Amante Profissional escrita por Giiz


Capítulo 1
Capítulo 1 - Ela


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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— PUTA QUE PARIU!

Todos no escritório olharam diretamente para a porta pertencente a Ino Yamanaka, fazendo com que a bela loira de 1,70 se encolher envergonhada pelo grito. Rapidamente recolheu o motivo do seu deslize e rumou para o elevador, batendo o pé no chão e mordendo o lábio, indicando o quanto estava nervosa com a situação. Quando chegou ao andar que ela queria, saiu atropelando as pessoas que estavam na frente, só parando quando viu a cabeleira ruiva de sua amiga na frente.

— Eita que a coisa é séria. - disse a ruiva, vendo o estado de pânico da amiga. - Sui, vou pegar minha pausa pro almoço agora.

— Mas você acabou de chegar, Karin! - reclamou o rapaz. - Temos que enviar essas matérias para o Shikamaru ainda hoje!

— Não tem problema - disse ela, já pegando sua bolsa - Estou pegando a sua pausa pro almoço. Assim você continua escrevendo e eu te trago um lanche do Mc Donalds depois.

— Mas eu sou vegetariano! - disse ele, irritado com a ruiva, que sequer se importou.

— A carne de lá é de papelão. Não vejo nenhum problema em você comer. Aproveita que eu estou sendo generosa. - gritou ela, já saindo do recinto, rebocando a loira que sequer teve tempo de falar com o colega de trabalho da sua amiga.

Quando já estavam devidamente instaladas no café nas redondezas do prédio que trabalhavam, a ruiva acendeu um cigarro e olhou para a loira.

— Você parece que está prestes a chorar a qualquer momento. Pode me dizer quem eu devo matar.

— Sakura vai se casar. - disse Ino, jogando o convite na mesa.

— Vagabunda! - disse a ruiva, pegando o papel timbrado onde indicava que a loira estava sendo convidada a ser madrinha. - Ela não vai me convidar?

— Foco, Karin! Sakura irá se casar! Com Sasuke!

— Sim, eu senti o cheiro da riqueza assim que peguei o envelope. E daí?

— Acorda. Sakura vai se casar. Antes de mim. Isso não é um convite alegre de "venha comemorar comigo a minha felicidade!". Ta mais pra "veja isso, estou esfregando na sua cara que eu sou melhor sucedida que você em todos os aspectos da minha vida" e acrescente uma risada maléfica.

— Loira, vocês não são amigas, tipo bff, unha e carne, coisa e tal?

— Sim, mas não significa que não somos competitivas. - disse ela, fazendo um coque com os longos cabelos loiros.

— Okay. Mas me atualiza: por que mesmo ela é melhor sucedida em todos os aspectos da vida dela, comparando com você?

Karin olhou fixamente para a amiga de contorcer na cadeira e, por fim, desabar na mesa, chorosa.

— Ela já é chefe de departamento num hospital e conseguiu laçar o Sasuke.

— Você ainda é apaixonada por aquele ser antipático? Tudo bem que ele é uma delicinha, mas o cara não tem uma gota de simpatia no seu ser.

— Credo, não! Não é exatamente isso. - disse a loira, bebendo seu café recém chegado. - é que a vida dela é tão perfeitíssima. E eu e ela competimos por tudo, desde crianças. Enquanto ela está com uma carreira sólida, eu ainda estou recebendo como estagiaria.

— Algo me diz que não é só isso. Desembucha, loira!

— Credo.

— Meu bem, eu não sou jornalista investigativa atoa não.

— Pode ser que eu tenha surtado um pouquinho. - Karin apenas emitiu um "hm", pedindo para ela prosseguir. - e eu, meio que, tenha dito que eu estou noiva também.

Karin não segurou a emoção nem por dois seguidos e explodiu em uma gargalhada teatral.

— Desculpa, amiga... Mas isso está parecendo enredo de filme da sessão da tarde. O que você esperava com isso?

— Eu sei lá. - disse a loira, dando de ombros. - eu não fazia idéia do que eu estava pensando na hora. Por favor, eu estou passando pela pior tpm da minha vida. Eu tenho licença para ser louca, ok?

— Sim, insanidade temporária, eu sei. Você já me disse isso e eu já usei isso contra o Suigestu.

— Você é tremendamente má com o seu chefe. Acho que ele deve ser apaixonado por você para agüentar essas coisas.

