Troublesome Life escrita por Wichita25


Capítulo 20
Bombas


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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—---- 11 Anos -----

Robin pensava nas possibilidades que estavam em sua frente com cuidado. Agora que tinha achado o Poneglyph não precisava mais ficar naquela ilha. Sabendo que os piratas do Barba Branca estavam aqui para lutar ao lado do rei mudava todo o panorama da batalha. Mesmo que conseguissem sequestrar as princesas ou começassem as explosões não havia jeito de que Forge ganhasse aquilo. Seria suicídio voltar para o lado do pirata nessa altura do campeonato

Ela olhou para o menino que andava a seu lado cantarolando. Mesmo que todos os seus instintos gritavam para que ela fosse para o porto mais próximo e fugisse de lá, não podia deixar Luffy sozinho no meio da mata. Ir para a cidade era arriscado, mas não havia nada que pudesse fazer

Quando se aproximar o bastante da cidade a mulher segurou o menino e o mandou ficar quieto. Usando seus poderes começou a investigar em volta para ver o que estava acontecendo. Viu que apesar de estarem todos se preparando para a batalha, o exército do rei estava calmo e as conversas não citavam as princesas em momento nenhum

“Então o sequestro falhou” Pensou a usuária de akuma no mi “As bombas vão explodir daqui uma hora …” Olhou para Luffy, que estava distraído com um besouro que pousou numa árvore ali perto “Tenho que levar ele para os piratas do Barba Branca, mas isso vai ser arriscado demais para mim” Olhou para fora da floresta e viu alguns dos soldados de Forge fazendo ronda. Deviam estar procurando por ela a essa altura do campeonato

Robin sentia vontade de se bater por ser tão tola. Durante toda a sua vida aprendeu a não depender de ninguém. Trair antes de ser traída. Toda vez que se unia a alguém era já esperando o momento certo para escapar. Esse momento tinha chegado, todos estão ocupados com a batalha e não iam perceber que ela se fora até ser tarde demais. Forge iria ou ser morto pelos piratas do Barba Branca ou preso pelo governo mundial por falhar, não iria atrás dela. Se desse as costas agora e fosse para o porto, encontraria um barco e poderia chegar na ilha mais próxima antes do fim do dia…

Suspirou quando tomou a sua decisão. Precisava deixar Luffy para trás, não tinha escolha. O menino teria que sobreviver por si próprio até que encontrasse a sua família. Se virou de novo para o menino para o convencer a ir sozinho a partir dali quando não o encontrou mais. Um grito chamou a sua atenção e viu o pequeno moleque acabando de dar um soco em um dos soldados de Forge que passavam por ali

“Retira o que disse, seu idiota!” Gritou Luffy com os punhos fechados em frente ao corpo. O homem que tinha sido atingido estava sentado no chão segurando o nariz sangrando enquanto os outros soldados olhavam para o menino que tinha aparecido do nada em choque.

“Esse garoto me bateu do nada!” Falou o soldado indignado “Seu moleque…”

“Você falou mal da Robin que eu ouvi! Retire o que disse ou vou chutar a sua bunda!” O homem pareceu ficar furioso e ia levantar para atacar o menino, mas foi impedido pelo colega

“Então você sabe onde a Nico Robin está, não é?” Perguntou o homem dando um sorriso e tirando a espada que tinha na bainha para tentar assustar a criança.

“Minta, Luffy!” Pensou Robin desesperada olhando a cena. As coisas não estavam indo bem. Luffy olhou alguns segundos para o homem com um olhar decidido, até começar a suar frio, fazer um beiço e desviar o olhar claramente incomodado

“Eu não sei de quem você está falando...” Murmurou olhando de um lado para o outro. Todos que estavam olhando a cena não deixaram de ficar surpresos de quão mal mentiroso aquele menino era. Robin viu os soldados prepararem as armas e apontar para o menino e não pode ficar sem fazer nada

“Espera!” Gritou chamando a atenção de todos “Eu estou aqui, não atire nele!” Foi se aproximando lentamente dos soldados

“Resolveu aparecer, Nico Robin? O chefe está te procurando. O Plano A falhou e ele vai precisar de sua ajuda agora” Robin só concordou com a cabeça. Sua mente estava a mil por hora tentando de alguma forma descobrir como sair dessa situação.

