Troublesome Life escrita por Wichita25


Capítulo 19
Planos


Notas iniciais do capítulo

Para quem não viu o aviso no último capítulo (não culpo vocês, eu só escrevo inutilidade lá). Esse capítulo acontece ao mesmo tempo que o capítulo anterior. Boa leitura!



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—---- 11 Anos -----

“Agora vamos atrás daquele idiota antes que ele se meta em apuros” Resmungou Ace enquanto derrubava o último soldado com um soco de fogo. Estava com a respiração ofegante e olhava para a pilha de homem desmaiados que tinham sobrado “As pessoas dos Blues são fracas, não dão nem pro gosto” Desviou o olhar para Sabo, que estava revirando os bolsos dos soldados desacordados “O que você está fazendo?”

“Procurando alguma pista do motivo deles estarem aqui e não onde vai acontecer a batalha” Murmurou mais para si mesmo do que para o irmão, mas Ace escutou e deu os ombros. Sabo tirou algum dinheiro e algumas armas do soldado, mas nada de útil. Suspirou e foi para o próximo enquanto Ace aproveitava para juntar o dinheiro “Luffy vai ficar bem, ele sabe se cuidar... Eu acho” Ignorou o olhar de descrença de Ace e continuou “Ele tem os nossos Vivre Cards, vai nos achar uma hora ou outra. Ele sabe onde nós vamos nos encontrar... Se ele não aparecer até amanhã de manhã nós vamos atrás dele”

“Se você tem tanta certeza...” Falou e virou para dar um chute em um homem que estava levantando. Foi dar um soco para apagar o soldado quando foi parado por Sabo

“Espera, eu quero ter uma conversinha com ele... Amarre os outros nas árvores para que não fujam e peçam ajuda” Mandou o loiro enquanto arrastava o soldado ferido para longe dos demais. Ace pensou em reclamar, mas deu os ombros. Sabia o quanto Sabo estava focado naquilo e queria ajudar. Demorou um bom tempo para amarrar todos os soldados, principalmente porque alguns acordavam e o menino tinha que lidar com eles na marra. Teve sorte que haviam muitas cordas naquele acampamento por algum motivo... Deu os ombros e continuou seu trabalho até que finalmente terminou, perto do meio dia.

Olhou para trás para ver seu irmão arrastando o soldado de volta. O homem parecia bastante amedrontado e Ace ao mesmo tempo queria e não queria saber o que seu irmão tinha feito. Sabo amarrou o homem junto com os outros e deu as costas, se afastando

“Vamos Ace” Falou enquanto se afastava com um olhar decidido. O menino de fogo olhou uma última vez para os soldados para ver se não tinha esquecido ninguém e correu atrás de seu irmão

“Então... descobriu alguma coisa?” Perguntou enquanto colocava as mãos atrás da cabeça. Sabo concordou com a cabeça

“Eles estavam aqui para sequestrar as princesas” Resumiu o loiro, que fez com que Ace desse um pulo de susto

“O que? Como assim?”

“Eles iam entrar no castelo durante essa noite, quando todos vão estar distraídos se preparando para a batalha de amanhã. Como a batalha só vai ter uma frente as outras partes do castelo vão ter muito menor proteção que o normal. Eles iam usar as cordas para escalar o muro...”

“Agora está explicado o porquê de tantas cordas”

“... e assim sequestrar uma das princesas. Assim que o rei soubesse que uma de suas filhas foi sequestrada ele provavelmente desistiria e entregaria o reino sem lutar”

“Entregar todo um reino por causa de uma pessoa? Isso parece bobagem” Resmungou Ace com raiva. Aquele plano estava deixando ele irritado

“Você entregaria o Luffy para morrer em troca de vencer uma guerra?” Perguntou Sabo já sabendo a resposta

“Claro que não!”

“Mesmo princípio” Explicou o loiro “O Rei ama demais as suas filhas, e pelo o que eu ouvi o povo também adora as princesas...”

“Elas são legais” Ace deu os ombros, ficando um pouco vermelho nas bochechas, mas Sabo resolveu não comentar. Não precisava que seu irmão explodisse agora “Mas então está tudo bem, não é? Impedimos eles!”

“Não exatamente...”

“Como assim?”

“Quem quer que fez esse plano pensou em planos reservas. Caso um dos planos não dê certo o seguinte entra em ação” Resmungou o garoto abaixando a cartola para cobrir os olhos com raiva

“Então qual é o próximo plano? Só temos que acabar com todos eles, não é?”

“Uma bomba”

“Como?”

“Eles vão explodir uma bomba na parte da cidade afastada da cidade, onde os civis estão se escondendo. O lugar está cheio de crianças, velhos e doentes...” Começou a ranger os dentes “Se o grupo que acabamos de derrotar não aparecer com uma das princesas até 5 horas antes da batalha, eles vão explodir as bomba”

“Por que eles fariam isso?”

