Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 1
Olá, tenho interesse


Notas iniciais do capítulo

Stelfs:
Ciao!
Então, depois de passar pela experiência da "Shy", gostei tanto que quis repetir! E dessa vez vão ser três (sim, três!) pessoinhas pra você conhecer nessa fic! Quero dizer que estou amando escrever com as meninas e estou me surpreendo com o que tá saindo! KKK espero que se divirtam também!
Buona lettura
Bia:
OI PESSOINHAS!
Finalmente aqui estamos com essa fanfic que eu tanto falei! Demorou um pouco, mas estamos aqui!
Está sendo muito divertido escrever com as meninas, então espero que vocês gostem tanto quanto eu!
Aproveitem! o/
Ester:
Olá, meu povo lindo! Como vão vocês?
Primeiramente, quero agradecer às meninas por estar participando dessa fic. Me ajudou muito no processo de sair do meu bloqueio criativo e, aos poucos, estou voltando kkkk
Tem sido uma experiência ótima escrever com elas. Altas risadas, conversas e tudo feito com muito amor ♥.
Espero que gostem da nossa fic, onde nos colocamos como personagens (sim, isso mesmo que você leu) kkkk.
Boa leitura ;)



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Bia:

Atravessei apressada as portas de entrada do prédio, carregando minha mochila pesada, uma bolsa térmica e minha pasta cheia de trabalhos. Dei bom dia ao segurança e segui o corredor. Não havia ninguém ao redor. Todos já haviam ido para suas aulas. Andei mais rápido e parei na frente do quadro de informações. Deixei as coisas no chão e cacei o papel dentro da pasta. O achei, fechei a pasta e olhei para o quadro, procurando um espaço onde não ficaria na frente dos outros avisos. Achei um pequeno vão que daria. Tirei as tachinhas de cada ponta dos avisos ao redor, coloquei minha folha e furei o quadro com as tachinhas.

Pronto. Não tinha como ninguém não ver aquilo.

No meio de tantos papéis brancos, o meu era o único azul, e ainda com letras em negrito.

— Por favor, — sussurrei — que apareça alguém... Desde que não seja uma pessoa bagunceira.

Peguei minhas coisas e corri para a aula.

...

Ester:

Puxei a cordinha com firmeza para dar sinal ao ônibus. O veículo parou e desci logo após Tamires, sendo seguida por outros alunos da faculdade, que também chegavam naquele horário. Era o primeiro dia de aula do novo semestre.

Eu e Tamires seguíamos conversando, enquanto caminhávamos pelo enorme campus. Observava tudo, maravilhada com o que me cercava.

— Nossa, me lembrei que tenho que passar na secretaria pra pegar um documento. Vem comigo? — Perguntou-me Tamires e eu a segui por aqueles caminhos que ela passava com facilidade, já que conhecia tão bem. Tentava memorizar tudo para não me perder depois.

Atravessamos a porta de vidro e entramos no prédio. Minha amiga foi falar com a moça que estava no balcão, enquanto eu observava o lugar. Reparei em um quadro com papéis pregados e comecei a ler. Logo uma folhinha de um azul chamativo chamou-me a atenção. Era de uma menina chamada Bianca, que procurava duas garotas para dividir um apartamento perto do centro universitário. Hm... Interessante.

Ia perguntar à Tamires se ela conhecia a menina, quando um rapaz esbarrou em mim:

 — Perdão, senhorita. — Pediu-me ele e recomeçou a andar apressado.

— Não foi nada. — Repliquei, porém ele já estava longe, sendo visível somente suas costas e a cabeleira platinada. Que jovem tem cabelos brancos?!

Tamires voltou-se para mim, chamando minha atenção:

— Vamos?

— Quê?

— Vamos pra aula. Tenho que te mostrar sua sala antes de ir pro meu prédio. — E ajeitou a alça da mochila no ombro.

— Você viu isso? — Questionei, chamando a atenção dela para o quadro.  — Tem uma menina alugando um apartamento.

A garota fixou os olhos no papel azulado.

— Acho que eu conheço ela. É a Bia que vende bolinhos. — Voltou-se para mim enquanto falava. — Mas você não precisa se mudar de lá de casa agora. — E deu-me seu olhar de “você sabe, né”.

