Atro Cataclisma escrita por EvellySouza, NatyKatarynna


Capítulo 17
Capitulo 17




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/735750/chapter/17

— Você vai ficar deitado aqui sem fazer nada enquanto eu vou ver o que está acontecendo e isso não é um pedido.

Falo me levantando enquanto pego minha arma e sigo até a porta.

— Não saia e não abra pra ninguém está me ouvindo?

Ele concorda com a cabeça então volta a se deitar saio do quarto batendo a porta e subo pro convés e vejo um garoto em seus 16 ou 17 anos, se não me engano se chamava Ismael agarrado a um dos rifles sentado no canto do convés enquanto um outro garoto estava parado quase ao lado dele os dois pareciam assustados e ainda atônitos.

— O que aconteceu aqui?

Pergunto olhando os dois garotos que finalmente haviam percebido minha presença no local e se levantaram virando pra mim, o garoto segurava a arma de Fernando um dos soldados que haviam trazido comigo e o soldado não estava a minha vista, mas não demora muito pra aparecer, então olho pra ele esperando uma resposta de uma pergunta que ele sabia que eu não precisava fazer.

— Capitã eu fui ao banheiro por um segundo e deixei os meninos de guarda caso alguém ou algo aparecesse, foram apenas alguns minutos.

— Então você está me dizendo que deixou uma ar-15 nas mãos de dois adolescentes idiotas o suficiente para dispara-la em um lugar que vai amplificar todo e qualquer som sendo que devemos ser os mais silenciosos possível é isso mesmo?

— Sim senhora capita, mas eu não tinha escolha.

— Mas tinha alguma coisa se mexendo atras do arbusto.

— Sim imbecil, tinha alguma coisa se mexendo, nós estamos na porra da floresta amazônica é claro que tinha alguma coisa se movendo, mas por causa do seu ataquezinho de pânico de merda deve ter outras milhares de coisas se mexendo pra cá e eu te garanto que as que estão vido não vão ter medo do barulho que essa arma pode fazer.

Falo irritada, era pra ser um lugar seguro pro Joseph poder descansar agora devia ter uma horda vindo pra cá no mínimo.

Me viro pro soldado e respiro fundo

— Você tem menos de 20 minutos pra ligar esse barco e tirar a gente daqui.

— Mas capita o barco vai fazer muito barulho quando ligar

— Sério que agora que você pensa nisso, liga o barco tira a gente daqui e depois pegamos a correnteza, desliga o motor e deixamos ela nos guiar.

— Sim senhora

Ele concorda e se afasta indo trabalhar no motor

Olho os dois inúteis e os faço se sentar cada um de um lado do convés de olho um em cada canto do lugar e cada um com um binoculo noturno.

Subo pra área mais alta do barco que uma vez foi para turismo e me posiciono observando a área da qual os meninos não podiam ver e me mantenho ali pensando em focada em garantir que nada se aproximasse, mas meus pensamentos a todo instante tentavam me enganar e me levar novamente pra conversa que tive com Joseph antes.

Algum tempo depois um ou outro zumbi começava a aparecer de forma até que controlada e eu os eliminava com um tiro na cabeça como de costume mas meu dedo para de me obedecer ao aparecer uma menininha, devia ainda ter seus 4 ou 5 anos, ela praticamente se arrastava em um vestido que provavelmente foi amarelo um dia, nos cabelos haviam presilhas coloridas que se destacavam em seu cabelo preto, não tinha muito tempo de transformada pelo estado de conservação, mas seu olhos agora brancos pareciam mirar no fundo da minha alma, ela se aproximava de forma lenta fazendo barulhos irreconhecíveis, e com parte da bochecha direita faltando mas com a boca toda ensanguentada, escuto vozes me chamando mas não sei dizer de onde elas vinham mas eram quase tão distantes quanto se gritassem a quilômetros de mim, quando ela finalmente cai na água sou tirada do meu transe e finalmente me dou conta que ali tem mais zumbis do que eu podia dar conta sozinha e o barco não parecia quere ligar pelo barulho que fazia e como estávamos em um porto seria fácil pra eles entrarem no barco devido a rampa de acesso que não havíamos tirado devido a necessidade de sair rapidamente do barco caso necessário, então desço o mais rápido possível e grito com os rapazes pra me ajudarem a retirar a rampa, seguimos ate a mesma e começamos a empurrar mas então ela fica mais pesada quando dois zumbis sobem na mesma seguindo pra dentro do barco então me afasto empunhando minha arma e atiro nos dois fazendo eles caírem bloqueando a passagem pros outros, mas isso não duraria muito, então volto a ajudar os garotos a empurrar e ela começa a deslizar lentamente e então não demora a tombar na agua, o barco começa a se afastar, mas então para dando um solavanco e um dos garotos acaba caindo e batendo a cabeça ficando desacordado e esguichando sangue do corte pouco acima da orelha direita, então sigo ate a corda que ainda nos prendia no porto e tiro minha faca do coldre começando a cortar a corda, ela estava me dando um pouco mais de trabalho do que o esperado e desejado mas algum tempo despois consigo a cortar e o barco começa a se afastar lentamente devido ao fluxo do rio calmo na hora, precisávamos nos afastar e também cuidar do garoto, a primeira tarefa já estava em andamento então volto ate os garotos um estava caído todo ensanguentado e o outro o segurando desesperado sem saber o que fazer, seguro seu braço com força falando pra ele ir atras da medica que estava comigo, ele se levanta meio atordoado e segue pra dentro das pequenas cabines, tiro a camisa do garoto e começo a pressionar a ferida o mais forte possível com o pano que em segundos estava encharcado, então não demora muito pra Milena aparecer e tomar seu posto e seguir em frente.

Me levanto e logo o barco começa a se mover sozinho, já estávamos em uma parte descoberta do rio e bem longe de qualquer costa possível pra descer, então recebo de Milena a notícia de que o garoto apesar de tudo não tinha tido muita sorte e estava em coma e ela não sabia quanto tempo poderia durar, me sento respirando fundo já estava amanhecendo os primeiros raios do sol já podiam ser vistos mas do nada o barco para, e Alexandre vem correndo dizer que algo devia estar grudado a hélice do barco, me levanto pra ir ate a borda do barco e não importava pra que lado olhasse haviam milhares deles, com as peles descolando ao encostar um no outro ou em algo e bolhas enormes espalhadas pelo corpo, estávamos rodeados deles e provavelmente esse fosse o motivo do barco estar parado agora em uma área que não nos dava opções pra onde ir a não ser que os tirássemos dali e das hélices.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Atro Cataclisma" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.