Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 4
Prazer, Stelfs


Notas iniciais do capítulo

Stelfs:
Ciao, persone, come stai? :B
Então, esse capítulo é só pra saber quem é essa Stelfs que mau conhecemos e já consideramos pacas, kkkk (masq?).
Brincadeirinhas à parte, espero que gostem. :B
Buona lettura.
Bia
Eae pessoas! Boa leitura!
Ester
Olá, minha gente!!! Como vão??
Nesse cap, não teremos divisão de pov's e vamos aproveitar pra conhecer um pouco mais sobre a Stelfs, que vocês mal conhecem e já consideram tanto kkkk
Boa leitura :)



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Abri a boca em um bocejo, me espreguiçando e espalhando pela cama. Levantei e sai no corredor. Mas que silêncio é esse? Acho que as meninas ainda não acordaram. Fui ao banheiro e dei um jeito na minha cara e nos meus cabelos, que à essa hora quer fazer cosplay do Simba. Não dá, né? Voltei pro quarto e arranquei o moletom e a legging que eu usava e me vesti. Peguei as chaves sobre a escrivaninha e saí. 

Caminhei sem rumo pela rua, virando a esquina e encontrando a padaria. Eu sabia que tinha uma por aqui! Comprei pães e algumas coisas gostosas e fui pro caixa, esperando minha vez de ser atendida, quando escutei uma voz atrás de mim:

— Bom dia — me virei intrigada.

E adivinhem quem era?

— Bom dia — eu disse com um sorriso quando me deparei com aquele garoto dos cabelos platinados e os olhos de duas cores.

Detalhe: QUEM nessa vida tem olhos de duas cores e cabelo desse jeito? E QUEM se veste com essas roupas elegantes e maravilhosas do século XIX? Então. Ele faz isso.

— Queria me desculpar novamente pelo incômodo na noite passada — escutei-o falar enquanto eu pagava minha conta.

— Ah... — soltei de repente, sem pensar muito no que responder — Você não tem culpa — fui sincera e ele também pagou sua conta — O negócio é aquele seu amigo... — começamos a caminhar juntos pra casa.

— Oh, claro — ele concordou (?) comigo — Sou consciente da teimosia de Castiel...

Imagino, meu caro, imagino...

— Entretanto, se começar um diálogo apropriado com ele, creio que será mais flexível.

O QUÊ?! Que papo é esse, meu querido?

— Ahhhhhh, você vai me perdoar... é... — parei de repente, me dando conta de que nem sei o nome dele — Qual é seu nome mesmo? — perguntei intrigada — Na verdade, acho que nem chegamos a nos apresentar ontem, né? — atropelei o pobre coitado.

— Certamente não — finalmente disse, enquanto entrávamos no prédio — Me chamo Lysandre — se apresentou, me estendendo a mão e o cumprimentei.

— Stefany — soltei com uma risada engraçada e entramos no elevador — Mas pode me chamar de Stelfs — emendei — É como a galera me chama na faculdade — expliquei.

— Certo — ele riu.

— Então — retomei o assunto anterior — Lysandre — dei uma ênfase com um riso divertido — O caso é que seu amigo não dá tempo pro diálogo — comentei, percebendo que o elevador começava a parar — Ele já vem com tiro, porrada e bomba — brinquei e o garoto arqueou uma sobrancelha com a minha resposta — Desculpa, — consertei ao ver sua expressão — É só um jeito de dizer — completei e ele as suavizou — O quero dizer é que Castiel não parece muito adepto de dialogar com ninguém — expliquei.

O elevador se abriu e saímos dele, caminhando até as nossas portas e parando.

— Honestamente, — Lysandre se virou na minha direção — Conviver com Castiel é um aprendizado — ele soltou meio poético.

Esse aí deve manjar dos paranauês. Porque morar com aquele lá deve ser tipo jogar The Sims sem usar o "motherlode": precisa rebolar muito pra sair dali vivo.

— Porém, é surpreendente quando se consegue — finalizou com um sorriso amigável.

COMÉ QUE É?

Olhei pra ele com uma expressão meio estranha.

Acho que ele tá falando sério.

E ele sorriu da minha indignação.

Sim, ele TÁ falando sério.

— Bom... — soltei, cruzando os braços e arrastando as sacolas todas comigo — Já que você tem experiência no assunto — falei e ele me olhou intrigado — Vem aqui em casa qualquer dia desses pra dar uma palestra de... — dei uma pausa dramática — "Como conviver com Castiel" — fiz piada e ele abriu um sorriso — Brincadeira — consertei, rindo também — Bom, deixa eu entrar — encerrei aquela conversa — Tenha um bom dia, Lysandre — desejei, enfiando minha chave na porta e abrindo-a.

— Igualmente — ele devolveu, me imitando.

Não é que ele é um cara legal?

...