— Eu sei disso. Só que não quero ficar dando trabalho pra você e a Emily.

— Você não é incômodo nenhum lá, Ester! — Pegou seu celular do bolso e viu as horas. — Vem, vou te mostrar sua sala e te ajudo a encontrar a menina.

...

Bia:

— Ei, eu trouxe — falei para Priya, mostrando a bolsa térmica.

— Finalmente — Levantou de sua cadeira e se sentou em minha mesa. — Fez de quê?

— Chocolate e brigadeiro — A olhei. — Vai querer?

— Assim você me mata — Fez cara de dó.

— Mas está tão bom... — A provoquei.

— Ai, tá. Me dá um — Levantou, indo até sua mochila.

Sorri e abri a bolsa térmica. Peguei um bolinho e voltei a fechá-la.

Priya virou de volta com sua carteira em mãos.

Rapidamente tirei a carteira dela e estendi o bolinho.

— Você não paga.

— Para, não começa — Cruzou os braços, fazendo bico.

— É sério — Devolvi sua carteira.

— E como você vai ganhar alguma coisa se ficar me dando de graça?

— Mas eu não disse que seria de graça — Sorri.

Ela me olhou desconfiada.

Pouco depois, saímos da sala com a bolsa. A cada grupo que tinha no corredor, Priya perguntava se queriam comprar bolinho. Naquele corredor, vendemos três. Não satisfeita, ela me puxou para fora, para os outros prédios. Vendemos mais. Começamos a voltar quando o sinal tocou. As pessoas voltaram para suas salas rapidamente. Antes de sairmos do prédio, um garoto atravessou as portas.

Priya parou na frente dele.

—Ei, quer comprar bolinho?

Ele, que parecia perdido em pensamentos, nos olhou com seus olhos dourados.

— Desculpe?

— Quer comprar bolinho? São os últimos — Mostrou o interior da bolsa.

Eu já estava com vergonha dela pular de pessoa em pessoa, mas agora...

— Ah... Não, obrigado — Sorriu, passando por nós.

— Tem certeza? — Virou, o acompanhando.

— Tenho, mas obrigado — Acenou enquanto andava.

O olhei de costas. Parecia que ele havia cortado os cabelos louros à pouco tempo, já que os fios da nuca estavam bem curtos.

— Ooi? Terra chamando a menina dos bolinhos!

Olhei para Priya, perdida.

— O quê?

Ela sorriu, como se tivesse me pego no flagra.

— Ele é bem bonitinho, mas vamos voltar pra sala — Me puxou para fora.

— Você viu as costas dele? — perguntei.

— O que tinha as costas dele?

— Eram perfeitas! — falei, arregalando os olhos.

Priya caiu na gargalhada. — Você repara em cada coisa, hein?

— Fazer o que, né? — Sorri.

...

Ester:

Após minha primeira aula, que foi somente uma apresentação da professora e do conteúdo que iria ser estudado, dirigi-me ao corredor que Tamires me indicara. Ela não pôde me acompanhar, pois teve que resolver algo com seu colega de curso.

De longe, vi duas meninas com uma bolsa térmica pendurada no ombro. Uma delas era morena e com um cabelo preto liso, a outra, mais baixa que a primeira, possuía cabelos coloridos.

— Tem bolinho hoje? — Perguntei para elas, tentando puxar assunto e, talvez, comprar um bolo.

— Claro. — A morena replicou, abrindo a bolsa.

— Você é a Bia? Que está procurando gente pra dividir apartamento? — Soltei a pergunta para nenhuma em particular, mas a de cabelos coloridos foi quem respondeu.

— Sim, tá interessada? — E voltou os olhos castanhos para mim.

— Sim, queria conversar com você — A outra me entregou o bolinho. Tirei uma nota de dois do bolso da calça e entreguei.

— Obrigada — disse a morena.

— Eu que agradeço — E me dirigi à de cabelos coloridos, Bianca. — Quando podemos conversar?

— Pode ser depois da aula? Se quiser te levo pra ver o apê. — Ofereceu-me ela.

— Pode ser.

— Qual seu nome?

— Ester — Respondi com um sorriso para ela.

