Inside You escrita por BeatrizPFT25


Capítulo 3
Adaptação


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos!
Espero que o rumo da fic não vos decepcione
Boa Leitura!



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Apesar da situação, Midoriya estava relativamente calmo, saber que dentro de alguns dias iria voltar ao normal era o suficiente para o deixar tranquilo.

Já para os outros dois, a situação era um pouco diferente.

Bakugou estava muito mais irritado do que o normal, se é que isso era possível, por cada mínima coisa começava a gritar e se não fosse pelo Aizawa-sensei, que apagava a sua peculiaridade, ele já teria congelado ou queimado, algo… ou alguém.

Já no caso de Todoroki, apesar de aparentar estar calmo suspirava constantemente, preocupado com o que Bakugou poderia fazer enquanto estivesse no seu corpo, isso era, sem dúvida, motivo de preocupação.

Apesar de terem trocado de corpos as aulas teóricas faziam-se relativamente bem, por isso as aulas antes do almoço tinham corrido dentro da possível normalidade.

Ao almoço, apesar da troca de nomes que acontecia com frequência, as conversas aconteciam como habitualmente. O pior para os três foi, sem dúvida alguma, as aulas práticas da parte da tarde. Eles queriam muito participar, para eles, mesmo que fosse apenas um treino já era o suficiente para ficarem atrás dos restantes membros da turma, e eles não se podiam dar a esse luxo, já que os três queriam se tornar o número 1 e todos os alunos da turma tinham o mesmo objetivo, serem heróis profissionais. Ficarem ali sentados só a olhar para os colegas treinarem com as suas habilidades era muito frustrante, mas no fundo eles compreendiam, já que não tinham controlo nas suas peculiaridades o que iriam estar a fazer ao usarem-nas naquele treino seria, muito provavelmente, colocar alguém em perigo, não iria ser um treino, de todo, produtivo.

Apesar da frustração que sentiam, não deixaram que isso afetasse a determinação que cada um tinha e foram para casa com o pensamento que assim que voltassem para os seus respetivos corpos iriam alcançar os restantes membros da turma.     

Assim como acordado com o professor responsável pela sua turma, iriam manter a troca de corpos em segredo das suas famílias, para não os preocuparem sem necessidade, o mais difícil seria as suas famílias não desconfiarem das suas mudanças de atitude.

Bakugou nessa manhã tinha tido alguma dificuldade a encontrar o caminho para a academia, já que não sabia onde estava e a casa de Todoroki era numa zona diferente da que ele morava, mas agora a voltar para lá tinha sido bastante mais fácil. Bakugou ficou a olhar para a casa de Todoroki durante algum tempo antes de adentrar, maldito filho da elite, pensou ao entrar no quarto em que tinha acordado naquela manhã.

Ele não sabia o que fazer, aquele não era o seu corpo, por isso qualquer treino que pensasse em realizar não iria ser benéfico para si. Olhou para o quarto, para ver se encontrava algo com que se entreter, tudo o que encontra não era do seu interesse, o que chateou Bakugou. Sem nada para fazer naquele quarto decidiu ir explorar a casa de Todoroki, para ver se encontra algo que pudesse distraí-lo. Bakugou andava pela casa e espreitava em todas as divisões no andar de cima, mas eram quase todas quartos, menos uma que parecia um escritório. Decidiu descer para o andar de baixo, na esperança de encontrar algo, foi então que ouviu vozes na entrada da casa, foi até lá e viu que tinham entrado quatro pessoas, uma senhora de alguma idade, uma rapariga de cabelos brancos com algumas madeixas vermelhas e dois rapazes, um com o cabelo vermelho e outro com o cabelo branco.

Ao repararem na presença de Bakugou logo o cumprimentaram, mas pareciam um pouco distantes. Bakugou nada respondeu e os três mais jovens fora na direção oposta à que Bakugou se encontrava, ficando apenas ele e a senhora idosa.

— Shouto-sama desculpe pela demora, vou preparar o jantar de imediato. – Disse com um sorriso doce. – Se quiser esperar no seu quarto irei chamá-lo quando estiver pronto.

Bakugou pensou em como deveria responder e apenas assentiu e foi de novo para o quarto.

Bakugou estava sentado na cadeira da secretária com a cabeça para trás a encarar o teto, estava muito aborrecido, foi então que ouviu uma voz do outro lado da porta a chamá-lo. Era a senhora de antes a dizer que o jantar já estava pronto. Bakugou agradeceu mentalmente, já estava com fome. Ao descer lembrou-se que não sabia onde era o local em que eles comiam, só pode confiar no seu olfato e seguir o cheiro da comida, rapidamente chegou ao local.

Estavam lá as pessoas que Bakugou tinha encontrado mais cedo, sentadas prontas para começar a refeição, estava lá também Endeavor, pai de Todoroki. Bakugou sentou-se no único lugar desocupado da mesa, eles agradeceram a comida e começaram a jantar.

