Proibida Pra Mim escrita por TessaH


Capítulo 31
25.




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{Se você soubesse o quanto te esperei

Que eu te amo, te amo, te amo, te amo

Me disseram que viram você sozinha

Por que estás sozinha?

Solte o passado e deixe-me ser

A pessoa que você ama}

Por Fin Te Encontré (Feat. Juan Magan/Sebastian Yatra)

 

25|

Scorpius Malfoy

Novembro trouxe a semana de provas e a confusão pelo colégio. Havia as pessoas que não estudam, mas resolvem atualizar a matéria faltando três dias para as provas, existem os que sempre estudam, mas mesmo assim se desesperam com as provas e se esforçam ainda mais. E existem as pessoas como eu, que podem ter estudado ou não durante o ano, mas na semana de prova também não se preocupa. Seguimos o fluxo.

Eu não sabia dizer se  tudo parecia melancólico depois que Rose viajou com a amiga por sentir sua falta ou se o ar nublado e chuvoso trazia tal tristeza. De toda forma, algo estava mudado.

Lá estava eu, olhando fixamente para o relógio à espera que a aula de Matemática acabasse para que o período da manhã terminasse. O professor continuava a falar e a falar sem fim e ninguém mais aguentava, o burburinho começou a aumentar e então o sinal soou para que saíssemos. Fui um dos primeiros a fugir da sala para guardar meus materiais.

Iríamos ter aula pela manhã e prova pela tarde, mas eu não iria estudar em cima da hora de toda forma, não adiantava.  Enquanto eu andava, percebia que os olhares e os cochichos me rodeavam. Vejam bem, eu já estava habituado àquela atenção, as pessoas sempre têm coisas para falar das outras, ainda mais das que se destacam, mas eu sabia que, no momento, não estavam falando da minha beleza, da minha vitória no rugby ou no fato de eu usar algumas meninas.

Eu sabia que falavam do episódio da festa. Sabiam que procuravam por Rose para saber como iria ser o desfecho da bela apresentação da minha parte, se logo Rose Weasley diria sim para a pessoa mais improvável da face da Terra. Porém eu estava exatamente como essas pessoas, à espreita, ansioso pelo veredito. De certo, poucas sabiam que Rose não estava no colégio.

Passei por uma parte do corredor e fui surpreendido pelo olhar de Hugo Weasley. O irmão de Rose me olhava solene e desconfiado, me disse poucas palavras depois que Rose viajou.

— Não vou te julgar, Malfoy, minha irmã sempre soube que decisões deve tomar. Só queria dizer que ela é muito especial, pra muita gente, então eu peço pra que você tome cuidado com ela, é diferente. Você deve saber.

Eu só assenti, não tinha nada a ser dito. Ele tinha razão e não parecia chateado ou coisa do tipo, na verdade quem vivia ao redor de Rose se importava com medo de eu a vir machucá-la. Mal sabiam que era a última coisa que eu queria.

Eu não havia falado com mais ninguém sobre a aposta com Hayes, só sabiam as pessoas que mereciam saber. Kellen, porque eu havia desabafado, eu e Rose. Eu esperava, receoso, por sua resposta. Estar apaixonado era depender de outra pessoa, viver sem ser só por você. Havia mais alguém envolvido que sempre passava por sua cabeça.

— Olá, ser estranho. - eu saudei Kellen quando a vi sozinha perto da lareira no salão comunal da Sonserina. - Não vai estudar para as provas?

— Elas serão daqui a pouco, não adianta querer aprender agora. - Kellen me respondeu e desviou os olhos do fogo para mim. Deu um espaço em sua poltrona para que eu sentasse.

Éramos tão acostumados a dividir espaço que mesmo que houvesse lugar vazio, era automático sentar perto. Coloquei meus materiais no chão e me encolhi no espaço vago.

Ela era magra, e ainda parecia mais magra que o de costume, por isso eu ainda cabia, mesmo que ficasse apertado.

— Eu penso da mesma forma que você. Não ia adiantar rasgar as páginas do livro e comê-las agora.

Kellen deu uma risada.

— Nossa, que metáfora esplêndida. Diferente de você, Scorpius, eu posso tirar nota baixa. Não sei como você ainda é bom sem estudar.

— Minha querida, isso é uma arte! Não devo revelar meus segredos.

— Como está com a Rose?