— Te espero na saída, então.

As duas agradeceram-me por ter comprado o bolinho e eu fui embora pelo corredor que viera, procurando a sala da próxima aula enquanto experimentava o doce.

...

Stelfs:

Ah... primeiro dia de aula na faculdade!

E pra ajudar, os veteranos tentando passar trote em todos os alunos da minha sala. Menos eu, que estou aqui me esgueirando pela porta do banheiro, fingindo que nem sou desse prédio. Olhei para o corredor pra ver se não vinha ninguém. Aliás, por que tô me preocupando com isso? Ninguém me conhece nesse lugar mesmo!

Respiro aliviada, pensando que posso me safar desse maldito trote numa boa.

Passo pelos corredores despreocupada, aproveitando para observar como o prédio do curso de Cinema é mais normal, sem graça e deprimente que imaginei. É, né, não dá pra ser perfeito. Passo pela secretaria, acenando na maior cara de pau pra moça que nem deve saber quem eu sou. E sorrio, quando uma coisa me chama a atenção: no quadro de aviso, em uma folha totalmente azul e muito gracinha, escrito em letras grandes e negritas (a pessoa tá REALMENTE desesperada!), alguém deseja pessoas para dividir o apartamento com ela.

Me aproximo do quadro, olhando atenta para aquela informação. Gente, hoje é meu dia de sorte, só pode!

— Bianca do Design Gráfico, sala 303 – leio atentamente, percebendo que não faço a mínima ideia de quem seja essa criatura.

Continuou lendo o papel, percebendo que ela deixa o telefone e whatts. Pego meu celular rapidão, abrindo o aplicativo e adicionando logo o número dela. Assim que ele confirma aquele número, abrindo a foto de uma menina de cabelos coloridos, clico sobre, pedindo pra discar. Não é todo dia que tenho wi-fi de graça assim dando sopa, né?  Só espero que ela esteja em algum lugar com net também, se não, já era. Coloco o celular no ouvido, percebendo que a chamada está completando. Ô glória a Deus!

— Alô? – escuto uma voz alegre do outro lado da linha – Para, Prya, tô no telefone – escuto ela falar, soltando uma risada – Desculpa, alô? – ela parece voltar pra conversa comigo.

— Ah, é a Bianca? – pergunto meio tímida, enquanto confiro o nome dela na folha.

— É sim, por quê? – sinto que sua voz soa meio intrigada.

— É que – não sei como começar  - Você tá procurando gente pra dividir apartamento – comento, caminhando para longe do quadro – Aí eu queria saber se ainda tá ou você já achou alguém – emendo logo depois, temerosa.

— Ah sim! – escuto Bianca afirmar do outro lado da linha – Então, na verdade ainda não – ela ri – Mas eu combinei de mostrar o apartamento pra uma menina que se interessou também depois das aulas – me explicou com simpatia – Se quiser, você pode vir também e eu aproveito e mostro pra vocês duas – ofereceu, ficando calada por alguns segundos, esperando minha resposta.

— Ué, por que não? – digo animada, abrindo minha bolsa de lado e procurando algum papel com caneta –  Tem algum horário mais ou menos?

— Hum... por volta das 13h, pode ser?

— Tá – respondo pensativa, calculando toda a minha rotina – Qual o endereço? Porque aí eu aproveito e encontro vocês lá em frente à portaria do prédio – digo de forma bem planejada pra não ter problema.

— Está bem – seu tom de voz sai divertido – É...

Anoto tudo com atenção, repetindo o nome da rua e o número pra certificar que escrevi tudo certo. Depois que ela concorda, encerro o assunto, agradecendo e desligando o telefone.

— Ah, cara... – solto em um tom baixo e pra mim mesma – Nem acredito que vou sair da casa da minha tia... – abro um sorriso animado, encarando aquele endereço.

...

Bia:

Assim que o sinal bateu, comecei a juntar meus materiais e a guardá-los.

— Vai encontrar aquela menina na sua rua, né? — Priya perguntou, também guardando suas coisas.

— Sim. Vou esperar a Ester na saída do prédio e depois vamos para lá.

— Quer que eu vá junto? — Ficou séria, de repente.

— Por quê? — Estranhei.