Estava um silencio quase insuportável, apesar da mesa estar cheia ninguém falava com ninguém.

O jantar acabou e Bakugou voltou para o quarto, que família estranha, pensou estranhamente calmo, como ninguém disse nada, tinha sido bem mais fácil para Bakugou não se irritar.

Quando estava a pensar que o melhor que podia fazer no momento era ir dormir, Bakugou ouviu alguém chamá-lo do outro lado da porta, foi ver e era novamente a senhora idosa que assim que viu a porta a ser aberta logo sorriu.

— Posso falar consigo um momento? – Perguntou e Bakugou afastou-se dando espaço para a senhor entrar.

A senhora sentou-se e Bakugou fez o mesmo, ficando de frente para ela. A senhora percebeu o ar impaciente da pessoa à sua frente e logo decidiu ir direta ao assunto.

— Você não é o Shouto-sama não é verdade? – Perguntou com um sorriso gentil.

Bakugou ficou surpreso, como é que ela podia pensar nisso? Ele nem querer tinha falado nada com ela, ou com alguém sequer naquela casa. Ao perceber que Bakugou não ia dizer nada a senhora continuou a falar.

— Não te preocupes, não vou dizer nada a ninguém, só quero saber se o verdadeiro Shouto-sama está bem. – Essas palavras acalmaram Bakugou, o suficiente para ele conseguir, por fim, responder.

— É verdade, eu não sou esse duas-caras, aconteceram umas coisas com uma maldita de outro curso e nós acabamos por trocar de corpos, mas ele está bem. – Bakugou abriu o jogo, se ela já sabia, para que esconder?

— Entendo. – Disse a senhora claramente aliviada.

— Mas como sabia? – Perguntou Bakugou curioso.

— O Shouto-sama sempre que está em casa ou está no seu quarto ou a fazer algum tipo de treinamento, dificilmente iria à porta ver quem tinha entrado, mas claro que não dizer nada também foi algo que o denunciou, o Shouto-sama responde sempre, mesmo que tenha sempre cuidado com o que diz. – Explicou.

— E porque todos o tratam assim? Tão distantes. – Perguntou Bakugou, queria aproveitar a situação para saber mais.

— O Shouto-sama teve uma infância completamente diferente da dos seus irmãos, e por não terem feito nada, apesar de saberem o quanto Shouto-sama sofria, eles têm cuidado ao falarem com ele, não o querem magoar ou ferir de algum modo, mas apesar de tudo não têm uma relação muito má, claro que na presença do pai o ambiente fica um pouco mais pesado, já no meu caso, também não fiz nada para o ajudar, mas pensei que falar com ele normalmente, poderia, de alguma forma, ajudar.

— E como é a relação com o Endeavor? – Perguntou novamente Bakugou.

— Endeavor-sama não foi um pai muito presente, só se concentrava no seu trabalho de herói ou no treino com o Shouto-sama, mas os filhos mais velhos não o odeiam ou algo parecido, ficaram apenas tristes quando a mãe deles foi internada, mas mais uma vez não fizeram nada, a única decisão que tomaram foi que nenhum deles ia seguir os passos para se tornarem heróis. Apesar do que se passou com o Shouto-sama ele decidiu seguir esse caminho na mesma, na verdade desde do festival desportivo o Shouto-sama está claramente mais feliz, não sei a razão mas fico bastante contente por isso. – Observou com felicidade.

Deve ter sido pelo que o maldito do Deku falou com ele enquanto lutavam, pensou Bakugou.

Depois a senhora, que Bakugou descobriu ser a avó de Todoroki, saiu e Bakugou foi deitar-se.

Então é está a situação daquele maldito, não que me interesse, pensou e adormeceu.

Horas antes, na casa de Midoriya.

Todoroki tinha ido em direção a casa de Midoriya, ao chegar lá viu que a mãe de Midoriya já se encontrava lá, estava a ver televisão.

— Izuku, bem-vindo. – Logo cumprimentou levantando-se para abraçar o filho, essa atitude surpreendeu Todoroki, então era assim a relação que as pessoas normalmente tinham em casa? – Queres ir tomar banho enquanto vou fazer o jantar? – Perguntou já colocando o avental.

— Sim. – Respondeu Todoroki indo para o andar de cima, Midoriya tinha-lhe explicado como era a casa dele e o que normalmente fazia, se Bakugou também fosse um bom ouvinte Todoroki também lhe explicaria o que fazer.

Todoroki saiu do banho e foi vestir-se indo para a sala assim que ouviu a mãe de Midoriya chamá-lo para jantar.

Já à mesa a mãe de Midoriya fazia imensas perguntas muito animadamente, como tinha corrido às aulas, o que tinham feito nas aulas práticas, o que ele tinha almoçado, e todo o tipo de perguntas sobre o dia. Todoroki respondia educadamente a cada pergunta, com cuidado para não fazer a mãe de Midoriya desconfiar de nada.