— Não desvie o foco, vadia. Mas como eu sou um arraso de amiga, vou resolver seu problema já que eu tenho certeza que você se enrolou todinha com essa história de "eu tenho um noivo também, Testuda" e neste exato minuto toda a sua família já está planejando todo o seu casamento. E para ele ocorrer só lhe falta um noivo. Que, no caso, não existe!

— Como você vai resolver isso? Vai mudar de sexo e ser meu noivo? - brincou a loira.

— Meu amor - disse a ruiva, fazendo pose sensual - a vida é uma caixinha de surpresas. E eu tenho a chave para ela.

Dois dias depois, depois da loira ter atendido mais de quinze telefonemas de parentes distantes perguntando do possível noivo, e dela ter se enrolado um pouquinho a mais em toda essa história, Karin praticamente arromba a sua porta.

— Depois dessa você irá atualizar seu status de "melhor amiga ever".

— Marcou uma cirurgia emergencial de mudança de sexo?

— Amor, por mais que você queira meu corpo nu, isso não vai acontecer. Não posso fechar um parque de diversões assim, tão repentinamente.

— Eca, credo, Karin!

A ruiva lançou na mesa da loira uma garrafinha prateada e um cartão de visitas preto.

— "Moreno alto, bonito e sensual. Posso ser a solução dos seus problemas, apenas ligue." Que porra é essa? - Perguntou a loira.

— Para uma advogada, você é bem lerda as vezes. O cartão já diz tudo.

— Você quer que eu contrate um garoto de programa?!

— Acompanhante de luxo, Ino. Ninguém mais fala "garoto de programa". Se atualize, miga.

Ino apenas olhou com escárnio para a amiga.

— E isso, o que é?

— Vodka caseira.

— Você é louca?!

— Claro que não. Somente quero o melhor para minha amiga maluca que já deve ter até escolhido o recheio pro bolo do futuro casamento, do jeito que eu conheço sua família. Deixe-me ver, chocolate e nozes?

— Sou tão previsível assim?

— Totalmente, amiga. Mas olha... Pensa com carinho. É isso ou a gente ter que assumir nosso relacionamento para a sociedade. Vai ser duro, mas sei que você não será ciumenta em ter que me dividir com alguns rapazes.

— xô do meu escritório, sua vadia! - brincou a loira, rindo. Karin foi saindo, mas voltou, colocando a cabeça na porta para dentro da sala da loira.

— Pense nisso como uma transação comercial, loira. Você precisa de um acompanhante perfeito e ele já disse que é a solução para seus problemas.

— O cartão diz que "pode ser", não que é.

— Mas, meticulosa como você é, não duvido nada que você transforme ele na pessoa perfeita. Tenho que ir agora, Sui está ameaçando me demitir.

— Deixe-me ver... É a quinta vez essa semana?

— Sétima. Derramei café no cacto dele hoje de manhã. Acho que Suigetsu precisa transar mais.

— Nem tudo se resolve com sexo, sua vadia.

— Você é outra que precisa transar mais. Aproveita o contato e depois me diz se vale a pena. - disse a ruiva, saindo de vez e rindo.

Ino apenas balançou a cabeça e tentou de concentrar no processo que estava lendo, logo após ter guardado o cartão e a garrafa numa gaveta.

Os dias foram passando e Ino praticamente esqueceu o problema pois fora enviada para defender uma causa numa cidadezinha do interior onde seu celular não pegava. Mas assim que pôs os pés no seu escritório novamente, uma enxurrada de recados apareceram para ela, inclusive uma mensagem dos seus pais dizendo o quanto estavam felizes por ela finalmente seguir com a vida e tristes por não terem sido avisados do casamento pessoalmente. Não que a loira não tivesse boas notícias para dar aos pais, ela finalmente havia recebido a promoção que tanto aguardava, mas não era isso que eles queriam. Eles queriam eram detalhes sobre o noivo perfeito. Noivo esse que ela não sabia nem o nome.

"Moreno alto, bonito e sensual. Posso ser a solução dos seus problemas, apenas ligue."

Ino mordeu o polegar, num gesto típico de quando estava ansiosa e nervosa, ao encarar mais uma vez o cartão na mesa do seu escritório. "Talvez Karin tenha razão", pensou a loira, "fazer disso tudo apenas uma transação comercial." E, tomando um gole de coragem líquida, vulgarmente conhecida por vodka caseira da ruiva, digitou os números indicados no cartão pessoal negro que estava ao lado de suas unhas bem esmaltadas de vermelho.

— Alô? - disse a voz do outro lado da linha, fazendo a loira ter um arrepio na nuca.


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Notas finais do capítulo

Aguardo comentários! Espero que gostem dessa loucura minha. Beijocas!



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