Kellen sabia da história com Una Stark porque eu havia contado. Primeiro porque Rose ficou destruída depois e fui atrás saber a causa. E segundo, Alvo era meu melhor amigo também, e ele havia sumido da mesma forma. Hoje eu sabia que a amiga de Rose era a tal garota por quem ele estava tão preocupado antes.

— Não nos falamos depois que eu contei do Hayes. Depois que eu a vi na enfermaria só tentei cuidar dela. Você sabe, ela estava chorando muito, então eu só a abraçava mesmo. Pelo menos ela não me expulsou nenhuma vez.

— Ela tem coisa mais importante pra lidar agora. - Kellen deu de ombros. Voltou a olhar para o fogo.

— Por que você está aqui tão apática? Pior, sem seu caderno de desenho, Kellen, algo de errado não está certo.

— Estou sem vontade de desenhar - ela deu de ombros. - Parece tudo estranho pra você agora, Scorpius? Como se a vida tivesse dado um solavanco?

— Exatamente assim. - suspirei e assanhei o cabelo com uma das mãos. - Mas aconteceu algo? Comigo você sabe que é porque eu estou apaixonado, muito estranho.

— Não precisa cochichar que está apaixonado, Scorpius - Kellen riu de mim. - Ia acontecer alguma vez com você, criatura.

— Não respondeu minha pergunta, senhorita Brice. Tem algo aí.

Kellen me fitou, olhos abertos e receosos. Eu sabia que ela estava tentando pensar em como expor tudo para mim.

— Só fale quando você se sentir confortável. Não precisa falar agora, calma, ok? Aquele grupo de ajuda já começou?

— Começa hoje. Estou um pouco nervosa também. Obrigada por me dar um tempo.

— Esses tempos que a minha boca acaba dando me deixam péssimo! Eu te disse que eu falei a Rose pra ela ter um tempo também?

Kellen riu da minha cara de desesperado, mas eu não ligava para suas risadas. Ela se divertia em me ver do outro lado da situação.

— Boa tarde. - nossa conversa foi interrompida por Thomas.

— Boa tarde, cara, e ai? - respondi logo com medo de que ele entrasse em uma briga com Kellen. Para minha surpresa, ele nem respondeu, só pigarreou e pareceu desconfortável. Kellen ao meu lado enrijeceu.

O que 'tava acontecendo?

— Thomas, ei, Thomas, quer falar comigo? Vamos lá fora - tratei de me levantar logo, mas Thomas nem me olhava.

— Queria falar com ela, Scorpius. Estou atrapalhando vocês? - meu amigo arqueou uma sobrancelha negra, evidenciando ainda mais seus olhos azuis. 

— Não, que isso? Kellen? Quer falar com ele? - olhei para a garota ao meu lado e ela parecia petrificada. Eu a sacudi de leve nos ombros. - Kellen?

— Não tenho muito tempo, as provas começam já, já. Não se preocupa, Scorpius, não vamos nos matar.

Fiquei alternando meu olhar entre os dois, mas parecia que eu nem existia para eles. Levantei-me estranhando toda a situação, e ao passar por Thomas, dei um aperto em ombro e falei:

— Depois quero falar com você.

Ele só assentiu. Sai da sala depois de olhar para trás uma última vez e observar se não iam se matar mesmo. Vi Thomas estender a mão, mas minha amiga não a pegou, se levantou e saíram os dois.

O mundo tinha mesmo trocado de lugar! Onde já se viu Thomas e Kellen nem gritarem um com o outro estando a três passos separados?

Minha cabeça estava nebulosa, mas eu não poderia treinar, o campo estava fechado para limpeza, porém eu ainda poderia ficar pelos jardins. 

No canto onde eu gostava de sentar para matar tempo, estava Alvo Potter deitado, os braços por trás da cabeça e olhos fechados.

Tentei chegar despercebido, peguei um ramo da flor que tinha perto e passei de leve pelo rosto de Alvo, perto de seu nariz e olhos.

— Porra, que isso? - ele exclamou assustado quando se sentou de súbito. - Caralho, Scorpius, que susto!

— Eu não evitei, Potter, foi mais forte que eu - eu disse entre gargalhadas por ver o rosto vermelho de Alvo.

— Eu devia mandar você se f...

— Ei, ei, você quem roubou meu lugar, não posso fazer nada! Estava dormindo, vulnerável, amigos fazem isso.