“O Rei não ia deixar as pessoas que precisam de ajuda à própria sorte. Destacaria grande parte do seu exército para ajudar os feridos. Isso causaria uma enorme desvantagem para o exército real” Sabo suspirou “São três grupos espalhados pela cidade... Vão iniciar os três para causar mais confusão ainda”

“Então...” Ace parou de caminhar e isso fez com que o outro parasse também “O que vamos fazer? Não podemos ficar parados sem fazer nada”

“Eu estou pensando nisso, ok? Por enquanto o plano é ir até a cidade e encontrar alguém do lado do rei que vai nos escutar, ou até mesmo alguém da tripulação” Falou enquanto esfregava os lados da cabeça com a mãe. Agora entendia a dor que o Luffy dizia sentir quando pensava demais “Pode ter certeza que se eu bolar um plano eu vou falar para você”

“Tudo bem” Os dois voltaram a caminhar pela floresta em direção sul, Sabo guiando os dois pela posição do sol “Me conta o que você fez para aquele cara te contar tudo isso” O sorriso que Sabo deu não parecia muito amigável no momento

—---/-----

“Marco parece que vai matar alguém”

“Ele está furioso por que os meninos fugiram? ”

“É”

“Tomara que ele foque a raiva nos inimigos e não na gente”

“Tomara mesmo.... O exército inimigo não vai nem saber o que o atingiu”

—---/----

Ace e Sabo chegaram na cidade algumas horas depois. A cidade estava tomada de soldados e pessoas andando com pressa. Família levavam seus bens para uma parte segura da cidade, lojistas tentavam proteger suas lojas cobrindo as portas com placas de madeira. Algumas crianças pequenas que não faziam ideia do que estava acontecendo brincavam no meio da rua, enquanto algumas crianças mais velhas as vigiavam e olhavam em volta desconfiadas, já sabendo o que acontecia

Os dois meninos continuaram em frente, tentando parar algum soldado para que conseguissem informações, mas eram totalmente ignorados. Todos estavam ocupados demais para dar atenção a dois adolescentes com cara de delinquentes aleatórios na rua. Os dois sentaram nos degraus de uma escada e suspiraram

“E se voltarmos para o castelo?” Perguntou Ace depois de um tempo pensando, jogando pedrinhas nas pombas que estavam ali perto

“Você acha que nos deixariam entrar tão fácil?”

“É só chamar o Oyaji”

“E ele mandaria Marco... Você quer lidar com ele agora e dizer que perdemos o Luffy no meio da floresta?”

“E qual o seu plano então, espertão?”

“Eu estou pensando, calma” Falou o loiro enquanto colocava as mãos embaixo do queixo e olhava para a rua. Começou a suar frio. O tempo estava passando e se não conseguissem passar a informação que tinham para alguém o estrago ia ser grande.

Estava ficando sem ideias até que viu três figuras encapuzadas atravessando a multidão com pressa. Não teria notado elas se não tivesse prestando atenção e quase ignorou elas quando uma delas olhou em sua direção rapidamente antes de olhar para o outro lado. Foi muito rápido, mas mesmo assim Sabo reconheceu aquele rosto.

“Ace, fique quieto e me siga!” Falou Sabo e saiu atrás das figuras misteriosas. Ace fez uma careta e seguiu o irmão, pensando seriamente se ele já tinha ficado maluco. Seguiram os três por algum tempo. Eles estavam fazendo um caminho maluco, dando várias voltas, provavelmente para despistar alguém que os tivesse seguindo

Em um momento eles viraram em uma rua e os meninos foram atrás, só para encontrar o lugar vazio. Os dois olharam em volta, mas não viam nem sinal das pessoas que seguiam

“Que droga! Perdemos eles!” Resmungou o loiro com uma cara chateada

“Acho que eles foram por ali” Disse o garoto com sardas já se dirigindo a rua contrária. Sabo abriu a boca para mandar Ace esperar quando sentiu a boca sendo tapada por alguém e foi arrastado para dentro de uma casa. Ace virou de volta para onde Sabo devia estar, mas não encontrou ninguém “Que diabos.... Por que eles estão sumindo o tempo inteiro hoje?”

Sabo tentou se soltar do aperto, mas era muito forte. Deu um chute no joelho de quem o segurava, fazendo que que o soltasse. Puxou a tubulação que estava nas suas costas e atacou, desviaram seu ataque com uma mão e o prenderam pelo pescoço na parede com a outra.

“Me solta!” Gritou o loiro com raiva apertando o braço que o segurava com força

“Quieto! Por que estava nos seguindo? Para quem você trabalha?” Perguntou o homem e Sabo percebeu que era a figura encapuzada que estava perseguindo. Quase se chutou pela sua ignorância. Era óbvio que iam perceber que estavam sendo seguidos. Olhou para o rosto do homem que o segurava e reconheceu a tatuagem no olho esquerdo que tinha visto a quatro anos atrás.

“Você... me salvou. Anos atrás, em Goa!” Falou enquanto soltava o braço do homem e ficava imóvel, somente o encarando. O homem olhou para ele por alguns segundos, um brilho de reconhecimento em seus olhos

“Eu lembro de você... É a criança nobre que eu levei para o outro lado do muro durante o incêndio” falou soltando o menino. Sabo ajeitou o lenço que usava no pescoço e colou a tubulação de volta nas costas

“Isso! Eu nunca consegui agradecer senhor por isso”

“Você não tem nada para agradecer, eu só o levei para o outro lado e te deixei a própria sorte no meio de um incêndio” Falou o homem se afastando

“Não! Você salvou a minha vida e a de meu irmão. Se eu não estivesse lá Ace ia ser morto pelos piratas que causaram o incêndio! E se eu tivesse ficado preso na cidade alta eu nunca teria conhecido a minha nova família!” Tirou o chapéu e se curvou o máximo que pode “Muito obrigado! Devo a minha vida a você!” O homem fez um aceno com a cabeça, mostrando que tinha aceitado o agradecimento mesmo contrariado

“Certo... se é só isso que queria então...” Falou já se virando para ir embora. Sabo arregalou os olhos e segurou o braço do homem.