“Ok, primeiro eu tenho que afastar Luffy desses caras e depois dar um jeito de escapar. São só cinco, não deve ser tão difícil” Pensou enquanto olhava bem nos olhos do homem que estava falando com ela. Desviu o olhar para Luffy que olhava para ela confuso

“Luffy, acho que é melhor você encontrar a sua família agora… Eu tenho uns assuntos a resolver com essas pessoas” Falou com um meio sorriso, mas isso não pareceu convencer o menino

“Mas, Robin! Esses caras…” Foi interrompido pelo homem que tinha falado antes, que deu um sorriso amarelo para o garoto de chapéu

“Uma batalha está para acontecer agora, Nico Robin, Você não pode abandonar uma criança assim. Vamos levar ele conosco e depois você pode ajudar ele, não é?” Deu mais um sorriso amarelo e a mulher percebeu o que estava acontecendo. De algum modo Forge descobriu que ela ia fugir e tinha dado ordens para que levassem ela de volta de qualquer maneira. Estavam usando Luffy para que ela não usasse seus poderes e escapasse

“Droga” Pensou olhando para o menino que parecia perdido. Se o abandonasse agora ele ia morrer com toda a certeza e o sangue dele estaria em suas mãos. O sangue de uma criança inocente que estava perdida na floresta e que ajudou Robin de um jeito que ela nunca poderia expressar.

“Tudo bem, vamos encontrar o Forge logo” Falou a mulher com a voz calma, mas por dentro seus pensamentos estavam a mil. Precisava encontrar um jeito de liberar Luffy e escapar antes que fosse tarde demais

—--/----

Ace e Sabo estavam agachados em uma das esquinas que dava para o prédio com a bomba. O loiro olhava com atenção para o vigia que estava observando enquanto a morena esperava o sinal do irmão para avançar e continuava murmurando para si mesma xingamentos para Ivankov

“Tudo pronto com o plano?” Perguntou Sabo desviando rapidamente o olhar para olhar a menina “Consegue controlar seus poderes bem? Vamos ter poucos segundos para entrar, vai ter que ser mais rápido que o normal” Ace olhou para as próprias mão que pegaram fogo e apagaram em um piscar de olhos

“Tudo certo, acho que consigo fazer mais rápido” Falou esfregando as mãos “Depois que entrarmos, qual é o plano?”

“Vamos usar o Fantasma” Falou Sabo com um meio sorriso

“Fantasma? Sem o Luffy? Como vamos substituir a parte dele?” Perguntou com a testa franzida

“Com cordas. Vou conseguir, andei praticando, mas seria mais fácil com ele” Resmungou. Quando viu o vigia se aproximando na última janela daquele lado do edifício fez o sinal para Ace se aprontar “Ele vai sair em três...dois...um…” Viu o guarda sumir da janela para verificar a janela lateral “Agora!” Gritou e saiu correndo

Os dois correram para a janela mais próxima, que era bastante alta e fechada com uma tranca interna. Sabo que estava na frente encostou as costas na parede bem abaixo da janela e fez um degrau para que Ace subisse. A menina subiu em um pulo e usou os ombros do irmão como apoio. Esquentou sua mão até que ficasse incandescente e encostou no vidro, fazendo com que abrisse um buraco nele

“Ace, rápido! Ele vai voltar!” Sussurrou o loiro apressado

“Quase…” Falou enquanto sentia o vidro derreter na palma de sua mão. De repente sentiu sua mão atravessar e deu um sorriso de vitória “Consegui!” Falou enquanto enfiava o braço pelo buraco e abrir o trinco da janela. A abriu e pulou para dentro, puxando o seu irmão consigo. Fecharam a janela no exato momento que o guarda voltou e não viu nada.