O ônibus parou e eu desci em um atropelo, começando a andar apressada pela rua, enquanto certificava que horas eram. Segurei a alça da minha bolsa com força e adiantei o passo, vendo a pequena varandinha feita de muretas baixas. Ao longe avistei uma pessoa escorada na parede do café com o pé apoiado nela. Dava pra perceber que era um rapaz. Talvez seja o Caio. Ele passou a mão pelos cabelos e virou a garrafa de Coca-Cola, terminando aquela bebida em um gole.

À medida em que eu ia me aproximando, aquela imagem foi ficando ainda mais nítida, até que eu pude ver claramente quem era.

Ah, não...

— Castiel?! — perguntei em um susto e me aproximei da mureta, passando por cima dela.

Ele olhou pro lado e abriu um sorriso sarcástico quando me viu.

— Olha só, se não é a coleguinha da Bianca — disse engraçadinho.

— Você trabalha aqui? — questionei, achando muito estranho ele estar na área dos funcionários.

— Por que quer saber? ­— rebateu, cruzando os braços.

— Como sempre, simpááááático — falei sarcástica e ele fechou a cara.

— Você não tem outra coisa pra fazer não, garota? — me alfinetou — Pra ficar me enchendo a paciência desse jeito?

Eu abri a boca e fechei algumas vezes sem saber como reagir. Até que simplesmente soltei:

— Como se o único problema que eu tivesse no mundo fosse você — cruzei os braços também, virando o rosto pro lado.

— Quase não te reconheci sem aquele coque esquisito no alto cabeça — mexeu comigo, dando uma risada rouca e abusada.

— E você, pelos menos, tá vestido hoje, né? — falei com raiva, olhando ele de cima a baixo.

— Você não parecia ter se incomodado com isso ontem — soltou, me deixando ainda mais nervosa.

— Como você é ridículo ­— eu simplesmente respondi sem pensar muito e ele gargalhou.

— Castiel, deixei meu casaco dentro do bagageiro da moto... — Lysandre se aproximou de nós dois. Ele olhou pro amigo e depois pra mim — Stefany — disse, abrindo seu sorriso clássico, fazendo Castiel o olhar repentinamente.

— Ei, Lysandre — cumprimentei também com um sorriso pra ele — E já te disse: pode me chamar de Stelfs — relembrei com graça, deixando Lysandre desconcertado e Castiel irritado.

— Então vamos, Lysandre — o ruivo falou meio ríspido, tirando o corpo da parede e colocando as mãos no bolso — A Dinnie deve tá esperando a gente — chamou, já abrindo a porta dos fundos do café, e abaixei a cabeça, rindo daquela situação.

Sério que ele tá com raiva por eu conversar com o amiguinho dele?

— Até mais, Lysandre — despedi com um tchauzinho.

Balancei a cabeça algumas vezes, repassando aquelas cenas na minha cabeça, quando uma voz interrompeu meus pensamentos:

— Eeeee menina...

Olhei pro lado e vi Nívea chegando abraçada com Armin. Abri um sorriso pros dois, enquanto eles se aproximavam da varanda.

— Oi, gente — cumprimentei, acompanhando—os com o olhar.

— Ei, Stelfs — Armin devolveu o cumprimento, pegando a namorada de surpresa e passando-a por cima da mureta com diversão.

Eu levei um susto, mas Nívea começou a rir tanto com aquilo que não tive outra saída a não ser rir também. Ele a soltou já dentro da varanda e deu um beijinho delicado nela. Olhei pra eles com um riso engraçado e cruzei os braços.

— Vocês dois não tem jeito — falei com graça e eles riram.

— Que horas vocês saem daqui? — Armin perguntou pra Nívea, tirando o celular do bolso e certificando as horas.

— Uhhh — a menina fez, também pegando seu celular e encarando a tela — Acho que deve ser mais tarde — encarou o namorado.

— Então, o Rodrigo tava me dizendo que vai ter uma banda apresentando nessa noite — respondi, voltando a ficar séria — Aí a gente deve sair um pouco mais tarde — expliquei pra ele.

— Hum — Armin fez — De toda forma, — olhou pra Nívea — Vou sair da faculdade e passar aqui, tá? — perguntou alegre e passou a mão nos cabelos dela, beijando-a de novo — Deixa eu ir — começou a caminhar pela varanda e pulou a mureta, saindo pela rua — Tchau, meninas — se despediu com um aceno, dando as costas e continuando o trajeto.

Nós duas nos despedimos, vendo aquelas costas se afastando e virando a esquina.

— Ele é legal — eu soltei meio aérea.

— Ai, ele é sim — a outra respondeu com emoção, me fazendo rir.

— Vem, vamos entrar antes que o Rodrigo nos busque no braço — brinquei e Nívea riu.

