Dimensão 13, 08 horas — Castelo de Solaria.
 Naquela manha quando Rubi acordou a mesma esta com uma dor de cabeça terrível, ela observa ao redor e de certa forma as coisas pareciam muito alheias a sua memória.
 Colocando seus pés no frio chão de mármore ela caminha até a porta e olha o lado de fora onde venta muito, o soldado que está de escolta na porta dela olha agora para a mesma.
— Esta tudo bem princesa? - pergunta ele de maneira calma.
— Sim - responde ela - Onde esta a Perola?
— Deve subir em quinze minutos - diz ele.
— Certo, obrigada - fala Rubi antes de fechar a porta novamente.
 A princesa se volta para dentro e observa o novamente aquele comôdo indo direto para banho, minutos mais tarde Perola esta penteando as longas madeixas da cor de caramelo dela.
— A senhorita parece pensativa, aconteceu algo? - pergunta.
— Não sei bem, minha cabeça doí um pouco - responde ela.
— Posso buscar um remédio - diz Perola, terminando o penteado.
— Fico agradecida - fala Rubi.
— Me espere, volto logo - a mesma diz se afastando.
 Depois de tomar um remédio estranho Rubi sai do quarto para andar um pouco ventava bastante hoje então ela esta com um vestido de inverno da cor azul-claro.
 Durante seu passeio a mesma avista uma figura muito conhecida por ela é a Dama da Noite, a princesa se aproxima a passos receosos dela, que agora foca em si.
 Ambas se encaram por um instante, Rubi cerra os punhos com força, é neste momento que Caleb aparece ele observa ambas de longe, mas logo se coloca ao lado da protegida.
— Rubi, parece que encontrou a Dama da Noite - diz ele calmo, ela agora olha para ele - Fique tranquila ela é uma amiga, não vai te machucar.
 O mesmo agora foca na rebelde que baixa o olhar e depois foca em ambos.
— Estamos do mesmo lado agora - fala a rebelde.
 A princesa apenas olha para a mesma e não responde, logo se vira para direção oposta e sai caminhando após disser:
—Licença.
 Caleb ficou suavemente surpreendido com a reação dela, afinal ela é uma garota de natureza gentil sempre trata bem as pessoas até mesmo os criados gostam dela.
 A Dama da noite faz uma suave reverência e se retira também, o rei não demorou para voltar para seu escritório. Porém, a rebelde não foi por qualquer caminho ela refez o mesmo que a Rubi e só parou de segui-la quando ambas ficaram cara a cara novamente.
 A protegida encara ela que faz o mesmo.
— Tem algo a me disser ou vai apenas me seguir quem sabe melhor vai tentar me matar para variar? - pergunta Rubi.
— Não sabia que você era sarcástica - responde a Dama da Noite de maneira calma.
— Você tem muita coragem de vir até mim, depois de tudo que fez - fala ela de maneira zangada.
— Sei que me odeia, mas - diz a Dama da Noite tirando a máscara do rosto e revelando sua verdadeira face aqueles os olhos azuis inconfundíveis.
— Anne? - pergunta Rubi incrédula.
— É sou eu - responde ela de maneira calma - Precisamos conversar.
— Você ficou louca? Estava mentido para mim todo este tempo confiei em você! -esbraveja a princesa brava - E você tentou me matar, quase matou o Liam e o Neilan.
— Se calme Rubi - pede a Anne.
A protegida sentiu as lágrimas ferverem em seus olhos de raiva, mas se sujeitou a ouvi-la, a mesma abre um dos cômodos e às duas adentram e logo fecham a porta.
— Vamos me diga quais são suas desculpas - fala Rubi de maneira zangada.
— Não são desculpas - rebate ela - Você não pode tirar a maldição de Solaria.
— Não pode me impedir - fala a princesa - Você deveria querer isso mais que todos afinal não foi você a rebelde que mais se encontrou comigo.
— Todas as vezes que nos encontramos eu tentava impedir que você matasse milhões - argumenta Anne.
— Tentando me matar? - pergunta Rubi.
— Exatamente em quanto continuar viva será uma bomba relógio ambulante - responde a rebelde.
— Não seja tola - fala Rubi.
— Me escute com atenção porque acho que temos pouco tempo, você precisa se sacrificar para polpar a muitas vidas - diz Anne de maneira seria.
— Por que deveria fazer isto? A culpa é sua por estar acontecendo eu que devia te matar pelo que me fez - argumenta a protegida.
— Você não entende que em quanto estiver viva coloca tudo sobre uma grande pressão, as pessoas anseiam pelo seu sangue e quando ele for derramado já sera tarde de mais, porém se fazer isto agora salvara a todos - diz Anne tirando um dos punhais sagrados e estendendo ele para Rubi.
A princesa o pega e depois foca na nela novamente.