“Ufa” Sabo respirou fundo, aliviado do plano ter dado certo “Essa foi por pouco”

“Eu disse que ia conseguir! Acho que bati um novo recorde” Se gabou Ace colocando uma das mãos no peito. No momento que sentiu sua mão encostar em algo macio e não o duro peitoral como antes, começou a ficar vermelho “Que droga! Eu fico esquecendo disso… Pare de rir!”

“Isso nunca vai deixar de ser engraçado” Sabo falou desviando de um soco de fogo de Ace “Agora… precisamos colocar o plano Fantasma em ação. Tem quatro vigias, um para cada lado do prédio. Está preparado?”

“Eu nasci pronto”

—---/----

Um dos vigias terminava de andar pelo seu corredor enquanto olhava para fora quando uma luz chamou sua atenção. Olhou na direção que tinha pensado que tinha visto algo mas estava tudo vazio

“Devo estar imaginando coisas” Pensou enquanto virava para continuar sua ronda, mas mais uma vez uma luz piscou fora do seu limite de visão. Quando virou rapidamente para tentar ver o que é deu de cara com uma figura assustadora

Era uma pessoa coberta da cabeça aos pés de fogo. As chamas subiam pelo seu cabelo e iam até o teto. Seus olhos eram feitos de chamas também e sua boca era gigante e mostrava um sorriso de orelha a orelha, como se estivesse imaginando todas as coisas malignas que faria com o pobre homem. Parecia um ser saindo do próprio inferno.

O vigia ficou parado de choque e medo enquanto a criatura se aproximava lentamente. Quando recobrou a coragem puxou a arma e ia atirar, mas sentiu algo agarrar suas mão e pescoço e puxa-los para trás, o fazendo cair de costas pro chão. Quando se sentou viu a criatura a alguns passos dele, fazendo com que ele sentisse o calor infernal que saia da criatura, se curvando para ficar com os rostos bem próximos e soltou bem alto

“BU!” Enquanto as chamas avançaram para cima do homem. As chamas parar alguns centímetros do rosto do guarda, mas foi o suficiente. O homem já tinha desmaiado de susto e sua boca espumava, mostrando que não ia acordar tão cedo

“E esse foi o último! Viu? Eu disse que ia dar certo” Falou Sabo recolhendo as cordas que tinha usado. Elas tinham pequenos pesos nas pontas para que fosse mais fácil para o menino prender o oponente. Ace apagou o fogo que estava o cobrindo, voltando ao normal

“Mas Luffy ainda vai ficar chateado de você fazer isso sem ele” Falou Ace dando um bocejo. Era uma brincadeira que faziam com os tripulantes novos que chegavam no Moby Dick e não sabiam da existência deles ainda. Sabo era a mente por trás de tudo, atraindo as vítimas com sons e pequenas luzes para o local ideal e criando o clima de tensão, Ace se cobria de fogo para se tornar o “Fantasma do inferno” e Luffy terminava puxando a pobre vítima para trás quando ela tentava fugir ou se defender. Tinham mandado vários novatos que o Oyaji tinha aceito no bando para a enfermaria por causa daquela brincadeira e Marco não gostava nada daquilo. Os outros comandantes achavam uma boa iniciação e deixam quieto

“Ele vai entender, foi necessário” Riu e pegou o den-den-mushi bebê que tinham dado para ele, ligando para os revolucionários. Eles atenderam no primeiro toque “Demos um jeito nos vigias” Falou enquanto via Ace terminando de amarrar o último homem “Podem entrar, ainda não sabem que estamos aqui”

“Muito bem, Sabo-boy” Falou Ivankov “Comecem a procurar a bomba, já vamos entrar aí”

“Entendido” Respondeu desligando o caracol. Os dois desceram todas as escadas do prédio até chegarem no térreo. Sabiam que havia ainda guardas no subterrâneo e tinham que dar um jeito neles antes que ativassem a bomba