“Espera! Você é o líder do Exército Revolucionário, Dragon, não é?” Isso fez com que o homem parasse e olhasse novamente para o loiro, que tinha em seu rosto uma mistura de empolgação e desespero

“Como você...”

“Eu descobri que o exército revolucionário salvou algumas pessoas que ficaram presas no incêndio um tempo depois. E vi uma foto borrada sua em um cartaz de procurado. Foi só juntar dois mais dois” Explicou. Dragon ergueu uma sobrancelha ao ouvir isso. Aquele moleque era inteligente “O que o exército revolucionário está fazendo aqui? Estão do lado do rei ou do pirata?” Perguntou Sabo com curiosidade

“Estamos aqui para investigar a participação do governo mundial nessa guerra” Respondeu quanto suspirava “Queremos saber de onde está vindo as armas e suprimentos que eles estão trazendo... Não vamos interferir aqui”

“Mas vocês precisam ajudar! Eles vão matar milhares de inocentes para ganhar essa guerra!”

“Explique” Mandou Dragon com uma cara séria e Sabo se pôs a falar sobre o plano do exército inimigo. Explicou como ele e o irmão tinham achado os soldados na floresta (deixando convenientemente de fora a parte que eles fugiram e perderam seu irmão mais novo na floresta) e como tinha descoberto os planos

“Eles vão colocar fogo na cidade assim como colocaram fogo no lixão em Goa! Só que dessa vez eu posso fazer alguma coisa para impedir! Eu só não consigo fazer tudo sozinho, preciso de ajuda!” A voz do menino estava cada vez mais desesperada, mas mesmo assim ele não parou de falar e a determinação queimava em seus olhos “É tudo culpa desse governo mundial maldito! Eles não ligam para ninguém a não ser eles mesmo!”

Dragon continuou olhando para o loiro com uma face sem expressão. Conseguia ver a força que esse menino tinha, do desejo que ele tinha por mudanças. Tinha visto esse mesmo olhar nos olhos de seus melhores agentes, aqueles que tinham sofrido na pele o mal daquele governo.

“Quando eu te levei para fora da cidade a anos atrás, você falou que seu maior sonho era ser livre... Você conseguiu?” Sabo ficou calado por quase um minuto, pensando sobre isso e olhando para o chapéu que ainda segurava em mãos

“Eu... faço parte de uma tripulação pirata agora, tenho toda a liberdade que poderia querer... Mas...” Ergueu a cabeça “Quando eu passei por Sabaody e vi os escravos, quando vi meus irmãos quase serem condenados à escravidão, eu decidi que a minha liberdade não basta. Quero que todos possam ser livres. Quero que todos sintam a mesma alegria que eu por ser livre. Eu quero mudar o mundo com as minhas próprias mãos!” apertou a aba da cartola, amassando ela

“Então... Você quer derrubar o governo mundial?” Perguntou o adulto

“Sim!”

“É algo difícil, impossível de se fazer sozinho...” Viu a decepção nos olhos do garoto e sorriu, pegando o chapéu das mãos deles “Mas é por isso que nos juntamos, porque somos mais fortes assim” Colocou a cartola de volta na cabeça do menor “Vamos ter que conversar mais a fundo sobre isso depois. Vá buscar seu irmão que está te procurando lá fora e venha comigo, vamos dar um jeito nessas bombas” Sabo concordou com a cabeça, seus olhos brilhando de admiração. Saiu correndo para buscar Ace quando uma pergunta o parou “Qual o seu nome, jovem?”

“Sabo” Respondeu quase imediatamente “Só Sabo”

“Sabo, hum?” O adulto abriu mais um sorriso “Bem-vindo aos revolucionários, Sabo”

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Ace olhou para seu irmão que estava conversando seriamente com várias pessoas estranhas. Depois de sumir do nada por vários minutos e aparecer depois como se nada tivesse acontecido, ele o arrastou para se encontrar com aqueles malucos que estavam escondidas dentro de um prédio

“Eles vão ajudar, Ace, confia em mim!” Falou o loiro antes de se afastar e começar a conversar com os adultos que se reuniam em volta de uma mesa com o mapa da ilha

“Eu confio em você... Eu só não confio neles” Pensou para si mesmo enquanto via a movimentação de pessoas. Enquanto alguns adultos se reuniam em volta de Sabo e faziam perguntas, outros iam e vinham, levando e trazendo informações e mapas

Ace parou de prestar atenção nas pessoas e focou só no seu irmão por alguns momentos. Nunca tinha visto Sabo com um brilho de determinação tão grande nos olhos. Não que ele não tivesse esse tipo de brilho quando lutava ou fazia um de seus planos, mas parecia que uma nova chama se acendeu nos olhos deles, muito mais forte e rica que todas as outras

Olhou em volta irritado. Viu as prateleiras cheias de livros e as paredes cheias de mapas e esquemas. Se sentiu perdido e tonto no meio de tantas informações, mas sabia que seu irmão estava se sentindo em casa naquele lugar. Sabo sempre foi um nerd nato, curioso sobre tudo e sempre tinha uma resposta na ponta da língua para qualquer pergunta que tivessem. Sempre estudando na sala de navegação, as vezes ele e Luffy tinham que arrastar o loiro para fora de lá para poderem se divertir os três juntos

