Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 5
Ih, esqueceu


Notas iniciais do capítulo

Stelfs:

Ciao, persone o/
Hoje foi meu dia de postar, cambada (ouvi uns aleluias por aí?). Então, eu e as meninas estávamos conversando esses dias e resolvemos fazer uma coisitcha que eu acho que vocês vão gostar: postaremos duas vezes na semana! (Aeeeee o/) E aí, seria um capítulo na quarta e outro na sexta-feira, okays?
Bem, espero que gostem! Buona lettura

Bia:

Oi pessoas! Boa leitura o/


Ester:

Olá, meu povo! Como vão vocês nessa quarta feira??
Que tal conhecer mais um pouco sobre esta que vos fala, hein? Kkkk
E também teremos a participação dele, o vitoriano mais amado do Brasil-q.
Boa leitura




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Abri os olhos naquela manhã de segunda e encarei o relógio de gatinho na outra parede do quarto: eu estava atrasada! Ah, não, justo hoje! O primeiro período era aula de Escrita Criativa e a professora era pouco tolerante com atrasos.

Fiz tudo correndo, dando uma de maratonista pelo campus e logo cheguei na sala, esbaforida. A porta estava aberta. Ainda bem!

Entrei de fininho e sentei no meu lugar. Pouco depois, a professora fechou a porta e a aula começou.

Dessa vez era a matéria de verdade, semana passada foi só uma apresentação e um texto sobre nós mesmo, para “treinar”.

Quando a aula estava quase acabando, professora Raquel anunciou:

— Como vocês viram no cronograma que passei, — Ela falou, fechando o slide­ — vocês terão um trabalho no final do semestre que vai contar para metade da nota. E, para vocês terem alguma prática até lá, passarei um exercício em duplas. — Nessa hora começou um burburinho na sala. — Duplas que eu vou escolher. ­— Afirmou, cortando a empolgação de todo mundo.

A professora se virou para quadro e começou a escrever sobre o que teríamos que fazer.

Detesto quando não posso escolher minha dupla. Na maioria das vezes, terminei fazendo o trabalho todo sozinha ou tendo que aguentar alguém falando na minha cabeça o tempo todo.

Encarei o que estava escrito no quadro: os dois deveriam redigir um conto de, no mínimo, cinco mil palavras, obedecendo à todas as regras que discutimos mais cedo. Moleza. Só que não!

A distribuição das duplas começou. Foi chegando minha vez e fui ficando mais apreensiva. Que seja alguém legal, que seja alguém legal....

— Ester com... Lysandre. — E continuou anunciando os nomes. Quem era esse?

Dei uma observada na sala e vi um menino olhando para mim. Tinha olhos heterocromáticos lindos! Além de um cabelo meio... Branco? Que cor era aquela? Tenho que pedir o número da tintura pra ele, minha mãe vai amar!

Era quase certeza que era ele a minha dupla. Por que ele ficaria olhando para mim se não fosse isso?

O sinal tocou e todo mundo começou a guardar suas coisas e sair. Professora Raquel estava dando as últimas instruções, porém alguns alunos pareciam pouco se importar.

Juntei meu material e disse para Lorraine, minha colega de classe, me esperar. Ela caminhou até a porta e ficou conversando com uma menina.

Fui até o rapaz que estava me olhando antes e puxei assunto.

— Você é o Lysandre? — Perguntei e ele olhou pra mim com aqueles olhos lindos. Um era verde e o outro em um tom meio dourado/acastanhado.

— Sim, sou eu. Estava pensando em ir falar contigo sobre o trabalho, mas pelo visto você foi mais rápida. — Afirmou com um sorriso de lado e ficou de pé. Que cara alto! Tinha que ficar olhando pra cima pra falar com ele.

—É.... Eu vim perguntar sobre o trabalho. Como a gente vai fazer. — Apertei a alça da mochila.

— Estava pensando em nos encontrarmos na escola mais tarde. A biblioteca é um bom lugar. O que acha?

— Acho que é um bom lugar. — Olhei para a porta e vi Lorraine me esperando, a menina que ela conversava já foi embora. — Eu tenho que ir, minha amiga tá me esperando. Mas que dia é melhor pra você?

— Hoje estou um pouco ocupado. Que tal amanhã?

— Por mim tá bom. Pode ser às 14?

Ele concordou e combinamos de nos encontrar na biblioteca. Dei tchau a ele e fui com Lorraine para a próxima aula.

...

Naquele dia, nada de extraordinário aconteceu. Stelfs e eu ficamos a tarde em casa, aproveitando para realizar algumas tarefas domésticas enquanto fazíamos palhaçada. Bia passou o dia na casa da amiga dela, Priya, pra fazer um trabalho.

Lá pelas 16h, Stelfs foi para o trabalho e eu para o meu quarto, fazer alguns exercícios da aula e tentar ter alguma ideia para o conto.

Coloquei o Ghost Opera pra tocar, dessa vez mais alto, porque não tinha ninguém em casa.

Quando estava viajando com aquela baladinha maravilhosa... A guitarra do vizinho começou a chiar... Desgraça! Será que esse cara não tem noção?