“Qual é o plano?” Perguntou a menina de fogo enquanto os dois olhavam pela porta que dava para o subterrâneo. Conseguiam ouvir conversas saindo de lá dentro e algumas sombras, mostrando que eles já estavam trabalhando para ativar o explosivo

“Não sei… Você pode ir lá em baixo e distrair eles com os seus peitos...” Ace pareceu não gostar do comentário e deu um soco no ombro do irmão “Ai! Ok, eu mereci essa” Falou tentando segurar uma risada “Acho que devemos esperar os outros chegarem, eles podem ter alguma ideia…”

Ouviram um den-den-mushi tocar no subsolo e ficaram sem silêncio. Os soldados atenderam o aparelho no segundo toque e uma voz masculina e zangada pode ser ouvida.

“Fomos descobertos! As outras bombas falharam! Ativem a última bomba agora e saiam daí! Não quero falhas!” Gritou o que devia ser o chefe dos piratas inimigos. Desligou sem receber a resposta do outro lado. Ace e Sabo se entreolharam e disseram um movimento de concordância com a cabeça. Não tinham tempo a perder

Os dois correram para baixo das escadas. Ace chegou primeiro já com os punhos em chamas e deu um soco no homem mais próximo sem nem mesmo ver que era. Sabo fez a mesma coisa e assim que atingiu um homem olhou em volta para ver como estava a situação. Havia mais 5 pessoas na sala, tirando as duas que tinham derrubado na surpresa. Todos olhavam na direção dos adolescentes e um deles estava a ponto de mexer em uma enorme esfera que ocupava metade da sala.

Não iam conseguir impedir o homem a tempo se tivessem que derrubar os outros quatro, pensou Sabo numa velocidade assombrosa. Olhou para Ace que ainda parecia estar examinando o que estava acontecendo

“Me manda pra lá!” Gritou já correndo em direção da menina com seu tubo na mão. Ace ficou confusa por um segundo até perceber o que o loiro queria fazer. Juntou uma explosão de fogo nas mãos e as juntou na frente do corpo. Assim que Sabo colocou um dos pés na posição certa em sua mão, Ace o jogou com toda força para cima e usou a pequena explosão para dar mais força ainda para o pulo. Sabo conseguiu pular bem longe com isso, por cima de todos os homens e atingiu o homem que mexia na bomba em cheio.

Ace tinha que dar o braço a torcer. Aquele movimento era um dos que Marco tinha forçado eles a aprender em seu treinamento no Moby Dick. De acordo com o comandante servia para caso eles tivessem cercados e poderia vir a calhar em alguma hora, mas Ace tinha dito que era inútil e nunca iam precisar daquilo… Estava feliz de estar errado e que deu certo aquela vez (Afinal, não foi poucas vezes que Ace exagerou na explosão e mandou Luffy e Sabo para o meio do mar)

Sentiu duas balas passarem pelo seu corpo, uma na barriga e outra no ombro, mas somente deixaram um buraco de fogo que logo se fechou. Olhou para os homens que atiravam nela com uma sobrancelha levantada. Viu Sabo travar um golpe de espada com a sua tubulação e ficou feliz de que os atiradores estavam focados em si e não no irmão. Acendeu mais uma bola de fogo para jogar, mas foi impedida pelo irmão

“ACE! NÃO! Vai explodir a bomba!” Gritou Sabo enquanto defendia mais um golpe de espada “Sem chamas!”

“Que droga” falou com os dentes cerrados enquanto apagava suas mãos e dava um soco no seu oponente “Hoje ninguém me deixa fazer nada” reclamou enquanto dava um chute no homem que tinha acabado de derrubar e passava para o próximo, que tentava inutilmente atirar nele

“Para de reclamar” falou o loiro enquanto derrubava o último homem. Os dois se entreolharam e deram um sorriso enquanto viam a bagunça que tinham feito. Sabo abriu a boca para fazer mais um comentário quando um tiro de raspão passa pelo seu braço direito

Haviam mais dois soldados na porta apontando a arma para eles. Apontavam diretamente para Sabo e daquela distância não iam errar.

