LAS AMAZONAS - Vivendo nosso amor escrita por SENHORA RIVERO


Capítulo 16
Capítulo 16 - A senhora do destino




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VICTORIANO — Morenita, por favor, conversa comigo, não fica assim...– ele ajoelhou-se no chão desesperado, não podia perder Inês de novo, não podia viver sem ela. Tudo que mais amava na vida depois de suas filhas era Inês.

INÊS — Sai!– ela o enfrentou violenta gritando com o rosto completamente envermelhado.– O nosso casamento acabou!

Victoriano sentiu o coração arder e tremer inteiro. Tudo que ele mais amava era aquela família especial que tinha com ela.  Se ergueu e olhou para ela chorando com os olhos cheios de dor, queria que tudo fosse mentira, que tudo que ele imaginava não tivesse acontecido.

Inês virou-se costas para ele a suspirou. O coração estava destruído. Ele olhou para o quarto, suspirou e não quis sair antes de ir a até a cama.

VICTORIANO— Eu não posso sair sem conversar com você, morenita!– ele sofreu e implorou.

INÊS— Você não pode explicar esse perfume e não pode explicar por que não voltou para sua casa para dormir! Você estava com aquela maldita mulher!– falou alto sem olhar para ele.

VICTORIANO — O que houve aqui em nosso quarto, você estava me esperando para...– ele disse num fio de voz.– Está tudo arrumando e tudo cheio de flores e ...

INÊS — Eu sou uma idiota!– ela o falou triste de costas para ele com a mão na barriga.– Pegue sobre a cama o motivo de eu ter esperado você por toda a noite e de achar que você ficaria feliz.– virou-se para ele sentindo que todo seu coração se despedaçava.– Eu não quero mais mentiras entre nós, foram anos de enganos e mentiras e coisas que não dissemos.

Victoriano foi a cama e sobre a pequena caixa na cama, ele achou o teste de gravidez dando positivo. Chorou com os olhos mais emocionados que ele conseguiu expressar. Um bebê era o desejo dos dois naquele momento, o maior dos desejos e ela o iria realizar.

VICTORIANO — Meu amor, você está grávida!– ele chorou e com o teste foi até ela.– Eu estou tão feliz, eu estou tão...– ele a olhou com loucura, queria abraçar e beijar a esposa. Ela era seu amor, sua vida, sua maior razão e viver e agora esperando um filho dele.

INÊS — Estou grávida, mas isso não importa, porque você estava com aquela mulherzinha e já optou por voltar a ela!– chorou com os olhos verdes de angústia.– Eu e meu filho vamos seguir em frente. Vamos ser felizes porque o pai dele teve uma recaída!

VICTORIANO — Inês eu te amo, me deixe explicar, eu faço qualquer coisa para que você me perdoe, eu quero que me deixe fazer algo que...– ele estava em choque, como poderia estar tudo acontecendo aquilo justamente no momento.

Ela o interrompeu e o olhou de modo direto. Não queria mais sofrer e nem pensar que o bebê que chegava já seria uma criança abandonada.

INÊS — Eu quero que você não fale mais nada, apenas me deixe sozinha, me deixe sozinha com meu filho!– a voz dolorosa e cheia de amor pelo filho, mas ao olhar para ele, quis apenas ficar só.– Sai! Sai do meu quarto!

VICTORIANO— Eu não vou me dar por vencido, eu vou descobrir o que houve, Inês, eu apenas fui lá porque ela me jurou que estava com provas para incriminar Elias, achei que ela queria dinheiro em troca das informações...– ele suspirou, tinha sido um tolo idiota, o pior dos tolos.

INÊS— Só sai, por favor e me deixa pensar, me deixa com meu filho!– ela o olhou de modo doloroso e suspirando se sentou na cama.

Victoriano chorando saiu do quatro depois de tentar tocar seu amor, mas ela se esquivou. Foi assim que os dois, separados pela porta que ele fechou começaram a chorar sem saber como seria o futuro. 

Inês ficou sentada pensando que aquele momento era muito estranho  e que Victoriano poderia ser muitas coisas, mas não era um covarde, ele não a trairia assim, não daquele modo vil com uma mulher que ele nem amava.

Victoriano escorregou como um homem rastejante, sofrendo e chorando até o outro quarto enquanto Inês se arrumou e dez minutos depois, ela estava pronta para sair de casa. Não disse nada a ninguém e saiu com o motorista, a cabeça a mil, o coração em fogo.

Tinha algo fora do lugar, algo que não se encaixava, como assim ele traíra e dormira lá até aquele momento? Se Victoriano a queria trair, seria mais fácil voltara para casa e fingir que nada tinha acontecido. Por que ficar até de manhã e ser descoberto?

Como ele não se lembrava o que tinha acontecido? Como ele estava voltando para uma mulher por quem ele não tinha mais apresso. Seu marido era um homem rico, poderoso e cercado de belas mulheres, poderia ter a que quisesse... Por que voltar a Débora?