Abaixou a aba do seu chapéu de cowboy com um suspiro e se encostou na parede atrás dele. Metade dele estava irritado com Sabo se encaixar tão bem entre aquelas pessoas enquanto a outra metade estava feliz pelo irmão, mesmo que... Seu pensamento foi cortado pela voz do loiro o chamando

“Ace? Ace! Sua narcolepsia atacou de novo?” Ace não levantou o olhar, só dando os ombros para mostrar que estava acordado “Bom! Tudo já foi acertado pelos revolucionários, eles vão entrar em ação algumas horas antes do horário que está programado o início das explosões. Eles não querem fazer isso muito antes com medo de que os inimigos descubram e....” Sabo continuou falando, mas Ace parou de prestar atenção. Ele não se importava com os detalhes assim como seu irmão e nem era tão inteligente para entender as palavras difíceis “Ace? Está prestando atenção?”

“Não, comprido demais” Foi sincero e observou de canto de olho a veia de raiva que apareceu na testa do irmão “Resuma em 20 palavras ou menos” Falou enquanto bocejava

“Você e o Luffy são impossíveis...”

“Já gastou 6 das suas palavras” Brincou e viu Sabo revirar os olhos

“Que seja... Você quer ajudar? São três focos de incêndio, então eles vão se dividir em três grupos e...”

“Tá, tá, tanto faz. Eu vou ajudar seu novos amiguinhos” falou fazendo um gesto com a mão enquanto se levantava e ia em direção a porta

“Para onde você vai?”

“Qualquer lugar menos aqui...” Resmungou mais para si mesmo do que para o outro, mas Sabo ouviu e foi atrás dele

“Ace! Espera! O que quer dizer com isso?” Perguntou enquanto seguia o irmão. Acabaram em um dos corredores do lugar, vazio já que todos estavam ocupados em seus afazeres “Que droga!” Segurou o braço do irmão, o fazendo parar, mas não levantar a aba do chapéu “Por que você está agindo assim? Essas pessoas estão tentando ajudar! Os revolucionários....”

“Chega de falar nesses caras!” A bolha de raiva que estava crescendo em seu peito explodiu “Que droga! Tudo para você é esse maldito exército revolucionário!”

“O que?” Sabo perguntou confuso. Não esperava essa reação “Do que você está falan...”

“Você sabe muito bem! Eu ouvi você perguntando para o Marco sobre eles! Eu vi você procurando em cada jornal sobre esses caras! Feliz agora? Vai lá! Abandone a nossa família por uns esquisitões que você conheceu a algumas horas!”

“Eu não vou abandonar ninguém! Você tá maluco?”

“Quando foi a última vez que você pensou no Luffy?” Perguntou o menino de fogo de repente, apertando os punhos

“O que?”

“Ele está sozinho lá fora e você não está nem preocupado com ele!”

“É claro que eu estou preocupado com ele! Mas não podemos deixar isso de lado agora! O Vivre Card dele está inteiro, ele está bem”

“Ele pode estar em perigo! O Vivre Card não mostra tudo que acontece com ele! Mas tudo bem, já entendi! Seus novos amigos são mais importantes, não é mesmo?”

“Cala a boca!” Sabo gritou de volta começando a ficar com raiva “Você não sabe o que está falando!”

“EU SEI MUITO BEM! Você vai abandonar a nossa família e ir embora! Afinal… isso não seria nenhuma novidade para você!”

“CALA A BOCA, ACE! Você é um egoísta que só pensa em si mesmo! Se não gosta daqui então vai embora! Ninguém te pediu para estar aqui!”

“Então fodasse! Eu vou embora!”

“ÓTIMO” Gritou Sabo em pleno pulmões. Estava irritado e confuso. Viu o irmão dar as costas bufando e se dirigir até a saída da base dos revolucionários

“ÓTIMO” Gritou Ace de volta fechando a porta com força enquanto saia. Olhou em volta na rua e viu as pessoas apressadas indo de um lado para o outro.Suspirou irritado enquanto botava as mãos nos bolsos da bermuda e se pôs a andar. Queria achar um lugar onde pudesse ficar sozinho para pensar um pouco

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Sabo estava realmente irritado quando entrou de volta da sala base dos revolucionários. Havia algumas pessoas no local, mas se ouviram a briga, o que provavelmente tinha acontecido já que tinham começado a gritar no meio dela, não comentaram. O menino suspirou enquanto se aproximava da mesa e pegava alguns papéis que os agentes tinham trazido com informações sobre o pirata

Tentou se focar totalmente nos papéis, mas sua mente continuava voltando para Ace e Luffy. Estava preocupado com o seu irmão mais novo, era óbvio, mas Luffy já estava crescendo e era mais forte que muitos soldados da marinha por aí. Ainda estava tentando entender o que tinha deixado Ace tão chateado. Ele provavelmente achava que Sabo ia se juntar aos revolucionários e os abandonar, mas isso era idiotice… Ele não ia sair dos piratas do Barba Branca ainda… não é?

