De volta ao passado escrita por Loh Paiva


Capítulo 2
Capítulo 2- An anonymous past


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez, me perdoem por qualquer tipo de erro! Aceito opiniões, beijos.



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Escutei Pietra chamar pelo o meu nome e logo subi as escadarias para tentar sair dali. Mas, creio que Jane,ao receber ordens de Hebert trancou todas as portas. O que não sabiam era que eu havia ficado lá dentro, mas um por um lado, eu sentia meu corpo vibrando, querendo mais emoções na qual eu só teria aquela oportunidade para realizar meus desejos, responder minhas dúvidas e cobiçar ainda mais meus fetiches. Me senti a Alice entrando na toca do Coelho, realizando o que sempre quis da forma mais estranha possível. Na verdade, eu não diria sempre e sim depois que vi a foto daquela mulher em que me parecia familiar. Fui andando por aquele corredor em que era a luz de velas, realmente parecia um castelo mas não dos bons. Digamos que era o porão da minha casa, por ser antigo, achei conseguir encontrar coisas do meu interesse. Por isso sou suspeita para falar que intuição é uma arma que raramente falha.
Aquela casa era lotada de livros, do chão ao teto. Com aquela escuridão eu não conseguiria encontrar nada, muito menos uma cópia do livro que vi no escritório. Olhei para trás e me deparei com uma mesa cheia de papéis, me aproximei e vi que eram correspondências. Senti meus pés saírem do chão, será se eu desvendaria o mistério na qual eu não poderia chegar perto ? Mas nessa altura do campeonato eu não daria conta de descobrir muita coisa, até porque era o início de tudo. Entre aquele canto de cartas, envelopes, que até cobriam o chão encontrei uma foto de uma mulher, era mesma daquela fotografia de mais cedo, me surgiu um pouco de espanto porque eram várias fotos dela espalhadas e meu pai nunca havia falado a respeito dessa mulher. Ela nem sequer fazia parte de nossa família, ou melhor, acho que não. Em uma das fotos em que achei, ela não estava sozinha. Tinha cabelos pretos como ébano, compridos, pele claríssima e olhos castanhos esverdeados. Dessa vez segurava a mão de uma mulher, que também me parecia familiar. Pareciam ser mãe e filha, a questão é que eu não conseguia decifrar quem é quem pela identica aparencia. No verso, " It will always be my little one, Jolie. " , em que dizia " Será sempre minha pequena, Jolie." É normal alguém se preocupar tanto com foto de desconhecidos ? Na verdade, não eram tão desconhecidos assim. Assim como a aparência física os nomes também eram familiares. Pelo o que notei, a suposta filha chamava Jolie e a mãe Rosalie. Toda vez em que tentava lembrar algo, meus pensamentos eram bloqueados por alguma razão. Não me dei conta do tempo em que passei ali, mas acordei para a vida quando a voz de todos os integrantes percorriam por toda a casa , chamando meu nome, causando um eco enorme no porão. Ouvi o renger da porta, Jane gritava meu nome desesperada no primeiro degrau daquela enorme escada, parecia ter algum tipo de receio de descer até lá embaixo.
— Céus, o que faz aqui Sophia ? Se seu pai sonhar que você esteve aqui vou ser mandada embora! - Disse ela a base do desespero -
— Ele não vai saber, se você me responder algumas perguntas que deixam minha mente transbordando de dúvidas. - Respondi - Um emprego por respostas, o que acha ?
— O que quer saber ? Respondo tudo por esse emprego, juro. Contando que o que eu disser aqui, não saía daqui. - Ao ver o desespero dela tive a total certeza que saíria daquele cômodo sabendo qualquer segredo vindo daquela foto. -
— Venha, preciso te mostrar uma coisa! - Levei-a até a mesa com as cartas, dava para notar que ela tinha algum medo daquele lugar mas estava fazendo um esforço por seu serviço. - Quem são elas ? - Mostrei uma das fotos para ela e o silêncio permaneceu intacto até que foi quebrado por alguém em que eu não imaginava estar ali. -
— Rosalie é uma prima de Las Vegas, e essa é sua filha Julie. -Hebert disse saindo da escuridão que existia naquele porão, mas por onde ele entrou se não foi pelas escadas ? Estava cada vez mais curiosa e desejava saber cada vez mais - Mas agora quem faz perguntas sou eu, o que faz aqui e por que essa curiosidade toda sobre as fotos ? -Seu rosto permaneceu com a mesma serenidade de quando nós conversávamos na varanda, calmo e sereno. Talvez não tivesse mesmo com o que se preocupar ou estava seguro demais com seus argumentos. -
— Estava conhecendo a casa. Achei que tivesse dito que essa casa também era minha, e , a respeito de sua prima, me despertou curiosidade ao ver a quantidade de fotos em que você mantém dela aqui. Parece idolatria, não algo familiar. -Eu disse andando em volta da mesa e procurando saber o que dizer quando fosse a hora. -
— Jolie morreu, demonstre respeito. - Não consegui esconder o espanto que tomou conta de mim, senti minha voz me deixando aos poucos assim como qualquer outra reação. -
— Achei que já tivesse a visto antes. - Disse trêmula - Me parecia ser familiar assim como você disse.
— Sophia, querida, volte para o seu quarto e evite falar bobagens! Que idiotice. - Ele ia saindo irritado mas voltou para completar - Tome cuidado por onde anda e mais importante,com as mentiras em que anda dizendo. Se não conheceu a casa em um mês, não vai ser em um dia que vai. -
Será se para ele foi tão fácil notar a minha desculpa,assim como foi fácil para mim notar a dele ? Aquela foto em que me remetia algo do passado, veio fazer parte do meu presente. Me trazia lembranças e caláfrios e ainda, sem nenhuma explicação lógica. O que era algo simples se tornou ainda mais complexo quando o semblante do meu pai me fez perceber que havia algo guardado a sete chaves e que não, não eram pensamentos atoas que habitavam minha mente. O pior não era ter dúvidas e sim, não ter argumentos que as calassem.


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