão clara dos cílios longos. A blusa roxa com babado arrojado combina com o short e só é um pouco maior do que a outra acima, cujos lacinhos nas alças rosa se unem às listras acima das bolinhas de tom mais claro.

Talvez seja coincidência o seu tamanho ser o mesmo do de Kane, como descrito.

Goki – Isso quer dizer que elas são muito fortes?

Melissa – Hoje em dia nós somos mais, mas até saber jogar beyblade, eu apanhei muito da Glória. O chute de uma gazela dói pra caramba, podem apostar! Fiquei lesada!

Kailane – Nisso eu concordo. – a moça franze o cenho para a amiga, que esconde uma risada – Kawane é uma resistente lutadora com técnicas exclusivas e aprimoradas.

Jim – E a outra garota? – pergunta interessado antes de Keilhany fechar o PC.

Keilhany – Ela é menos nerd do que eu, mas só porque sua preguiça é maior. Terá sorte se não a enfrentar no torneio, pois quando a Jeyne quer lutar a sério vira um bicho!

Kane – Então, em outras palavras, nós vamos nos divertir muito este ano.

Stanley – Bem, vamos ao que interessa... Eu espero não estar atrapalhando.

Keilhany – Não senhor, tudo bem! Nós só estávamos conversando.

Hana – Meninas, eu falei com o médico e... – ela para no meio do caminho ao ver o cômodo particular quase lotado, assustando-se.

Stanley – Olá senhorita Oshiro. – Hana demora a responder.

Hana – Oi senhor Dickenson. – ela sorri ainda surpresa e aperta sua mão, dando outra olhada nos demais ao levantar uma sobrancelha – O que fazem aqui?

Stanley – Eu não quero atrapalhar, mas ouvi dizer que a senhorita Yamari teve um infeliz acidente, então me dispus a ver como ela estava.

Hana – É mesmo? E quem contou? – questiona olhando torto para os rapazes, no que Tyson e Daichi começam a assobiar – Bem, é muito gentil de sua parte visita-la. De acordo, Kailane? – a moça pisca rapidamente e endireita a coluna.

Kailane – Sim. – concorda se curvando – Obrigada por sua atenção, senhor.

Stanley – Ora vamos, não precisamos de tanta formalidade! Vejam senhoritas, eu compreendo que estejam com dificuldades agora. Na verdade, eu vim oferecer ajuda.

Hana – Nós agradecemos senhor Dickenson, mas não podemos...

Melissa – Podemos sim! Eu aceito qualquer coisa que me tire daquela masmorra!

Hana – Melissa! – a jovem torce o nariz e cruza os braços enquanto Hana ri sem jeito – Desculpe. Se alguém de fora ouvisse pensaria que ela foi sequestrada, mas essa reação exagerada é apenas pelo modesto hotel onde estamos alojadas.

Stanley – Sim... – ele abaixa a cabeça, fazendo os seus óculos caírem um pouco – E posso tomar como confirmação que para pessoas em boas condições financeiras, feito vocês, estarem reclusas dos holofotes e do conforto se deve ao fato de precisarem fugir de uma inimiga vingativa? Realmente? – a tutora e seu quarteto de pupilas o encaram na maior incredulidade, de bocas abertas, e a mentora até tenta argumentar, mas nada sai – Poupe seu fôlego minha cara, por favor. Eu não gosto de mentiras, e já estou informado sobre tudo mesmo. – novamente, ela olha torto para os bladers e desta vez Hiro também – Embora seus problemas não sejam da minha conta, eu tenho muito respeito pelas suas famílias, por isso quero ajudar. Especialmente porque vocês não têm muitas opções.

Hana – Mas é minha responsabilidade tomar conta das garotas.

Stanley – Eu sei, porém não precisam fazer tudo sozinhas. Entenda: agora que a senhorita Yamari foi internada, não há chance de vocês continuarem se escondendo.

Hana – Sim, e é por isso mesmo que eu vou comprar passagens aéreas para mim e as meninas ainda hoje. Nós vamos voltar para casa antes que algo pior aconteça. – neste instante as moças tentam rebater, contudo Hana as silencia com um chiado e um aceno.

Stanley – Bem... Eu não acho que fugir ajudará. Essa doutora Lauana já sabe a sua localização, e deve armar uma emboscada antes de terem a chance de irem embora. – a mulher suspira, fitando um ponto no chão enquanto pensa – Escutem: minha sugestão é que anunciem sua presença logo de vez. Podemos negociar uma luta justa contra ela.

Hana – Ela não aceitará. Seria suicídio. E como nos protegeríamos depois disso?