Estava tão concentrado em seus pensamentos que nem viu Dragon se aproximando dele e deu um pulo quando sentiu uma mão sobre seu ombro. Tentou se recompor o mais rápido possível

“Dragon-san!” Falou quase como uma saudação e ficou todo tenso. Mesmo que eles já tivessem conversado antes Sabo ainda ficava nervoso de falar com o seu ‘herói’

“Sabo, já está tarde… Você devia descansar para amanhã” Comentou o líder com a testa franzida enquanto olhava para o menino. O loiro olhou em volta e percebeu que era o único na sala. Quanto tempo tinha ficado pensando?

“Sim, claro! Eu vou só chamar o…” Parou ao perceber que Ace já não estava mais lá

“Ouvi dizer que você e seu irmão brigaram antes…” Comentou Dragon ao perceber a hesitação do menino. Sabo olhou para ele meio assustado

“N-não foi nada demais” Gaguejou nervoso. Não queria causar uma má impressão “Ace só estava…” Parou mais uma vez e suspirou “Ele acho que eu quero ficar com vocês e abandonar os piratas” Tentou explicar meio encabulado

“E você não quer?” Essa pergunta fez o menino pular de surpresa

“O que?” Perguntou confuso

“Você é um menino esperto e dedicado, além de compartilhar as convicções necessárias para se tornar um revolucionário. Tenho certeza que você vai longe nas nossas fileiras se resolver se juntar a nós” Comentou o homem mais velho com a mão no queixo e um meio sorriso. A mente de Sabo entrou em parafuso no mesmo instante

“E-e-eu posso entrar? Eu achei que…”

“Claro, eu já te convidei antes, não?” Sabo teve que parar e respirar fundo enquanto colocava os pensamentos em ordem. Sim, Dragon tinha feito o convite, o menino só tinha entendido mal.

Dragon olhou o menino que tinha um furacão de pensamentos passando pelos olhos. Sabo era com certeza um achado. O garoto era muito inteligente e perspicaz. Viu uma situação incomum e virou a seu favor, tirando o máximo de informação de seus inimigos e sempre pensando em todos ângulos e possibilidades antes de agir, mas agia rápido quando a situação pedia. Junto com o ódio que o garoto bradava pelo governo mundial, tinha certeza que o garoto podia crescer e se tornar um dos comandantes do exército revolucionário, se não seu braço direito.

Mas… havia algumas coisas que estavam segurando Sabo e Dragon sabia o que era. E entendia perfeitamente, afinal era pai de uma delas. Esse pensamento fez o adulto sorrir, principalmente quando ouviu as palavras do menino

“Desculpa, Dragon-san. É uma honra ser chamado e eu queria muito aceitar, mas não posso fazer isso… Não agora pelo menos” Falou se curvando pedindo desculpas “Eu… sou um pirata do Barba Branca e não posso sair assim.Eles são minha família. Tenho meus irmãos e… quero ficar mais um pouco com eles…” Tentou se explicar enquanto sacudia as mãos de nervoso. Não queria ofender o homem com sua escolha de palavras

“Lealdade… Essa é outra característica que apreciamos aqui” Falou satisfeito e deixando Sabo mais confuso ainda “Você não precisa se unir a nós agora, Sabo, pode ficar calmo. Tenho uma proposta para você…” Os olhos do menino brilharam e ele concordou com a cabeça mostrando que estava escutando “Você ainda não sabe Haki, não é?”

“Não… Marco pretende começar a nos treinar quanto tivermos 15 anos…” Falou inseguro

“Boa idade para começar” Concordou Dragon “Minha proposta é: aprenda Haki até os 17 anos com sua família e então vamos nos encontrar de novo e vou perguntar se você gostaria de ser um revolucionário… espero que tenha sua resposta para mim até lá”

“Claro!” Gritou o garoto loiro empolgado com um sorriso com todos os dentes “Vou dar o meu melhor!”

“Não vai ser fácil... Vamos mandar alguns materiais durante esses anos para que você estude e vou testar seus conhecimentos depois. Espero o melhor de você, garoto!” Falou com firmeza e viu o menino concordar com os olhos brilhando de determinação “Agora… eu tenho uma pergunta para você…”

“Qualquer coisa, Dragon-san!” A empolgação de Sabo era visível a olho nú. Parecia que o menino estava se controlando para não sair pulando de animação. Lembrou ao homem um filhotinho de cachorro, por algum motivo

“Como está Luffy? Recebo poucas informações sobre ele, só as que meu velho me passam”

“Luffy?” Isso fez com que o loiro travasse totalmente “Por que você quer saber dele? Como sabe seu nome?” Entrou na defensiva automaticamente

“Claro que eu sei… Oh” Exclamou ao perceber “Marco não contou para você… Imaginei que soubesse, já que perguntou de mim para ele”

“Contou o que?”

“Luffy é meu filho” Revelou erguendo uma sobrancelha “Meu nome é Monkey D. Dragon, sou filho daquele velho idiota, Garp.Ele me manda de tempos em tempos cartas sobre Luffy, mas faz um bom tempo que… Sabo, você está bem?”

Sabo não estava bem

Era informação demais para um dia. Olhou para o homem enquanto seu rosto passava de normal para incrivelmente branco, depois vermelho, verde e voltar a ficar branco. Tentou formar alguma frase inteligente, mas quando abriu a boca só conseguiu soltar um…

“O QUE?”