— Sei lá, vai que estão tentando te roubar — Disse séria, mas não conseguiu segurar o riso.

Revirei os olhos. — Obrigada, viu? — falei com ironia.

Saímos da sala e do prédio. Parei próximo à entrada e me despedi de Priya.

Encostei na parede, próximo das portas duplas. Quase todos que saiam me olhavam.

Não sei o que chamava mais a atenção. Minha mochila que parecia de acampamento, a pasta ou meu cabelo. Talvez tudo.

Uma menina saiu e parou, olhando ao redor. Logo a reconheci e me aproximei. Ela era mais branca na luz do dia do que dentro do prédio. Seus cabelos eram longos, lisos e castanhos.

— Ester, aqui! — Cheguei perto.

— Ah, oi! — Me viu.

— Vamos?

— Sim.

Andamos para fora do campus e saímos na rua.

— É longe? — Ester me perguntou.

— Não, é logo ali depois daquela esquina.

Poucos passos depois, viramos à esquerda. Demos mais dez passos, atravessamos a rua e paramos na frente da portaria de um prédio, não muito grande.

— Tem outra menina interessada em ver o apartamento, aí eu combinei de esperá-la aqui, tudo bem?

— Tudo bem.

Olhamos o movimento da rua. Eu não era muito boa em puxar assunto. E se puxasse, eu provavelmente falaria de coisas bestas. Como o tempo ou sei lá.

Muitas pessoas da faculdade passavam por ali. Mas uma garota começou a andar em nossa direção.

Ela era morena, com cabelos de um castanho dourado e cacheados, que iam até o ombro.

Logo se aproximou, parecendo tímida.

— Bianca? — Me olhou.

— Sou eu! — Sorri.

Ela sorriu e acenou. — Stefany.

— Bianca — falei, mas parei, olhando para cima. — Espera, isso você já sabe. Essa é a Ester.

Stefany riu.

As duas participaram de uma pequena guerra de timidez. Se olharam e sorriram.

— Oi — As duas falaram ao mesmo tempo.

— Vão se acostumando, porque se gostarem do lugar, vão morar juntas — Andei na frente, subindo as escadinhas da entrada.

Esperei o porteiro abrir o portão, agradeci e esperei as duas passarem.

— Isso não foi um aviso, tá? — disse enquanto elas entravam. — Não liguem pro que eu falo, porque geralmente é besteira. Eu prometo que paro com isso se vocês não gostarem — Dei risada.

As duas riram.

— Tudo bem, acaba ajudando a descontrair — Stefany disse.

— Tentamos — falei andando para dentro do prédio. — O apartamento fica no segundo andar, tá? — Parei na frente do elevador, apertando o botão para chamá-lo.

— Tá — disseram juntas.

— O bom é que se o elevador não funcionar, não vamos morrer se formos pelas escadas.

— Isso é — Ester riu.

Ele chegou. Abri a porta, deixei-as entrarem e entrei. Cliquei no botão do segundo andar e o elevador se moveu.

Ficamos em silêncio enquanto ele subia. Logo ele parou, abri a porta e dei passagem para elas, fechando a porta em seguida.

Segui para a direita e fui até a porta com o número 207.

— Cada andar tem quatro apartamentos — falei enquanto destrancava a porta. — Mas raramente eu encontro algum vizinho — Abri a porta. — Fiquem à vontade... Ah, só uma coisa. Temos uma regra — falei séria. — Nada de sapatos dentro de casa — Dei risada com as caras de hesitação delas. — Podem deixar seus sapatos aqui — Apontei para um pequeno móvel, feito para colocar sapatos, ao lado da porta.

Deixei meus tênis ali, e dei espaço para elas entrarem. Elas também tiraram seus sapatos e os deixaram junto com o meu.

— Começamos pela cozinha...

Olhando para a esquerda, havia uma mesa com quatro cadeiras próximo da parede da entrada. Para frente, ficava a cozinha em corredor.

— Ali no fundo é a lavanderia — Apontei.

Havia uma mureta entre a cozinha e a sala. O sofá de três lugares ficava encostado nessa mureta. Na frente dele, ficava o rack e uma TV na parede.

