Obscuro escrita por Helena Lourenço


Capítulo 9
Capitulo VIII - Assassinato


Notas iniciais do capítulo

Capitulo ta curtinho, mas tem uma revelação...



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Capitulo VIII
     Assassinato

 

**Alec, 1876**

 

 

  — Olha só o que eu encontrei — Caleb gritou para mim, sua voz vinha apressada e faminta.

  Caminhei por entre os prédios de Vancouver, as mãos nos bolsos da capa preta que era minha vestimenta habitual. Caleb estava agachado sobre o que parecia ser um corpo de uma garota. Viva. Eu podia ouvir o coração dela batendo, enquanto meu amigo tapava sua boca e segurava-a, que se debatia.

  Abri um sorriso quando entendi a situação.

— Com fome? — Caleb abriu um sorriso malicioso quando me agachei junto a ele. A garota olhou de meu amigo para mim, seus olhos castanhos implorando por misericórdia. O sorriso de Caleb se espelhou no meu.

 — Sempre.

  Dividimos a garota, e em poucos segundos já tínhamos drenado todo o sangue daquela pequena humana. Caleb queimou o corpo logo em seguida, enquanto eu caminhava pelas ruas vazias de Vancouver. Era fevereiro, não tinha muitos turistas naquela época do ano. Nós também não podíamos atacar os moradores, algum tipo de trato que os Meliorn – o clã de Caleb – tinham com o Prefeito.

 Aro nem sonhava que esse trato existia; Graças aos Céus, séria chato ver o clã Meliorn cair perante os Volturi.

  Caleb e eu nos separamos, ele cobriria a zona Sul da cidade, eu a Norte, em busca de mais comida. Estava faminto, o sangue daquela garota não fora o suficiente para saciar minha sede de trezentos anos. Caleb, milagrosamente, era mais controlado que eu, apesar de ter apenas vinte anos.

  Dobrei a esquina, onde eu pude ver que um aglomerado de adolescentes. Dez pessoas, cinco meninas, cinco meninos. Pensei que estivessem em casais, mais ao olhar para uma moça de cabelos ruivos. Ela parecia dispersa ao grupo, apesar de um rapaz estar constantemente atormentando-a.

  E eu tinha escolhido minha próxima vitima.

Continuei ali, observando-os de longe. Cerca de dez minutos depois, ela olhou em minha direção. Sorri para ela, que timidamente sorriu de volta. Linda, sem duvida. Mas seu sangue parecia ter se agitado mais... Eu estava faminto.

 Indiquei que ela viesse até mim, e ela o fez.

Caminhei para um beco, um encontro de prédios. Ela sorriu para mim quando apareci dentro da escuridão.

— Qual seu nome? — ela perguntou, aproximando-se perigosamente de mim. Ela tinha um cheiro de lavanda.

 Eu odiava lavanda.

— Bem, não queria ser um estraga prazeres, mas isso é algo que você não terá a chance de descobrir.

Abri um sorriso quando os olhos verdes da menina se arregalaram. Ela tentou correr, mas no mesmo momento eu estava na sua frente, bloqueando o caminho. Usei minha névoa antes que ela pudesse gritar.

  Seu sangue era doce, e minha sede foi facilmente saciada.

Senti a presença de Caleb quando a última gota de sangue da menina tinha ultrapassado minha garganta. Caleb tinha um leve sorriso nos lábios, que se desfez assim que olhou para o corpo da menina.

Então eu fui jogado contra uma parede.

Bloqueei o golpe de Caleb quando seu punho voou em minha direção.

 — Ficou maluco? — rosnei, quando ele tentou me acertar outra vez — Caleb!

— Não, Alec, você ficou maluco — seus olhos vermelhos transmitiam tamanha fúria que eu vampiro normal teria corrido. Mas eu era um Volturi, era invencível. — Aquela era minha irmã, seu pedaço de lixo. E eu juro para você, Alec. Eu vou vingá-la.

Então desapareceu.

Renesmee entrou no Chalé com Anne abraçada a ela.

  Entrei logo em seguida, fechando a porta atrás de mim. Caleb tinha entrado aqui, de novo, e matado três guardas sem que ninguém percebesse. Aro estava furioso quando deixei o local da carnificina.  

 Minha filha estava bem abalada, mas não tinha chorado. Eu sabia que ela não gostava tanto assim de Peter para chorar por ele, mas ainda assim... Ela parecia que desabaria a qualquer momento.

 Acomodei-a no meu peito quando Renesmee teve que ir buscar um pouco de água para ela. Anne tremia.

— Peter era meu melhor amigo, antes de qualquer coisa — ela murmurou com seu rosto enterrado no meu peito. Acariciei os cabelos dela... Eu nunca me senti tão inútil. — Eu ainda acho que ele vai entrar pela aquela porta e dizer que iríamos caçar como tínhamos combinado ontem.

Então ela começou a chorar.

  Apertei-a com um pouco mais de força, beijando o topo de cabeça dela. Suas mãos agarram-se ao meu uniforme com força. Renesmee voltou com a água em pouco tempo, e minha menina bebeu toda ela. Sua mão levemente tremula. Um humano certamente não perceberia. Renesmee segurou a mão livre dela, acariciando também.

 — Eu... Não entendo... — ela suspirou — Porque o Peter... Porque tudo isso está acontecendo?

Apertei seu ombro, em compreensão.

— Os Volturi são uma ameaça para aqueles que querem caçar sem pudor. — respondi — Existem diversos inimigos, muitos vampiros dariam a vida para nos ver cair. Caleb só é mais... Determinado.

Desviei meu olhar para a mesinha de centro.

— Alec? — Renesmee chamou-se, certamente captando meu olhar.

Vamos conversar assim que Anne se acalmar. Na verdade, vou tentar fazê-la dormir.

  Assenti, para ela. Renesmee levantou e puxou Anne consigo, entrando no quarto da mesma em seguida. Uma batida na porta soou logo em seguida e eu deixei que Edward entrasse.

— Onde está Renesmee?

Como se ele não soubesse...

— No quarto, com Anne. Tentando fazê-la dormir. — respondi, voltando para o interior do Chalé — Sente-se.

E ele o fez.

  Então esperei, mas Edward nada disse, apenas ficou encarando uma foto minha com Anne, quando ela ainda era bem pequena. Eu estava sentado na grama do jardim do Castelo, Anne entre minhas pernas puxava meu cordão Volturi e gargalhava enquanto eu fazia cócegas nela.

Era minha foto favorita.

— Você parece amar muito Anne — comentou — Nunca pensei que diria isso em relação a você.

Dei um sorriso mínimo.

— Pessoas mudam.

Ele assentiu.

Renesmee voltou logo em seguida, deu um beijo no pai e então se sentou ao meu lado, segurando minha mão.

Ambos olharam para mim, e eu arqueei minha sobrancelha  esquerda.

— O quê?

— Eu sei que você conhece Caleb Meliorn, então desembucha.

— Renesmee me mandou uma mensagem telepática, já que eu tinha comentado sobre o clã Meliorn uma vez. Ela dizia que poderíamos juntar informações...

— Entendi. — cortei-o — Eu conheci Caleb em 1872, ele era um recém criado, e criamos uma amizade instantânea. Ele era o tipo arrogante, e vocês sabem a fama que eu tenho — Renesmee revirou os olhos —, mas foi em 1876 que nossa amizade foi cortada de vez, e eu não o vi até agora.

— Porque a amizade de vocês acabou?

 Segurei a mão de Renesmee com mais força, Edward a minha frente já sabia o que eu tinha feito, mesmo inconsciente...

— Eu matei a irmã humana dele.


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Notas finais do capítulo

:)



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