Sogans escrita por Malkyum


Capítulo 5
Primeira vez




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— Rafa, tem certeza que está tudo bem em deixar a Pâmela sozinha contra aquele cara? – Disse André ao finalmente chegar ao térreo. – Digo, sei que ela é habilidosa e tudo mais, mas não sabemos o quanto aquele cara é perigoso.

— Entendo sua preocupação, mas a nossa prioridade é capturar o Pietro, e além do mais, todos aqui sabemos do que a Pam é capaz. Mesmo sendo humana, não duvido que ela possa derrotar nós três juntos. Confie mais nela.

Rafael já estava na saída do beco, que dava na rua em que Pietro e Marcos haviam passado.

— É, André. Como você é o mais novo de nós na academia, não sabe do que a Panzinha é capaz. – Micheli estava descendo o último lance da escada de incêndio externa. – Ela já derrubou o nosso chefinho ali sem muitas dificuldades.

— Bem, eu facilitei já que era só treinamento de combate. – Retrucou Rafa, meio incomodado ao ser lembrado disso.

— Se vocês estão dizendo... Só estou incomodado. Ele tinha todos nós ali na palma da mão, nem sequer percebemos sua presença, então poderia ter nos matado rapidamente, mas nos deixou sair. Qual a dele?

— Não temos tempo para pensar nisso. Apenas confie nela.

— Relaxa, André, sua querida vai ficar bem. – Micheli riu.

— Querida é o cacete.  Vamos logo atrás do Pietro. – André ficou um pouco vermelho.

— Certo, certo. Rafael dois. Já estou rastreando ele.

Os três agora estavam fora do beco. A rua era iluminada pelo local da festa, que agora só emanava o som das músicas, dando a impressão que a festa estava animada. Todos olharam para o local, imaginando o que Pietro teria feito, e também nas mortes.

— Como esse cara pôde? – André disse rangendo os dentes e chutando o chão.

— Acalma a periquita que já encontrei os dois. Se a gente for correndo em linha reta nessa direção, você pode dar uma surra nele em menos 10 minutos.

— Então vamos! – Rafael ordenou, e assim os três saíram correndo para onde Micheli apontou.

— Até que enfim! Esse cara vai desejar não ter saído da cama hoje. – André disse, estalando os dedos.

— Mas sério, a AODP mandou o Pietro atrás de um só cara? O que tem de tão esse especial nesse Marcos? – Questionou Micheli.

— Isso a gente descobre depois. Espero que a gente chegue antes que algo aconteça. – Rafael disse com um ar de ansiedade em seu rosto.

— Ahm, Rafa? Acho melhor a gente apertar o passo, pois algo acabou de acontecer. Marcos acertou um soco em cheio no rosto de Pietro, e que soco bonito.

— Droga... Vamos!

Então os três aceleraram a corrida, para evitar que algo pior acontecesse.

 

 

— Parado aí! – Avisou Pietro, já se levantando. – Acho melhor você se acalmar, meu bem. Não quero machucar seu rosto lindo. Ao menos me deixe terminar de falar.

— Não quero ouvir o que você tem a dizer! – Os punhos de Marcos começavam a irradiar um brilho cada vez mais intenso e um calor mais sufocante.

Marcos partiu para cima de Pietro, mas antes que pudesse chegar muito perto, algo o atingiu em cheio na boca de seu estômago, fazendo com que ele ficasse de joelhos e a energia acumulada em suas mãos se dissipasse, devido a dor.

— Mas que merda foi... – Marcos tentou falar, mas a dor era demais.

— Eu te avisei, não foi? Só atirei um pedaço de bola de gelo em você, e posso fazer mais. Então não resista, pois isso doeu mais em mim do que em você. – Mas a expressão em seu rosto dizia o contrário. Pietro aparentava estar sentindo prazer. Começou a andar até ficar perto de Marcos – Agora, por favor, me escute.

— Seu sádico... Acha que isso me machucou? Os socos dos malditos do orfanato eram piores. Haha. – Então se esforçando para vencer a dor, conseguiu reunir energia em sua mão direita, e rapidamente ergueu-se, acertando Pietro com um gancho de direita, derrubando-o novamente. Porém, devido a dor, cambaleou para trás, se mantando em pé com alguma dificuldade. – Eu vou acabar contigo!

— Hahahahaha! Esplêndido! Não esperava menos do meu amor. – Pietro se levantou rapidamente. – Quero que você seja agressivo assim em quatro paredes, ok? Mas agora é hora da punição. Pedi para que parasse com isso e me escutasse. Aqui vou eu.

Antes que Marcos pudesse sequer pensar em fazer algo, Pietro avançou numa velocidade absurda, e o atingiu com um soco em cheio no nariz, fazendo Marcos cair, e antes que tivesse chance de levantar, Pietro já estava com o pé direito em cima de seu peito, o impedindo de levantar.

— Agora é minha vez de ficar por cima. Já que é sua primeira vez, vou com calma.

— Seu doente... – Marcos começou a concentrar mais energia, mas foi impedido por um pedaço de gelo pontiagudo que perfurou sua mão esquerda, fazendo-o gemer de dor.

— Mas que belo gemido você tem. Poderia me mostrar um pouco mais? – E então perfurou a outra mão de Marcos, que dessa vez acabou gritando. – Silêncio, querido. Não quero que ninguém ouça e atrapalhe nosso momento íntimo. Vamos continuar com a punição?

— Miserável... – Marcos mal conseguiu pronunciar essa única palavra.

Pietro sentou na cintura de Marcos, e rasgou sua camiseta preta sem estampa que estava usando, expondo seu peito e abdômen.

— Mas que belo corpinho. – Disse enquanto deslizava os dedos sobre o corpo agora exposto de Marcos.

Na outra mão, garras afiadas de gelo começaram a se formar, dedo por dedo, até toda sua mão estar envolta pelo gelo. Com essas garras, começou a cortar o peitoral de Marcos, que alternava entre gemidos e gritos a cada corte feito.

— Isso, continue! Pode gemer mais alto se quiser. – Disse dessa vez fincando um pouco uma garra em seu abdômen, fazendo com que Marcos desmaiasse de tanta dor. – Poxa vida, mas já? Bem, foi a primeira vez dele, então tudo bem ter durado dez minutinhos.

Pietro se levantou, e parou para admirar o corpo caído no chão, que possuía vários arranhões e dois furos em suas mãos.

— Mas que bela vista... Bem, hora de te levar pra cama.

No momento em que Pietro foi agachar para pegar o corpo de Marcos, uma voz o fez parar.

— Sai de perto dele, seu maníaco! – A voz era de Rafael, que estava correndo na direção de Pietro.

— Que droga. – Pietro praguejou.

Pietro rapidamente ergueu uma barreira de gelo, que foi facilmente destruída por uma voadora que Rafael desferiu, a atravessando e atingindo o alvo, fazendo-o voar até o fim do beco e se chocar contra a parede.

— Quanto tempo, Pietro. – Rafael disse ao pousar após acertar a voadora.


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