Assim que acabaram a refeição e quando Todoroki ia em direção ao quarto a mãe de Midoriya chamou-o.

— Estás um pouco estranho Izuku, não estás a sorrir muito hoje, tudo bem? – Todoroki paralisou, ele tinha sido descoberto? Tentou visualizar a mãe de Midoriya como sendo a sua e respondeu.

— Está tudo bem mãe, estou só um pouco cansado. – E sorriu. Percebeu que tinha feito a coisa certa no momento em que a mãe de Midoriya lhe sorriu de volta.

— Ainda bem, vê se hoje vais dormir cedo.

Todoroki então foi para o quarto de Midoriya, só tinham coisas de All Might por todo o lado, naquela manhã ele não pode ver as coisas com atenção mas agora podia ver tudo com calma, desde os pósteres, figuras, almofadas, fotos, coisas de decoração todas com All Might presente, passando pelas fotos com a sua família na secretária, até que os seus olhos pararam num grupo de cadernos com o título “Análise de Heróis Para o Futuro” numerados de 1 até 13. Todoroki levado pela curiosidade abriu os cadernos, o que mais o chamou à atenção foi o caderno número 13, pois parecia que tinha sido queimado, Todoroki pensou logo que aquilo devia ter sido obra de Bakugou.

Ao abrir os cadernos viu que em cada página tinha um desenho de um herói, com o seu nome e informações sobre o mesmo, desde a peculiaridade até aos ataques especiais e fraquezas, Todoroki reconheceu grande parte dos heróis, tinha até uma pagina para Bakugou e as últimas páginas tinham todas as pessoas da turma e dos participantes das lutas do festival desportivo da academia, até Todoroki estava no caderno de Midoriya, ele sorriu com isso, leu o que Midoriya tinha escrito sobre si, não tinha muitas informações, o que o chamou mais à atenção foi um apontamentos a dizer “Será um grande herói” fazendo Todoroki ficar surpreso e sorrir ainda mais, decidiu então completar algumas informações que Midoriya não tinha sobre ele, como um género de agradecimento, ele não tinha de fazer isso, mas ele queria.

Outra coisa que o chamou à atenção no caderno número 13 foi o autógrafo de All Might. Também queria ter um autógrafo dele, pensou Todoroki suspirando.

Depois de ver alguns dos cadernos com muita atenção, lendo tudo atenta e cuidadosamente, decidiu que já devia estar na hora de se deitar e que leria os restantes no dia seguinte.

O Midoriya é mesmo interessante e vive num ambiente muito acolhedor, pensou Todoroki antes de adormecer.

Na casa de Bakugou, após Midoriya ter chegado.

A casa de Bakugou estava vazia, por isso Midoriya decidiu ir tomar banho. Assim que saiu do banho e acabou de se vestir Midoriya ouviu a porta a ser aberta, e ouviu as vozes da mãe e do pai de Bakugou.

— Katsuki. – Chamou a mãe de Bakugou, Midoriya logo respondeu e foi de encontro a eles. – Ajuda com o jantar enquanto o teu pai vai tomar banho.

Midoriya assim fez, ele não tinha muito jeito para a cozinha mas tentou fazer o seu melhor, pelo menos não se cortar ou queimar eram um objetivo.

Os pais de Bakugou desconfiaram da atitude tão calma do filho, mas não disseram nada.

— Katsuki, isto lá é maneira de descascar batatas. – Refilou a mãe de Bakugou, Midoriya desculpou-se e disse que ia melhorar e com a ajuda da mãe de Bakugou lá conseguiu fazer um bom trabalho.

O Kacchan é perfecionista, como é que nunca pensei que ele sabia cozinhas? Pensou Midoriya começando a meter as batatas para fritar.

Depois de algum tempo o jantar estava finalmente pronto. Talvez fosse por ter sido Midoriya a fazer algumas partes do jantar mas estava a saber-lhe muito bem, não se comparava ao que comia em casa ou na academia, mas para a primeira vez dele a fazer aquilo estava muito bom.

Após jantarem a mãe de Bakugou disse para o mesmo ir lavar a loiça, depois de alguma confusão com a espuma e alguns pratos que quase se partiram Midoriya tinha conseguido, por fim, lavar a loiça.

Despediu-se dos pais de Bakugou e foi para o quarto, atirou-se para a cama, estava cansado psicologicamente e antes de pegar no sono algo o chamou à atenção, era um género de cofre, o que estará lá dentro? Perguntou-se Midoriya, estava curioso. Amanhã abro e descubro, se o Kacchan não descobrir que eu abri não deve haver problema, pensou momentos antes de adormecer.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por terem lido até aqui!
Próximo capitulo: Segredos
Até ao próximo!
Kissus



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