— Pense se é certo viver na custa de pessoas inocentes que morreram na guerra - a rebelde faz seu último apelo antes de sair e deixa-la sozinha, na espera que a mesma faze-se o correto.
 Rubi encara o objeto em sua mão por alguns minutos, pensando no que Anne havia dito, porém, ela esconde a adaga no vestido e sai da sala direto para o escritório de Caleb.
A mesma segue a passos ligeiros até ele, tem dois guardas na porta, mas a deixam passar o rei agora tem seu olhar na princesa.
— Aconteceu algo? - pergunta ele.
 Rubi se aproxima da mesa dele.
— Caleb posso ser sincera com você? - pergunta ela de maneira calma.
— Claro que pode, somos noivos - responde ele.
— O que vai acontecer depois que eu tirar a maldição?
— Muito provável que iremos enfrentar os reinos terrenos - diz Caleb de maneira calma.
— Com enfrentar você quer dizer que haverá guerra não é? - Rubi insiste na pergunta.
— Sim, eles nunca iram nos aceitar como um país independente sem uma guerra - responde.
— Mas se tivesse algum jeito de impedir todo este desastre você estaria de acordo não é?
— Talvez, eu sempre estarei do lado que seja vantajoso para Solaria - fala ele de maneira calma - No entanto por que tantas perguntas?
— Porque não sei o que ira acontecer comigo depois que o ritual acabar posso morrer fazendo isto e não quero que me culpem por uma possível guerra e um enorme derramamento de sangue - responde a princesa de maneira sincera.
— Eles não a culpariam, se é você que esta salvando não acredito que sejam ingratos e este ponto - diz o rei de maneira calma.
— Entendo - fala ela olhando para baixo e depois volta seu olhar para ele - Só uma última coisa.
— Sim, o que saber? - pergunta ele.
— Porque decidiu ser meu noivo, se casar com uma estranha? - fala Rubi.
— Muito simples - responde Caleb fazendo uma pequena pausa - Todas as filhas de grandes reinos já tem maridos antes mesmo de nascerem e eu te escolhi, e segundo porque se você fosse apenas a princesa Alleana aqui dentro deste castelo não estaria segura, mas se tiver algum laço comigo isto te torna intocável no país inteiro.
 Rubi apenas assentiu as palavras dele, antes de se retirar a mesma esta confusa com todas as coisas era como se tudo estivesse distorcido para mesma.
 Em quanto ela vaga pelos corredores encontra Liam o mesmo esta apoiado na sacada apreciando a paisagem local, a princesa se aproxima dele o fazendo se virar em sua direção.
— Você parece angustiada aconteceu algo? - pergunta ele de maneira calma.
— Não exatamente - responde ela esboçando um suave sorriso - Você sente saudade de Quena?
— Um pouco passei mais de vintes anos servindo lá - responde ele - E você?
— Não sei direito, talvez não de lá, mas sim das pessoas que conheci gostaria muito de falar com Neilan, ou James até mesmo treinar com machados com o Magno - fala ela e logo suspira - Tenho sentido falta disto.
— Consigo imaginar perfeitamente - comenta ele se aproximando mais dela - Durante muitos tempo eu apenas sentia falta de coisas, pessoas, de lugares coisas que não voltam.
— Sinto muito - diz ela.
— Não sinta - fala Liam - A dor por mais que queremos fugir dela não a sentimento melhor que lhe ensine o que é certo e dar valor ao que se tem é por isto que eu não quero que faça o ritual, mas respeito sua decisão só espero poder te ver depois disto.
Rubi abraça o mesmo que retribuí o gesto dela, a sensação que a mesma tinha era de não querer nunca mais solta-lo de se prender nele para sempre. Os olhos dela ficam marejados.
— Não quero te perder - sussurra ela ainda o segurando.
— E não vai - responde ele passando seus dedos pelos longos cabelo dela.
Eles se afastam um pouco o guardião esboça um sorriso para ela, que retribuí.
— Se você quiser desistir e fugir destas muralhas, eu não vou me importar se sair correndo daqui - o mesmo fala em um tom baixo para apenas ela ouvir, ele segura sua mão e beija de maneira delicada Rubi apenas observa sorrindo - Sempre irei te proteger.
— Sei disto - diz a protegida de maneira gentil.
 Horas mais tarde quando Rubi já esta deitada na cama não demorou a adormecer, porém, em seus sonhos ela escutava como se a chamassem uma voz distante dizendo para ela levantar, foi quando abriu os olhos e sente um peso sobre seu corpo é Dama da Noite segurando um punhal um pouco a cima do coração dela.
Quando Anne percebe que ela esta acorda tenta cravar o mais rápido possível a adaga na Rubi que segura a lamina com as mãos.
— Pela resistência! - diz a rebelde despenhando cada vez mais força fazendo as laminas escorregarem das pequenas mãos da protegida que começa a gritar, porém, ninguém conseguiria ouvi-la o quarto esta enfeitiçado.
