A Ascensão da Magia escrita por Crisântemo Lirium


Capítulo 1
A terra




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Olá, meu nome é Larissa Damian, tenho quatorze anos. Sou estudante de magia e estou aprendendo os quatro elementos, calma, não estou aprendendo todos de uma vez.

Já aprendi a magia do fogo e da água, mas magia da terra é bem difícil para mim, por isso estou verificando no meu livro de magia, um azul lindo, com um pentagrama dourado no centro.

Não sei o porquê de a professora ter passado essa magia para aprendermos, magia é algo bem restrito por aqui, em Storm City, sabe?

Olho o ensinamento sobre o desdobramento da magia de terra no livro e tento fazer igual, sem sucesso, porque é muito difícil. Me dá vontade de chorar, por não conseguir.

O Sol está se pondo no horizonte, com suas cores vibrantes a tingir o céu e eu suspiro, derrotada.

— Que droga! Nem para ser maga, eu presto. - reclamo baixinho, desviando minha atenção da janela, fecho o livro e deito na cama, morrendo de dor de cabeça.

Mexer com magia exige muita concentração, mas estou cansada demais para tentar novamente, por isso fecho meus olhos e adormeço.

Quando acordo, já é de noite e eu estendo a mão, sentindo-a esquentar, até sair fogo da minha palma e ir direto para as tochas apagadas, agora acesas por causa da minha magia.

Vou até a cozinha e pego grãos, legumes, os corto com uma adaga afiada e coloco água em uma panela, fazendo assim uma sopa.

Preciso de sustância para continuar estudando o caminho da magia, já viu uma maga praticar magia com fome? Acho que não, não é? Então.

Em alguns minutos, a sopa fica pronta e eu retiro do fogo com um par de luvas, sem muitos detalhes ou adornos. Assopro e começo a comer, até que meu colega Robert Yupson chega.

— Estou cansado, o que tem para comer, Lara? - indaga, jogando suas coisas no canto da sala de estar e vindo até a cozinha.

— Tem sopa, quer? - ofereço, estendendo um pouco a vasilha a ele.

Storm City é uma cidade pequena, que fica no sul da Inglaterra, incrivelmente chegou a época da primavera, onde as flores desabrocham e o vento as sopra, formando um cenário único de pétalas de flores. Há cerca de cem mil habitantes aqui, cuja formação se dá por vilas e vilarejos.

As pessoas que aqui moram são bem acolhedoras, fazendo gosto aos viajantes de passar um tempo aqui, o que é bastante comum, já que chega cada vez mais viajantes por essas bandas. Quanto ao meu colega, Robert é um cara legal, boa companhia e bastante gentil, nunca me faltou com respeito.

Nossa relação, é uma bela amizade, que espero que se estenda por muitos anos. Já a minha professora, tem, acho que dois mil anos ou mais, os cabelos longos dourados têm um tom mais opaco, sobressaindo-se alguns fios grisalhos, é uma boa pessoa e uma professora exigente também.

Tanto que me passou esse exercício, o qual infelizmente não consegui realizar, talvez demore muito para aprender. Termino de comer e evito falar do meu dia para Robert, realmente não quero falar sobre isso, me levanto e vou para o banheiro, pego um galho de hortelã e escovo os dentes, passando água na boca e cuspindo em seguida, deixando o galho no lugar.

Vou ao quarto e troco de roupa, visto uma camisola simples branca e me deito, respirando fundo. A vontade de chorar era imensa, o fato de não conseguir alcançar meu objetivo me deixava frustrada e irritada, quiçá Robert não entenderia isso se falasse para ele.

Há dois anos, deixei a dona Melissa, minha mãe com a solidão para estudar magia, meu intuito inicial era ajudar as pessoas e continua sendo, só que a Igreja Católica abole qualquer tipo de ajuda que não esteja sob seu teto e sem sua permissão, mandando pessoas que se dispõem a ajudar as outras para a fogueira. Sequer percebo que Robert chega ao quarto, apenas fecho os olhos, tentando esquecer minha miserável falha, sentindo Robert deitar-se ao meu lado e me entrego aos braços de Morfeu.


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