Como nenhuma das meninas estava em casa pra ir lá, e ainda não era depois do horário permitido, aumentei o meu som no máximo... Como se isso fosse adiantar alguma coisa!

Tentei continuar os exercícios, mas não conseguia me concentrar com aquela barulheira. Fechei os cadernos e fui vadiar na internet.

O CD voltou para uma balada e eu ouvi a mesma voz daquele dia. Hum... Não era o Castiel, que continuava tocando guitarra, então quem era essa pessoa?

A porta da frente bateu com tudo, Bia chegou. Ela começou a reclamar lá da sala. Que a treta comece!

...

Na terça feira, depois das aulas de manhã e de almoçar, fui para a biblioteca, fazer o trabalho com o Lysandre.

Me sentei no primeiro dos cubículos pra ficar bem visível. O design da faculdade era bem moderno, um pouco difícil de descrever. A parede esquerda, o lado onde ficavam as mesas, era todo de vidro. Dividido como em um escritório, com três andares para estudo. No meio, ficava a bibliotecária e as estantes com os livros.

Fiquei observando o jardim enquanto esperava ele chegar. Olhei a hora no celular: já estava atrasado vinte minutos... Só me faltava eu marcar de fazer trabalho com o cara e ele não aparecer!

Esperei mais alguns minutos, já batendo o pé de impaciência. Toda vez que a porta abria, esticava o pescoço pra ver quem chegava. Quase quarenta minutos depois, vi ele entrando. Acenei pra chamar a atenção dele. E, gente, como ele era alto! Conseguia enxergar ele de longe.

— Mil perdões pelo atraso. — Pediu ele enquanto puxava a cadeira. — Estava indo embora, quando senti que estava esquecendo algo. Então voltei.

— Tudo bem. — Estava com um olhar de descrença. Só me faltava ele ser igual aquele povo e me deixar pra fazer tudo sozinha...

— Então... Eu tive algumas ideias para o conto. E escrevi aqui, para pedir sua opinião. — Ele me passou uma folha de caderno. As ideias eram super bem organizadas por tópicos. Hmm.... Acho que eu estava enganada sobre ele.

Ele sugeria um conto de terror, olhei para ele, que levantou a sobrancelha ao ver minha surpresa.

— Você gosta de terror?

— Admiro alguns contos de Poe. Me inspirei em o Corvo, conhece? — Concordei com a cabeça e devolvi a folha a ele. — Gosto dos tons sombrios da história, sem ter o horror explícito, com algo mais voltado para o psicológico...

Gastamos mais de uma hora e fizemos o roteiro do conto. Lysandre era um escritor talentoso e gostei do resultado.

Quando estava organizando os papéis na pasta, um celular tocou alto, chamando a atenção de todos na biblioteca. Lysandre pegou o aparelho do bolso e clicou na tela, fazendo o toque parar. Ele recebeu um olhar feio da bibliotecária e corou um pouco.

— Sinto muito, mas vou ter que ir embora. Acabei marcando um compromisso com um amigo hoje. Esqueci que tinha o trabalho no mesmo dia.

— Meio esquecido você, hein? — Ele riu e eu também. — Então, acho que é isso por hoje, né? Já adiantamos bastante o trabalho. Acho que vou embora também.

Juntamos as coisas que estavam em cima da mesa e acabamos indo conversando pelo caminho. Ele era um rapaz legal e descobrimos alguns gostos em comum.

— Então, que dia você pode fazer o trabalho?

— Que tal quinta feira? — Perguntou ele e parou encostado no poste do ponto de ônibus.

— Por mim tá bom, sou meio desocupada de tarde.

— Desocupada tanto quanto a faculdade permite, não?

— Verdade. — Rimos e resolvi me despedir. — Então até quinta. E vê se não esquece dessa vez. Vou pedir pra professora descontar os atrasos da sua nota, viu? — Ele sorriu e eu fui embora.

...

Cheguei em casa e Bia estava preparando os bolinhos pra vender no dia seguinte, Stelfs já tinha ido pro trabalho.

Tentei roubar um bolinho da Bia, mas só consegui um tapa na mão.

— Eu só ia pegar um!

— Desse jeito você acostuma e eu vou ter prejuízo. — Fiz um olhar pidão, só que não adiantou. — Se sobrar algum, amanhã eu te dou.

Fui pro quarto comemorando com um “ebaaa” e joguei a mochila na cama.

Abri ela pra tirar meu livro de dentro e achei um bloquinho junto da minha pasta. Ele era de couro preto e capa costurada.

Espera aí! Isso não é meu....


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Notas finais do capítulo

Stelfs: Uhhhhhh, olha o bloco de notas marcando presença aí, gente! kkk E... Lysandre sendo Lysandre sempre, né, não? Se não esquece das coisas, esquece da vida -qq
Espero que tenham conhecido melhor a Ester :B

Ester:

Um cap normal, de uma universitária fazendo trabalho kkkk. Garanto que os próximos caps com a Ester vão ser mais animados :)
Uma boa semana pra vocês e até sexta o/

p.s: a Bia hoje tá meio de luto... o note dela deu uma leve morrida D: