Glory and Gore escrita por MB, lulyluigia


Capítulo 2
A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Voltamos pra mais um capítulo! Esperamos que gostem
(adicionamos mais um mebro à família Black, só para avisar e não ficar confuso kk)
Boa leitura :)



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A estação estava lotada naquele dia, 1º de setembro. Bruxos e bruxas retornavam a Hogwarts. Sangue-puros, mestiços, nascidos trouxas. Os novos alunos andavam de um lado para o outro, ansiosos pelo primeiro ano na escola. Alguns conversavam sobre as casas que entrariam e discutiam sobre suas famílias. Mas não Éboni. A garota nascida trouxa estava apavorada, encolhida numa parede mais afastada possível.

Era seu primeiro ano e estava totalmente confusa, que não era um estado novo para ela. Ficara confusa quando um homem alto e estranho batera na porta de seu apartamento falando que ela era uma bruxa, após sua mãe jogar milhares de cartas estranhas no lixo. A mãe de Éboni surtou e tentou chamar a polícia, porém o homem a impediu e explicou tudo.

Foi difícil aceitar tudo, e mais difícil ainda conseguir o dinheiro necessário para comprar o material da garota, mas lá estava ela: Plataforma 9 ¾, trem das 11hrs. Eram 10:30 e o tempo passava anormalmente devagar.

Éboni se assustou quando alguém a cutucou, e viu uma menina ruiva de olhos verdes, que parecia tão confusa quanto ela.

— Oi... – a ruiva murmurou. – Desculpe atrapalhar, mas eu te vi sozinha aqui e imaginei que fosse igual a mim.

— Igual a você...?

— Pais não bruxos. – a ruiva sorriu timidamente para a garota a sua frente, que colocou os cabelos loiros, compridos e um pouco ondulados para trás da orelha.

— Ah! Sim, meus pais não são bruxos também.

— Sabia! Sou Lily.

— Éboni, prazer. – ela sorriu tímida. – Hm... Então, você sabe o que são essas casas que todo mundo está falando?

— Grifinória, Corvinal, Lufa-Lufa e Sonserina, e pelo que fiquei sabendo... – Lily parou de falar quando um garoto que deveria estar no 4º ou 5º ano se aproximou das duas. Tinha cabelos pretos e bagunçados e esbanjava um ar de superioridade.

— Mas sangues-ruim como vocês nunca serão escolhidas para a Sonserina, é cla... – ele começou a falar, mas foi a vez dele de ser interrompido.

— Dá um tempo, Black! – uma garota da idade das outras duas empurrou o menino.

— Arcturo! – uma mulher com os mesmos cabelos negros e ondulados do rapaz o chamou perto da entrada da plataforma.

— Vai ter volta, Draper. – ele disse entre os dentes para a garota que o empurrara.

— Mal posso esperar! – ela gritou, já que o garoto estava distante delas. A menina mostrou a língua para ele e deu as costas, olhando para as outras garotas. – Boa sorte com eles. Os Black se acham melhores que os outros porque são de uma família “sangue-puro”. – a menina fez aspas com os dedos e revirou os olhos. – Têm nojo de nascidos trouxas.

Lily olhou com raiva para a garota e abriu a boca para respondê-la quando ela começou a falar novamente.

— Trouxa é como chamamos quem não é bruxo. Vocês são nascidas trouxas, não é? – ela falava rapidamente. – Pelo jeito que o Black mais velho tratou vocês, posso assumir que sim. Ah, eu sou Edwina, mas não me chamem assim. Winny está ótimo. Prazer em conhecer vocês!

Éboni e Lily se olharam, surpresas e um pouco intimidadas com o jeito animado de Winny.

— Sou Lily. E essa é a Éboni. – a ruiva sorriu.

— Sabia que seu nome significa “ser das trevas e da escuridão” em latim? Ou celta, não me lembro! – Winny se virou para Éboni, despejando informações como se a conhecesse há anos.

— Como você sabe...? – Éboni perguntou tímida.

— Meus pais têm muitos livros em casa. – Winny sorriu. – Tipo, muitos mesmo. Eles eram da Corvinal, acho que explica.

— Ah, sim. – Lily riu pela animação da garota.

As três ficaram conversando sobre como receberam a carta e a reação dos pais de Lily e da mãe de Éboni. Se assustaram quando ouviram o apito do trem. Lily olhou para o seu relógio de pulso e arregalou os olhos.

— São 10:58! – gritou e agarrou as mãos das duas garotas, saindo correndo em direção ao trem.

Conseguiram entrar por pouco, mas conseguiram. Se apoiaram na janela enquanto o trem tomava velocidade, rindo ofegantes.

— Deus! – Lily exclamou, ajeitando os cabelos ruivos. – Essa foi por pouco!

As duas riram com ela e começaram a ir atrás de uma cabine. Winny ia a frente – a pedido das outras, que não conheciam nada do mundo bruxo – e ficaram por quase vinte minutos tentando achar uma cabine vazia.

Edwina parou a frente de uma e suspirou, decepcionada.

— Gente, desisto! Não tem nenhuma cabine vazia. – Lily e Éboni estavam mais a frente dela naquele momento e perceberam que era verdade.

— Tem esse aqui que tem três meninos. – Éboni sugeriu e levantou as sobrancelhas para Winny, que assentiu, andando até elas.

Edwina foi a última a entrar e os garotos que estavam antes delas pararam de falar no momento em que as viram. Lily se sentava a frente de um garoto de óculos redondos e cabelos arrepiados quando Winny revirou os olhos e fechou a porta da cabine.

— Black... – ela suspirou e acenou com a cabeça para seu vizinho, que tinha os cabelos mais longos do que da noite que visitou Winny.

— Edwina. – ele a provocou, sabendo como ela odiava ser chamada pelo nome inteiro. Sirius a olhava com um sorriso maldoso.

— Vá se ferrar! – ela se sentou à frente dele, entre Lily e Éboni.

— Uau! – Sirius riu. – Para quem mostrou a língua para o meu irmão há menos de vinte minutos, até que você amadureceu bastante.

— Você queria o que? Que eu chutasse as bolas dele?

— Não seria uma má ideia... – Sirius divagou, sorrindo.

Um menino sentado na janela, a frente de Éboni, reprimiu o riso no mesmo momento que ela. Seu rosto estava cheio de cicatrizes. Eles se olharam e sorriam, corando levemente.

— Vocês são todas nascidas bruxas? – o garoto de óculos perguntou.

— Não. – Lily respondeu e sorriu para a loira. – Éboni e eu somos nascidas trouxas.

— Ah, legal! – o garoto sorriu. – Sou James, esses são Sirius e Remus. – ele apontou para si mesmo, e em seguida para os outros garotos ao seu lado.

— Prazer. – Remus sorriu para as meninas. Ele não esperava que cultivasse uma amizade com aquelas pessoas, já que todos que ele conhecida se afastavam pelo seu jeito tímido e segredos.

Lily franziu as sobrancelhas e encarou Sirius.

— Se você é um Black, por que não está correndo para fora da cabine com nojo de nós? – perguntou finalmente.

— Ah... – ele olhou para os pés, como se tivesse envergonhado de si mesmo. – Não me importo com isso. Odeio o que a minha família faz... Não sou igual a eles, não se preocupem.

— Não fique todo sentimental, Black! – Winny o provocou, arrancando uma risada de Sirius, que começou a fingir um choro logo em seguida.

— Eu não aguento mais esse mundo! Deveria me jogar desse trem em movimento e acabar com meu sofrimento, não acham? Oh...!

As crianças gargalhavam com Sirius, que havia se ajoelhado no chão.

— Idiota!

Sirius olhou para Lily como se fosse começar a chorar novamente e caiu da gargalhada com os outros.

Algumas horas depois, os meninos saíram da cabine para colocar as vestes da escola e dar as meninas um pouco de privacidade. Haviam conversado durante a viagem inteira e era como se já se conhecessem, e esse dia fosse apenas um reencontro. Remus e Éboni não falaram muito, apenas riam e faziam comentários sobre como James era idiota com as piadas sem graça.

Quando finalmente o trem começou a diminuir a velocidade, James e Sirius se jogaram em cima de Remus – que estava sentado ao lado da janela – para conseguir ver a vista. Ficaram dessa maneira até o trem parar totalmente na estação. Remus suspirou aliviado quando os dois garotos saíram da cabine e Éboni apenas riu com a ação dele. As crianças saíram correndo do vagão, seguindo a voz que gritava:

— Alunos do primeiro ano, sigam-me! Alunos do primeiro ano...!

As garotas foram até o homem que mais parecia um gigante, com os cabelos e barbas emaranhadas, e sorriram entre si, ansiosas pelo que aconteceria nos próximos anos.

 

Os alunos do primeiro ano entraram no grande salão. Bruxos e bruxas mais velhos observavam de suas mesas. Alguns esperavam impacientes o jantar, enquanto outros acenavam para as crianças. A maioria apostava para qual casa cada novato iria. Assim que todos entraram e ficaram entre duas mesas, uma em que os alunos tinham o uniforme com detalhes vermelhos e outra com os detalhes amarelos, uma mulher aparentando uns 40 e poucos anos entrou segurando um banquinho de madeira e um grande chapéu bruxo, velho e empoeirado.

A mulher limpou a garganta e desenrolou um pergaminho.

— Wesley, Arthur. – um menino ruivo e alto para sua idade antou até a professora e sentou-se no banco. O chapéu mal encostou na cabeça dele quando gritou:

— Grifinória! – a mesa em que os alunos tinham detalhes vermelhos em seus uniformes comemorou, aplaudindo e gritando, animados. Weasley saltou do banco, feliz, e se dirigiu até a mesa, sorrindo para todos que o parabenizavam.

Após alguns nomes, a Profº McGonagall chamou um nome conhecido pelos garotos.

— Potter, James.

Sirius sorriu para o garoto e o empurrou para frente. James esbarrou em Lily, que o fuzilou com o olhar. Ele se sentou e o chapéu foi colocado em sua cabeça, quase cobrindo seu rosto inteiro de tão grande.

— Hm... – pensou por um momento e depois soltou uma risada desdenhosa. – Grifinória!

O Potter sorriu e bateu nas costas de Sirius e Remus quando passou por eles.

— Pettigrew, Peter. – A professora voltou a chamar os nomes. O chapéu pensou por muito tempo antes de gritar “Grifinória”.

Ao ouvir o nome de Remus Lupin, Bonnie sorriu para ele, encorajando-o. O menino respirou fundo e se sentou no banco.

— Uma mente curiosa, estou tentado a mandá-lo para Lufa-Lufa, porém... Não... Grifinória! – Lupin sorriu e andou rapidamente até James, que o abraçou, feliz.

Muitas crianças foram chamadas e quando um garoto, Lucio Malfoy, foi escolhido para Sonserina, Sirius viu o olhar de seu irmão mais velho, Arcturo, sob ele. Arcturo guardava um lugar vazio ao seu lado, esperando o irmão. Ele fora obrigado pela mãe a fazer isso, era óbvio, pois sua expressão era extremamente irritada. Sirius balançou a cabeça, pensando que a pressão não o influenciaria.

— Evans, Lily! – a ruiva foi até o banco, sorrindo para Winny e Bonnie.

 - Grifinória! – os meninos aplaudiram e gritaram animados para Lily. A ruiva sorriu animada e se sentou ao lado de James.

— Draper, Edwina. – a Profª McGonagall chamou e Winny segurou a vontade de revirar os olhos ao ouvir seu primeiro nome. James, Lily e Remus prenderam a respiração enquanto a garota se dirigia até o banco. O chapéu ficou pensando por bons segundos.  

— Outra Draper... – murmurou e os quatro garotos continuavam tensos, com os dedos cruzados. – Mas é claro que Corvi... Bom, essa é diferente! Vamos, Grifinória!

Os alunos da Corvinal começavam a aplaudir quando o chapéu se interrompeu e eles ficaram surpresos. A mesa da Grifinória explodiu em aplausos e gritos de James, e alguns mais baixos de Remus e Lily.

Winny olhou animada para eles e antes de se sentar ao lado de Remus, a garota sorriu animada para Bonnie e Sirius. Finalmente foi a vez do Black do meio.

— Black, Sirius. – a professora o chamou e Six sentiu o olhar de Arcturo queimando suas costas enquanto ele se dirigia até o banco. Ele respirou fundo, sabendo para onde iria. Assim como todos os Black...

— Ah, um Black! Esse é fácil! Sonse... Não, esperem! Esse é diferente, também. – o chapéu comentou, relacionando-o com Edwina Draper. – Seus pensamos, sentimentos, personalidade... Esse Black está com defeito! –  o chapéu riu de sua própria “piada” e Sirius se controlou para não arrancá-lo de sua cabeça e começar a chutar o objeto. – Grifinória!

Sirius arregalou os olhos. Estava certo de que iria para a Sonserina. Ao olhar para seu irmão, viu o óbvio: Arcturo o encarava com raiva. Sirius se sentiu bem, porém pensou em como sua mãe reagiria. O odiaria ainda mais, porém ele ficou feliz com isso! Sirius riu e correu até os amigos, se sentando ao lado de Winny, que o abraçou, animada.

— Agora só a Bonnie! – ela murmurou, ansiosa.

— Archeron, Éboni. – Bonnie era uma das últimas crianças e se sentiu aliviada por não ser a última de fato.

O chapéu não chegou a encostar na cabeça da menina quando gritou:

— Lufa-Lufa.

 A mesa de sua casa aplaudiu animada, enquanto as crianças na mesa da Grifinória, soltaram um “aah...”, desapontados. Bonnie se sentiu feliz com a decisão do chapéu. Ele não cometeria erros, não é? Sorrindo para os amigos, ela saltitou até a mesa lufana e se sentou ao lado de um garoto do segundo ano, que se apresentou como Amos Diggory. Todos jantaram em suas respectivas mesas e seguiram os monitores para seus salões comunais. Éboni se preocupava em ter que falar com outras pessoas, agora que os únicos que ela conhecia estavam na Grifinória, porém não sabia que eles pensavam em como poderiam se ver mais do que apenas nos jantares e cafés da manhã.

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
N sejam leitores fantasmas kkk
Críticas construtivas são bem vindas :)



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