— Pare! - grita a Rubi tento sair de baixo dela, seu sangue já manchava sua vestimenta e gotas em seu rosto.
Quando a protegida notou que não aguentaria por mais tempo ela recita um feitiço fazendo as correntes elétricas das suas mãos fossem passadas para a faca obrigando Anne a solta-la para não se machucar, porém, isto não impediu da adaga acerta-la não no coração mais um pouco a baixo Rubi a empurra para longe neste mesmo momento e rola para o lado oposto da rebelde caindo no chão.
 Se levantando as pressas e correndo na direção da porta para destranca-la tudo estava lacrado pelo feitiço agora era matar ou morrer pensa Rubi olhando para a Dama da Noite que se atira com força bruta em cima dela.
 Aos socos e tapas a princesa tenta se proteger dela, mas não adiantava muito, Rubi pega um dos vasos de porcelana que enfeitava seu quarto e arremessa contra a Dama da Noite com toda a força.
 Aproveitando a situação Rubi joga seu corpo contra o dela fazendo ambas irem parar na chão e a protegida começa seu contra-ataque batendo nela.
 Anne tenta colocar suas mãos na garganta da protegida que defere vários socos nela até Rubi sacudi-la e a fazendo bater com a cabeça fortemente sobre piso.
 A rebelde suspira de dor, e tenta alcançar um dos vários cacos e o crava no braço da protegida que grita de dor foi neste instante que ela consegue se livrar da Rubi a empurra com força, quando finalmente ficou de pé ela chuta a princesa.
 A escolhida sentiu a falta de ar e a dor insuportável em seu estomago, ela se encolhe para tentar se proteger do próximo e de vários outros chutes que Anne dava nela.
 A rebelde só parou quando teve certeza que Rubi não conseguiria mais reagir contra ela, a mesma se fasta para pegar o punhal que ficou na cama depois de acerta-la.
 Em quanto isto os irmãos Alencar estavam conversando no escritório sobre um novo negócio.
— Você esta sentindo este cheiro? - pergunta Caleb, foi neste momento que Liam abre os olhos de maneira surpresa indo na direção da porta.
— É a Rubi! - grita ele correndo.
 O rei logo vai atrás dele, na frente da porta da mesma a dois guardas mortos, Caleb rapidamente recita um feitiço para quebrar o encanto e Liam arromba a porta chutando para longe.
 No momento que ele adentram Rubi esta desmaiada no chão e tem muito sangue naquele local e a Anne esta ali de pé olhando seu trabalho concluído.
 Liam corre na direção da protegida e Caleb vai até rebelde e em um movimento rápido ele quebra o pescoço dela não dando nem se quer tempo para que se defendesse.
 O corpo morto dela cai no chão e o mais velho dos Alencar se aproxima de Liam que segura a Rubi em quanto recitava um feitiço, aquela mesma sensação de morte pesava os ombros de Caleb ele não poderia perde-la.
 O guardião olha preocupado para a escolhida que abre os olhos verdes que viam apenas imagem turvas, mas ela reconhecia o perfume de Liam sabia que ele estava ali, e logo as coisas ficaram escurar para ela.
 Caleb começa a recitar o feitiço de cura junto com Liam aumentando o fluxo de magia que circulava em volta dela. Não demorou para aquela sala estar cheia de enfermeiras que levaram a princesa as presas para a ala hospitalar do castelo.
 Quando Rubi pode abrir os olhos novamente foi com dificuldade, olhando para os lados de maneira vaga até seu olhar se repousar em Neilan o mesmo esta sentado na poltrona ao lado dela ele esboça um sorriso.
— Finalmente despertou - diz ele de maneira gentil.
— Onde estou? - pergunta ela com dificuldade.
— Em Solaria ainda - responde ele sorrindo - Eu senti de longe que você não estava bem.
— É não foi fácil - fala a escolhida esboçando um sorriso, e tentando se arrumar, olhando para a direita da ver para a bolsa de soro ligada a ela que suspira - Fiquei quanto tempo desacordada?
— Um pouco mais que quatro dias - diz o anjo - Deixou todos assustados.
— Sinto muito - fala Rubi - Como veio para cá?
— Eu não estou aí o que você esta vendo é minha projeção astral - explica Neilan.
— Queria poder te ver de verdade -fala Rubi esboçando um sorriso triste.
— Também desejo isto - comenta ele de maneira gentil.
 Ela escuta a porta se abrir, a mesma olha na direção do anjo que faz um sinal de silêncio antes de sua projeção desaparecer, uma enfermeira abre a cortina e olha para princesa que a observa.
— Como esta se sentindo? - pergunta.
— Um pouco sonsa - responde Rubi.
 A enfermeira abre um dos armários e pega um comprimido com um copo de água e entrega para a protegida.
— Você vai melhorar - diz a loira sorrindo, e depois daquelas palavras as coisas ficaram escuras novamente para Rubi…