Stanley – Pode ser que vocês não precisem. Às vezes os seus fãs conseguem agir como melhor escudo, e até arma, se assim deixarem. Embora possa parecer grosseiro da minha parte dizer dessa forma... Se tiverem dúvidas sobre isso, por que não perguntam aos Bladebreakers? – todos se voltam aos rapazes parados perto da porta – Eu soube que vocês possuem feras raras. Eles também têm feras sagradas.

Diva – Nós sabemos disso. Sempre me perguntei como ainda não as roubaram de vocês, se colocam elas em exposição o tempo todo.

Tyson – Bom, não foi por falta de vontade. Muita gente já quis tirar elas da gente.

Salima – Acho que nós entramos nessa lista, porque fomos inimigos uma vez.

Ray – Pois é... A questão é que nunca permitimos. As feras bit são nossas amigas, parte de nós. Queremos mostrar a todos que não importa quantas vezes tentem tirá-las da gente, ninguém vai tentar sem sair machucado!

Max – Disse tudo, Ray! – os presentes sorriem, observando a quietude de Hana e das pupilas – Muitas pessoas entendem essa nossa ligação, e a maioria delas são bladers como nós, que são nossos fãs. Vocês também se sentem assim com suas feras, não é?!

Melissa – É claro! Elas são tudo para nós! Ou melhor, um terço do nosso tudo. A gente formou uma família, independente do sangue, então é claro que queremos dar um jeito de preservar isso. – as Beautiful Girls se viram para a tutora e ela suspira alto.

Hana – Muito bem... Eu não direi nada às suas famílias. – as jovens sorriem com alívio – Sei que se eu disser, eles levarão todas sem pestanejar e só continuaremos indo de cidade em cidade retardando um confronto inevitável. Lauana está fazendo de tudo para pegar essas feras bit, então é uma boa hora para traçar um plano.

Stanley – Maravilha! Então, vamos falar disso noutro lugar. Vocês também; saiam e deixem a paciente descansar. – o grupo de visitantes concorda e, um a um, todos saem, dando espaço para as cantoras voltarem a conversar reservadamente.

Diva – Aquele velhinho é simpático pessoalmente. – fala sorridente, sentando em uma cadeira perto da cama – Acham que eles podem nos ajudar mesmo?

Keilhany – Espero que sim. Eu pedi por um sinal, e talvez tenhamos conseguido!

Melissa – Não se animem muito. – a loira suspira, se acomodando na beirada do colchão – Lane, quando foi sequestrada, eles conseguiram tirar alguma coisa de você?

Kailane – Não. Dione e eu nos protegemos. Falando nisso, onde ela está?

Diva – Aqui. – avisa ao retirar a beyblade do bolso e entregar nas mãos da dona – Eu peguei logo que a vi. Acho que o Kai não notou a imagem.

Kailane – Obrigada. – sorri antes de admirar o brasão no centro do peão, passando os dedos em cima – Quando eu fui levada, colocaram um capuz na minha cabeça para não prestar atenção no caminho. Nem sei dizer em que tipo de veículo eles me puseram. No minuto seguinte, estava na presença de dois homens, usando máscaras. Eles queriam forçar Dione a aparecer, então colocaram a beyblade dentro de um tubo grande de vidro e me ligaram a uma máquina que arrancou minha energia. – ela pausa, notando a aflição no olhar das amigas – Mas não deu certo. Ela liberou energia por conta própria e então a máquina explodiu. Eu a peguei e fugi até onde pude, antes de cair e bater a cabeça.

Keilhany – Antes de parar naquela reserva ambiental, você estava num armazém abandonado. O Luce te rastreou e eu fui na frente com a Diva, já que nós tínhamos nos separado da Meli pra cobrir mais espaço, então fomos atacadas, adivinhe... Pelos pumas da Liliane e do Márcio! Devia ter visto aqueles olhos vermelhos, nos encarando como se fôssemos a sua próxima refeição apetitosa.

Diva – Devíamos ser mesmo! Eles não estavam normais, não nos reconheceram.

Keilhany – Com certeza isso deve ser obra da Lauana. E pensar que os capangas dela estavam usando aquele lugar como uma base de operações só para nos pegar...

Melissa – Está tudo bem agora. – ambas sorriem e todas fazem um abraço coletivo – Então... O que vamos fazer sobre os outros? Eu não contei dos nossos amigos, ou das outras feras. Eu nem mesmo disse quais são as nossas. E mais cedo ou mais tarde todos vão saber da gente. As equipes famosas de bladers são amigas.

Kailane – Tudo bem. Vamos apenas levar assim e ver se podemos confiar neles.

 

Continua...


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