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“Oi” Falou Sabo se aproximando de Ace, que estava sentado na borda do telhado de um dos prédios nas redondezas. O loiro tinha seguido o Vivre Card do moreno até ali e o encontrou sentado sozinho, iluminado pela luz da lua, com os braços em volta do joelho e olhando para frente sem realmente se focar em nada

Ace não respondeu nem fez qualquer sinal que tinha sentido a presença do outro ali, mas Sabo sabia que ele estava escutando. Sentou na beira do prédio, com os pés soltos balançando com a brisa da noite. Não tinha percebido que tinha passado tanto tempo dentro da base

“Lembra quando descobrimos que não podíamos mais se esconder de Marco depois de uma brincadeira por causa dos Vivre Card?” Perguntou olhando para as estrelas “Você ficou furioso e Luffy ficou de mal com Marco por quase 3 horas...” O silêncio cobriu os dois por alguns segundos e Sabo abriu a boca para continuar seu monólogo até que foi interrompido

“Foi um novo recorde” Murmurou Ace baixinho “Ele tinha ficado de mal com Marco só uma hora e quarenta e sete minutos no total antes, de acordo com Thatch” deu uma risada ao perceber a exatidão da informação e o que fez o loiro sorrir

“Eles devem ter um livro com todos os dados mais inúteis do Luffy em algum lugar do Moby Dick... Quantas vezes ele espirrou...”

“Quantas vezes ele caiu no mar... Esse o Namur sabe de cor”

“Você fala como se não caísse na água o tempo inteiro também”

“Só que quem pula atrás de mim é o Luffy, aquele idiota” Os dois começaram a dar risadas. Toda a tensão tinha sumido na mesma hora. Assim que pararam de rir os dois se encararam por alguns segundos “Sabo... Desculpa, eu fui um idiota”

“Você foi mesmo...”

“Hey, estou tentando me desculpar aqui!”

“...Mas eu também fui um idiota” Falou erguendo os olhos para as estrelas “Eu não devia ter escondido a minha vontade de se juntar aos revolucionários de você e do Luffy... Eu ainda estava pensando sobre isso e conversando com o Marco, não tinha certeza ainda do que queria”

“E agora você tem?” Perguntou e viu Sabo concordar com a cabeça

“Eu quero mudar o mundo, mas não vou conseguir fazer isso sozinho. Talvez meu sonho não seja algo que eu posso fazer... Mas com eles eu vou estar um pouco mais perto disso. Mas não vou me juntar a eles agora...”

“Não?”

“Dragon-san me deu um tempo para treinar Haki e me decidir. Você não vai se livrar de mim tão cedo assim”  Ace concordou e olhou para as estrelas também, não sabendo o que falar “E o que você vai fazer? Digo... Quando formos mais velhos?” Perguntou Sabo alguns minutos depois

“Como assim?”

“Luffy já branda aos quatro ventos que vai formar sua própria tripulação aos 17 anos. Eu quero entrar nos revolucionários... E você?”

“Eu... não sei” admitiu o garoto de fogo “Nunca pensei muito nisso... Quando eu era criança eu queria ser um pirata famoso para colocar meu nome na história. Pensei em sair com o Luffy, mas acho que não vai dar certo...” Parou de falar enquanto pensava

“Bem... Não diga para ninguém que eu disse isso, mas eu ouvi os comandantes e o Oyaji conversando a um tempo atrás sem querer...” Foi interrompido por uma risada

“Sem querer? Há! Duvido!”

“Não é minha culpa que as paredes da sala onde eles fazem as reuniões são finas demais e que eu estava limpando o corredor convenientemente nessa hora...” Os dois riram “Enfim, ouvi eles dizendo que estavam pensando em ocupar a vaga de segundo comandante”

“Sério? Ela está vazia há anos, não?” Sabo concordou “Marco está pensando em dar aquele trabalho todo para algum coitado fazer, então...”

“Esse coitado é você, Ace” Riu o loiro e viu o seu irmão passar de uma cara risonha para uma cara totalmente surpresa

“O que?” Perguntou baixinho

“Eles querem que você assuma o papel de comandante... Vão começar a ensinar Haki para nós dois quando tivermos 15 anos e se você aprender bem até os 17 eles vão de dar o cargo”

“M-Mas... Por que eu? E você?”

“Eles não citaram meu nome, provavelmente já imaginam que eu vou sair”

“E o Luffy?” Perguntou e viu na cara do irmão que aquela era uma pergunta idiota “Tem várias pessoas na tripulação mais fortes que...”

“Ace, cale a boca por alguns minutos e aceite que algo bom pode acontecer na sua vida!” Sorriu Sabo vendo Ace ficando cada vez mais vermelho e a tentando segurar um sorriso que teimava em tentar escapar.

Os dois ficaram conversando por mais uma hora enquanto a lua subia no céu lentamente. Conversaram sobre coisas aleatórias, histórias que eles tinham escutado de outras pessoas e memórias de antes e depois de se juntarem a tripulação. Os dois se sentiram ótimos depois daquilo, porque sabia que mesmo que eles se separem, iam sempre ser irmãos um do outro

“E então… Amanhã você quer ajudar com as bombas ou ir procurar o Luffy?” Perguntou Sabo enquanto dava um bocejo “O que você escolher eu vou com você”

“Os revolucionários não vão reclamar?”