“Não!” gritou Ace esticando o braço pronto para lançar uma bola de fogo sem se importar com a bomba. Não ia deixar seu irmão ser baleado de jeito nenhum! Mas antes que pudesse jogar a bola os dois soldados derrubaram suas armas e caíram no chão

“Vejo que chegamos tarde para a festa! Que vergonha!” Falou Ivankov retraindo suas unhas que tinha acabado de usar nos homens “Vocês estão bem, Sabo-boy, Ace-girl?”

“Sabo levou um tiro!” Ace falou rápido sem deixar que o loiro negasse. O revolucionários que estava com eles (“qual era o nome dele? Benny? Bunny?” pensou Ace antes de desistir) foi verificar os ferimentos de Sabo enquanto Ivankov e Inazuma foram dar uma olhada na bomba.

Ace viu Inazuma transformar suas mãos em tesouras girantes e começar a cortar o chão em volta da bomba como se fosse papel e envolvendo ela com os pedaços do chão. Por um segundo pensou em falar algo, mas então deu os ombros. Não era a primeira vez que via um poder de akuma no mi estranho e sabia que não ia ser a última.

“Isso vai dar um jeito na bomba por enquanto” Falou Inazuma enquanto fazia suas mãos voltarem ao normal “Ninguém vai conseguir detonar ela agora”

“Bom” Ace deu um suspiro aliviado, principalmente ao ver seu irmão com o braço enfaixado e aparentemente bem “Agora que já completamos essa parte da missão…” Se virou para Ivankov com o sorriso mais falso e tremido que Sabo tinha visto em seu rosto “Você poderia, p-por favor...” Parecia que cada palavra doía como um chute no estômago “me transformar de volta?” Sabo teve que engolir uma risada. Nunca tinha visto Ace com uma cara tão desconfortável antes

“Viu só como não é difícil, Ace-girl?” Riu Ivankov e o loiro tinha certeza que a morena estava a ponto de queimar o prédio inteiro pela raiva que trasbordava de ser olhos “Tudo bem, já que pediu com educação eu…”

Antes que terminasse de falar um barulho de várias explosões começaram a acontecer fora do prédio e o chão tremeu. Todos se entreolharam assustados e subiram até o topo do edifício para ver o que era

Uma poeira branca subia da região onde deveria acontecer a batalha dali algumas horas. Barulhos de canhões disparando eram ouvidos vindo de lá e já conseguiam escutar os gritos e barulhos tão característicos de uma batalha acontecendo ali perto

“A batalha começou? Mas era só para acontecer a tarde!” Perguntou Sabo olhando para os revolucionários atrás de respostas

“Provavelmente quando perceberam que o plano deles não deu certo resolveram atacar antes para pegar o exército do rei desprevenido e ter alguma vantagem” Explicou Inazuma com sua cara séria de sempre

“Então… o que fazemos agora?” Perguntou Ace “Tipo, depois que você me transformar em um homem de volta, claro” Começou a olhar para os revolucionários com expectativa, não aguentava mais ficar daquele jeito

“Temos que ir atrás do Luffy, ele ainda deve estar perdido na floresta” Sabo ignorou a irmã e pegou o papel do irmão mais novo que estava no fundo de um de seus bolsos. Apoiou o papel na palma de sua mão e ficou branco ao ver para que lado ele apontava “Essa não…”

“O que foi, Sabo-boy?” Perguntou Ivankov já preparando suas unhas para injetar os hormônios na menina que tinha os olhos cheios de expectativas

“Luffy está no meio da batalha!” Gritou atraindo a atenção de todos, inclusive de Ace que ignorou o seu problema ao escutar que seu irmãozinho estava em perigo

“O que?” Gritou de volta olhando para o Vivre Card na mão do irmão. O papel estava inteiro, mostrando que Luffy ainda não corria risco de vida, mas apontava diretamente para o meio da batalha que acontecia naquele instante

“Temo que ir atrás dele agora!” Sabo gritou e saiu correndo em direção às escadas, sendo seguido pelos revolucionários. Ace ficou um pouco para trás, começando a perceber a situação que ainda estava metido

“Espera! Me transforma de volta! EU DISSE PARA ESPERAR DROGA! SEUS MALDITOS!”