— Aham, ótima espécie de amigo, se eu fosse alérgico?

— Porra, que mau humor, Alvo. - cutuquei o Potter quando relaxei meu corpo na grama.

— Claro que eu estou de mau humor. Porra.

— Boca suja!

— Olha quem fala. Não me irrita, Malfoy, tem prova daqui a pouco.

— Eu sei, 'tava tentando fazer você relaxar, meu lindo - afinei a voz só para brincar com Alvo, mas ele nem sorriu.

— Tem alguma notícia? - ele me perguntou quando fechou os olhos mais uma vez. Entendi que estava querendo saber de Rose e de Una.

— Não. Acho que Rose vai escrever pra sua irmã, então também espero notícias. Anda pensando nela?

Alvo bem sabia o que eu perguntava. Ele abriu os olhos e me fitou, era um pouco afeminado eu falar que os olhos dele eram estranhamente da cor da grama?, suspirando.

— Sim. Todo dia, toda hora. 

— Sei como é. - eu entendia mesmo. Ainda que minha situação com Rose não envolvesse situações tão mórbidas, sofríamos por gostar demais de outra pessoa.

— Não sei como fez aquilo na festa, Scorpius, porra, você quer ficar logo com a minha prima mais ajuizada? Eu devia ter mantido você longe.

Como as notícias correm, Alvo ficou sabendo do que fiz com Rose na festa depois e veio me perguntar o que tinha acontecido. Falei que nos aproximamos com o trabalho no início do ano letivo e que só aconteceu, eu gostava dela como não tinha acontecido antes. Ele sabia que era tudo novo pra mim, dividiu a vida comigo desde os onze anos e sabia da minha sinceridade. Só ficava preocupado com duas figuras opostas se relacionando.

— A gente não escolhe, porra, você sabe, tá vivendo isso também, não fala de mim, cara.

— Logo a minha prima. Pelo amor de Deus.

— Fica feliz que eu vou ser da sua família, cara!

Alvo simulou uma gargalhada.

— Já 'tá pensando em casar, é? Quero ver você enfrentar meu tio primeiro, querido, depois tem o resto da família e só aí vamos ver se Rose é uma santa e te atura até o ponto de casarem.

— Ui, me arrepiei com essa história, vamos mudar de assunto!

— Tá fugindo agora? - Alvo continuou a rir. - Ai, ai, Scorpius, você me diverte, hein.

— Sai pra lá, porra, olha a nossa reputação e você me abraçando assim - eu tentei me desvencilhar quando Alvo rolou e passou o braço por mim. - Sai, Alvo, caralho, que chato!

O Potter ficou rindo e outras pessoas que estavam pelo jardim também olhavam. 

— Oi, Malfoy, está se divertindo muito? - uma voz feminina nos abordou e era uma loira turbinada. A saia era curtíssima, um palmo e daria para ver tudo por baixo dela, os primeiros botões da blusa estavam abertos e dava para visualizar um pedaço do sutiã rosa que usava. 

— Boa tarde. - respondi, engolindo a seco. Fazia muito tempo desde a última vez em que uma garota vinha até mim quase nua. Meu Deus, fazia um bom tempo que eu nem via alguém pelado! 

— Boa tarde, Alvo. - ela espiou meu amigo, que só balançou a cabeça com um sorriso idiota pra mim. - Então, Scorpius, eu soube que você é bom em matemática, e estou com uma dúvida, você pode me ajudar antes da prova?

Os cílios eram grandes e piscaram várias vezes. Devia ser artificial, mas dane-se, os lábios estavam de um vermelho vivo. Ela continuou a me secar com os olhos e eu pensei que mal fazia tirar uma dúvida quando daqui a pouco iríamos sair? Seria rápido, não ia ocorrer nada, eu tinha isso em mente. Era só a abstinência tentando me tirar o controle. 

Sentei-me e dei espaço para a garota. Alvo teve a ousadia de gargalhar quando a menina se abaixou para sentar à minha frente. De saia. 

Era muito difícil ser tentado. A calcinha também era rosa, fina, ela deixou transparecer quando sentou, mas virei o rosto rápido e tossi, para desengasgar a garganta. Meu Deus, era difícil me desvencilhar do antigo eu!

— Vou deixar vocês à vontade. - Alvo se levantou e saiu, ainda rindo de mim.