“Nah, eles vão entender” Ace pareceu parar e pensar. Agora com a cabeça mais leve conseguiu tomar uma decisão mais racional

“Vamos ajudar nos incêndios e depois vamos atrás daquele idiota… Ele deve já ter dado a volta em toda a floresta e não percebeu que está indo para o lado errado”

“Tenho certeza que depois de tudo se resolver o Dragon-san vai querer nos ajudar a encotrar o Luffy” Comentou o loiro com uma risada “Eles nunca se encontraram pessoalmente. Quero ver como o Luffy vai reagir”

“Eh? Como assim?”

“Você não vai acreditar, mas o Dragon-san é o pai do Luffy. Ele me contou a pouco tempo atrás e eu quase tive um treco” Revelou com mais de um de seus sorrisos com todos os dentes no rosto. Quando viu que seu irmão ficou branco seu sorriso desapareceu e começou a se preocupar “Ace? Tá tudo bem?”

“Você tá falando daquele cara com a tatuagem no rosto, né?”

“Isso”

“Aquele cara que parece que nunca deu um sorriso na vida? Aquele com uma cara de mau?”

“Esse mesmo”

“.... O Luffy deve ter puxado a mãe… E ela deve ter sido linda”

“Eu pensei a mesma coisa”

—----/----

O sol estava começando a nascer quando o plano foi posto em ação. As bombas iam  começar a explodir dali uma hora e tinham que ser rápidos e discretos se quisessem que o mínimo de pessoas ficassem feridos. Ace e Sabo tinham sidos colocados no grupo da parte mais próxima da batalha. De acordo com as informações que tinham era a última bomba que ia ser detonada, caso nenhuma outra funcionasse. TInham alguns minutos de vantagem em relação às outras, mas se aquela bomba explodisse ia afetar grande parte do exército do rei, se não incapacitar todo ele

Os grupos eram pequenos para não chamar atenção e o grupo dos meninos era composto de cinco pessoas incluindo os dois. Ace não estava muito feliz com isso, pois queria ir sozinho com Sabo, e encarava o grupo com desconfiança

“O plano não era ser discreto?” Perguntou Ace olhando para outros três com uma sobrancelha erguida de descrença. Estavam parados em um beco da cidade olhando o movimento de soldados e esperando até que o menino loiro terminasse de examinar o prédio

“A princípio sim… Porque?” Falou Sabo olhando pelo binóculos procurando vigias no prédio que precisavam entrar

“Eu não chamo esses dois de discretos!” Exclamou apontando para Ivankov e Inazuma, que olharam de volta para o menino com uma cara nem um pouco ofendida. Pareciam estar achando graça da situação

“Você é um menino muito arisco, não é mesmo, Ace-boy?” Perguntou a Okama com um sorriso gigante característico no rosto

“Não me chama assim!” Falou meio alto e foi repreendido por seu irmão, que fez um som para que ele diminuísse a voz “Você é gigante e você…” Se virou para Inazuma “É de duas cores e está segurando esse copo a horas! O exército revolucionário não devia ser mais normal tipo ele?” Falou apontando para o último revolucionário, um homem comum com uma cartola, que não saber que aquilo era uma ofensa ou um elogio

Sabo ignorou a briga que estava acontecendo e se focou mais no lugar que tinham que entrar. Viu algumas pessoas olhando pela janela enquanto seguravam armas. Estavam vestidos como soldados do rei, mas Sabo viu alguns piratas passando de relance pela janela. O disfarce estava funcionando, porque ninguém prestava atenção naquele prédio por mais de alguns segundos depois que viam “soldados aliados” nele. Um plano estava se formando na sua mente, mas alguns obstáculos estavam em seu caminho para que pudesse colocar em prática… Se Luffy estivesse aqui…

Um grito atrás de si interrompeu seus pensamentos a tempo de ver Ivankov ficar suas unhas com hormônios em seu irmão. Sabo olhou horrorizado quando viu Ace se enrolar como uma bola e começar a tremer no chão sem para

“O que você tá fazendo com ele? Ace? Ace? Você tá bem?” Perguntou Sabo preocupado, mas Ace só tremia e murmurava algo baixo demais para que o loiro entendesse “O que fez com ele?”

“Ace-boy precisa aprender um pouco de educação e ser mais suave com as pessoas” Falou a Okama com uma risada “Só um presentinho para ela aprender que não se pode ser mal educada com todo mundo”

“Ela? O que?” Começou a perguntar e se virou para o irmão a tempo de ver ele terminando de abotoar a camisa que sempre usava aberta e se virando para eles com uma cara cheia de fúria

“ME FAZ VOLTAR AO NORMAL, S…” Sabo colocou a mão por cima da boca de Ace antes que ele pudesse chamar mais atenção. Seus olhos se arregalaram ao ver o estado de seu… sua… irmã?