—---/----

(Alguns momentos antes)

Luffy não gostava desses caras. Nem um pouco. Todos os seus instintos diziam que eles tinham más intenções e para qualquer lugar que estivessem levando ele e Robin não seria bom. Tentou falar isso para a mulher algumas vezes, mas ela só sorria de seu jeito misterioso e dizia que estava tudo bem, mesmo seus olhos dizendo que não estava

Foram levados até o meio da cidade. Luffy ficou impressionado com os prédios altos que tinham ali, mas a falta de pessoas o estava incomodando. Não havia ninguém nas ruas naquela região, os soldados estavam se juntando aos seus exércitos e os civis já estavam em zonas seguras. Ainda faltavam algumas horas para o horário que seria o ataque, então só se conseguia escutar o som do vento assobiando entre os prédios vazios.

“Onde está Forge?” Perguntou Robin, vendo que estavam se aproximando cada vez mais de onde ela sabia que ia ser o centro da batalha

“Em um dos prédios no lado da praça principal” Respondeu um dos piratas “Ele quer estar por perto para arrancar a cabeça do rei quando ele se render”

Luffy abriu a boca para falar que o rei não ia ser derrotado, afinal Oyaji estava do lado dele e não ia perder para um pirata fracote do West Blue como esse tal de Forge, mas Robin fez um sinal para que ficasse quieto e o menino fechou a boca irritado

Chegaram no prédio que estava praticamente cercado pelo exército do pirata. Os soldados já pareciam preparados para a batalha que viria, deixando Robin preocupada. Luffy ficou impressionado com algumas armaduras e quase se perdeu no meio da multidão, mas Robin segurou sua mão para que se mantivessem juntos

“Se ele se perder no meio desses homens não sei o que pode acontecer com ele...” Robin pensou olhando em volta. Vários dos soldados de Forge eram mercenários que não veriam problema nenhum matar uma criança indefesa para se divertir e a mulher não queria deixar o menino sozinho no meio daqueles bárbaros

Subiram as escadas que levavam até o andar onde o pirata estava aguardando. Dava para ver que o lugar era bem cuidado, mas que tinha sido depredado nos últimos dias pelo exército de mercenários que estava sedento em colocar as mãos em qualquer coisa que pudesse valer alguma coisa. No terceiro andar entraram em uma das portas e Luffy conseguiu ouvir um homem gritando com alguém

“... Ativem a última bomba agora e saiam daí! Não quero falhas!” Entraram na sala a tempo de ver o homem desligando o den-den-mushi com força e Luffy ficou com pena do pobre caracol “São todos uns inúteis! Como descobriram os planos?” Murmurou para si mesmo e se virou para olhar os recém-chegados “Nico Robin, que bom que resolveu se juntar a nós. Você!” Apontou para o soldado que tinha trazido a mulher até lá “Avise os comandantes que já podem lançar o sinal agora”

“Sim, senhor!” Disse fazendo uma saudação e saindo da sala, deixando somente o pirata, Robin, Luffy e dois guardas que estavam na porta

“De alguma maneira o rei descobriu os planos de deu um jeito neles. Não há nem sinal da equipe que eu mandei atrás das princesas, as bombas foram desativadas e... O que esse pirralho está fazendo aqui?” Perguntou o homem com uma sobrancelha levantada olhando em direção ao menino, que só olhou com cara feia de volta