Tive que respirar umas três vezes e deixei o pescoço rígido porque não iria abaixá-lo nem se o mundo desmoronasse naquele momento. Não iria baixar os olhos do rosto da loira nem para ver seu decote exposto nem o que tinha entre suas pernas.

— Er... Então, em que teve dúvida? - perguntei, tentando desanuviar a mente.

Um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam....

— Aqui, Scorpius, por que fica dessa forma? - ela esticou o caderno para mim  e apontou com sua unha vermelha para a questão, abaixou tanto o corpo que seu decote ficou na minha cara.

Não ia dar certo, meu Deus, era ruim demais você conhecer o pecado, ficar longe tanto tempo e não querê-lo mais....

— Acho que não sei essa resposta, me desculpa, gata. - levantei num pulo. Não, existiam limites para a tentação, era feitiço, a mente apagava tudo, cérebro era comandado por outra cabeça. - Pede a outra pessoa, preciso ir fazer prova agora, tchau!

Quase saí correndo, mas tentei manter o ar despreocupado.

Eu tinha conseguido vencer uma batalha, quantas outras ainda teriam? Se tornaria pior do que essa? Era tudo novo pra mim, porque de um lado estava minha racionalidade pensando em uma garota que nem sequer me oferecia essa parte carnal e o lado pecaminoso em mim estava acostumado a ser saciado quando quisesse e agora eu tinha que refreá-lo. Difícil.

Respirei fundo no banheiro e me recompus. Fui fazer prova, a vida ficava mais difícil a todo instante.

¨¨¨*¨¨¨

Kellen Brice

— Ainda bem que não fugiu de mim como das outras vezes. - Thomas estava com as mãos dentro dos bolsos e encostado na porta.

Estávamos em uma sala vazia depois que deixei que viesse conversar comigo. Por um instinto maior, não consegui fugir daquela vez. 

— Não queria falar, Thomas, também disse que não te queria perto. - me forcei a repetir palavras que me doíam, mas eram necessárias. 

— Não pode decidir isso sozinha. Deixei que fosse na noite da festa porque eu nem me aguentava em pé, mas agora sabe que vou ficar atrás de você, Kellen.

— Percebi isso depois que tive que diferenciar meus caminhos dos seus e das suas insistências.

A verdade era que ele me procurou várias vezes depois da minha confissão. Não desapareceu como todos faziam ou da forma que pedi, mas tentou me abordar para conversar muitas vezes, nas quais sempre desapareci. 

Estando ali, sozinha com ele, eu conseguia lembrar de nosso abraço e das minhas lágrimas, das dele, do consolo. Era estranho ser consolada tanto tempo depois sem ter tido algo do tipo.

— Por que deixa Scorpius ficar? Por que quer dividir uma poltrona com ele e rir com ele, mas quer me mandar embora? - Thomas voltou a arquear a sobrancelha, parecendo ofendido e irritado ao mesmo tempo.

— Não posso nem comparar, Thomas, ele é meu amigo desde que cheguei, já convivemos muito tempo, é diferente. Pelo amor de Deus, você também é amigo dele!

— Não divido cadeira com ele. - respondeu, emburrado.

— Não me vem com essa. O que quer falar? Nem sei por que vim.

— Quis dizer isso a você, que quero estar perto, Kellen, não me deixe de fora. - ele se aproximou de mim, parou a um passo de distância. - Você falou que não quer um relacionamento, eu entendo de verdade, mas não posso... Não posso ser amigo?

Foi a minha vez de arquear a sobrancelha.

— E você quer ser o amigo, Thomas? Não sei se dá. - estremeci ao lembrar de seu beijo, de sua vontade em me abraçar e estar muito perto.

— Prefiro isso a ser nada. - suspirou, derrotado, levantou uma mão como se fosse deixá-la em meu braço, mas desistiu no meio do caminho. - Só vou te tocar quando você quiser. Quando permitir e pedir, eu prometo. Não pode me dar uma chance? Nem sabe como sou na versão amigo, Kellen, queria te ajudar também. Só não posso virar as minhas costas e fingir que você e sua história não existem, entendeu?

— Não sei se quero ajuda. - forcei a falar, minha própria voz me traindo. Se ele queria se aproximar... Que mal fazia?  O problema era confiar.

