Sobrinha escrita por Ghihie


Capítulo 3
;Tutor




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O dia podia estar bonito, mas está longe de ser bom. Na verdade, ele se aproxima da fase crítica ou ruim ao extremo. Wonwoo como o azarado que sempre foi, encontra-se em uma situação um pouco constrangedora.

Na manhã seguinte ao dia precedente em que fora mandado mais cedo do trabalho, nosso alto e protagonista Jeon Wonwoo, está deitado ao lado de uma jovem... Na mesma cama. Alguns encarariam isto como sorte, no entanto, para ele que é exímio em ser azarado, muito provavelmente seria despejado do local onde mora, preso e perderia o emprego... A situação não é nenhum pouco fácil em ser encarada. Não sabia o que exatamente o fez parar ali, o pior de tudo, é que ela apenas encontrava-se com suas roupas íntimas e encolhida em uma posição fetal, o que lhe fez perder um pouco de seu raciocínio, temendo que tivesse transado com uma estranha sem ao menos estar sóbrio o suficiente para evitar este tipo de situação.

A garota se remexeu e no mesmo instante, Wonwoo levantou-se bruscamente da cama, no entanto, o movimento bruto lhe ocasionou uma série de acontecimentos indesejáveis, como por exemplo: tropeçar em seu pé e batendo suas costas no criado mudo, derrubando o abajur e pertences que ali estavam no chão fazendo um enorme barulho, onde a jovem se acordou em um sobressalto, olhou para trás e gritou.

Pronto. Wonwoo está indo direto ter um encontro para sua morte.

— P-p-pervertido!! Tarado!! Socorro! Alguém me ajude!! — A garota sequer lhe deu a chance de se levantar, pegava as primeiras coisas que lhe apareciam na frente e jogava-os na direção do rapaz mais alto, gritando. — Deus, preciso ligar pra polícia! — Disse a jovem correndo para em direção a cozinha onde se encontra o telefone fixo.

Os membros de Jeon retesaram, fazendo-o temer pelo pior. Ligar para polícia? Não, não, não... Tinha de contornar aquela situação, pior não deverá ficar, não é?? Não é??

Sem pensar duas vezes, Wonwoo correu atrás da garota e a segurou pelos pulsos assim que a viu pegar no telefone e discar o número da polícia, que infelizmente, já estava sendo aguardada para ser atendida. No instante que alguém se pronunciara do outro lado da linha, o homem a puxou e sem pensar duas vezes, prensou-a na parede tampando a boca da mesma.

— Me escute com atenção... — Jeon começou a dizer com uma voz ofegante. — Não sei o que exatamente está acontecendo, mas antes que tome uma decisão precipitada, devemos ter uma conversa entre dois adultos, tudo bem?

— Alô? Alô? Se isto for um trote, saiba que receberá uma multa por isso e poderá acabar sendo preso! — Informou o policial do outro lado da linha.

Wonwoo olhou para o telefone pendurado e voltou a olhar para a garota que estava trêmula e com um olhar assustado.

— Não diga nada. — Murmurou para ela e a mesma concordou com a cabeça. — Ótimo... — Ele a soltou lentamente e suspirou aliviado.

Porém, a garota não cedeu tão facilmente. Ela pulou nas costas de Wonwoo no instante em que ele virou-se e começou a desferir socos nos ombros, costas e até mesmo na cabeça dele.

— Ai!! O que está fazendo sua maluca!?? Ai!! — Berrou Jeon, tentando se livrar daquela mulher em suas costas, rodopiando de um lado para o outro, indo para frente e para trás.

— Estaremos enviando uma viatura para o local. — Informou novamente o policial e a chamada fora encerrada.

— Não! Espere! Ei! — Sem querer ser mais educado, ele usou força para leva-la ao chão e correu inutilmente até o telefone, querendo uma resposta imediata de alguém que não está mais lá. Pensou em ligar novamente, mas já era tarde demais. — Droga... Droga... Irei ser demitido, expulso da minha casa... — Sabia que se tentasse concertar, iria piorar mais, por isso acabou ficando em posição fetal se lamentando por tudo o que fez... Até pequenas gotículas de lágrimas ousaram escapar.

A jovem que observara aquela cena sentiu-se com pena, mas ele é o pervertido da história! Não poderia ter pena de alguém que possivelmente abusou sexualmente de seu corpo... Ou foi isso mesmo que aconteceu? Ela suspirou exausta e passou as mãos pelos cabelos com fúria.

— Oh, certo! — Wonwoo ergueu o rosto e olhou em volta. — Eu vou matar o Hansol. — Resmungou para si mesmo.

Em seguida, levantou-se um pouco exasperado. Olhou para seu relógio de pulso e lembrou que o mesmo encontra-se quebrado. Resolveu então, procurar pelo seu celular, mas logo percebera que as coisas dentro daquele apartamento estão diferentes do que era para ser. É a sua casa, não é?

Infelizmente, não.

Ele olhou para a garota sua frente, que ainda o mandava um olhar interrogativo e irritado.

— Desculpe, acho que temos um terrível engano aqui. — Comentou enfim. — Céus... — Ele abaixou a cabeça, suspirando mais uma vez... Agora de maneira derrotada. Passou os dedos entre os fios desgrenhados de seu cabelo e voltou a olhar a jovem. — Me desculpe. — Ele somente sabia dizer isto no momento.

— Quem é você? — Perguntou a garota, cruzando os braços e mantendo uma pose autoritária. — Saiba que é invasão de propriedade e se tiver feito algo com o meu corpo, é estupro! — Berrou, aproximando-se dele com punhos fechados, pronta para atacá-lo e acertar bons socos.

— Cale-se! Eu não fiz nada! — Exclamou Wonwoo, perdendo toda a paciência que lhe resta. — Eu entrei no apartamento errado, apenas isso. — E em um pensamento rápido, procurou resolver um problema que poderia apenas piorar tudo. — Preciso ligar para o meu Chefe, importa-se se eu usar seu telefone? — Ela o negou com a cabeça e mesmo desconfiada, ficou alguns metros de distância para observá-lo atentamente discando os números e esperar a chamada ser atendida, atém mesmo a maneira em como ele conversa. — Chefe? Oh, sim... Sua... Sobrinha? Ha-ha... Sim, a conheci... Não, não, jamais irei fazer algo. Trabalharei em casa a partir de hoje? Para cuidar dela? Dois meses? Não, não tem problemas mas... Ela irá concordar com isso? Minha vizinha? Certo... — Após meia hora de conversa, o rapaz desliga e com a cabeça abaixada encarava seus pés aflito. Aos poucos, ergue-a para encarar a garota e sua feição era de assustar, fora a palidez súbita que seu rosto adquiriu. — V-v-você... P-por um acaso... É... G-Gook Yujin? — Wonwoo está terrivelmente trêmulo, sem nem mesmo conseguir dizer algo sem gaguejar.

— Sim, sou eu, por que? Como sabe o meu nome? — Questionou-o furiosa.

— Você... É sobrinha... Do... Do Sr. Hong? — Outra pergunta que lhe doía o estômago, com medo da resposta.

— Sim, sim! Sou!! Como sabe disso?? Você é algum stalker ou algo do tipo?? — A resposta lhe foi como uma facada nas costas e as acusações são socos em seu estômago. — Espere, você esteve conversando com o meu tio?

— S-sim... Eu sou... Eu sou Jeon Wonwoo e eu serei o seu tutor pelos próximos dois meses.


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