“Eu encontrei ele perdido na floresta e ia levar ele até a família na parte segura que você não ia explodir” falou a mulher com uma sombra de ironia em suas palavras. Nunca tinha concordado com a ideia de explodir as bombas, achava desnecessário e cruel. Forge estreitou os olhos com desconfiança, ainda olhando para o menino

“Engraçado... Isso não é do seu feitio, Nico Robin” Falou se aproximando lentamente “Cuidar de uma criança... pensei que só se importasse com si mesma” Robin abriu a boca para responder, mas o homem agiu mais rápido e com um movimento veloz agarrou o braço dela e colocou um dos lados da algema de kairoseki “A não ser que você esteja trabalhando para os piratas do Barba Branca esse tempo todo e ficou encarregada de cuidar de uma das crianças demônio, não é mesmo?”

“O que?” Perguntou a mulher extremamente confusa. De alguma maneira aquele homem tinha descoberto que ela planejava o trair, mas todos os motivos que ele imaginou estavam errados

“Recebi a informação de que os piratas do Barba Branca estavam na ilha. Eles passaram o dia inteiro de ontem andando pela cidade atrás de três pivetes. Um deles já tem cartaz, o punho de fogo Ace, mas eles descreveram os outros dois como um adolescente loiro de cartola e...” Olhou diretamente para Luffy com os olhos brilhando “E um menino com um chapéu de palha”

“Hey, solta ela seu....” Luffy apertou os punhos para atacar o homem, mas esse puxou Robin para si, tirou uma arma que tinha no coldre e apontou para a cabeça da mulher

“Nem pensar moleque, é melhor ficar paradinho aí ou vou explodir os miolos da sua amiga” Falou rindo “Tenho que te agradecer, Nico Robin. Quando descobri que o Barba Branca estava na ilha meu plano era fugir e entregar você para o governo mundial para implorar perdão por falhar. Mas você me trouxe um dos pirralhos do Barba Branca! Eles vão me condecorar se eu entregar esse pirralho pra eles hahahahahahaha!” Riu enquanto ainda segurava a arma na cabeça de Robin. Luffy olhava para o homem com raiva até que sons de explosões começaram a acontecer do lado de fora

Luffy olhou pela grande janela que dava para a praça e viu vários canhões disparando sem parar em direção ao castelo. Os soldados já estavam começando a se mexer e logo a batalha começaria. Muito antes que o esperado.

“O que?” Robin organizava as coisas que estavam acontecendo em sua mente rápido, mas a confusão ainda a assolava “A batalha era para começar a tarde...”

“Tive que adiantar para ter alguma vantagem nessa batalha. Já que você estragou meus planos e contou para todos sobre o sequestro e as bombas, vou tentar pegar o outro exército desprevenido. Claro que isso é só até o meu navio de fuga ficar pronto e eu levar vocês dois para o governo mundial”

“Oyaji não vai deixar isso acontecer! Ele vai atrás de você!” Gritou Luffy com raiva e recebeu mais uma risada de volta

“Quero ver o que ele vai poder fazer quando a CP-0 colocar as mãos em você” O homem deu um sorriso maníaco, principalmente quando Robin estremeceu “Você conhece a CP-0, menininho? Eles vão te esconder no buraco mais fundo e escuro do mundo, onde nem seu capitão vai conseguir te alcançar. E eles vão tirar todos os segredos daquele piratas imundos de você até você estar implorando pela própria morte” Soltou mais uma risada e Robin estremeceu mais ainda, o pânico começando a tomar a sua mente

Luffy engoliu o seco. Droga... Dessa vez tinha se metido num problema bem grande. Marco ia matar ele quando o visse    


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Notas finais do capítulo

Então, não era assim que eu planejava esse capítulo. Esse arco deve terminar aqui e o capítulo devia ser bem maior, mas eu tive um bloqueio absurdo na segunda parte dele e resolvi cortar em dois. Provavelmente quando eu reescrever essa história eu vou juntar os dois num capítulo só, mas por enquanto vai continuar assim.

Obrigado por lerem! Comentários e criticas são sempre bem vindos S2



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