— Sabe que sou amigo de Scorpius também há muito tempo, vê por esse lado, tudo bem que vou falar menos  palavrão ao seu lado e tudo mais, mas se ele confiou, você não pode? - Thomas pareceu ler as dúvidas em meus olhos. - Estou falando sério sobre só ter contato físico com você se você deixar ou pedir. Não sabe meu autocontrole agora que me obriga a ficar a esse um passo que nos separa.

— Eu fico confusa, Thomas, não sei! - alisei meus braços com minhas mãos. - Não quero deixar ninguém mais entrar, estou acostumada com isso, eu sei lidar com isso dessa forma. E se sair tudo do controle? Não sei.

— Precisa de ajuda, sabe disso. Eu estou me dispondo, estou pedindo uma chance! Se não gostar, você pode me botar pra fora da sua vida com razão, mas não posso perder antes de lutar.

— Parece melodramático com isso. - resmunguei. Eu estava a inclinada a dizer sim a seu pedido, não parecia nada demais... Ele ficaria longe de mim, eu ficaria longe de seus desejos e de meus sentimentos. Parecia uma ideia melhor.

Thomas abriu um sorriso no canto da boca.

— Vai dizer sim? 

— Vou começar um grupo de ajuda psicológica hoje, aqui do colégio, mas que será em Hogsmeade. - anunciei, estranhando dizer as palavras em uma sala só com Thomas. Seus olhos azuis se arregalaram levemente até que ele compreendeu e assentiu.

— É um excelente primeiro passo, bab...Digo, Kellen.

Thomas me olhou com medo, achando que eu iria sair correndo ao ouvi-lo dizer sem querer 'baby', de uma forma tão íntima que nem parecia que se tratava de nós dois. Dei de ombros para tranquilizá-lo, mas no fundo tive que acalmar minha pulsação.

— Quer que eu te espere quando chegar? Pra caso queira conversar? 

Franzi o cenho diante da versão de um outro Thomas. Era como se ele tivesse um irmão gêmeo que era o bonzinho e sua antiga versão, o odioso.

— O quê? Não é isso que amigos fazem? Você acha que estou ultrapassando os limites?

— Não, não é isso... Não foi nada, Thomas. - suspirei. Era isso. Eu teria que lidar com ele em minha vida no momento porque ele não ia desistir tão fácil e eu estava cansada de resistir. - Pode ser. Se estiver acordado ainda, quem sabe.

— Vou ficar. - segredou em um tom de promessa. 

Ficamos olhando um para o outro na sala fechada, sem ter o que falar.

— Obrigada. Não precisava, não queria envolver mais gente nisso. - mordi a boca, com um nervosismo tomando conta do meu corpo.

— Eu quero, isso basta. - Thomas respondeu e, como um raio, ele avançou e me abraçou. No mesmo instante pareceu recobrar a consciência e se afastou como se tivesse se queimado com minha pele.

A minha, pelo menos, estava dormente.

— Meu Deus, eu já comecei mal, me desculpa, Kellen, e...

— Não se preocupa, tudo... Tudo bem, Thomas. - tentei reprimir uma pequena risada ao ver seu embaraço.

— Nem me dei conta, pelo amor de... Enfim, me desculpa, eu viajei e já quebrei uma promessa...

— Começando bem - tentei brincar para deixá-lo mais à vontade, porém pareceu piorar a situação. Passou as mãos pelo cabelo negro despenteado e riu com as mãos no rosto.

— Sou um caos... Bom, te vejo depois.

— Nos vemos depois. - respondi sem perceber que sorria um pouco. Quem era aquela pessoa comigo que fisicamente era igual a Thomas? Virou-se para a porta, mas me olhou uma vez antes de sair. Riu sozinho e saiu, me deixando na penumbra com meus pensamentos, um coração mais leve e um sorriso para acompanhá-lo.

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Notas finais do capítulo

EU VOLTEI PORQUE DEU SAUDADE DE VOCÊS! e meus estudos se acumulando hahahaha não prometo nada, mas e aí, o que será que vai rolar?

alguém quer saber como foi em Londres com Rose e Una??? Alguém tá sentindo falta de algum personagem da saga??? Alguém é fã de James Sirius Potter, sua mamãe e seu papai??

Bom, vemos os perrengues que Scorpius vai lidar a partir de agora: a tentação.

produção, é isso mesmo que teremos uma amizade Thomas&Kellen? Será que presta??

falem comigo sobre essas criaturas!!!

beijos!



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