A sala dos funcionários estava vazia àquela hora. Geralmente as garçonetes gostam de ficar papeando por ali. Me olhei rapidinho no espelho, passando uma maquiagem branda pra esconder meu rosto detonado e prendi meu cabelo em uma trança embutida. Enquanto isso, Nívea guardava suas coisas no armário. Saímos pela porta que dava acesso ao balcão da cafeteria e Caio nos olhou.

— Boa noite, meninas ­— ele nos cumprimentou sentado na sua habitual cadeira no caixa.

— Boa noite, UHUHUHU — Nívea respondeu animada.

— Boa noite, Caio — devolvi e caminhei até ele — E o movimento, como tá?

— Por enquanto tá tranquilo — me disse — As meninas tão dando conta de boas — explicou — Só aquele seu cliente especial que teve aqui umas mil vezes te procurando.

— Ai, Caio, sério? — fiz uma pergunta retórica, fazendo bico.

— E falando nele... — escutei Nívea comentar, olhando pra figura que vinha andando na direção do caixa.

Droga.

— Ei, Stelfs — Marcelo se aproximou do balcão, debruçando em cima dele.

— Oi — respondi seca — Que que vai ser hoje? — perguntei de maneira “profissional” pra cortar qualquer conversa.

— Eu já fiz meu pedido — ele respondeu abrindo um sorriso — Vim aqui só pra te ver mesmo — jogou seu charme, fazendo meu estômago revirar.

— Hã — nem soube o que responder e Marcelo riu do meu desconcerto.

— O que você acha da gente sair depois daqui? — ofereceu, fixando seus olhos nos meus.

— Olha, Marcelo... — eu comecei a dizer, mas outra voz cortou o ambiente.  

— Boa noite, galera bonita — uma garota cumprimentou de cima do palco, direcionando nossos olhares — Nessa noite, a diversão de vocês é por nossa conta — ela comentou divertida — Esperamos que apreciem nosso trabalho — finalizou, tirando o microfone do pedestal e olhou pra trás.

Eu acompanhei o olhar dela e fiquei paralisada quando percebi quem eram os outros integrantes da banda. Ela acenou com a cabeça pra eles e estes se entreolharam.

Então, eu o vi.

Castiel desceu a mão na guitarra, produzindo um som agudo e metálico, e continuou freneticamente naquele acorde, fazendo os clientes gritar.

Eu arregalei os olhos, surpresa, encarando a Nívea e o Caio.

— Caramba... — soltei ao escutar aquela guitarra e Marcelo se virou pra me ver — Que negócio bem feito — apreciei, deixando ele irritado.

Logo entrou a bateria e o restante dos instrumentos, tocando a introdução da música e a menina iniciou. Ela finalizou a estrofe com um grito, dando início ao refrão e a plateia vibrou quando Lysandre cantou junto com ela, misturando os gritos agudos dela com os graves dele.

Olhei pro platinado, fazendo uma cara de “not bad”, ainda bobada com tudo.

— Caraca, eles são muito bons... — fiz um comentário sem rumo, me debruçando também sobre o balcão.

...

A noite passou muito rápido e logo o expediente acabou.

Caio trancou a porta do estabelecimento e se despediu de mim e Nívea, caminhando pela rua. Ela tirou o celular rapidinho e olhou as horas, guardando o objeto de novo na bolsa.

— Ai, o Armin tá atrasado — disse com preocupação, olhando a rua deserta àquela hora.

— Daqui a pouco ele tá chegando — cruzei os braços, também olhando pros lados.

— Você tá precisando de carona? — escutei uma voz atrás de mim e me virei, encarando aquela pessoa.

— Não, Marcelo, obrigada — respondei normalmente, me virando de novo pra Nívea.

— Estou falando sério — insistiu e respirei fundo.

— Eu também — respondi, ignorando—o.

— Mesmo assim, — ele continuou — Eu te levo no meu carro, não tem problema nenhum — falou com simpatia.

— Okay — eu soltei de repente, olhando pra ele e ele riu achando que eu tivesse concordado — Vamos deixar as coisas claras aqui: — disse irritada — Eu não quero ficar com você, tá bom? — fui sincera — Não precisa insistir comigo — comentei com raiva — Eu não tô disponível — ele franziu as sobrancelhas — E mesmo que eu tivesse, não ficaria com você! — joguei na cara dele, que pareceu irritado/chateado com minhas palavras — Vamos embora, Nívea — segurei ela pelo braço, andando pela calçada sem direção.


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Notas finais do capítulo

Stelfs
Ao loko, Marcelo! kkkkk
Quem é esse? O que ele faz? Quão mala ele é? Tudo isso e muito mais, sexta, no Glo-nnn.
Bia
Eeeita que a Stelfs tá virada no jiraya XD.
Ester
Credo, Marcelo, pra que ser tão mala assim?? Vejamos o que essa turminha vai aprontar futuramente ~sessãodatardefeelings kkk
Até semana que vem