O cabelo de Ace tinha crescido bastante, chegando até o meio das costas. O rosto estava bem mais feminino e fino, os olhos estavam maiores e os lábios mais cheios. Sua estatura tinha diminuído um pouco, antes ele era alguns centímetros mais alto que Sabo, agora parecia alguns centímetros menor. Talvez a maior mudança no fim foi o novo volume que tinha surgido em seu peito e que Ace parecia extremamente incomodado com eles

“E-Eu tenho… Eu tenho…ARGH” Não conseguia falar, as bochechas estavam totalmente vermelhas de pura vergonha. Fumaça saia sem parar de suas orelhas e ele olhava de um lado para o outro sem saber o que fazer “Me transforma de volta!” Exigiu para Ivankov, que só deu os ombros

“Não até você provar que merece, Ace-girl! Até lá você vai ficar assim” Riu enquanto escondia as unhas de hormônio. Ace abriu a boca para reclamar, mas foi impedida por Sabo, que estava tentando esconder um sorriso e falhando miseravelmente

“Não temos tempo para isso agora. Temos que entrar no prédio sem ser vistos, senão eles vão ativar a bomba antes do tempo” Sabo resmungou olhando de novo para o prédio. Aparentemente os gritos de Ace não tinham atraído a atenção de ninguém “Eu e Ace vamos na frente, já que somo menores e não vamos chamar tanta atenção. Vamos lidar com os vigias e então vamos mandar um sinal para que vocês entrem. A bomba deve estar no subsolo” Terminou de falar e puxou Ace consigo para dar a volta no prédio

“Espera, Sabo! Ele...Ela… Precisa me transformar de volta!”

“Agora não! Depois você pode lidar com isso… Irmãzinha” Terminou a frase soltando uma risada que estava segurando. Isso deixou Ace ainda mais… nervosa

“EU VOU TE MATAR SEU DESGRAÇADO! VOCÊ VAI RIR DE MIM NO INFERNO!”

—---/----

Robin estava encarando o poneglyph por algumas horas já. Traduzia lentamente os símbolos que estavam na pedra e anotava em um caderno que sempre levava consigo. Era um poneglyph que contava uma pequena parte do século perdido, sobre uma parte da guerra que aconteceu no West Blue. A maioria das pessoas iria achar aquela informação irrelevante, mas Robin sabia que cada parte da história tinha a sua importância. Quando tivesse algum tempo de sobra ia começar a estudar mais fundo essa nova tradução, relacionar com os outros poneglyphs que já tinha encontrado e começar a procurar o próximo. Tinha que continuar até que soubesse a verdade

Fechou o caderno depois de checar pela terceira vez se tinha copiado e traduzido tudo certo. Não teria como voltar lá caso tivesse cometido algum erro, então todo cuidado era pouco. Colocou seu precioso trabalho em sua bolsa e levantou, olhando em volta e procurando pelo menino de chapéu de palha

Luffy estava em um dos cantos da clareira. Tinha encontrado uma toca de coelhos e tentava atrair os pequenos animais para fora com algumas ervas que tinha achado ali perto. Por um segundo a mulher achou que ele estava tentando pegar eles para comer, mas assim que um pequeno animal branco com várias manchas marrons saiu pulando de fora da toca para comer as ervas o menino começou a fazer carinho entre suas orelhas caídas

“Que fofinho! Parece o chapéu do Torao! Vou te chamar de Torao!” Riu Luffy enquanto terminava de dar a comida para o coelho, que ainda parecia com fome e começou a cheirar o menino atrás de mais “Robin! Vem ver!” Chamou a mulher que olhava para a cena com uma sorriso no rosto

“Parece que tem mais de onde esse veio, Luffy-kun” Falou Robin quando viu o menino sendo cercado por pequenos roedores que saiam da toca atrás de alimento. Era realmente fofo ver os animais escalarem o menino que ria ao sentir cócegas. Alguns coelhos morderam ele, mas o menino não sentia nada e só ria mais ainda “Está na hora de ir, Luffy-kun. Diga adeus para Torao e seus amigos”

“AAAhhhhh” Reclamou o menino, mas levantou, fazendo com que todos os coelhos que estavam em cima dele caírem. “Tchau Torao! Cuide de seus irmãos!” Fez um último carinho na cabeça do coelho manchado antes de seguir Robin para fora da clareira “Como você sabe que essa é a direção certa?”

“Pela posição do sol” Explicou

“...Mas não devíamos ir para o sul, onde é mais quente?”

“Você já teve alguma aula de navegação na sua vida, Luffy-kun?”

“Já, mas eu fujo delas! São chatas!”

“Eu imaginei” Deu mais uma risadinha enquanto seguiam pela floresta. Passou o tempo explicando para o menino o porquê de temperatura não ser um bom fator para se localizar numa floresta


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Notas finais do capítulo

Eu queria escrever uma briga decente para o Ace e o Sabo, mas acho que estou num momento muito calmo da minha vida… Acho que não brigo com ninguém a uns bons meses, a inspiração não veio como eu queria e ficou uma briga merda… desculpa
Vocês não tem noção como esse capítulo foi difícil para mim escrever. Eu estou trabalhando nele a pelo menos um mês… Antes eu sempre estava com uns 3 capítulos prontos, mas esse me travo de tal maneira que eu não conseguia escrever. Ficava na frente do computador por 3 horas e saia no máximo um parágrafo meia boca. As vezes eu tinha uma ideia boa, que nem a parte de transformar o Ace em garota, e escrevia bem, mas logo eu travava de novo….Agora entendo pq tem autor que larga a fanfic na metade. Tanto que eu não abri o Spirit e o Nyah desde que postei o capítulo anterior por causa da agonia que me dava pensar que eu não ia conseguir terminar isso…
Acho que vou definir um calendário para essa fic, toda terça e sábado tem capítulo novo, que tal? Eu trabalho melhor quando tenho um prazo fixo, então vou testar isso para os próximos capítulos…
Comentários e críticas são mais do que bem-vindos! Um dia vou imprimir todos eles e vou pendurar eles na minha parede de tão lindos que são S2



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