Quando parou diante do local onde Diana estava morando, Inês desceu com o coração cheio de dor e todas aquelas questões na cabeça. E se fosse verdade? E se ele quis estar com Débora? E se seu amor tinha de fato estado ali por querer. Conhecia a cobra que a outra era, conhecia as artimanhas da maldita mulher e por isso tinha um plano.

Tocou a campainha do apartamento e foi recebida por ela, a própria, Débora. Os olhos se cruzaram e Inês escondeu toda sua insegurança, mesmo com seu coração aos saltos, fingiria diante daquela mulher. Empurrou a porta e entrou com os olhos fixos em Débora.

Estava de camisola ainda e o rosto trazia um sorriso de triunfo porque sabia o motivo de Inês estar naquela porta. Victoriano tinha contado e ela poderia mostrar as fotos bem antes do que esperava e se gabar de ter estado com ele.

DÉBORA – Empregadinha!– falou com deboche e recebeu uma bofetada de Inês bem no meio do rosto.– Maldita!– fez como se fosse devolver o tapa, mas Inês não recuou.

INÊS — Nem se atreva a levantar a mão para mim ou saio daqui direto para a polícia e acuso você de agressão!– enfrentou raivosa se afastando o suficiente para não se estapeada de volta.–  Agora me diga o que fez com meu marido? Uma armação? Foi isso que fez com ele aqui?  –  ela mirou o quarto e viu uma câmera recolhida no canto, com um tripé desarmado.–  Você o trouxe até aqui, o embebedou e fingiu ter algo com ele, não foi?–  desafiou mordida de ciúmes só de imaginar que o marido poderia ter dormido ao lado dela na cama da armação.– Conheço meu marido e sei que ele nunca estaria de novo em seu braços depois de ter a mim. Meu marido me ama mais que tudo, como eu a ele! Não abriria mão do que tem comigo por uma noite com você!– os olhos em fogo.–  Não o meu Victoriano!

Débora ainda estava com a mão no rosto cobrindo o local onde Inês tinha batido. Estava em choque com o modo como Inês a enfrentava e se sentiu acuada.

INÊS — Eu vou te dar até amanhã para que você diga a ele que não aconteceu nada aqui! Por que eu sei, não aconteceu!–  gritou fingindo convicção, mas não tinha, apenas queria pegar uma falha dela.–  Quero que desfaça essa sua mentira!

DÉBORA— Ou o que?– ela a observou e falou ríspida.– Quer que eu diga que Victoriano não teve uma recaída em troca de que?– sorriu pensando que podia levar vantagem em tudo aquilo.

INÊS — Você vai dizer a verdade a ele porque aquela câmera ali diz que armaram para ele.– apontou no canto do quarto.–  Vai dizer a verdade a ele ou eu vou contratar o melhor especialista que existir, investigador, para que ele prove que você roubou, Victoriano, porque eu sei que você o roubou!–  se sentou na poltrona em frente a ela sem ser convidada. 

Inês estava linda, não se saberia que estava brigada ou decepcionada quando a olhava assim. A gravidez estava aos olhos de qualquer um que pudesse observar a felicidade de Inês, dava para ver, dava para sentir. A linda roupa de montaria que ela usava, calças pretas, coladas, bata preta e uma echarpe linda, verde, como a bolsa de ombro dela demonstravam que ela tinha ido com o objetivo de se mostrar linda.

As botas eram pretas e os cabelos estavam soltos com as pontas enroladas, o batom, vermelho em toda extensão de seus lábios.

DÉBORA— Você ficou abusada, que lindo!– debochou.– A empregadinha se tornou protagonista da sua história! Mas ainda não vê o marido que tem, um safado!

Mas naquele momento, antes que Inês respondesse ao insulto, Elias entrou falando sobre a armação no telefone e quando se deu conta e percebeu a presença de Inês, sentiu seu coração pulsar e viu Débora lhe direcionar o pior dos olhares naquele momento.

INÊS — Não há mais nada que eu precise fazer aqui!– ficou de pé sorrindo.–  Ligue para meu marido e diga a ele que foi uma armação. Grave um áudio e peça perdão, eu não direi a ele que estive aqui para dar na sua cara, apenas quero que tudo se resolva.

Sem mais nada a dizer saiu erguendo a bolsa e colocando em seu ombro olhando Elias com a mesmo nojo que olhou Débora. Bateu a porta ao sair e segurou sua barriga. Se sentiu uma gangster, uma investigadora. Tocou sua barriga com a felicidade de agora ter certeza de que não tinha sido traída.

Débora gritou e proferiu vários impropérios contra Elias e sua grande língua. Rasgou as fotos e olhou para elas com a sensação de que não adiantava mais tentar separar Victoriano da maldita empregada. Eles seriam felizes porque Inês era corajosa e nunca mais desistiria de ser feliz com ele.

Entrou no carro, sentiu o coração ir retornando ao seu estado mais calamo e voltou para fazenda pensando em como estava mudada . Agora, naquele momento de sua vida, ninguém mais iria adiar sua felicidade, faria tudo que estivesse ao seu alcance para que ela o marido e os filhos tivessem paz. A paz que mereciam, a paz que eles tanto buscavam desde sempre ...


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