E ali entre eles ficava uma porta de vidro de correr, que dava para a pequena varanda. Também havia uma porta da lavanderia para lá.

Passando a sala, parei na primeira porta do corredor, na parede direita.

— Aqui é o meu quarto e aqui — apontei para a porta da parede da esquerda, quase alinhada com a porta do meu quarto — é o banheiro.

Dei mais alguns passos. Próxima porta da parede direita.

— Outro quarto — Abri a porta e deixei elas verem lá dentro. — Como pode ver, já está todo mobiliado, então vocês não precisam trazer móveis... A menos que queiram, claro.

— Ai, graças a Deus! — Stefany falou e a olhamos, sem entender. — Isso é algo que está fora de cogitação para mim. Acabei de arrumar um emprego, então não tem como comprar móveis agora — disse, animada.

— Ainda bem que conseguiu outro emprego, pelo menos! — Sorri e continuei. Dei mais alguns passos e abri a porta do final do corredor. — A suíte — Entrei e logo indiquei uma porta do lado esquerdo. — Outro banheiro. E aqui está — Parei no meio do quarto.

Aquele era um pouco maior que os outros. Mas os móveis eram os mesmos. Uma cama de casal, um guarda roupa de quatro portas e uma escrivaninha.

— Mas espera — Ester falou. — Você não tá usando esse quarto?

— Não... eu prefiro ficar naquele primeiro — falei voltando ao corredor.

Elas me seguiram para a sala de jantar.

— Por quê? — Stefany perguntou, se sentando.

— É que eu sou sensível à barulho de vizinhos. Meu sono é meio leve, então prefiro ficar afastada... Aquela parede do quarto é grudada com o quarto do vizinho. Mas então, gostaram? É pequeno, mas acho aqui muito bom.

— Mas que tipo de barulho o vizinho faz? — Ester perguntou, já sentada.

— Ah, geralmente é barulho de instrumento musical. Ora é uma guitarra, ora um baixo. Ou então cantoria — Dei risada. — Só isso.

— Mas eles são legais?

— Olha... Acredita se eu disser que eu não conversei tanto com eles? — Dei risada. — Mas minha amiga que dormia na suíte não ia com a cara deles não. Bom, não que tivesse falado com eles, mas ela ligou algumas vezes na portaria pra reclamar do barulho.

Percebi que as duas hesitaram com essa última informação.

Eu não posso perdê-las por causa disso...!

— Mas não se preocupem, faz um tempo que eles não fazem barulhos altos. Desde que minhas amigas se mudaram, não escutei nada que fosse muito alto — falei rapidamente.

— Então você dividia aqui com mais duas amigas? — Stefany perguntou.

— Sim, isso. Elas se mudaram porque se formaram no final do ano passado.

— E aí vocês dividiam as contas, né? — Ester perguntou olhando ao redor.

— Isso. Juntávamos todas as contas e dividíamos entre a gente.

— O que é isso? — Ester perguntou, olhando para trás.

Ela olhava para o quadro negro que havia na parede.

— Ah, é que eu tive que fazer algumas regras, porque minhas amigas não sabiam dividir um lugar — Dei risada, me lembrando. — Era muita bagunça, e eu sou bem... organizada.

Haviam algumas regras, que iam desde “sujou, lavou” a tarefas diárias, como tirar os lixos, organizar a mesa de jantar, etc. Eram mais lembretes do que regras, na verdade.

— E de quem é esse apartamento? — Stefany perguntou. — Seu mesmo?

— Não, é dos meus pais. Eles compraram na época que meu irmão começou a estudar. Depois que ele se formou, eu vim. E depois vieram minhas amigas morar comigo.

— Hm... Sabe, eu gostei bastante daqui. Parece ser bem tranquilo — Ester disse, voltando a me olhar.

— Eu também gostei — Stefany sorriu. — Podemos nos mudar quando?

Sorri de orelha a orelha. — Quando vocês quiserem!


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Notas finais do capítulo

Ester:
É isso, minha gente, esperamos que vocês tenham gostado :)
Vamos postar um cap toda sexta. Caso vocês queiram receber uma notificação no perfil de vocês, é só clicar logo ali e adicionar a fic nos acompanhamentos de vocês.
Até o próximo, pessoal o/